Ao completar dezoito anos Teresa Tessal saiu da casa dos seus pais em Oasis Springs para morar sozinha em Willow Creek.
Sua casa era bem simples, a sala não era grande, tinha um sofá velho que Teresa logo resolveu trocá-lo por outro, a televisão não era Smart TV - o que deixou a jovem triste ela gostava de assistir na Netflix as séries Orange Is The New Black e Shadowhunters. A cozinha era no mesmo cômodo da sala, mas era na outra extremidade. Havia também um corredorzinho que levava a um cômodo que Teresa decidiu transformar em um quarto de hóspedes, um pequenho banheiro e a seu quarto/escritório.
A vizinhança era bem quieta. No dia em que Teresa finalmente se mudou, um homem de cabelos castanhos e olhos azuis, a parou e disse:
- Oi, deve ser nova na cidade, não?
Teresa deu um sorrisinho e disse:
- É, sou Teresa Tessal, de Willow Creek. Você é...?
- Laerte Estrano. Se precisar de algo, minha casa é bem ali... Ou melhor vou te passar o meu número - disse Laerte Estrano pegando o seu celular e anotando o número de Teresa e essa fez a mesma coisa. - Preciso ir, tenho que trabalhar, até.
- Até. Bom trabalho!
A casa de Laerte é bonita, pensou Teresa, deve ser rico, concluiu.
A casa de Teresa estava um tanto empoeirada e por isso quando ela pôs os pés na casa nova, foi fazer uma faxina revitalizadora, e, após isso ela estava cansadíssima e precisava arrumar uns livros, montar a estante e desempacotar a escrivaninha.
Cansada, Teresa tomou uma ducha quente para relaxar os músculos e fez massagem em si mesma, pois não tinha nem a mãe Leonora Tessal, nem o pai Oswaldo Tessal e nem um namorado para lhe fazer esse agrado. Depois ao anoitecendo, a jovem fez um café e foi procurar um emprego de escritora e conguiu. Desde pequena Teresa sempre amou ler e escrever e estava absorta no seu romance, A Cor da Ambição e o Cheiro do Pecado, que escrevia desde três meses antes do seu aniversário de dezoito anos, e ela conseguira o emprego de escritora.
Mais tarde, a campainha tocou. Era Laerte. Ele estava vestido com uma camisa vermelha, calça preta e um simples tênis preto, já Teresa uma regata cavada e uma calça.
- Desculpa vir sem avisar. Eu queria conhecer melhor você, então vim tebperguntar se você quer dar uma volta pela cidade - começou Laerte.
- Laerte, me desculpe, mas eu estou muita cansada, e tenho que fazer algumas coisas ainda, não vou poder ir... - disse Teresa.
Laerte a imterrompeu.
- Então, deixe-me ajudá-la.
- Não, não precisa Laerte.
- Não eu a ajudo - disse Laerte entrando.
- Se você não se incomodar... - disse Teresa - Gostaria da sua ajuda.
Laerte disse:
- O que precisa ser feito?
- Montar uma estante e uma escrivaninha, e arrumar os livros.
Laerte foi montar primeiro a estante. Ele trabalhou nisso uns vinte e cinco minutos e depois arrumou os livros, separando-os por cores e tamanhos. Uma vez montada a estante e arrumado os livros, Laerte montou a escrivaninha que foi uns quinze minutos e ainda por cima ele arrumou o computador.
Depois de tudo certo Teresa e Laerte se sentaram no sofá para conversar.
- É tão estranho - começou Laerte olhando para o nada.
- Nós nem nos conhecemos direito e você está sentado no meu sofá? - perguntou-lhe Teresa.
Laerte olhou para a jovem admirado.
- Como sabia?
- Acredite, eu ia dizer isso agora a pouco - explicou Teresa. - Não que eu me incomode que você esteja sentado no meu sofá - acrescentou rapidamente.
- O que você quer saber sobre mim? - perguntou Laerte à Teresa.
Teresa virou sua cabeça para encarar Laerte e esse também virara.
- Tudo - foi o que ela disse.
- OK - disse Laerte voltando a olhar para o nada. - Meu nome é Laerte e fui nascido e criado aqui. Trabalho no laboratório desde os dezoito anos. Eu sou um pouco ambicioso, por isso minha Lua está em Capricórnio. Minha mãe é meio louca e seu nome é Adalberta, meu pai morreu a séculos. Eu amo beber cerveja e sou canhoto, leio pouco e sou meio infantil às vezes, ou gótico ou geek, até nerd, eu sofri muito preconceito na escola por causa que usava óculos - disse rapidamente ele. - E você? - completou voltando a olhar para Teresa.
- Você não disse tudo - disse ela encarando-o os olhos.
- Como - Laerte falou confuso.
- Não disse nem quanto anos você tem e nem que dia é o seu aniversário - explicou ela.
- Vinte quatro anos, faço vinte e cinco amanhã, dia 14 de Outubro - disse Laerte.
Teresa pareceu admirada.
- Nossa!
- Sim, mas "E você?" - disse ele.
- Meu nome é Teresa, o óbvio. E completei dezoito anos dia sete e fui nascida e criada em Willow Creek. Amo ler e escrever, atualmente estou escrevendo o meu romance, A Cor da Ambição e o Cheiro do Pecado, e estou lendo A Frieza do Cinza de Sam McFry. Minha duas séries preferidas são Orange Is The New Black e Shadowhunters. Minha mãe se chama Leonora Tessal e meu pai Oswaldo Tessal. Também sou canhota e sou meio hippie, e gótica, e emo, e ligada a natureza. - ela disse.
Laerte tomou conta do jantar, uma pizza portuguesa com cebola, eles comeram e depois o jovem fez massagem em Teresa.
Laerte voltou em casa para dormir, mas sua mãe teve uma crise e só deu tempo dele pegar seu pijama, e voltou para casa de Teresa para dormir no quarto de hóspedes...
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