História Fãndertale - Visões

Não consigo mais mexer meu corpo, começo a entrar em desespero...

GAME OVER

Não conseguia ver, sentir, tocar, nem sabia como eu estava vivo. Mas uma voz me chamou, vindo de um lugar distante, longe. Era uma voz doce e suave, parecia que ele, ou ela, estava chorando...

- Não desista ainda, Alex, por favor, tenha determinação!

Acordo como se alguém estivesse me estapeado e jogado um balde de água na minha cara, por alguns segundos, perdi a consciência do que estava acontecendo, mas fui voltando ao normal, como se toda aquela dor e desespero que eu tive a alguns minutos atrás fosse apenas um sonho ruim.

WOW, eu acho que sou a primeira pessoa que morreu e pode contar como foi. Foi a pior sensação que eu já senti na minha vida, foi por alguns segundos, mas pareceu uma eternidade. Eu senti meu corpo inteiro se desgrudando, cada parte, cada átomo do meu corpo sendo dividido e quebrado de novo, e de novo, e de novo...

Agora que começo a perceber, que parar de prestar atenção em uma coisa para pensar em coisas idiotas acabou causando MINHA MORTE. Parabéns, Alex, seu retardado, continua dormindo no meio de uma batalha que você vai se sair muito bem.

Olho a minha volta, estava no meu último save, onde Toriel foi preparar a torta e me deixou sentado esperando... Agora estava deitado, olhando para o teto das ruínas, deu para perceber que aranhas e bichinhos estavam verificando para ver se eu estava morto, um pensamento distante pensa em espanta-los com uma vassoura, e outro pensamento mais distante me lembra de quando matei todos os seres vivos das ruínas. Eu deixo esta ideia de lado e começo a caminhar.

Indo em direção a casa da Toriel, passo por todos os puzzles que já sabia. Conversei com a pedra (o que é realmente estranho porque ele fala sendo que ele não tem boca) e ele me disse para continuar seguindo em direção as moradias, que lá encontraria a casa da rainha. Eu comecei a prestar mais atenção no caminho, para ver se não pisava mais em nenhuma gelatina, ou encontrasse mais algum sapinho corajoso. Aliás, nas últimas vezes que batalhei com um deles uma das moscas ficou querendo entrar na minha boca. Chegando Perto da casa da Toriel, consegui encontrar a faca de brinquedo, lembrando-se de ter comemorado quando encontrei aquele brinquedo, quem disponibiliza armas em massa que podem matar para crianças brincarem?

Paro e olho para a paisagem, observando os prédios, as casas tudo numa distância extrema, podia ver os sapos saindo de suas casas para ir nas ruínas, de aranhas conversando em becos, até vi um fantasminha sendo assaltad... virei e dei um berro, falando que se encosta-se um dedo no fantasma, cortaria os dedos imundos do cara fora, isso foi o suficiente para os assaltantes saírem correndo, pensando que fosse algum tipo de “punição divina” na verdade, não sei o que eles pensavam... Não sou eles.

Ligo para Toriel da sala ao lado dela, apenas para ver se ela atendia ou não.

Toca...

Toca...

Ninguém atendeu.

Começo a ficar preocupado. Sendo o que fosse, dou um tchau para a vista linda e corro para a casa da Tori, antes de entrar, vejo Toriel passando pela porta de casa e indo de encontro a mim. Tudo foi muito rápido, me vi indo com Toriel até a casa dela, me vi saindo das ruínas e ela olhando para mim.

- Você quer mesmo sair tanto assim?  Você é igual aos outros.

Eu pareço olhar com uma cara neutra, como se estivesse entediado, fui andando e fiz um corte na Barriga de Toriel, indo de baixo até a parte do rosto. Toda a minha sanidade a partir daquele momento, havia saído de meu corpo. Eu comecei a gritar e chorar em desespero, me debatendo mais e mais, até me despertar de novo, no mesmo lugar de antes, com Toriel me observando.

Uma lágrima passou pelo meu rosto.