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História Fallmountain - Reverenciem a Natureza


Escrita por: xnxruth

Notas do Autor


Músicas do capítulo: Land Or Sea e Hourglass, ambas de Sleeping at Last (Link nas notas finais)
Tenham todos uma boa leitura e perdoem os erros que passam despercebidos.

Capítulo 4 - Reverenciem a Natureza


Fanfic / Fanfiction Fallmountain - Reverenciem a Natureza

Land Or Sea♪

Fallmountain inteira se preparava para as celebrações de inverno, nos povoados mais distantes, os homens terminavam de montar seus estoques, enquanto mulheres e crianças decoravam suas casas e o centro das vilas, onde todos comemorariam juntos, em comunhão achegada daquela estação. Os pinheiros presentes nas regiões mais distantes da Costa, eram uma das únicas árvores que não tinham perdido suas folhas para o outono e que se mantinham verdes devido as encantadoras Dríades e Ninfas que neles habitavam, e por esse motivo, eram decorados com muito afinco, pois mostravam que mesmo no inverno, nas mais baixas temperaturas, a vida poderia prosperar.

Nas minas no interior das montanhas, os Anões não se abatiam, enquanto suas picaretas se chocavam e ribombavam contra as maciças paredes rochosas, cantavam a pleno pulmões canções animadas e calorosas, que até as próprias montanhas cantavam junto através de seus ecos.

As Ninfas do mar, as Nereídes e Oceânides, que eram as únicas a gostar de águas tão geladas, se divertiam na praia, correndo por a areia, jogando conchas para cima e se lançando ao mar, que através da ressaca as recebiam como as filhas que eram.

No castelo não era muito diferente, as criadas cuidavam da limpeza do castelo, trazendo mais cobertas para os quartos e lenhas para as lareiras, Granny juntamente com as suas ajudantes da cozinha checavam se as despensas do castelo estavam cheias, salgavam as carnes e engordavam os animais que precisavam de mais alimento para estarem prontos para o abate, e os guardas, lustravam suas armaduras para as comemorações, afinal, viriam Reis, Rainhas e Princesas de outros reinos, e junto delas, suas damas de companhia.

Assim como no centro dos vilarejos, o pátio de entrada do castelo também estava sendo decorado, os jovens que moravam mais perto do castelo se divertiam enquanto erguiam o alto pinheiro ao lado da macieira encatada da rainha, que mesmo com a proximidade do inverno continuava a frutificar, entre esses jovens estava Henry, que ria e corria como um adolescente comum, como todos os seus amigos que estavam ali, e não como um futuro Rei com peso de dois reinos sobre si.

Todos imensamente ansiosos para a chegada do primeiro floco de neve, que traria consigo o inverno, a estação em que todo o reino fica pintado de branco, onde os mais velhos se mantinham dentro de suas casas, próximos as suas lareiras se mantendo o mais quente possível, e as crianças, adolescentes e jovens adultos se divertem na neve que em muitos anos chega a atingir a altura de um joelho. Eles faziam guerras de bolas de neve, desciam as colinas e encostas das montanhas em pedaços de madeiras ou em tronco de árvores, caçavam as lebres da neve com os seus cachorros, faziam bonecos de neve, e que depois de caracterizá-los, chegavam em casa se batendo de frio, pois haviam deixavam seus casacos e cachecóis nos bonecos criados, o que enlouquecia suas mães.

De braços cruzados, Rumplestiltskin observava os jovens que brincavam no pátio, pensava no desejo de sua jovem esposa de ser mãe, mas filhos nunca estiveram em seus planos, era um gasto de tempo e energia desnecessário. Não tivera filhos do primeiro casamento e também não teria do segundo, Belle teria que viver com isso, pensava.

— Henry! — Rumple chamou o jovem príncipe que se divertia mais a frente com outras crianças.

Henry se despediu dos amigos e foi em direção ao seu tutor.

— Sim, Rumple?

— Vamos a biblioteca, temos atividades para serem tomadas.

— Mas já nos encontramos três vezes na lua anterior.

— As celebrações ocorrerão em breve, todos nós estaremos ocupados, principalmente eu que estarei em diálogo com os nobres, então tomarei suas lições mais cedo.

Henry caminhava com o seu mentor para dentro do castelo quando uma voz feminina chamou pelo nome do garoto.

— Henry!

— Violet?

— Não voltará para enfeitar o pinheiro conosco? — a menina parecia ter a mesma idade que o príncipe.

— Creio que não, tenho deveres, mas talvez eu volte para ver as Ninfas dançando e o despertar da Dríade do pinheiro.

— Espero você então. Tchau. — disse dando um beijo na bochecha de Henry e saindo correndo.

— Tchau. — Henry acenou abobado.

— É uma bela dama aquela mocinha. — em resposta  Henry corou — De quem ela é filha?

— Ela é filha de Duque de Morgan.

