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História Family - Capítulo 13


Escrita por: 2Minute

Notas do Autor


Oi, meus amores! Espero q estejam bem ^^ desculpem por ter sumido, mas está uma correria enorme esse ano (sorry ;-;) e esse cap não é nada de mt "woooooah que foda" está mais pra "eh pelo menos ela postou alguma coisa ('-')" msm assim espero q gostem X3
~desculpa qlqr erro~
~Ladyboo ❤

Capítulo 13 - Capítulo 13


Jaehyun POV.

 

 

Mesmo após um mês de incansável procura não conseguimos encontrar Jisung. Mas Tae me impedia de perder as esperanças dizendo "Nosso filho está por aí, esperando por nós, e vamos encontrá-lo". Por mais comovente que fosse o otimismo dele eu não me deixava convencer. Já tinha aceitado o fato de nunca mais reencontrar o meu filho.

 

Claro que não foi uma tarefa fácil. Nos primeiros dias eu ainda acreditava que ele estava ao nosso alcance, mas depois da quinta patrulha policial por uma região suspeita - que não resultou em nada - não me sentia mais capaz de pensar em reencontrá-lo. A partir desse momento, toda vez que entrava no quarto de Jisung sentia um vazio imenso. Um buraco no meu peito que não poderia ser preenchido.

 

Esse vazio ficou mais intenso à medida que a insônia tomava conta de mim. Noites em claro me faziam refletir sobre tudo que eu devia ter feito para evitar que isso acontecesse. Os únicos momentos em que minha mente teve descanso foram quando Tae me obrigou a tomar calmantes e antidepressivos. Ele os ingeria como se fossem balas, por conta das constantes crises de choro. Isso só piorava o sentimento de culpa, pois diferente dele e de Mark - que estava provisoriamente sob nossa guarda até a conclusão do processo de adoção - eu não chorava. As lágrimas não vinham mais como nos primeiros dias.

 

A psiquiatra que estava nos acompanhando - por causa de Tae - disse que era uma reação normal. Só queria saber desde quando. Afinal é bem comum o seu filho desaparecer e você não esboçar uma reação sequer. Deve ser alguma piada, muito sem graça por sinal. E tudo isso rondava minha mente. 24 horas por dia. 7 dias por semana. Sem descanso.

 

Essa é mais uma noite que passo em claro. Taeyong dorme pesado por conta dos remédios. Me levanto e ando pela casa, como um fantasma a espera de seu descanso. Passo pelo quarto onde Mark está dormindo também. Entro para lhe cobrir e saio novamente para continuar perambulando pela casa. Passo por todos os cômodos e me demoro na sala. Alguns porta retratos contêm fotos minhas e de Tae, das viagens que fizemos. Os mais novos exibem um trio sorridente, composto por mim, Tae e Jisung.

 

- Parece que faz tanto tempo... como se tivesse sido em outra vida - sussurro para mim mesmo.

 

- Parece mesmo. - ouvi alguém dizer atrás de mim - mas isso vai acontecer de novo, porém, terão quatro sorrisos ao invés de três. - virei-me e encontrei meu marido parado ao pé da escada.

 

- Pensei que estivesse dormindo.

 

- Eu estava, mas acordei e vi que você não estava lá e vim te procurar - disse ele vindo em minha direção. O abracei e ficamos os dois parados encarando as fotos.

 

- Você vai ver. Nós vamos encontrá-lo, Jae. Acredite.

 

- Não consigo. - respondi envergonhado, e levemente frustrado. Isso não pareceu surpreendê-lo.

 

- Você consegue. Eu sei disso. Você também sabe disso. Só está abalado demais para admitir.

 

- Será mesmo? Ou eu sou uma pessoa incapaz de ser otimista, de procurar ver alguma coisa boa em meio ao caos? Acho que é a segunda opção.

 

- E por que acha isso? - perguntou ele olhando para mim.

