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História Family - Capítulo 9


Escrita por: 2Minute

Notas do Autor


Olááá amores ^^ esse cap ficou um pouco extenso, mas espero que gostem mesmo assim :) boa leitura ~Ladyboo ❤❤

Capítulo 9 - Capítulo 9


Mark POV.

- O delegado irá vê-lo agora, querido. – disse a senhora da recepção. Ela ainda parecia chocada com a denúncia que eu havia feito. Parecia até mesmo descrente. A porta da sala de depoimentos foi aberta por um homem usando uma camisa social e uma gravata levemente solta. “Deve ser ele” presumi.

- Entre, garoto. – obedeci a ordem e adentrei o cômodo. Não era nada diferente das salas de depoimento retratadas em filmes. Era branca, o piso imitando cimento, havia um espelho falso do lado oposto a porta. No centro da sala havia uma mesa com duas cadeiras, uma de cada lado. Uma estava coberta por um terno, portanto era a do delegado, e a outra provavelmente era para mim. Reparei que em todos os cantos superiores da sala havia câmeras de segurança. Me perguntei se elas eram capazes de registrar sons também. Mas descartei esse pensamento assim que vi um pequeno aparelho no centro da mesa. “Isso deve ser um microfone” pensei.

- Sente-se, por favor. – disse ele quebrando o silêncio. Me dirigi a cadeira puxada por ele, em frente ao espelho falso. Assim que me sentei ele voltou a falar. – Sou o Sr. Kim, como já deve saber. – assenti com a cabeça, concordando com sua afirmação – Parece que você tem uma denúncia bem séria a ser feita, não é mesmo? Mas antes que você me conte tudo o que aconteceu, devo avisá-lo que se isso for um trote seus pais pagarão um preço bem alto por isso, porém, se você for maior de idade, você responderá por isso, entendeu?

Assenti novamente. Eu realmente queria que isso fosse apensa uma brincadeira. Mas infelizmente, enquanto ele tentava me assustar, meu amigo estava correndo perigo. Então ele retirou um pequeno bloco de anotações.

- Vamos começar pelo seu nome. – disse ele encarando o bloco enquanto destampava a caneta.

- Me chamo Lee Mark, tenho 18 anos e farei 19 em Agosto. – essa simples resposta fez com que o homem me encarasse como alguém encara um fantasma. Tentei encontrar algum erro no que eu havia dito, mas antes que chegasse a uma conclusão ele disse:

- Lee? Lee Mark? Filho adotivo de Lee SooMan?

- Sim, senhor. – droga. Ele deve saber alguma coisa sobre o meu pai. Será que ele estava me procurando? E se estivesse mesmo, com certeza estava uma fera, afinal ele nunca faria isso porque se importa comigo.

- Acredito que essa será uma longa conversa. Vou pegar um café para mim, você gostaria de algo? – perguntou ele indo para a porta. Respondi que queria um copo de água. Em pouco tempo ele voltou e recomeçamos a conversa – Antes que você me conte preciso fazer algumas perguntas. Por favor as responda com sinceridade.

Ele começou então a perguntar diversas coisas com relação a minha vida no orfanato e depois da adoção. Perguntou como era a minha relação com meus pais, e por mais que estivesse com medo de contar como esses anos tinham sido não segurei o impulso de contar exatamente o que disse ao Jisung. Uma voz na minha cabeça me advertia por estar fazendo isso, lembrando a mim mesmo o castigo que receberia caso meu pai soubesse disso. Porém, outra voz me encorajava a fazer isso, dizendo que já tinha passado da hora de revelar às autoridades.

Durante meu falatório não houveram interrupções. Ele ouviu atenciosamente e anotou tudo o que eu dizia. Assim que terminamos com as perguntas relacionadas aos meus pais tive a permissão para contar o que me levava a delegacia. Novamente, contei todos os detalhes e ele ouviu atenciosamente. Mas dessa vez fomos interrompidos por uma batida na porta, por sorte eu já tinha acabado meu depoimento. Um homem mais jovem que o delegado entrou na sala carregando uma pasta cheia de arquivos. Em seguida os dois saíram, deixando-me sozinho.

Meu coração ainda estava acelerado, mas agora tinha outro agravante. Eu contei tudo a um oficial da polícia. Todos os maus tratos, todos os vícios de meu pai. Se ele soubesse, eu seria morto. Pareceu ter passado um século até que o Sr. Kim retornou à sala.

- Garoto, venha comigo. Precisamos ir a um lugar. – disse ele pegando o terno. Saímos do prédio e fomos em direção ao estacionamento. Um calafrio percorreu minha espinha só de imaginar o que aconteceria comigo se fosse visto chegando em casa acompanhado por um policial. – Precisamos ir em um lugar, entre. – disse ele abrindo a porta do passageiro, obedeci e sentei no banco afivelando o cinto. Ele entrou no carro e deu partida. Enquanto ele dirigia, de forma apressada até, pensei nas diversas desculpas que poderia usar para justificar a situação ao meu pai. Mas percebi tarde demais que não estávamos indo para a minha casa.

Nos dirigimos a um bairro residencial e o Sr. Kim estacionou na garagem de uma casa.

- Fique aqui. – disse ele antes de sair. O delegado tocou a campainha e pouco tempo depois entrou na casa. Tive vontade de sair do carro e começar a procurar por Jisung, mas algo me dizia que eu devia esperar no carro.

