História Fanfic: AMIGOS? - Capitulo 80 - Festa Proibida

Manuel pov’s

        Enquanto eu comia com a Aline, uns colegas me chamaram para ir a uma resenha, eu não estava a fim de ficar em casa, decidi então ir e levar a Aline junto. Ela foi embora e eu fiquei aguardando sua resposta, que por fim, ela iria. Arrumei-me e fui buscá-la.

- Você surpreende a cada momento – comentei enquanto ela entrava no carro – Só não quero outros olhares sobre você – falei olhando para frente e com as mãos no volante.

- Não se preocupe – disse entrando no carro – Só darei moral a você – sorriu, e apertou minha bochecha.

        Fomos a caminho da festa. Enquanto dirigia eu pensava: será uma boa idéia mesmo levar a Aline numa festa dessas? Agora já é tarde para recuar e sem falar que estarei grudado nela.

        As resenhas que meus amigos me chamavam sempre havia “coisas pesadas”; como bebidas em excesso, orgias; eu apenas freqüentava para relaxar a cabeça. Chegando lá, estacionei o carro e entrei com a Aline, realmente, não deveria ter vindo, meu amigo conseguiu transformar sua casa em uma boate, Aline estava boquiaberta. Eu nem sabia o que dizer sobre isso, o que ela vai pensar sobre mim depois dessa.

- Às vezes ele exagera mesmo – chamei atenção da Aline – Mas no fundo é um bom amigo – dei um leve sorriso – Vem – a puxei para o open bar.

        Sentamos em umas cadeiras que havia ali, agora que me toquei, não deveria ter vindo para cá beber, eu já sabia o que pedir; uma vodka cairia bem; mas e a Aline?

- Um uísque – Aline tomou iniciativa.

- Vodka – o barman foi buscar.

- Que festa em – ela comentou.

- É... – sinto vergonha de dizer que eu freqüentava esses lugares.

        Trouxe nossas bebidas, ingerimos de uma vez. Aline queria dançar, disse que não ficaria sentada, apenas concordei. Fomos para o meio da pista de dança, e ela dançava em minha frente com aquele seu lindo sorriso, eu apenas admirava.

- E ai cara – alguém tocou meu ombro, pela voz eu reconheci quem era.

- E ai – era o amigo que havia me chamado.

- Que bom que veio – olhou para a Aline dançando – E vejo que já fisgou né – riu.

- Ela é minha acompanhante – ri – Tira os ‘zoi’ – falei o vendo olhá-la de em cima a baixo.

- Você? – fingiu estar surpreso – Vou acreditar – apenas ri para ele – Mas sei que vai se cansar né – deu uma olhada para a Aline, a qual me irritou – Eu não me importo de querer depois...

- Vaza... – apenas falei em um tom mandão, não iria caçar encrenca agora, apenas me segurei.

        Assim ele fez, saiu andando em plena multidão, quando me viro para Aline vejo outros caras cercando-a, apenas vou a sua direção e puxo seu braço, ela parece me agradecer com os olhos. Seguimos andando em meia multidão. A coloquei em minha frente e fui a guiando para sair dali.

        Fomos para o jardim, aproveitamos e tomamos um ar fresco:

- Obrigada – disse passando as mãos no cabelo.

- De nada – ri – sempre tem esses ‘carinhas’...

- Então – riu – Realmente, esta festa é bem pesada.

-... – apenas ri.

- Vi cada coisa lá dentro.

- Imagino.

- Bom... Mesmo assim – segurou minha mão – Quero voltar lá para dentro – saiu me puxando, apenas a segui.

        Voltamos para a pista de dança, ela realmente gosta de se mexer, eu ria com os passos dela. Enquanto tocava a musica, ela colocava seus braços em volta de meu pescoço e começava a girar, eu segurava sua cintura e a acompanhava.

        Em seguida, chegou uma mulher com uma bandeja e nos entrou dois copos com bebidas, olhei ao redor e meu amigo estava lá levantando sua taça. “Um brinde”. Apenas levantei a minha e bebi de uma vez, Aline fez o mesmo.

[...]

        Parecia que o tempo estava voando, eu e Aline dançávamos tanto e nos beijávamos, e ela parecia estar se divertindo. Sinto as coisas ficarem distorcidas, e minha cabeça latejar, mas consigo ficar em pé ainda.

        Aline por sua vez, me agarrava cada vez mais, ela estava começando a por as mãos aonde não deveria, estranhei seu comportamento, mas não vou negar que estava gostando. Saímos da pista de dança e fomos para o corredor, ela realmente estava me agarrando mais que o normal. Apenas continuava tudo que ela começava.

        Meu amigo aparece no corredor e diz que aqui não é o lugar, ele estava ajudando? Ou botando mais lenha na fogueira? Aline apenas cochichou em seu ouvido algo e saiu me puxando. O que será?

        Passamos entre as multidões, e subimos as escadarias, chegamos a um quarto e ela fechou a porta, realmente ela esta fora de si, mas não consigo evitar meus desejos, apenas segurei sua nuca e a beijei. A pressionei contra a porta e ficamos assim por um tempo.

[...]

        Acordo de manha, Aline não estava ao meu lado, levanto na maior dificuldade, alias, minha cabeça estava explodindo, visto minhas roupas e saio do quarto, a casa encontrava-se uma bagunça, ainda havia um restante de pessoas por lá, desci as escadas e fui embora.

        Quando olho, meu carro e nem minhas chaves estão comigo, eu não acredito que a Aline fez isso. Tive que ir embora andando.

        Eu estava acabado, e ainda bem que eram 08h00min não havia muito movimento na rua em pleno domingo. Demorou uns 10 minutos para chegar em casa. Fui banhar e em seguida ia direto para a casa da Aline.

Aline pov’s

        A festa era assustadora. Tinha coisas que eu nunca pensei em presenciar. E as pessoas faziam isso naturalmente. Mas ainda bem que Manuel estava ‘grudado’ em mim. Bebemos um pouco e dancei bastante, eu queria pelo menos me divertir, assim consegui. Da ultima coisa que me lembro antes de dormir é eu bebendo com Manuel na pista de dança.

- Ai... – despreguicei e sentei-me na cama – Minha cabeça... – resmunguei.

        Minhas vistas ainda estavam embaraçadas, olhei ao redor e ate que reconheci que este não era meu quarto, olhei para meu lado e vi Manuel, não pode ser eu não posso... Eu e ele... Meu deus. Sem mais, levantei, vesti minhas roupas e olhei na calça de Manuel e peguei a chave de seu carro. Desculpa Manuel, estou desesperada.

        Eu não sabia muito bem dirigir, mas consegui chegar bem em casa, coloquei o carro na garagem e fui correndo para meu quarto, tomei um banho rápido e me deitei, eu estava exausta e nem sei o porquê.

        Se possivelmente eu tiver transado com o Manuel, eu perdi minha virgindade, mas nem lembro como foi, vou ter que perguntar a ele, se é que ele se lembra também.

        Tentei descansar, afinal, sei que Manuel vira atrás de mim, teremos uma longa conversa.