— Quase nunca se vê duquesas como rainhas.

— Somos apenas amigos — disse passando a mão nos cabelos — O pai dela faz negócios com o reino, ele planta grãos, vai nos ajudar a abastecer o reino durante esse inverno.

— Muito bem, meu Príncipe, como futuro Rei deve mesmo estar a par de assuntos econômicos. Então Henry, hoje trataremos de anistia e condenação. Você lembra quais formas de condenação eram usadas para punir aqueles que atentavam contra o reino de Fallmountain no período do Rei Xavier e seus antecessores?

— A forca, a guilhotina, a empalação e algumas outras não muito convencionais.

— E quando essas técnicas deixaram de ser usadas?

— Quando o meu avô assumiu o troco. — sob o olhar de desaprovação do seu tutor, Henry corrigiu a sua respostam. — Quando o Rei Henry I assumiu o trono após o falecimento do seu pai, Rei Xavier.

— E por o que eles foram substituídos?

— Por um tempo de reclusão nos calabouços, por trabalho nas minas, por o exílio em Abadom.

— Vejo que realmente tem lido os livros que lhe passei.

— Rumple eu tenho pergunta.

— Estou aqui para isso.

— Sei que Abadom é uma espécie de prisão, para onde mandam os piores criminosos, os mais hediondos, mas o que tem lá? Tentei pegar alguns livros na biblioteca sobre ele, mas Belle não permitiu — disse levemente envergonhado.

— Abadom é um bosque que faz fronteira com Darth-Norgai, Ganedem, Monte Ermos, e com os reinos Enchanted e Mitánni. Conta a lenda que depois que você adentra seu território, você nunca mais consegue sair, a menos que tenha um coração puro. E desde que o seu avô passou a mandar os criminosos para lá, a lenda tem se feito verdadeira, porque nunca vi ninguém voltar.

— O que há lá? Fadas? São elas que mantem as pessoas lá?

— Você gosta muito de Fadas, não é Henry?

— Aqui em Fallmountain não te desses espécimes.

— Elas não gostam muito do mar, por causa do sal.

— Eu sei, a minha mãe me contou.

— Mas há fadas no bosque sim, mas não são elas que mantém as pessoas lá, é o próprio bosque. Abadom, assim como as Fadas, as Ninfas, as Dríades e os Anões, é uma criação da natureza, é mágico por sua essência, é puro e livre de qualquer mácula.

— O que acontece com as pessoas que entram lá? As pessoas ruins que nos mandamos?

— Aos piores e os mais podres corações, cabe a busca eterna por a saída, correm anos a fio em busca das fronteiras do bosque, mas nem sequer chegam perto, estão tão cegos, que correm em círculos e nem percebem, outros encontram as fronteiras com os reinos, mas nunca, mesmo com todo esforço, não conseguem passar, uma parede invisível e intransponível se forma e ninguém consegue passar.

— Porque mandar as pessoas para lá?

— Abadom é uma criação da natureza, e nós também somos, a diferença é que nós nos corrompemos muito facilmente. O seu avô, Rei Henry I, acreditava que se viemos da natureza, era para ela que deveríamos volta, e que ela, tão somente ela poderia nos julgar. E assim como Henry I, outros reinos como Enchanted adotaram essa prática.

— Além das fadas, o que mais tem lá.

— Inúmeras outras criaturas mágicas, criaturas que nunca foram vistas em nenhum outro reino ou em nenhum outro lugar.

— Como você sabe tanto sobre isso, Rumple, já que ninguém voltou de lá?

— Os livros que você ainda não pode ter acesso, já os li inúmeras vezes.

— De certo alguém já deve ter voltado, se não, como os livros poderiam ter sido escritos?

— Talvez sim, talvez alguém já tenha voltado, mas com certeza não nessa época. Ou a histórias são todas lendas e ninguém sabe de fato o que há lá.

— Você nunca teve curiosidade de ir lá?

— Estar preso em uma prisão sem muros não me apetece, Henry, aliás, estar em prisão alguma está em meus planos.

— Você acha que ficaria preso?

— Todos nós temos algo em nosso coração pelo o que o bosque nos prenderia.

— Então é melhor não arriscar.

— Penso o mesmo.

— Nós já acabamos por hoje?

— A essa altura o pinheiro já foi decorado, meu jovem

— É, e em breve vai anoitecer, as Ninfas logo começarão a dançar.

— Vai voltar par a sua amiga?

— As Ninfas.

— Só não se atrase para o jantar, as rainhas não irão gostar.

 

Da alta sacada da sala de reuniões, Regina e Emma observavam a movimentação no pátio, haviam passado o dia em reunião com representantes da guarda real, produtores de grãos e lãs, e representantes das comitivas de outros reinos, estavam exaustas, mas agora observavam seu filho pular e dançar com os outros adolescentes.

