História Fandolescentes: A Descoberta. - Cuidando do Amor.

MAX

- BABI!- Gritei.- Por favor, pequena, fala comigo...- Não houve resposta.- Meu amor, fala comigo...

Como ela na respondia, peguei-a  no colo e gritei o João.

- Que foi?- Ele desceu as escadas com a Carla, assustados.

- A Babi desmaiou!  Precisamos levá-la no hospital...- João, você dirige. Carla, pega os documentos dela. Está em sua mochila, no meu quarto.

Lohanna estava observando tudo; porém, seu semblante não mostrava se ela estava preocupada, ou feliz... Também nem me importava!

...

O João estava dirigindo rapidamente. A Carla estava na frente com ele. E eu fiquei no assento de trás, com a Babi em meus braços.

- Corre João!- Gritei.

- Max, a intenção é chegarmos vivos no hospital. Calma, ela tem pressão alta. Pode ter sido isso que aconteceu.

- Ok. Calma Max, calma!- Repeti pra mim mesmo.

   «»

  Estava andando de um lado para o outro naquela sala de hospital. Pra mim, parecia que eu estava esperando há horas.

- Esse médico está demorando muito!- Disse preocupado.

- Max, não faz nem 15 minutos direito! E você lê mentes, está se queixando do quê? - Lembrou-me o João.

- Eu sei...Mas quando fico nervoso assim, não consigo ler a mente de ninguém!

- Porque talvez você precise se concentrar?!- disse ironicamente.

  Sentei-me no sofá. Apoiei a cabeça nas mãos e me concentrei.
   Então entrei nos pensamentos do médico. Um alívio enorme tomou conta de mim. Minha pequena estava bem!

- Ufa! Ela está bem...- Avisei.

- Graças a Deus!- Carla aliviou-se - Vou ligar pra minha tia e dizer que está tudo bem... Antes que a Lohanna ligue e invente coisas... Mas a mamãe provavelmente já sabe...

   Assenti e ela saiu com o celular no ouvido, o joão foi atrás.

O Médico veio em nossa direção.

- Parentes da Bárbara Stuart?

- Sou o namorado. A prima dela saiu.- Respondi.

- Então, ela está bem... O desmaio foi provocado pelo Stress somado com a pressão alta que ela já tem. Daqui a 30 minutos ela pode ir embora, porém, muito repolso e evitar ao máximo o Stress.

- Ok, Doutor.- Assenti - Posso fazer companhia pra ela nesses 30 minutos?

- Claro! Ahh... e por favor, evite discussão.

Assenti.

   Ele me guiou até o quarto e depois saiu.

  Abri a porta com cuidado pra não assustá-la e entrei.

- Pequena?- Chamei. Ela estava com seus olhos fechados.

- Oi nego...- Deu um sorriso fraco.

Peguei uma cadeira e me sentei perto dela.  Segurei suas mãos e as beijei.

- Você está bem, meu anjo?

- Estou me sentindo um pouco fraca. Mas o médico já me medicou com esse soro...

   Eu me senti estranho, estava com o coração pesado. Acho que é pelo fato de nunca tê-la visto tão vulnerável e sensível assim.

- Que foi?- ela perguntou.

- Eu não gosto de te ver assim! - Levantei e passei a mão pelos seus cabelos loiros e longos. Beijei sua testa.

-  Desculpa pelo susto, tá? Eu não sei o que aconteceu... O médico disse que foi Stress, mas eu estava muito bem. Porém, eu senti uma perturbação grande na minha cabeça. Veio assim, de repente. Senti tonturas e apaguei...- ela explicou.

- Mas agora, você precisa descansar, não pensar em nada que te estresse. - Sentei-me novamente.

- Amanhã não vou pra aula. Ele me receitou um remédio e parece que dá tonturas.

- Então, vou pedir um atestado para não ir também. Vou cuidar de você...- Toquei a porta de seu nariz.- Ei... Quero te falar uma coisa, posso?- fiz uma cara séria.

- Pode...- Disse com o semblante preocupado.

- EU. TE. AMOO!- eu disse pausadamente sorrindo.

- EU. TAMBÉM. TE. AMOO!-  ela me imitou - Você quase me matou de susto... Achei que queria terminar comigo.

- Nunca vou deixar você!

«»

Finalmente chegamos em casa! Já não aguentava mais aquela pegação do João e da Carla. A Babi veio o caminho todo conversando com a mãe dela pelo celular. Eles queriam voltar, mas depois de muita insistência, a Babi conseguiu convencê-los de que ela estava bem e que era importante que eles continuassem resolvendo o problema da  "invasão" inimiga.

Peguei a Babi no colo e a carreguei para dentro de casa.

- Max... Só se faz isso quando é o dia de Lua de Mel. - Disse a Carla.

- Estou treinando pra não falhar no dia!- disse sério.- Claro, se a Babi quiser se casar com esse babaca aqui...

A Babi estreitou os olhos.

- Está me pedindo em casamento?- perguntou brincando.

- Não.- Fiz ironia.- O pedido será INESQUECÍVEL. Mas depois que terminármos a Futura Faculdade. Assim, poderemos nos casar, comprar uma casa que dê para três pestinhas saírem correndo, com um quarto do jeito que minha mulher quiser e faze-la feliz com meu amor!- Declarei, subindo as escadas com ela nos braços e deixando o João curtir a namorada dele.

- Max, você tem 17 anos e já tem todos esses planos?- Ela perguntou rindo.

Chegamos ao meu quarto. Deitei-a na cama e olhei no fundo daqueles olhos cor dos sonhos.

