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História Rebelião Greyjoy - Lannisporto


Escrita por: Ulv

Capítulo 10 - Lannisporto


Fanfic / Fanfiction Rebelião Greyjoy - Lannisporto

Os dias seguintes aquela festa foram insanos e agitados. Balon espalhou drakares pela Baía dos Homens de Ferro, saqueando vilas, aldeias vizinhas. Isso não era totalmente preciso, mas era o costume antigo, nosso primeiro passo para uma guerra, e mão de obra. As muralhas do castelo começaram a ser fortificadas, e era preciso que alguém trabalhasse para ergue-las. E eram os cativos que nossos saqueadores traziam que faziam o trabalho pesado enquanto nossos homens trabalhavam no mar, como era feita a mais de 300 anos atrás.

Victarion não falara comigo por dias, apresando os homens e organizando excursões pela baía. Eu tentava ao máximo manter distância de Balon, pois sabia que começaria a me pressionar sobre minha escolha, que eu não iria escolher. De algum modo eu sabia que ele sabia que eu não iria me casar, mas de todo modo, me sentia nervosa toda vez que o encontrava pelos corredores e Alannys dava a entender em nossas raras conversas que o marido estava impaciente, que gostaria de me casar antes da batalha realmente dita.

Eu estava pouco me fodendo para tudo isso, me sentia irritada por ter que correr atrás de Aeron como se ele fosse uma criança, impedindo que fizesse arte. Ele vinha se comportando, mas sempre dava um destile, indo para os bordeis de Fidalporto e voltando com cheiro de bebidas e putas rameiras. Encheu seu navio de amigos bêbados e despreparados para uma luta de verdade, quando quis brigar por isso, Victarion disse que era escolha dele, e se eu me metesse, daí sim ele nunca ganharia a confiança dos seus homens, por piores que fossem. Eu era apenas a irmã.

Mas no final, o que me incomodava de verdade era que não via Euron a muitos dias e depois daquela noite, ele tinha me despertado algo que não conhecia. Desejo. Ficar sem todas aquelas sensações era como um bêbado sem beber por duas semanas inteiras, e eu já começava a ficar mal-humorada e excitada como uma gata no cio. Acordava pensando em sexo e dormia pensando em sexo, e juro que se não tivesse isso logo eu iria explodir. Meus homens vinham perguntando qual era o motivo da minha irritação permanente, gritava e exigia perfeição em meu navio, apenas isso, só que de um modo brusco. Eu quase disse a verdade de tão desesperada que estava, mas tomei conta de me aquietar e falei que eram muitas coisas e qualquer deslize estaríamos mortos. Acho que acreditaram, mas eu não.

Estava deitada, me contorcendo pelos lençóis quentes quando ouvi uma batida na porta. Me levantei de um salto.

-Entre. – disse, quase um grito rouco.

Maron abriu a porta, sorrindo para mim, que voltei a ficar carrancuda em não ver quem eu gostaria. Ele se escorou na parede, com os braços cruzados sobre o peito.

-Não vai se levantar?

-Não me enche. – disse sem rodeios. – O que você quer?

Maron andou pelo meu quarto, olhando em volta. Parou na janela e olhou para o mar, sorrindo como o garoto que era. Por um momento minha raiva deixou de fluir e eu só me senti calma. Maron era Maron, mas mesmo assim, era minha família. Eu o amava tanto quanto amava Aeron, e estava sendo uma vadia com todos eles ultimamente.

-O pai convocou um conselho, quer todos lá em pouco tempo.  – respondeu ainda olhando para fora. – Você tem a melhor vista para o mar do castelo todo.

Levantei-me da cama, já estava vestida, apenas tinha ficado deitada por mais algum tempo. Calcei as botas que permaneciam jogadas no lado da cama e joguei o cabelo pra traz.

-Gosto do cheiro do mar todo dia quando acordo e o som das ondas batendo nas pedras. – parei ao lado do meu sobrinho, olhando para a imensidão azul escura. – Não está com medo?

-Sim. – sua resposta me surpreendeu. – Acho que todos estamos.

-Mas não admitimos. – me recostei na parede. – Essa expectativa de uma batalha, de levar uma machadada no crânio e morrer, de perder todos os que amamos. Isso é a verdadeira batalha, o resto é apenas ação.

Maron voltou a sorrir, com os olhos claros brilhando.

-Conseguiria viver sem isso?

-Nunca. – respondi rindo. – Agora vamos, vamos logo antes que seu pai comece a arrancar os cabelos.

-=-

Maron encontrou Rodrik no meio do caminho e os dois foram subindo a frente, conversando sobre algo que até onde eu entendi, não poderia escutar. Mulheres. De certeza. Deixei que fosse, não queria saber das putas que andavam fodendo.

