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História Falling in love for the last time. - Nothing On You.


Escrita por: gimavis

Notas do Autor


Como prometido, o outro capitulo. Não resisti.

Capítulo 4 - Nothing On You.


 

Lauren e eu passamos o resto de toda a manhã decidindo onde iríamos primeiro. Eu queria ir no Museu do Louvre, ela queria ir ao Arco do Triunfo, então, depois de muito discutir ela acabou por ceder a minha vontade, me rendendo muitos pulos sobre a cama de tamanha felicidade. Eu sei, a minha idade mental às vezes era de uma criança de seis anos.

: - Ela não tem cara de fuinha, Lolo?

Eu disse séria com as mãos no bolso do meu sobretudo enquanto encarava o retrato de Monalisa dentro do Museu do Louvre.

Lauren levou a mão até a boca para abafar uma risada, olhando ao redor para ver se alguém havia escutado o que eu disse.

: - Camz, para de ser indiscreta. – Dei de ombros e ri baixinho, olhando-a pelo canto dos olhos. – Esse é um dos quadros mais importantes do Renascimento, sabia? Tem a sua beleza.

: - Essa beleza não está na cara dela, com certeza. Da Vinci devia estar bem drogado quando começou a pintar isso.

Ela riu mais ainda, puxando-me pelo braço até que tivesse meu corpo colado ao seu. Eu não entendi o por que de tanta risada, eu estava sendo sincera, ué. Dizer que aquela foto era bonita iria ser uma mentira das grandes.

: - Você é má.

De braços dados começamos a andar novamente pelo Museu, olhando mais alguns quadros e outras coisas realmente bonitas. O que eu gostei mesmo foi dos artefatos do Egito Antigo, sempre gostei disso em História. Laur estava tirando algumas fotos, vez ou outra eu me metia no meio delas a rendendo boas risadas.

: - Fica lá na frente da pirâmide, Camz. – Sua voz era animada e exaltada, chamando a atenção de algumas pessoas. – Quero postar essa foto no instagram.

Eu iria argumentar alguma coisa em relação ao assunto, mas fui interrompida por três meninas que se aproximaram da gente, chamando nossa atenção. Será que até no Museu do Louvre encontraríamos fãs?

: - Ei, meninas, não queremos atrapalhar o passeio de vocês, mas será que poderíamos tirar uma foto?

Uma das três meninas nos perguntou, e eu rapidamente olhei para Lauren que sorria de orelha a orelha.

: - Claro.

Eu disse animada, afinal, não é todo dia que você vai à França e encontra fãs dentro de um Museu.

: - Nossa, eu nem acredito.

Uma delas exclamou, dando alguns pulinhos enquanto nos juntávamos para tirar a foto. Um senhor se prontificou a tirar, então, quando a contagem chegou ao três, sorrimos e foto estava salva. Eu nunca ia me acostumar com aquilo, era sempre um frio na barriga, aquela sensação gostosa de ser amada e ter o seu trabalho admirado.

Depois de conversamos um pouco com elas e responder algumas perguntas sobre as outras meninas, nos abraçamos brevemente e nos despedimos. Quando elas estavam em uma distância considerável, me virei para Lauren e ergui uma sobrancelha. Ela me encarava com aquela cara de quem viu um passarinho verde.

: - Você não queria postar uma foto no instagram? Com certeza essa foto já foi parar lá, sua vontade foi feita.

: - Nem aqui estamos livres.

Ela disse rindo e eu a dei língua, a puxando pelo braço.

: - Vamos parar em algum lugar para comer, estou morrendo de fome.

: - Ei, e a minha foto?

Lauren parou de andar e impediu que eu continuasse, me puxando pelo cabelo.

: - Tá bom, vai...

Neguei com a cabeça e corri até perto da pirâmide de vidro. Podia ouvir suas risadas enquanto me afastava.

: - No três, Camz. – Ela me gritou de volta, me fazendo morrer de vergonha por conta das pessoas que nos olhavam sorrindo. Não sei se nos olhavam pela palhaçada de Lauren, ou por sermos Lauren Jauregui e Camila Cabello. – Um, dois, três.

Abri os braços e um sorriso, esperando que ela avisasse que já tinha salvo a foto. Depois de segundos que duraram anos...

