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História Falls - Maya Chow


Escrita por: DiamondBoy

Notas do Autor


Me perdoe a demora, fim de ano então é meio(muito) corrido.

Capítulo 8 - Maya Chow


Haviam se passado dois dias em suas buscas a Laura, Ed e Luana estavam desolados, não entendiam como ou o que aconteceu com ela. Luana não entendia o que Ed quis dizer com ''Hoje eu e a Lua choramos'', ele não disse mais nada. Luana notava esse distanciamento de seu amigo depois do ocorrido e já havia tentando de qualquer forma saber mais, porém, ele apenas afirmou que foi na hora do pânico, que não havia explicação. No depoimento aos policiais ele parecia realmente em pânico, a confusão em sua cabeça era óbvia e assustadoramente compreensiva, sua amiga de dez anos estava desaparecida como ela poderia querer que ele respondesse as perguntas dos policiais normalmente? É impossível conseguir imaginar alguém agir normalmente após saber que algo aconteceu com uma das pessoas que você ama.

Ed estava sentando em uma das mesas da biblioteca, os fones pendurados por cima da bolsa sobre a mesa, tocavam “count on me”, o garoto nem tinha notado que o tempo do intervalo logo iria terminar, para ser sincero ele realmente não estava ligando para isso, estava de certa forma em luto, ele estava pensando no pior mesmo não querendo, mas o que não lhe saia da memória era aquela senhora dizendo aquilo.

— Vai passar as outras aulas aqui como as quatro primeiras? – A voz de Dylan o surpreendeu em meio a música que tocava ao fundo de seus pensamentos. Dylan se sentou de frente para o menino, retirando os fones do amigo.

— Quatro aulas? - Ed falou surpreso, confuso com a quantidade de tempo que passou ali. ­—Está tudo tão...

— Cinza e sem graça? – Dylan o cortou, deu um riso sem humor e molhou os lábios focando os olhos do garoto. — eu fiquei sabendo sobre o caso da Laura, eu sinto...

— Ela não morreu Dylan. – Ed diz cortando o mesmo, não queria ver o outros tendo os mesmo pensamentos que ele até ver o corpo dela ou tudo se tornaria real.

— Não era pra ser nesse sentindo Ed.

— Mas foi o que pareceu. Eu sei que não encontraram nada, mas ela está viva. - Ed soou convicto surpreendendo a ele mesmo.

— Ed... – O sinal toca, interrompendo a frase, fazendo Dylan olhar para trás e quando sua atenção retornou a Ed, o menino já havia se levantado e pegado sua bolsa, se dirigindo à saída da biblioteca.

Ao sair apressado, Ed bate de frente com Luana, o choque com seu corpo faz tanto ele quanto Luana estremecerem, Luana para e solta um riso sem humor arrumando sua franja, ao lado estava Fernanda o olhando sem nenhuma expressão. Ela não sabia como reagir ou consolar alguém muito bem, então sempre escolhia se manter calada. Ed desvia das meninas e começa a andar já que já que as duas continuaram com o silêncio, ele conhecia sua amiga, Lua queria falar algo e não estava com coragem, mas ele não estava afim d ficar parado em meio a um corredor apenas esperando ela se sentir pronta para falar. As duas garotas decidiram acompanha-lo, uma do lado esquerdo e uma do lado direito do menino que seguia em frente sem se abalar, Luana se curvou e olhou para Fernanda dizendo algo baixo demais para o garoto sequer ouvir, Fernanda devolveu um careta finalmente despertando totalmente a curiosidade de Ed.

— Vocês podiam dizer logo? - Ed soou um pouco mais ríspido do que queria, mas aquela situação não estava melhorando o humor dele.

— Ah! Oi lindo. Então é... – Luana olhou Fernanda em busca de ajuda para abordar o assunto.

— Descobrimos uma pista, na verdade eu. Estava pesquisando sobre movimentos “estranhos” – Fernanda começou fazendo pausa apenas para fazer aspas com os dedos — Em lugares estranhos e eu encontrei uma coisa, e é ai que a coisa fica realmente sinistra, é num manicômio abandonado. - ela terminou refazendo sua careta de quase um minuto atrás.

— Tá, mas o que a Laura iria fazer lá? – Ele perguntou sem nenhuma esperança.

Enquanto passava pelo corredor com as meninas ele avistou Trevor encostado num pilar, falando com uma garota, o mesmo o olhou e lhe lançou um sorriso, Ed desviou o olhar apenas quando Fernanda o cutucou.

— Eu imprimi esses depoimentos de sumiços de ovelhas numa fazenda há alguns quilômetros desse manicômio e eu acho que por mais esquisito que isso seja, ela está ligada a isso...

