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História Fallmountain - O Príncipe de Luz


Escrita por: xnxruth

Notas do Autor


Desculpem o meu sumiço, é que sinto que para escrever essa história meu estado de espirito tem que ser o mais mágico possível, se é que vocês me entendem 😂, mas sem mais desculpas, vamos ao cap.
Músicas do capítulo: Sleeping At Last - Bad Blood (Link nas notas finais)
Tenham todos uma boa leitura e perdoem os erros que passam despercebidos.

Capítulo 5 - O Príncipe de Luz


Em Fallmountain os dias amanheciam cada vez mais frios, o inverno estava cada vez mais próximo e todos acreditavam que logo o primeiro floco de neve chegaria. No castelo, os primeiros convidados para as celebrações de inverno já chegavam, o Lord de Olam Kingdom e os Príncipes de Kennes haviam sido os primeiros a chegar, por pertencerem a terras e reinos distantes, temiam serem apanhados no meio do caminho por as nevascas. Por todo o castelo haviam crianças que corriam por todos os lados, por todos os andarem e pátios, todos frutos de Reis que adoravam ostentar sua virilidade em prole, quando se ouvia o estrondar do metal se chocando contra o chão, não tinham dúvidas sobre o que tinha acontecido, alguém tinha acabado de se esbarrar contra alguma armadura exposta nos corredores.

Uma garotinha que ostentava volumosos cachos em seus cabelos castanhos corria para se esconder de seus primos quando trombou em um par de pernas recobertos por um rodado vestido vermelho fazendo com que um papel caísse, o que a fez voltar para trás alguns passos, quando levantou a sua cabeça para ver em quem tinha esbarrado, já imaginou o castigo que receberia.

— Perdão, vossa Majestade. — disse enquanto começava a se inclinar para fazer uma reverencia com o seu pequeno corpinho.

— Oh, não querida, isso não foi nada. — Regina disse levantando a menina e depois se agachando para pegar o que tinha caído — De que você está brincando?

— De esconde-esconde. — respondeu tímida.

— Ali — falou apontando — embaixo daquela mesa de canto, é um ótimo lugar para se esconder.

A menina sorriu e correu diretamente para o lugar ao qual a rainha tinha indicado.

Regina esperou que a garotinha se escondesse e voltou a caminhar pelo corredor até chegar aos seus aposentos.

— Ai, isso está muito apertado, mal consigo respirar. — Emma reclamou quando a aia fechou o seu vertido. — Preciso mesmo vestir isso?

— Sim, precisa — Regina disse ao entrar no quarto. — Você por ir. — disse à aia e assumindo o lugar dela em arrumar o vestido de Emma.

— Porque não posso simplesmente vestir minhas vestimentas de montaria?

— Por algum acaso você vai montar?

— Não. — respondeu contrariada.

— Então não, Emma! Pense pelo lado positivo, com tantas peças por baixo desse vestido, você não irá sentir frio.

— Você faz parecer tão fácil. — disse se virando para Regina.

— Você só vai precisar se vestir assim durante as celebrações.

— O inverno inteiro, você quer dizer.

— Exatamente. — disse rindo da frustração de Emma — Tenho uma coisa para você — falou mostrando um envelope.

— Conheço esse brasão.

— Chegou hoje, veio de Enchanted, é dos seus pais.

Emma pegou o envelope e foi para perto da sacada devido a luz que de lá entrava, a carta havia sido escrita com a delicada letra de sua mãe, Snow sempre tivera gosto por o magistério, ao ponto de ser a total responsável por a educação de sua primeira e única filha, dispensando tutores.

— O que eles dizem? — Regina perguntou se aproximando.

— A minha mãe virá para as celebrações, mas o meu pai permanecerá em seu reino, devido aos seus pressentimentos, ele prefere não arriscar, e mandará uma pequena guarda com cerca de trinta homens acompanhando a minha mãe, que ficarão conosco até o final do inverno. — terminou um tom de preocupação. — Você continua sentindo esses... Esses pressentimentos?

— Cada vez mais, à medida que o inverno se aproxima.