 

- Tae, desde a segunda vez que o detetive nos deu falsas esperanças eu não consigo mais acreditar que ele esteja por aí. Porque ele realmente pode não estar mais. Apesar de todo seu otimismo temos que considerar essa possibilidade.

 

- E você acha que eu não considero? Você acha que todos os dias quando acordo eu penso "meu filho vai aparecer"? Claro que não! Eu tenho medo de ligar a televisão e me deparar com a notícia... com... você sabe. Mas eu me obrigo a não pensar nisso. Eu faço minha mente imaginar o nosso reencontro, e isso me dá forças. - nesse ponto lágrimas umedeciam seu rosto. Isso me fez sentir mais culpado ainda.

 

- Sei que você também quer isso, Jae. Eu sinto. Mas... você já considerou que isso pode ser medo? Esse seu bloqueio todo, pode ser medo?

 

Não respondi sua pergunta. Seria isso? Mas medo de quê? Claro que temo pelo meu filho, mas seria esse o motivo?

 

- Claro que é. - respondi - tenho medo do que podem estar fazendo com ele, tenho medo por ele.

 

- Não foi o que eu quis dizer.

 

- Então o que mais seria?

 

- Decepção. Medo de... se imaginar com ele de novo, mas não encontrá-lo. Medo de pensar em nós quatro juntos, mas se deparar com a notícia da morte dele. Já pensou nisso?

 

- Não é isso.

 

- Tem certeza?

 

Mais uma vez não respondi sua pergunta. A conversa tinha me deixado irritado, pois novamente percebi que sou um monstro. Que não consigo mais demonstrar emoções. Me dirigi para a varanda, precisava tomar um ar. Tae não me seguiu. Ficou na sala, mas sentia o peso de seus olhos sobre mim.

 

Do lado de fora, o frio da madrugada bagunçava meus cabelos enquanto a lua iluminava o céu. As nuvens encobriam as estrelas, mas algumas se faziam presentes. Me sentei em uma cadeira e fiquei olhando. Nada em específico. Olhava o céu. A rua. As casas. Nosso jardim. E repassava nossa conversa em minha mente.

 

Pensei então no que Taeyong dissera. Seria medo de me decepcionar? "Talvez de se decepcionar de novo" disse minha consciência "afinal, se decepcionou consigo mesmo após deixar isso acontecer com seu filho. Outra decepção veio quando não conseguiu encontrá-lo". Seria isso mesmo?

 

Estava tão distraído que nem tinha percebido que Tae tinha saído e que segurava a minha mão. Meu rosto estava molhado e minha respiração acelerada. Um nó se formou em minha garganta. Queria falar e não conseguia. Queria gritar, mas isso parecia impossível. Olhei para o meu marido em busca de alguma solução. Ele apenas acenou positivamente.

 

Após isso lágrimas inundaram meu rosto e soluços escapavam de minha traquéia. A dor e o vazio, que antes pareciam inofensivos, agora intensificaram a crise. Tae não fez nada para me conter, apenas me abraçou. Ficamos assim por um bom tempo. Quando consegui me acalmar o sol estava nascendo.

Enquanto a crise passava pensei em como Tae se mantia forte, apesar de ter os mesmos receios que eu. Não era justo ele lutar sozinho.

 

- Vamos para a cama? - perguntou ele.

 

Apenas acenei afirmativamente.

 

- Se sente melhor? - perguntou novamente.

 

Repeti o gesto e entramos. Após nos deitarmos segurei suas mãos e olhei em seus olhos, finalmente minhas cordas vocais voltaram a obedecer.

 

- Nós vamos encontrá-lo. - disse a ele, pouco antes de adormecer. 

 

 

 


Notas Finais


Eh.. foi isso.. desculpem os capítulos cada vez mais bosta t^t (nas férias isso melhora gnt, prometo) amo vocês ❤❤
Beijinhos coloridos 😘😘
~Ladyboo


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