— Como pegou isso? - Ed a olhou mal contendo a irritação por vê-la provavelmente se metendo em problemas. — Foi em algum site policial? Isso tem cara de ser privado, você invadiu? Você sabe que podemos ser presos? Ou melhor, VOCÊ pode ser presa?

— Eu disse isso a ela, mas ela me mandou calar a boca. – Luana se pronuncia não muito contente com a resposta de sua conquista.

— Sério que esta afim uma hacker? – Ed olhou para ela com uma expressão que transmitia um notório de “está zoando comigo?”

— Cala boca Edson. Enfim, como o dia está favorável hoje, que tal irmos? – Luana dá um sorriso nervoso e mega envergonhado tentando não encarar Fernanda que sorria.

— Hm... Vamos! – Fernanda diz não muito animada, não pela viagem, mas pelo tempo que passaria com eles em si, ela gostava deles, só que não era muito de fazer amizade e preferia ficar na dela pra não ferir ou ser ferida. Eles valiam o risco, mas ela não deixaria eles saberem disso, se soubessem, ela ficaria exposta demais.

— vocês vão me fazer perder as próximas cinco aulas? – Ele diz olhando para frente e notando que estava caminhando para a porta.

— Edson você passou as quatros aulas anteriores na biblioteca, não sei como... – Ela para e um pensamento lhe ocorre, iria mencionar o fato de não parecer que Dylan havia brigado com ele, mas logo notou que tinha chance de que algo diferente teria ocorrido ali. — hummmm Edson...

— Cala a boca Luana. – Fernanda e Ed disseram ao mesmo tempo a cortando.

Os dois seguiram abrindo a porta enquanto a Luana bufava rolando os olhos e indo atrás deles em direção ao estacionamento. A viagem até o local em que a Fernanda havia informado para os dois estabeleceu um silencio total, ninguém se pronunciava mesmo tendo suas próprias opiniões sobre a situação adiante. Para Edson aquele silencio era gritante, ele queria naquele momento gritar, chorar. Queria não sentir esse vazio dentro de si, mas era quase impossível. Fernanda estaciona alguns metros longe de local mas a visão dele era ótima e ela estava certa.

— Vamos?

— Eu... é...

— Espera. Se abaixem!

Edson disse sussurrou observando duas pessoas com jalecos amarelados com alguns papeis em mãos e estavam sorridentes o que fez os três trocarem olhares confusos não entendendo, como aquele lugar estava funcionando se em seu status na internet constava que estava desativado a não ser...

— O que eles estão fazendo? – Luana sem entender murmura

— Clandestino. Por que no papel está como desativado. – Fernanda disse num tom indignado

— Eu vou ver isso. – Edson disse saindo do carro mas ouve os múrmuros de suas amigas o que fez Edson se curvar e olhas elas. — Se algo dar errado, já sabem! Chamem a polícia.

 Edson começou a caminhar se afastando do carro mesmo estando com medo ele precisava saber como funcionava aquele lugar e se realmente aquilo estava ligado a Laura, ao chegar próximo dos limites do local ele. Ele olhou para cima observando várias janelas que indicava vários cômodos, a parede de tijolos estava esverdeada por causa do mofo e os degraus da escada que dava a porta de entrada com seus pisos trincados por causa do tempo ou qualquer coisa que fosse. A luz na varanda estava apagada, ele caminhou em direção a porta abrindo e ouvindo a ranger seus olhos semicerraram um pouco por causa do barulho, seus olhos percorrem o ambiente que estava com luzes acesas mesmo tendo o ambiente em pedaços se poderia dizer assim. Edson entrou por inteiro e estava pronto para chamar alguém mas é surpreendido pela uma das pessoas que havia visto lá fora. Ele a olhou a a mulher que estava com uma caderneta em mãos olhou a mesma e depois Edson.

— Eu vim visitar... – ele é cortado e seu coração palpitava de forma que iria sair pela boca.

— você é amigo da Angel?

— Sou... – Edson diz surpreso e o medo aumentava, ela sabia quem ele era? Ele deu um sorriso nervoso e notou que começou a caminhar.

— Ah! Então venha comigo, Maya amiga dela não para de perguntar de sua amiga tirando o fato de Maya estar piorando cada dia pela falta dela, Todos os dias de seu medicamento ela pergunta, então me desculpas se te assustei! É por que Angel disse que iria ficar algum tempo fora mas logo mandaria alguém para ver como está a Maya.

— Isso, ela me pediu para vim. Porém não me disse por que sua amiga está aqui. Poderia me resumir o estado dela? – Edson disse caminhando pelos corredores sujos e com piso e paredes desgastados e sujos, tirando a iluminação e começa piscar. Era atormentador estar ali.