Emma respirou fundo pesando em seu tio, desde a partida, ainda não tinha tido respostas de Ruby, a loba ainda não tinha voltado ao reino, o que a inquietava.

— Meu tio, você acha...?

 — O James é uma pessoa deplorável, mas eu não sei. Emma, você não teria nada que quisesse me contar?

— Sobre a carta? Já disse do que se trata.

— Talvez o motivo de Granny estar tão preocupada com a Ruby.

— O que aconteceu? — perguntou fingindo não saber o real motivo.

— Ela sumiu, não está em nenhum lugar do castelo e segundo os guardas, e em nenhum lugar do reino.

— Talvez ela esteja caçando, é lua cheia, Alura mesmo está lá fora.

— Ou talvez ela tenha saído a mando seu.

— Você viu?

— Que Rainha eu seria se não soubesse o que se passa no meu reino. O que você mandou que ela fizesse?

— Que acompanhasse o meu tio. — disse a contragosto.

— Então você acredita que o seu tio pode estar tramando algo e manda a Ruby, logo a Ruby? Foi uma esquadra inteira de guardas com ele, Emma! Algo ruim parece estar preste a nos atingir e ela está lá fora.

— Tenho total confiança na Ruby, e ela está longe de ser uma donzela vulnerável.

— Concordo com você, mas ela não um é guarda, ela não faz parte da guarda do reino, ela faz parte da minha família, Emma!

— Eu sei, mas ela se transformou em uma guerreira bem diante dos seus olhos e você se nega a ver.

— Quando Granny trouxe ela para o castelo depois que os seus pais foram assassinados pela a alcateia quando se negarem a viver em bando e tentar dar uma vida diferente a filha, ela ainda era um bebê, até então eu era a única filha, não devia ter mais de três anos, e a Ruby foi a minha primeira irmã, e depois veio Zelena, então não acho que seja um absurdo querer proteger a minha família, porque eu não sou só a Rainha, sou a irmã mais velha delas.

— Por isso não falei para você, você não permitiria.

— Certamente que não.

— Ela voltará antes do início do inverno, ela me prometeu.

— E se algo acontecer e ela não voltar?

— Eu mesma irei busca-la, apenas dê esse voto de confiança a ela, deixe que mostre que é não mais aquele bebê órfão que chegou ao castelo, ela tem tudo para ser uma alfa, mas isso nunca vai acontecer se ela ficar presa entre as paredes de pedra desse castelo.

— Alfa? Alura que te diz isso? — Emma fez que sim com a cabeça.

— Há mais força dentro dela do que todos nós imaginamos.

 

Sentados no pátio do castelo, Henry e Violet conversavam, nem mesmo as baixas temperaturas os impediam de estarem ali. O jovem Príncipe não teria mais atividades devido as celebrações, e Violet ficaria com o pai no castelo até o final do inverno, já que ele era o maior fornecedor de grãos e cereais do reino e seria o responsável por abastece-lo durante essa estação.

— O que você achou do despertar da Dríade do Pinheiro, Violet?

— Magnífico, no vilarejo a gente também comemora, mas nada se compara a ver de perto, foi lindo, até mesmo quando uma das Rainhas apareceu.

— Você não teve medo?

— Medo não, nas vilas e nas fazendas nós temos muito respeito por Alura e por Athos, mesmo não sabendo como, nós sabemos que as Rainhas estão ali.

— Você não faz ideia de como isso acontece?

— Não. — a garota confessou.

 — Os animais realmente são elas, são suas personalidades, é como se a sua alma tomasse forma e assumisse a aparência de um animal que tem todas essas características, e elas estão ligadas a eles. A minha mãe uma vez me disse que consegue ver através dos olhos de Athos.

— Você também tem um? Um desses animais?

— Não, eu não tenho magia.

— Mas as suas mães...

— Eu sei, mas como elas são filhas de humanos sem magia e possuem magia, acho que também posso ser filho de pessoas que tem magia e não ter ela.

— Mas você nasceu dela, nasceu da magia, pelo menos é o que as histórias contam.