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Taeyong POV.

“Jisung? Jisung? Volte aqui! Eu disse para ficar perto de mim! Onde será que ele estava? Sabia que não era uma boa ideia ter vindo ao parque de diversões uma hora dessas. Estava muito cheio, agora eu tinha perdido meu filho. JISUNG!! Gritei com todas as minhas forças, mas aparentemente ninguém ouvia. Foi então que ouvi algo, como se fosse um sussurro que ficava mais alto de forma gradual ‘Papai? Papai! PAPAI!’ Segui o som até chegar a casa dos espelhos. Sem hesitar corri para o lado de dentro, para o meio do labirinto de espelhos. Variações bizarras do meu reflexo cercavam-me. Porém, um espelho não refletia minha imagem. Um espelho mostrava um rosto jovem. Uma criança. Mas não uma criança qualquer. Era Jisung. Corri para onde ele estava, mas assim que me aproximei a imagem no espelho era minha. Olhei em volta e a cena se repetiu. O medo, a raiva e a tristeza tomavam conta de mim. A última vez que corri em direção a imagem do meu filho o espelho quebrou-se com meu toque.”

Despertei do pesadelo ofegante e todo suado. Desde que Jae me deu aquele remédio para dormir tive sonhos assim pelo menos umas 4 vezes. A primeira vez tinha sido em um shopping, com Jisung perdido em uma das lojas. A segunda em um bosque, com árvores altas e fechadas. A terceira na escola do meu filho, nesse pesadelo eu sabia que ele estava em uma das salas, mas era incapaz de alcança-lo. E esse tinha sido o último. Decidi beber um copo de água e talvez ficar na sala com Jae. Numa hora dessas precisávamos um do outro mais do que nunca.

Levantei-me da cama com muita dificuldade. Todos os meus membros doíam, como se eu tivesse corrido uma maratona. Meu corpo estava cansado, mas minha mente estava mais. O sentimento de culpa não abandonava meu subconsciente, minha mente vagava pensando em todos os lugares em que podíamos procura-lo. Lágrimas inundaram meus olhos, e a imagem de um Jisung sorridente em minha mente apenas intensificava o choro. Assim que consegui me controlar atravessei o quarto e desci para a cozinha.

Chegando lá me deparei com um Jaehyun exausto. Seus olhos estavam abertos, mas ele não parecia estar acordado. Olheiras de preocupação se faziam presente debaixo de seus olhos, que encaravam a mesa quase vazia, se não fosse por um copo de água. Reparei que em suas mãos havia um papel.

- O que é isso? – perguntei apontando para o que ele segurava. Só então ele percebeu que eu estava no mesmo cômodo. Ficou surpreso por um momento, mas voltou ao estado vegetativo em questão de segundos.

- Isso... é uma foto. – respondeu de forma automática, como se tivesse sido programado para isso – O Sr. Kim... ele... precisava falar com a gente... – disse novamente apontando para um homem apoiado na pia.

- É uma pena ter que encontra-los em tais circunstâncias, senhor – disse ele se curvando respeitosamente para me cumprimentar. Fiz o mesmo e pedi explicações. O Sr. Kim disse que era melhor eu me sentar, pois elas podiam ser um tanto chocantes. Assim que me posicionei ao lado de meu marido o homem começou a falar. Enquanto ele terminava o relatório senti minhas esperanças deixando meu corpo, assim como a força que me fez levantar da cama minutos antes.

- M-Morto? – perguntei.

- Sim, senhor.

- C-Como? Quem fez isso?

- Ainda estamos investigando, mas depois deum depoimento as coisas ficaram um pouco mais claras. Acreditamos que esse homem estava envolvido com agiotas e donos de cassinos.

- E quem foi que deu esse depoimento? – perguntei, relutando em acreditar que isso tudo estava acontecendo.

- O filho dele. – respondeu Jae entregando a foto do garoto.

- O que? – questionei mais uma vez.

- Eu... eu contei ao Sr. Kim. – ouvi uma voz que não estava na conversa antes. Ela vinha da porta que dava acesso à sala de estar. Próximo ao batente havia um garoto, um pouco velho que Jisung. Apenas depois de encara-lo por um tempo percebi que era o mesmo da foto.

- Eu falei para esperar no carro - disse o Sr. Kim, mas não dei atenção a ele. Eu continuava encarando o garoto.

- Você... v-voc... – nem meu cérebro, nem minha boca eram capazes de funcionar nesse momento. Por sorte o garoto completou meu raciocínio.

- Eu sou Lee Mark, amigo de Jisung. 


Notas Finais


Bom, estou postando esse cap no meio da madrugada pq estou realmente ansiosa para saber a reação de vocês, por isso peço desculpas pelos erros (são culpa do sono x-x aushaushuash) espero que tenham gostado XD
*e se você gosta do shipp SungJoy do We Got Married (ou conhece alguém que gosta) recomendo essa fic >https://spiritfanfics.com/historia/unintentional-7955618< escrita por mim XD (tô panfletando msm u.u) e que será att em breve* AH E VISITEM NOSSO PERFIL PARA CONHECER AS OUTRAS FICS: https://spiritfanfics.com/perfil/2minute
Beijinhos coloridos
~Ladyboo 😘 😘


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