Jaehyun POV.
Fui em direção às portas da delegacia e quando vi a cena minhas pernas perderam a força. O barulho que ouvimos foi um tiro. Disparado contra nosso filho. Mark estava deitado de costas para o chão em cima da poça de seu próprio sangue. Meu mundo parou naquele momento. O único som que ouvia era o grito de Tae. Não era possível. Isso não podia estar acontecendo.
Duas viaturas saíram correndo do estacionamento, perseguindo quem tinha atirado. Minha vontade era colocar ele no carro e voar para o hospital mais próximo, mas fomos auxiliados a esperar uma ambulância.
O tempo de espera pareceu uma eternidade, mas se passaram apenas cinco minutos. Mark ainda respirava, mas com muita dificuldade. Quando o socorro chegou fui acompanhando dentro da ambulância e Tae nos seguiu de carro junto com Jisung. Eu precisava me manter forte para ele. Precisava mostrar minha força para Mark.
Chegamos rápido ao hospital e ele foi direcionado para a sala de cirurgia. Agora tínhamos que esperar.
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Taeyong POV
Por quê? Por que meus filhos? Por que minha família? O que eu teria feito de errado para receber essa punição?
Jae segurava uma de minhas mãos e abraçava Jisung com a outra. Tínhamos acabado de encontrar Jisung e agora estávamos aqui. Tensos e tristes novamente. A impressão que eu tinha era de que esse buraco em meu peito nunca seria fechado.
Na noite em que Mark foi baleado, os policiais alcançaram o carro do homem que tinha atirado. Descobrimos depois, através do Sr. Kim que eles eram traficantes de crianças para prostíbulos de todo o mundo. Os desgraçados foram presos e a polícia começou a procurar pelas crianças capturadas. Mas isso não me fazia sentir melhor. Isso não cicatrizava a ferida.
Jisung dizia que a culpa era sua, que ele não deveria ter fugido, pois Yuta – o chefe da quadrilha – disse que punia quem não obedecesse a ele. Explicamos várias vezes que a culpa não era sua, mas sinto que ele ainda não aceita isso.
Jae apenas chorava todas as vezes que olhava para mim e pedia desculpas por não ter mantido eles a salvo. Ele apenas parou depois que eu disse que não era nossa culpa e que agora Mark poderia encontrar com a mãe que ele tanto amava.
- Ele vai descansar agora meu amor. E nós vamos lembrar do nosso filho e vamos ficar felizes por ele estar em um lugar melhor do que esse mundo cheio de atrocidades. – ele acenou positivamente e apertou minha mão com força. Depois que o caixão foi fechado os funcionários do crematório começaram a se preparar para a cremação.
Saímos de lá atordoados. Um dia encontramos nosso filho, e no mesmo dia perdemos o outro. A vida é injusta demais. Não sabia como recomeçar, mas sabia que tinha com quem contar. Olhei para o meu marido, que tanto amo, e para o meu filho:
- Eu amo vocês. E amo o Mark também. Mais do que tudo na vida. E agora precisamos continuar. Por ele.
- Por ele. E por nós. – respondeu Jae, me abraçando.
- Vamos ser fortes por você, Mark. Vamos ser tão fortes quanto você. – disse Jisung.
Jae sorriu levemente, seus olhos ainda estavam carregados de tristeza, mas esse pequeno gesto me trazia esperanças. Antes de entrar no carro olhei para o céu. “Onde quer que você esteja, espero que esteja feliz, tão feliz quanto nos fez nesse curto espaço de tempo. Amo você, querido.” Finalmente entrei no carro e fomos para casa. Tentar recomeçar nossas vidas.
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