— Contam histórias sobre mim? — perguntou curioso.

— O Príncipe de Luz, era esse o título da que o meu pai me contava.

— Archei me disse que no futuro, quando eu fosse Rei, contariam histórias sobre mim, mas que a maioria seria mentira. — disse sorrindo. — As pessoas nem sempre escrevem a verdade.

— Então porque você não me conta a sua história, porque não me conta a sua verdade? — mas logo após dizer isso, Violet lembrou quem era o seu amigo, e de quem ele era filho. — Quer dizer, a menos que não queira, já deve estar cansado de conta-la para pessoas curiosas. Não precisa Henry.

— Tudo bem, Violet. Na verdade, ninguém me pergunta muito sobre ela, as minhas mães... Você sabe. O que eu sei, foram as minhas mães que me contaram...

 

Bad Blood ♪

Há alguns anos....

— Mamãe, você pode me contar alguma história? — o principezinho perguntou ao ser posto em sua cama para dormir.

— A Regina é a melhor em histórias para dormir. — Emma disse cobrindo o seu garotinho.

— Por favor, mamãe? — pediu com os seus grandes olhos castanhos brilhantes.

— Tudo bem. Bom... Há muitos anos, com a morte do Rei, Fallmountain passou a ser governada por duas poderosas e mágicas Rainhas. Essas Rainhas faziam de tudo por o seu povo, eram boas, honestas, benevolentes e altruístas, e reconhecendo isso, o povo as amavam e respeitavam, só que com tempo, eles começaram a ficar preocupados com o futuro do reino, porque as rainhas não tinham um filho e provavelmente não teriam, você sabe, a coroa, ela é passada de geração em geração, e sem ter um primogênito, quando as Rainhas morressem, o reino ficaria abandonado, e muitas pessoas ruins poderiam tomá-lo, poderiam até mesmo atentarem contra a vidas das Rainhas, afim de deixar o reino vulnerável. Mesmo elas possuindo magia e estando dispostas a defenderem o reino com tudo que tinham, sabiam que não eram imortais, então também começaram a se preocupar de verdade com essa questão.

Um dia, depois de conversar muito sobre o assunto com a Rainha Regina, a Rainha Emma deitou-se para dormir muito preocupada, imaginou até que não conseguiria dormir, tamanho a intensidade de seus pensamentos, mas ao deitar, logo foi acolhida pelos braços de Morpheus.

— Ela tem o seu nome. — o garotinho observou já sonolento.

— Sim, ela tem. Quando a Rainha Emma adormeceu, através de seu sonho, ela foi levada para um bosque cheio de árvores com copas frondosas onde ar parecia cintilar, então continuou andando por aquele lugar encantada com tudo que via, caminhou até parar a beira de um lago, ela não sabia onda estava, não conhecia aquele lugar, mas não sentia medo.

Do outro lado da margem do lago, Emma viu algo brilhar, emitia uma luz azul tão intensa que parecia chama-la, e sem prensar em muito, ela flutuou por sobre as águas, até a outra margem. A medida em que ia se aproximando, a luz parecia tomar forma, apesar do tamanho diminuto, parecia possuir forma humana.

— Olá, Emma. — a fada falou.

— Olá. — respondeu deslumbrada, não se tinha fadas em Fallmountain, ou em qualquer outro reino litorâneo.

— Acredito que você já tenha ouvido histórias sobre mim.

— Blue...

— Sim. Emma, Rainha de Falmountain e Princesa de Enchanted, sei que seu coração anda inquieto, afligido.

— Meu reino... O reino de Regina, ela pode perde-lo por ter escolhido a mim.

— Ela não escolheu apenas você, ela escolheu ao amor, e quando se escolhe ele, a escolha nunca terá sido errada.

— Mas talvez tenha sido errada para o povo.

— O povo, o seu povo, confia em suas governantes, pois sabem que elas sempre farão o melhor por todos.

— Temo que dessa vez não consigamos.

— Não tenhas medo, você é uma criação da natureza, todos nós somos, e ela não falha com quem a respeita e a cultua.

