História Fandolescentes: A Descoberta. - Perseguição

Babi

  Ainda tentando absorver todas aquelas informações, ficamos no Porão, conversando sobre tudo aquilo que havíamos lido.

  De repente, escutamos um barulho forte, parecendo um furacão. E cada vez se tornava mais forte.

  Max me segura e me pede para fazer silêncio.

   Como eu faria barulho se estou em choque?

Ainda mais quando aparece do nada, uma figura feminina na nossa frente.

  - Ah! Até que enfim o casalzinho está em algum lugar! Estamos tentando encontrar vocês desde ontem! Dentre tantas fazendas que essa família tem, vocês nem avisam em qual estão... - Dizia a garota freneticamente, sem parar para respirar.

Ela continua:

- O que foi? Parece até que viram assombração! Você não é macho, não, Max? - Ele se aproxima dando um tapa na testa dele. Como se quisesse colocar o cérebro no lugar - Vamos, não temos tempo a perder! Precisamos sumir daqui o quanto antes.  A não ser que queiram virar feiticeiros-zumbis...

  Max já ia a seguindo e me puxando junto.

- Espera! - Parei - Como vamos saber se você é da Linhagem do Bem ou não?

  A garota bufou e logo me deu um tapa na testa, também.

- Sua boba... Eu sou a Danielle, namorada do seu irmão! - ela explica. - E lógico que aqui está protegido com uma onda que impede que alguém da Linhagem do mal apareça. Mas está vindo um diferentão que pode acabar com essa proteção, aí...

  Meu irmão namora uma adolescente?

- Você é a namorada do meu irmão? - pergunto pasma.

- Não... O Max que é! - ela revira os olhos.  - Vamos cunhadinha!

  Corremos para fora daquele Porão e saímos da sala em disparada, encontrando um carro logo à  frente. Mas cadê o carro do Max?

- Cadê o meu carro? - Max perguntou, preocupado.

- Augusto levou!? - respondeu, como se fosse óbvio.

- Meu irmão estava aqui e sumiu sem me dar um oi? - perguntei para mim mesma.

- Agora não é hora de matar saudade. Entrem no carro! Eles chegaram!

  Entramos no carro que mais parecia um monstro, de tão grande que era.

  Já no carro, olhei para trás e avistei vários carros e motos na cor preta se aproximando.
   Um motoqueiro apontou para o carro.

  Danielle xingou baixinho.

- Plano B. - resmungou.

  Ela começou a  se concentrar com os olhos fechados e com as mãos sobre o volante.

  Olhei para trás novamente e os veículos estavam chegando perto... Muito, mas muito perto!

  Seja lá o que for que Danielle está tentando fazer, não irá funcionar.

Olhei para Max e ele me tranquilizou com o olhar.

Claro, Max... Você que lê os pensamentos das pessoas!

Quando a moto se aproximou de nós, o nosso Carro Monstro some.

  E aparece em uma garagem!

- Uhuu! Consegui! - Danielle comemora.

- Você se teletransporta? - perguntei com um sorriso.

- Sim! Não é massa? - Ela pergunta sorrindo.

  Massa é pouco...

- Muito!

  Ela fecha os olhos e abre o sorriso ainda mais.

- É a primeira vez que consigo teletransportar tanta coisa assim! Antes eu só conseguia  teletransportar o Gust e eu...

   Ela parecia bem orgulhosa de si mesma.

- Vamos entrar. Lá eles vão explicar tudo... mas eu tenho que falar só uma coisa porque Lohanna  não pode ouvir: Vocês devem começar a brigar hoje. As coisas estão se adiantando.

  Assentimos e saimos do carro.

   Danielle segurou nossas mãos e nos teletransportou para a sala.

  - Prontinho! Sãos e salvos, por pouco... - Anuncia Danielle.

  Estavam todos naquela enorme sala. Meus pais, os pais do Max, do João e da Carla.

Todos.

Mas um em especial me prendeu a atenção, assim que abriu a porta e se juntou conosco.

- Augusto! - Quase gritei ao correr feito criança e ser recebida com um abraço.

- Oi meu anjo! Estava morrendo de saudades! Você tá grandona...

- Eu também estava com saudades!

- E onde está o garoto que vou ter que botar medo? - cochichou em meu ouvido.

- Ele está ali...

  Quando me virei para mostrar o Max para meu irmão, avistei uma cena terrível: A vadia da Lohanna grudada no pescoço dele. E ele aproveitando!

  - Calma, baixinha... Você sabe muito bem o motivo desse chamego todo.

Suspirei.

- Sei. Mas eu não sei o que eu faço, sabe? É difícil ver a pessoa que se gosta com outra. - Lamentei-me.

-Mas se tornará mais fácil com a Senhora Maria influenciando vocês! - tentou me animar.

Assenti.

Eu não queria falar de problemas com meu irmão. Eu queria ouvir suas histórias, tudo o que aconteceu nesses três anos. Eu queria pelo menos fingir uma felicidade verdadeira, nem que por um minuto.

- Me conta sobre você: Tudo o que aconteceu nesses últimos anos.

  Ele suspira.

- Agora não vai dar... Preciso começar essa reunião em Família. Mas eu te prometo que teremos MUITO tempo para conversar... - disse piscando.

Ele se posicionou no meio da sala e pediu para todos fazerem silêncio.

- As coisas sairam do nosso controle. Muitas pessoas que eram da Linhagem do Bem, estão sendo influenciadas a trocarem de "lado" por conta das propostas tentadoras. Andei entrando em contato com uns colegas da Linhagem do Bem e eles não concordam em fazer a Renúncia, assim como prevíamos. Eles dizem que não são obrigados a perder os benefícios de seus poderes por causa da nossa família. - Ele para para respirar.

- Claro que eles não querem! Alguns têm poderes que os fazem ganhar Milhões de Dólares por dia!

   Resolvi intervir.

- Eu acho que a Renúncia seria o fim de tudo. Gente, a Renúncia nos faria acabar com todos os poderes, seria tudo mais fácil e não haveria luta! Está muito fácil de acabar isso, vocês que estão com essa moleza... - Falei sem medo.

   Mamãe logo olhou pra mim.

- Olha como fala, mocinha! - Repreende-me.

- Pelo contrário, Babi. A Renúncia faria com que grande maioria da nossa Linhagem se voltasse contra nós. Aqueles que leêm o futuro logo viriam nos impedir, morreríamos na hora! - Augusto explica. - Mas como você sabe sobre a Renúncia?

  Ops.

- Apenas já ouvi falar. - desconversei - Olha, eu sei que é extremamente arriscado, mas podemos nos planejar bem, podemos pensar em algo que não os faça descobrir... Não há sucesso sem batalha!

  Augusto pareceu pensar.

- Eu não prometo nada, mas podemos somente pensar nas consequências. É IMPOSSÍVEL fazermos a Renúncia!