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História Family - Capítulo 14


Escrita por: 2Minute

Notas do Autor


Meus amoreeeeeees!
Voltei, trazendo bomba
Lembram-se de que amo vocês *prometo postar um cap extra para os leitores e por isso não terão notas finais*
~Ladyboo ❤❤

Capítulo 14 - Capítulo 14


Jisung POV

A fresta de luz que vinha da soleira da porta me despertou de mais um sono sem sonhos. Não sei quanto tempo já teria se passado, pois o quarto era todo fechado e a única iluminação provinha da lâmpada do corredor que lançava raios tímidos por baixo da porta. Não sabia em qual estado me encontrava, mas tinha certeza de que estava bem mais magro por conta das refeições puladas. A comida que eles me davam era horrível, tinha certeza de que era ração para algum tipo de cachorro. 

Depois do dia em que Yuta atirou naquele homem nunca mais me tiraram daqui. Estão apenas tentando me manter vivo. E eu ainda penso em como poderia sair. Já tentei diversas vezes libertar minhas mãos, mas o nó que as prende é forte demais. Talvez, se eu continuar emagrecendo dessa forma, consiga soltar uma delas. 

"Será que vale a pena tentar mais uma vez?" penso comigo. "Talvez... se eu tentasse puxar um..." e de repente um barulho de estralo e uma dor lancinante. Conseguia ainda mover a mão, mas com muita dificuldade, pois todo o movimento que eu fazia doía demais. "Ótimo quebrou o punho, parabéns Jisung. Mas... pode ser que agora eu consiga."

Com a mão direita praticamente inútil por causa da lesão o laço ficava mais frouxo, permitindo que eu a puxasse. A dor era muito forte, era como se um impulso elétrico passa por todo o meu corpo enquanto o local de origem ardia como se estivesse pegando fogo. Tive que fazer muito esforço para não soltar um ruído, mas era impossível segurar as lágrimas que escorriam. Depois do que pareceu uma eternidade consegui puxar a mão e livrar a outra.

O próximo passo era libertar os pés. Com a mão boa consegui soltar o nó, mas foi tão complicado quanto os braços. Era possível sentir as marcas da corda, de tão fortes que estavam. Isso provavelmente estava inchado, porém esse não era o momento para pensar nisso, precisava encontrar qualquer janela, ou buraco por onde pudesse sair.

Depois de tanto tempo naquele breu meus olhos já haviam se costumado e o pouco de luz que entrava no cômodo era ajuda suficiente. Agora que podia me movimentar ficava mais fácil de olhar o lugar onde estava. Era como eu pensava, um quarto não muito grande, com uma única porta e uma janela com pedaços de madeira pregados.

“Maravilha, de que adiantou quebrar a mão se agora não posso usá-la. Sem contar que vai ser impossível eu tirar isso daqui. É isso, não tem jeito. ” estava quase desistindo quando resolvi andar novamente pelo lugar apertado e acabei esbarrando em uma caixa. Para minha sorte o impacto não provocou nenhum ruído, mas infelizmente cortou minha canela.

Apesar do nervosismo resolvi tatear o interior da peça de madeira, com sorte poderia encontrar alguma coisa para remover os pregos da madeira e abrir um buraco por onde me esgueirar e sair.

“Por favor, por favor, que tenha alguma coisa útil” e como se minhas preces fossem atendidas encostei em algo gelado, seu formato me lembrava algo familiar. Um martelo. Perfeito.

Tomando muito cuidado para não esbarrar em mais nada que pudesse estar pelo caminho cheguei até a janela. Com a mão machucada procurei onde estavam os pregos, para poder removê-los com a mão boa.

Foi difícil retirar os pregos, mesmo os que estavam mal colocados, sem fazer nenhum barulho. Suor escorria pela minha testa e minha camisa começava a colar no corpo. A primeira tábua saiu depois de muito tempo, revelando um céu no meio do pôr do sol, e o espaço que ela cobria era o suficiente para eu passar. Sempre fui muito magro, e depois de tanto tempo sem me alimentar direito devia estar mais magro ainda. Porém, ainda tinha um problema, a altura do lado de fora.

Sentia meu corpo todo tremer, tanto de medo quanto de excitação por finalmente estar saindo dali. Coloquei a cabeça para fora, olhei para os lados para me certificar que não tinha ninguém olhando, e por fim olhei para baixo. Uma onda de alívio percorreu meu corpo quando percebi que estava no piso térreo. A distância da janela até o chão era ridiculamente pequena, por isso não teria problema.

Para a minha sorte, a casa era do estilo americano e não possuía portões nem cercas, o que facilitaria demais o processo de fuga. Fiquei na ponta dos pés para poder lançar meu corpo pelo espaço da janela. Estava quase passando as pernas quando ouvi passos se aproximando. Não era ninguém do lado de fora, e sim do lado de dentro. Deviam estar levando meu jantar. Meu coração acelerou e eu congelei por um momento. Uma parte de mim tinha certeza de que seria pego e morto na hora, mas outra (um pouco mais forte) me deu forças para terminar de passar pela janela.

Assim que aterrissei do lado de fora a adrenalina que corria pelo meu sangue me ajudou e enxergar uma bicicleta parada há uns três metros da janela. Corri para o local o mais rápido possível. Eles ainda não tinham entrado no quarto, pois não ouvi gritos nem nada parecido. O silêncio reinava, e isso realmente me deixava assustado.

Saí do quintal andando ao lado da bicicleta, apenas a montei quando já estava na via asfaltada. Pedalei o mais rápido possível e apenas uma coisa passava pela minha cabeça: precisava achar uma delegacia. 



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