: - Está linda.

Gritou, me chamando com a mão. Voltei correndo para o lado dela, a empurrando levemente pelos ombros.

: - Você me mata de vergonha.

Minhas bochechas deviam estar coradas, eu podia senti-las arder.

: - Você não sabe qual é o X da questão, Cabello.

Suas mãos depositaram o Iphone no bolso de seu sobretudo branco quando voltamos a andar. A olhei e seus cabelos voavam contra o vento, seus olhos me observavam e no canto dos lábios aquele sorriso tímido que tanto me agradava. Suspirei.

: - E qual é o X da questão, Jauregui?

Sorri de canto, levando o lábio inferior entre os dentes.

: - Exatamente isso, lhe deixar com vergonha. – Ela riu sem graça, olhando para frente. – Você fica linda com vergonha. Parece que todo o teu sangue se concentra nas suas bochechas, e isso é fofo.

Bom, se eu já estava com vergonha antes, fiquei mais ainda.

: - Agora é minha vez de dizer que você é má. – Rimos juntas. – Eu vou superar, sei que vou.

: - Você supera tudo, Camz, vai se sair bem. – Quase tudo. Eu pensei.

Andamos mais um pouco até chegarmos em uma lanchonete local. Não estava fazendo O frio da morte em Paris, mas a diferença de clima dentro da lanchonete e fora dela era notável.

Lauren e eu nos sentamos bem no canto, afastadas das outras mesas, fizemos nossos pedidos e começamos um assunto qualquer enquanto esperávamos.

: - Quando voltarmos para o hotel eu vou ligar para as meninas, estou com saudades.

Ela fez biquinho e eu me segurei para não me por sobre a mesa e beijar aquele bico. Misericórdia, eu tinha que me controlar mais.

: - Aposto que elas não estão sentindo falta alguma de nós, Lolo. – Balancei a cabeça em positivo, batendo meus dedos sobre a mesa. – Venhamos e convenhamos, somos irritantes, todo mundo merece um pouco de paz.

Sorri para ela e a ouvi rir, me tacando o canudo que antes mordia.

: - Ei, lembre-se que a hiperativa aqui é você, não eu.

: - Eu sou hiperativa onde? – Pisquei rapidamente umas cinco vezes. – Vocês que são lerdas demais.

: - Camz, você é hiperativa. – Sua expressão era divertida, o sorriso torto jamais saia de seus lábios. – Além de ser teimosa e resmungona. E ah, comilona também.

Rolei os olhos e suspirei, me encostando na cadeira.

: - Nossa, mais alguma reclamação para fazer?

Eu disse em falso desgosto, cruzando os braços embaixo do peito e me limitando em um pequeno biquinho. Ouvi claramente e sequência de “awwwwn” que Lauren fez o favor de soltar antes de se debruçar sobre a mesa para apertar minha bochecha, rindo e me fazendo rir.

: - Se estivéssemos no hotel eu lhe encheria as bochechas de beijos, Cabello. – Quando se sentou novamente, me deu uma piscadela. – Sorte a sua.

Ou azar. Muito azar. Suspirei em descrença. Ficamos conversando mais algumas coisas até que nossos pedidos foram entregues. Massa, massa e massa, não há nada melhor.

Estava sugando o canudindo presente na minha latinha de coca-cola enquanto Laur comia, quando percebi que estava sendo observada por alguém sentado na mesa ao lado. Espiei apenas com o canto dos olhos uma garota loira sorrir pra mim, mordendo um pedaço do morango que tinha em mãos. Engoli o líquido precioso que estava em minha boca e levei a mão aos lábios para tossir brevemente, tornando a olhar para frente. Olhei de novo e ela continuava me encarando, ora sorrindo, ora usando apenas olhares sugestivos. Até que ela era bonita. Ok, vai, ela era linda. Seu cabelo loiro descia até o meio de suas costas, a franja caindo sobre um de seus olhos, os lábios em um tom rosado tão forte que eu não sabia como desviar os olhos. Eu não estava morrendo de encantamento por ela, que seja dito, estava apenas admirando. Retribui o sorriso.

Senti um chute no meu pé por debaixo da mesa, só então me dei conta de que Lauren me fitava. As sobrancelhas erguidas, a cabeça um pouco curvada para o lado e os lábios retorcidos.