Subi os degraus descansadamente, olhando para os pés e a pedra cinzenta das escadas lisas. Balon estaria nos aguardando em seu cadeira de rei, na cadeira do nosso pai.

Conforme fui me aproximando comecei escutar vozes conversando animadamente do lado de dentro e por um instante meu sangue pulsou com força. Abri a porto que Rodrik e Maron tinham deixado meio aberta e entrei.

A primeira coisa que meus olhos procuraram foi aquele olho azul claro que sorriu para mim. Meu ventre se apertou e senti-me formigando da sola dos pés a ponta dos fios de cabelo.

-Acho que chegaram todos. – Balon falou com sua voz forte enquanto eu estava com os olhos fixos em Euron.

Ele me analisou e aos poucos seu olho claro foi se escurecendo e soube, quase por um instinto, que ele estava bem tentando – tanto quanto eu – ame jogar em cima daquela mesa e me tomar ali mesmo, sem a menor cerimônia. Desviei o olhar, sabendo do perigo daquele momento.

Aeron estava sentado na janela, despreocupadamente olhando para o mar. Rodrik e Maron tomaram acento próximos a mesa, Balon em sua cadeia e Victarion estava próximo a Euron e me olhou por um tempo longo, com um sorriso bobo nos lábios.

-Oi. – murmurei e me sentei próxima a Balon, querendo acima de tudo ficar longe dos dois. Euron e Victarion.

-Vamos começar a discutir? – Euron pediu, escorando o quadril na mesa de um modo delicioso.

-Comece. – nosso rei ordenou.

Victarion abriu um mapa grande em cima da mesa e todos nos aproximamos. Menos eu, que decidi permanecer bem longe o suficiente para conseguir pensar direito.

-Victarion vai comandar os navios até Lannisporto durante a noite. – apontou para o mapa a rota que seria utilizada, algo em alto mar.

-Trajeto perigoso. – disse sem conseguir me conter. – Podemos nos perder.

-Não comigo comandando. – Victarion respondeu, abrindo-me um sorriso luminoso.

Dei de ombros e deixei que Euron continuasse.

-É isso ou ser descoberto antes do final. – seu sorriso sádico se alargou. – Vamos chegar durante a noite, um ataque rápido, sem barulho... E vamos queimar a frotas dos leões ancorada em Lannisporto, depois saquear a cidade o que for possível, e impossível.

-Está brincando? – pedi, totalmente incrédula. – Isso é suicídio.

Balon me olhou duramente, quase mandando que me calasse.

-Não se faz uma guerra sem atos heroicos. – disse entre dentes. – Continue.

Olho de Corvo me olhou sem expressão alguma e prosseguiu:

-Sem os Lannisters ao nosso encalço, ficará muito mais fácil dominar a costa das Terras Ocidentais e até mesmo a Campina. E é ai que Rodrik entra. – apontou um local das Terras Fluviais. – Vamos atacar Guardamar logo em seguida. Rodrik, acho que consegue isso, não é mesmo?

Rodrik abriu um sorriso de todos os dentes.

-Claro.

Suspirei exasperada.

-Tem um plano brilhante Euron, mas e se acha que os Lannisters não vão enlouquecer durante seu ataque, soar os berrantes e nos foder de todos os modos possíveis, você é louco. – minha voz ficou rouca e arrastada.

-Ele não vão nos ver chegando, será um ataque de frente. Simplesmente vamos chegar e foder eles por traz.  – me olhou maliciosamente após a última frase. – E com força.

Minhas pernas ficaram moles, senti-me ficando úmida, ou mais do que já estava. Eu precisava sair dali, ou entraria em combustão.

-Certo. – foi só o que consegui responder. – E quando vai ser?

-Vamos partir amanhã cedo, chegaremos a noite. – Victarion bateu com os dedos no mapa. – É um plano magnifico irmão.

Euron sorriu, cruzando os braços por sobre o peito.

-Seja um comandante tão bom quanto Balon me garantiu que seria e então teremos um plano magnifico. Por enquanto não passa de uma ideia.

Depois disso foram apenas conversas e os detalhes. Notícias dos capitães das ilhas, dos saqueadores que vinham voltando para casa e das fortificações do castelo. Tínhamos o peixe na rede, só faltava frita-lo. Era só o que sabíamos. Mas um medo ainda me acometia. E se não desse nada certo?

-Acho que por hoje é o suficiente. – Balon se levantou. – Façam o que devem. O que está morto não pode morrer.

-O que está morto não pode morrer. – respondemos todos ao mesmo tempo e vimos nosso rei sair pela porta, seguido pelos filhos.

-Acha mesmo que vai dar certo? – pedi a Victarion, que estava mais próximo a mim.