— Segundo os dados, Maya sofreu um acidente com seus pais deixando apenas ela como sobrevivente isso a deixou em modo catatônico, quem a internou foi sua avó paterna que só a visitou uma vez no dia seguinte após sua internação. Angel me contou que as duas eram como carne e unha e depois que descobriu oque avó de Maya fez ela começou a visitar ela regulamente, o interessante era que todos os momentos que as duas estavam juntas Maya apresentava melhoras em seu estado. – ela parou numa porta amarelada com um vidro quadrado que mostrava o ambiente do outro lado, ela olhou Edson estendendo sua mão. — Sou Madelyne.

— Nossa, quem faz isso com sua própria neta? – Edson pensou alto enquanto caminhava até parar junto com a enfermeira que acabara de apresentar — Edson.

Ele olhou para o lado olhando através da pequena janela de vidro observando uma garota com o cabelo atrapalhando a visão de seu rosto focada ao chão. Ele olhou a enfermeira que balança a cabeça como um vai e ele toca na maçaneta abrindo a porta e entrando, a sensação de estar ameaçado havia voltado que fez Edson manter sua expressão séria. Ele olhou novamente para a janela que agora poderia ver uma parte do corredor e que não via mais Madelyne ele foca a garota que não se mexeu, nem sequer mexeu sua cabeça para ver quem entrou.

— Am... Maya? – ele caminhou se aproximando em passos seguros mas logo parou em sua frente se agachando. — está me ouvindo? Eu sou amigo de Angel, ela me pediu para vim te ver... e – não sabia se tinha coragem de mentir diante essa situação mas era necessário.  — disse que logo voltará para te ver, mas hoje sou eu, tudo bem?

Maya se encolheu mas continuou sem falar ou levantar a cabeça, Ed olhou em volta e no quarto havia apenas uma cama na qual Maya estava sentada e uma mesinha com papel e caneta, o papel estava em branco.

—Maya, eu sei que está com saudades, ela vai voltar. Só quero conversar com você. – Ed forcou mais um pouco, o receio ainda martelando forte.

— A verdadeira face do anjo – Maya sussurrou, Ed a olhou confuso mas tentou focou nas palavras da menina.

— Como assim Maya? – Ed disse se sentando ao lado da menina.

Maya o olhou pela primeira vez desde que ele chegou, Ed olhou seu rosto de boneca maravilhado, Maya era linda, tão linda quanto a amiga, mas as olheiras abaixo de seus olhos os tornavam obscuros, suas bochechas estavam sem cor assim como seus lábios, o cabelo oleoso caia pelos ombros emoldurando uma versão sombria na menina.

— Menino Mau quebrou o coração do meu anjo. – Ela disse olhando nos olhos de Ed. O menino a olhou limpando o bolo que havia formado em sua garganta, a situação estava ficando estranha demais.

— Maya, o que está acontecendo? – Ed indagou.

— Anjo está em perigo, ideias loucas, vingança. Salva meu anjo. – Maya disse, ela soava desesperada e com medo.

— Quem é o anjo? – Ed perguntou, a confusão e o medo ainda rondando sua cabeça. Maya começou a girar a cabeça de um lado para o outro. — Quem é o anjo Maya?

— pare, está doendo. – Ela gritou e colocou as duas mãos no rosto, Ed se desesperou e segurou a menina para ela não se machucar ao se balançar daquele jeito.

Logo a enfermeira entrou no quarto com uma seringa, ela olhou para Ed com raiva e aproveitou que ele segurava Maya para injetar o liquido no braço da garota, não demorou muito para ela começar a amolecer. Ele deitou a menina delicadamente na cama e a enfermeira a cobriu. Madelyne o olhou e indicou o corredor, Ed a seguiu e assim que chegaram do lado de fora, a mulher o olhou com raiva.

— Não deveria ter irritado, provavelmente ela irá piorar ainda mais. Ela precisa da Angel. Onde ela está? – Ed olhou para o corredor, ele não queria responder aquela pergunta, mas não queria deixar Maya desamparada o que aconteceria se ele contasse a verdade sobre Angel.

— Ela está viajando, mas eu voltarei para ver Maya. De repente ela melhora. – Ed respondeu sentindo remorso.

— Se for para irritá-la novamente, não precisa voltar. – A mulher disse e voltou para o quarto.

Ed se virou e seguiu em direção a saída, a palavras de Maya o confundiram, quem seria o tal anjo? Toda a situação parecia tão complicada que a cabeça do Ed doía apenas de pensar no assunto. Ele precisava contar o que ouviu para as meninas.


Notas Finais


Mas um mistério :3


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