— O que isso quer dizer?

— Durma jovem Rainha, durma e descanse.

Quando Emma acordou, sentia-se renovada, como se seus tormentos não fossem mais seus, o sol que entrava pôr as janelas e por a sacada, lhe banhava ainda na cama, deixando seus cabelos ainda mais dourados, e como mágica, ela soube que o futuro dos reinos estava assegurado.

As Rainhas de Fallmountain ficaram imensamente felizes, estava claro que aquele era um presente dos deuses e de alguma entidade muito maior. Foram três dias de festa nos vilarejos e nos povoados quando os aldeões foram informados de que as suas famílias e casas se manteriam a salvas e seguras, afinal, tinham absoluta certeza de as Rainhas educariam e passariam todas as suas boas premissas para o príncipe ou princesa que estava para nascer.

O bebê real se desenvolvia muito bem dentro da barriga da Rainha Emma, cada vez que ele mexia era como um toque de luz em suas mães. Quando a gravidez se aproximou do fim, a Rainha Emma sentiu que o seu presente já se preparava para vir ao mundo, então os seus pais, os Reis de Enchanted viajaram até Fallmountain para a chegada da criança, Cora, a Rainha Mãe se manteve aposto, a Rainha Regina, a outra mãe do bebê, mal cabia em si, e os aldeões estavam prontos para começar as comemorações em prol do nascimento de uma outra vida.

Em uma escura madrugada em que até a lua e as criaturas mágicas se esconderam, e só as tochas e velas iluminavam o castelo, o bebê real decidiu vir ao mundo.

Emma se contorcia sobre os lençóis e gritava de dor, a Rainha Regina impotente apenas pedia para que ela respirasse fundo e fizesse mais força, o herdeiro ou herdeira do trono teria de nascer aquela noite.

Cora e Snow temiam por Emma e pela criança, e de certa forma, temiam por Regina também, se algo acontecesse a um dos dois, seria a ruina da Rainha, e não eram só elas que estavam preocupadas, a parteira também temia por a vida da rainha e do bebê, e por o seu pescoço também.

— Vamos, faça alguma coisa. — Regina gritou à parteira.

— Estou fazendo, Rainha, mas não depende só mim. – e interrompendo a parteira, mais um grito da Rainha Emma ecoou pelo castelo.

Raios cortavam os céus a cada grito.

— Saia daí. – ordenou a Rainha Regina a parteira.

— Mas Rainha...

— Vamos, saia! — a parteira saiu e Regina assumiu o seu lugar, enquanto Cora passou a enxugar o suor da testa de Emma e Snow a segurar em sua não, a qual era apertada sem dó alguma.

— Emma, força, você precisa fazer mais força. — Regina disse.

— Não vou conseguir, Regina, não vou — disse chorando

— Você vai, nós vamos! — disse segurando as pernas de Emma para mantê-las abertas, e nesse instante suas mãos se iluminaram, era magia, pura magia. A Rainha Regina estava emanando magia e força para a Rainha Emma, que sentiu uma onda de energia subir por suas pernas e se apossar de seu corpo a preenchendo

E mais uma vez, fazendo força, um grito rouco saiu de sua garganta, fazendo com que trovões ribombassem fora do castelo.

— Posso vê-lo, por as ninfas e fadas, eu posso vê-lo.

E com um último esforço, juntado todas as forças de seu corpo cansado, o futuro Rei de Fallmountain veio ao mundo, direto para os braços da sua mãe.

 Com a primeira vez em que os seus pequeninos pulmões respiraram, com a primeira vez em que se fez ser ouvido através do seu choro, uma onda de luz branca encheu o quarto, e transbordando por a sacada e por as janelas, invadiu todo o castelo e o reino, e ao som de trombetas anunciando o nascimento de Henry II, o próximo rei de Fallmountain, a noite tempestuosa se fez um dia radiante.


Notas Finais


Link: https://www.youtube.com/watch?v=wwH33eS1DcE
Bjus e até o próximo capítulo ❤️


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