História Fanáticos - One

" - Corre, corre Anny. Merda.
Estava em uma floresta escura, parecia com Belly's, havia muitas árvores alta que não deixava a claridade da  lua cheia penetrar. Só conseguía ouvir Joe gritar comigo."

- Vamos Anny, acorde. - E minha mãe mexia comigo em minha cama. Abri os olhos devagar, deixando minha pupila se contrair vigorosamente. Ao abrir os mesmo, dei de cara com ela. Usava um vestido preto, de cetim. O vestido era estranho, de mangas longas, comprido e combinava com o lenço que estava amarrado em seu pescoço.

- Por que me acordou? - Bufei, por que malditos motivos era iria me acordar em um sábado de manhã? Merda! Hoje tem igreja.

- Trouxe café da manhã amor. - Revirei os olhos diante daquele quase banquete. Tá, podem pensar que sou mal agradecida, mas tive outras duas irmãs, Merilayne e Carolayne. As duas foram privilegiada a vida toda, como sou a mais nova sempre peguei o resto. Elas mandavam em mim, me humilhavam e até roubavam minhas moedas toda vez que perdia um dente. Quando as duas se foram, aliás obrigado, minha mãe sem opções começou a me bajular. Mas eu sempre ficava trancada, não gostava de descer para tomar um café da manhã com meus pais, pois ambos eram fanáticos por religião.

- Não se preocupe, você vai na igreja conosco. Irá arrumar e limpar cada canto dessa casa, já que suas irmãs vão vir. - Ótimo! Acordei no meu sábado já de pé esquerdo.

Assim que minha mãe terminou de falar, ela saiu. Se fosse um ano atrás, provavelmente estaria chorando agora. Mas já estou acostumada. Aliás é melhor eu ir arrumar as coisas. Não tô afim de ler a bíblia sobre cacos de vidro.

Após umas duas horas, já tinha terminado tudo. Menos as louças. E foi quando minha mãe chegou, estou fodida.
- Você é imprestável mesmo, que raiva. Não posso confiar em você? Se fosse suas irmãs estaria tudo lindo. - Ela gritou, alto. Por mais que estivesse acostumada, aquilo doía. Ela se aproximou de mim, e quando olhou nos meus olhos me deu um tapa. Fechei os olhos e segurei as lágrimas, senti o local do tapa esquentar. E como sempre, meu pai só assistia.

- Vai  ler a bíblia sobre cacos de vidro agora! - Ela apontou para um quarto, caminhei até o mesmo. Morta de raiva, obedeci. Ao entrar, reparei no tanto de espelho, do chão até o teto. Um quadrado feito de madeira para polida cheia de cacos. Me ajoelhei sobre eles, já chorando. A dor é insuportável, doía muito.

- Só saia daqui quando eu mandar, sabe que te vigio, se sair dos cacos quebro um na sua cabeça. Leia a bíblia. - Ela me entregou a bíblia e saiu, me deixando sozinha.