Hourglass ♪

As Ninfas haviam começado seus ritos de celebrações, as criaturinhas dançam envolta do pinheiro, e quando muito empolgadas, flutuavam no ar sem que fosse necessário bater as suas asas, voavam jogando pós cintilantes por sobre a cabeça dos meninos que pulavam tentando alcançá-las, dançavam por entres as crianças, as mais xeretas, puxavam alguns cabelos. O pátio de enxia de risos e gritos eufóricos, todos esperavam pelo despertar da Dríade do Pinheiro.

Na noite iluminada por a magnifica luz da cheia, não se fazia necessário tochas e nem fogueiras, pois se movimentando e brincando com as Ninfas ninguém sentia o frio.

— É incrível como ele pode se divertir com tão pouco. — Emma disse ao ver filho ser conduzido por uma Ninfa aos rodopios

— O coração de Henry se enche com o mais simples. Ele é tão livre...

— Não tenho dúvidas de que será um Rei... Quem é aquela garota com ele?

Assim como uma Ninfa puxara Henry, outra passou a puxar Violet, as duas Ninfas envolveram os dois uma dança alegre a qual todos os outros que estava no pátio pararam para ver, Henry e Violet riam como se ninguém mais estivesse ali. As Ninfas enxeridas, davam risinhos afetados vendo os dois.

— Henry fez uma amiga. — Regina respondeu

— Talvez Alura também queria brincar.

— Emma...

— É lua cheia, você mesma disse que ela iria quer sair.

Com uma inspiração profunda Alura se projeto do corpo de Emma como se a sua alma saísse do seu corpo. O animal de poder era uma manifestação de forças interiores que atuavam como guia ou mentor, era uma energia, uma forma de representar sua personalidade ou comportamento, Alura, o animal de poder de Emma, era uma loba de pelagem branca assim como a neve e de olhos azuis como o mais limpo céu, tinha mais de um metro de altura e um pouco mais de dois metros de comprimento.

Inúmeras eram as vezes em que Regina já tivera visto Alura, mas toda vez era como se fosse a primeira, a loba era de uma magnitude e beleza que hipnotizava qualquer um, a luz da lua cheia resplandecia intensamente em seu pelo causando a todos a sensação de que a loba era ainda maior.

Quando saltou e pousou no piso do pátio, todos que olhavam para o Príncipe e a sua amiga direcionaram seus olhares a grande loba, era sabido por todos que onde a loba estivesse, a Rainha Emma também estaria. Como que ensaiado, em um movimento sincronizado, independentemente da idade, todos reverenciaram a Rainha, e Alura os reverenciou de volta.

Alura começou a caminha em direção ao Príncipe e todos que estavam na frente, um por um foi dando passagem a Rainha, inclusive Violet quando a loba se aproximou. Quando Alura chegou em Henry, esfregou sua cabeça no lado do corpo do jovem, que lhe fez um carinho com a mão, ninguém se atrevia a ao menos piscar.

No momento em que a lua se alinhou com o cume do pinheiro, uma brisa leve assobiou cortando a ar e fustigando levemente as folhas do pinheiro, todos sabiam o que estava preste a acontecer, Emma e Regina na sacada, se aproximaram do parapeito, e Alura se sentou mantendo sua cabeça erguida para o pinheiro, assim como todos os outros direcionaram os seus olhares para o mesmo ponto, as Ninfas que estava dispersas, que estavam voando, que estavam sentadas, ou pregando peças em alguém, voaram todas em direção ao pinheiro, e em torno dele começara a cantar em sua própria língua.

O pinheiro estremeceu e dele começou a ser emitido uma luz prata e dourada, nas aldeias, fosse das janelas de suas casas ou do centro das vilas, todos assistiam aos raios coloridos que pintava o céu.  Do tronco do pinheiro, uma figura humanoide começou a se materializar, cabeça, braços, pernas e por fim um rosto, a Dríade do Pinheiro havia despertado. Sua pele era verde, assim como as folhas dos pinheiros, em seu corpo, trepadeiras cobriam suas partes e desciam se enrolando em seus braços e em suas pernas, os pés descalços, as grandes asas que se projetavam de suas costas e que batiam lentamente tinham o desenho de folhas, os cabelos longos e verdes, ondulavam no ar sem que houvesse a presença de vento, e de diferentemente de outras Ninfas que tinha pequena estatura, a Dríade do Pinheiro tinha o tamanho de uma mulher adulta.

Todos, incluído as Rainhas, reverenciaram a natureza.

O inverno agora poderia chegar.


Notas Finais


Música 1: https://www.youtube.com/watch?v=Qg1LOazb2tY
Música 2: https://www.youtube.com/watch?v=E1-_1UIv9e0
Eu disse que Fallmountain era um reino mágico ❤️
Espero que algumas questões tenham ficado mais claras.
Bjus e até o próximo capítulo.


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