- Eu não tinha nenhum destes sonhos... Há algum tempo atrás eu queria ser muito rico, poderoso, ser feliz e, talvez, encontrar um grande amor. Porque eu já tinha desistido  dele, achava bonito, mas tinha certeza de que não era pra mim. Então, eu desisti de procurá-lo, e continuei sendo gentil com as mulheres. Mas então, há umas duas semanas atrás, o Amor apareceu, e me fez correr atrás dele de novo. E eu corri, o peguei e o prendi no meu coração. Hoje, o Amor mudou todos os meus sonhos!

  Ela deixou uma lágrima escapar.

- Que me matar, Max? Você falando essas coisas lindas e eu não tenho nem o que dizer...  Só sei que eu amo muito, muito, muito, o amor que correu atrás de mim e me prendeu livremente.

- Livremente presos...- Dei um beijo nela.

-Descansa um pouco que vou fazer algo comermos. Não comemos há horas.

- Mas eu tomei o soro...- ela disse.

- Mas você não vai viver desse soro pra sempre!- liguei as luzes do quarto. Olhei no despertador e vi que já era 00:15 hrs. - Já volto...

  Desci às escadas e avistei Lohanna no sofá. E de repende, seus pensamentos veio em minha cabeça.

IDIOTA! MESMO A FAZENDO DESMAIAR, NÃO TEVE JEITO... ELE CORRE ATRÁS DELA. AQUELA VACA PODIA TER MORRIDO! EU QUERO ELE! E QUERO ELE COMIGO NO MAL, COMO LÍDER...

- O que você tá olhando?- ela disse. Só assim, percebi que eu a encarava.

- Me poupe da sua voz enjoada, Lohanna!- Disfarcei.

- Vi seu olhar desejo por mim, Maxinho... Sei que ainda me ama e mente falta do nós fazíamos.- Coloquei a língua pra fora.

- A Babi faz coisas tão sensacionais,   que eu nem me lembro que você existiu no meu passado.

- Mas que posso fazer parte do seu futuro.

- Só nos seus pensamentos...

   Eu preciso pensar em algo. Foi ela que fez a Babi desmaiar! Sem dúvidas, ela deve ser uma Perturbadora, e eu preciso bloquear esse poder dela sobre a Babi.
    Fiz uma salada de frutas para Babi e pra mim, já que ela não sente  vontade de comer, vai lhe cair bem uma coisinha leve...

  Mandei uma mensagem para o João, dizendo que precisava conversar com ele.

  Logo ele chegou.

Saquei meu celular do bolso e me sentei num banco. Ele fez o mesmo.

«MAX: Foi a Lohanna que fez a Babi desmaiar. Ela é um tipo de Perturbadora da Linhagem.

«JOÃO: Cachorra da pior espécie! E o que vamos fazer?

«MAX: Não posso me desgrudar da Babi. A intenção dela é matar a Babi para que eu fique com ela e mude de lado. Que eu fique para o lado dos nossos bisavós, e que eu seja o Líder.

O João leu e olho pra mim, assustado.

«JOÃO: Ambiciosa e malvada... Mas o que você quer fazer?

« MAX: Mostre nossa conversa para a Carla e NUNCA conversem oralmente, como a mamãe ensinou. E quando forem se comunicar, usem o celular e apaguem todas as mensagens, até essas aqui. Depois, descubram uma forma de  bloquearem os poderes da Lohanna sem que ela perceba. Eu vou cuidar de contar isso com muito cuidado para a Babi amanhã, quando a Lohanna for pro colégio. Procede?

«JOÃO: Procede, Capitão. Vou dormir com minha gata, tchau.

Olhei pra ele com um olhar irônico.l e digitei.

«MAX: Cuidado que seu sogro pode fazer uma chuva cair em cima de vocês...

« JOÃO: Sobre isso, já resolvemos.

Ri..

Fizemos um cumprimento com as mãos e ela subiu. Peguei as taças com as saladas e subi às escadas. Lohanna já não se encontrava mais na sala.

- Cheguei, pequena... Come e descanse que amanhã passamos dia todo juntinhos.
  Comemos e fomos dormir abraçados.

«»

BABI

- Vai pequena... Toma o remédio!- Max pediu pela décima vez.

- Não Max, não quero!- Respondi brava.- Mas se o remédio for seus lábios, eu tomo...

- Acho que você já está melhor. Vamos para o Colégio... Não precisa nem de remédio!- Ele riu.

-  Tá! Eu tomo...

Ele me deu o comprimido e o copo com água.

- Pronto, satisfeito agora?- entreguei-o  o copo.

- Tão satisfeito que quero te mostrar um coisa que você nunca experimentou!- ele se aproximou.

- Mandar ver!- respondi ansiosa.

  Então ele me beijou. Sua mão estava em minha cintura e a outra estava em minha nuca. E de repente, esse beijo ficou diferente, algo que nunca experimentei na vida. É um beijo tão diferente que não tenho nem com o que comparar... Tem mais que amor no beijo.

EU SÓ SEI QUE EU QUERO MAIS!

- Max... Como você consegue fazer isso?- perguntei ainda extasiada.

- Não sei... Só consigo. Meu pai me disse que isso só acontece quando estamos com quem se ama. Você se concentra e pensa no futuro com ela e BUUUM! Acontece...Eu nunca senti isso também, sentimos juntos...

- Quero mais! Preciso de mais. Dessa vez, pensaremos juntos! Topa?

- Claro!

E nos beijamos novamente. E dessa vez, foi mais especial ainda. Foi tão... Tão cheio de amor.  Não era um beijo qualquer.

- Tá... Eu nunca vou me cansar disso! - Ela disse sem fôlego.- Mas precisamos ter uma conversa séria!

- E que conversa seria essa?- Perguntei num misto de ansiendade, medo e preocupação.

- Éeee... A Lohanna queria te matar.

- O QUÊ?- Perguntei alterada.

  Em seguida, comecei a passar mal...