: - Que foi?

Perguntei sem graça, bebendo mais um pouco de coca.

: - Coma.

Foi tudo o ela disse antes de mirar a loira com desdém para logo depois voltar a enrolar o macarrão em seu garfo.

: - Já comi, Lolo. Estou cheia.

Eu disse com sinceridade, minha barriga estava explodindo.

: - Coma o resto, Camila. Sabe quantas crianças no mundo estão querendo esse macarrão?

Ela disse séria e eu enruguei a testa. Espera. Estava me chamando de Camila quando as coisas estavam boas? Ai.

: - Camila? É isso mesmo?

Perguntei desconfiada, colocando meu cabelo sobre um ombro só.

: - Não é o seu nome? Ou você prefere Karla Camila Cabello Estrabao?

: - Ei, o que eu fiz? – Levei as mãos ao ar.

: - Nada.

Ela disse baixo, dando um gole no suco que bebia.

: - Você me chamou de Camila, sendo que está tudo bem entre nós, então tem alguma coisa. Diga.

Sorri de canto e ela me encarou séria.

: - Desde quando você fica paquerando garotas por ai?

Ela se curvou um pouco em minha direção para dizer aquilo, sua voz era baixa e rouca. Seus olhos fitaram a loira ao nosso lado de forma rápida. Eu não aguentei e acabei rindo, ri de verdade, aquela situação era cômica. Então quer dizer que Lauren estava... Com ciúmes. Eu já estava rindo a alguns longos segundos quando ela chutou os meus pés embaixo da mesa novamente, chamando minha atenção.

: - Eu não achei graça na pergunta, Camila.

: - Oh my goodness.

Neguei com a cabeça tentando controlar as minhas risadas.

: - Então?

: - Bom, vejamos, eu não saio por ai paquerando garotas, Lolo, levando em consideração que não tenho tempo para isso. – Sorri enquanto retirava o canudinho da lata de coca, o levando entre os dentes. – Deixe de ser ciumenta.

: - Ciúmes de quê?

Agora ela estava alterada, seus olhos verdes me fuzilaram e eu consegui ver quando suas bochechas ficaram vermelhas.

: - Você está com ciúmes da loira aqui do lado, nem adianta dizer que não. – Fiz uma careta. – Até me chamou pelo meu nome todo.

: - Não estou com ciúmes nenhum, apenas queria saber desde quando você tem essa prática.

Foi minha vez de chutar seus pés quando ela abaixou a cabeça.

: - E se eu estivesse a paquerando, Jauregui, qual seria o problema? Eu a achei linda, e ela realmente é. Gostar de garotas é um problema pra você? – Alfinetei.

Lauren ergueu seus olhos pra mim. Se olhar matasse eu tenho certeza que teria morrido. Suas narinas estavam dilatadas.

: - Problema nenhum. Se você quiser posso ir até lá me sentar com ela e perguntar se ela deseja trocar de lugar comigo. A companhia dela deve ser agradável.

Nunca havia escutado a voz de Lauren tão cínica na minha vida. Estava adorando toda aquela crise de ciúmes. Se ela soubesse que eu só queria a companhia dela...

: - Ah, sem dúvidas.

Eu disse sorrindo antes de dar-lhe língua, ajeitando o lacinho preto que eu tinha nos cabelos.

Lauren arrastou a cadeira para se levantar. Pegou o sobretudo nos braços e jogou uma nota em cima da mesa.

: - Estou satisfeita. Faça o favor de pagar a conta e vamos embora, já chega de passeios por hoje.

E foi de nariz empinado que ela passou por mim, indo em direção à saída. Eu não estava acreditando no que estava acontecendo. Comecei a rir sozinha e me levantei, como me sobrou mesmo o ato de pegar a conta, por que enrolar?

Você deve conhecer essas meninas bonitas em todo o mundo. Eu poderia perseguir, mas o meu tempo seria desperdiçado, elas não tem nada em você, baby.

Cantarolei um pedaço de Nothing On You do Bruno Mars e sorri sozinha enquanto entregava o dinheiro para a atendente. Lauren era tão besta, será possível que ela não conseguia perceber que a única pessoa que eu desejava era ela?

 

 



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