-Tem medo de que? – pediu-me, com uma voz cálida e gentil.

-Tenho medo de ter um irmão mais maluco que o outro.

Victarion riu e tocou meu ombro de leve. Senti uma onda forte se espalhar por todo meu corpo.

-Não precisa ter medo Aena. – olhei rapidamente em volta e vi, me assustando, que só permanecia eu e Victarion na sala. – Não vou deixar que se machuque.

Acabei me desvencilhando dele, com uma pontada de medo dos caminhos daquela conversa.

-Eu posso me cuidar sozinha, mas mesmo assim, obrigada. – sai pela porta, tentando não correr.

 Estava descendo as escadas quando uma mão forte me agarrou mela cintura enquanto a outra tapava minha boca. Foi arrastada escada a cima, por vários degraus que tive que ir subindo aos tropeços. Estava assustada no início, mas depois notei quais as mãos me envolviam e apenas segui sem me debater, por mais que achasse a abordagem desnecessária.

Paramos o meio da escada, quase no topo. Nem tive tempo de saltar uma queixa por ter sido arrastada como uma puta. Euron me virou e me beijou do modo que eu tanto queria. Segurou minha nuca pelos cabelos, forçando o beijo, sua língua dançando com a minha. Sua outra mão abriu os botões da minha camisa e quando dei por mim estava arqueando as costas enquanto seus dedos apertavam meus seios duros e sensíveis.

-Duas semanas... – rosnou no meu ouvido, o mordendo. – Você faz ideia de como eu estou?

Gemi, arrancando sua camisa pela cabeça. Sentir sua pele novamente nos dedos me fez querer queimar como uma folha em uma fogueira.

-Deve estar do mesmo modo que eu. – rosnei de volta.

Euron arrancou minhas botas enquanto chupava meus seios e abaixou minha calça com um puxão. Acho que se esqueceu que estávamos no meio da escada, algum criado poderia aparecer, ou até mesmo Asha ou Theon. Mas eu me recusava a reclamar, queria tanto aquilo. Me sentia pulsando, quente e molhada demais.

Gritei, mordendo seu ombro, quando sua mão desceu até meu sexo e me acariciou, não lento, mais rapidamente, me fazendo contorcer e grunhir alto enquanto seus dedos deslizavam na minha umidade.

-Oh, por favor. – pedi, com as pernas endurecendo e o clímax se formando dentro de mim, lento, junto com seus dedos que diminuíam o ritmo a cada vez que me via começar a irradiar.

-Temos que ser rápidos. – disse em meu ouvido ao me erguer pela cintura, fazendo com que enganchasse as pernas em seu tronco. Se encaixou em mim que desci pelo seu comprimento. Senti que iria rasgar ao meio com a profundidade. Agarrei seus ombros enquanto ele beijava minha garganta, gemendo a cada vez que suas mãos me faziam subir e descer em seu pau que pulsava dentro de mim.

-Isso é uma despedida antes de irmos morrer em uma guerra? – gemi para ele enquanto raspava as costas na parede, subindo e descendo, mexendo o quadril, quase que dançando nele, que tinha o rosto bem enterrado no meu pescoço.

-Não. – rosnou de volta. – Quando ganharmos Aena, eu vou te foder de verdade, com tanta força que vai implorar para que eu pare. Você quer isso?

Joguei a cabeça para traz e mordi o lábio com força, querendo gritar.

-O mar é salgado? – pedi.

-Sim. – Euron rosnou e fez com que me movesse mais rápido.

-Então não me faça perguntar idiotas.

Arranhei seus ombros com força e mordi minha própria mão com força, refreando os gritos do clímax que me acometeu arrebatador. Ele me moveu mais algumas vezes e se derramou em mim, mordendo meu ombro com força, que me fez gemer de dor.

Mal conseguia respirar quando fui colocada no chão. A tensão de todos aqueles dias na seca caíram-me pelos ombros. Sorri extasiada, ainda sentindo as pulsações gostosas por dentro de mim.

-É melhor não nos vermos até depois do saque. – Euron beijou minha testa enquanto puxava as calças para cima e amarrava os cordões. – Se vista querida, antes que alguém nos ache aqui.

Me ajudou a colocar a roupa e descemos as escadas, rindo enquanto nos empurrávamos de um lado ao outro. Era bom ter ele por perto, mais dei por mim sentindo falta de Victarion, era ele quem brinca comigo. Sentia sua falta.

-=-

Na manhã do dia seguinte, estávamos prontos para cair no mar. Eu só faltava embarcar com meus homens, pois o vento estava a favor e o mar calmo como um gato dormindo e ronronando. Meu bom humor tinha voltado, forte como nunca. E foi assim que Victarion foi me achar, sorrindo enquanto olhava para o mar.

-Feliz? – me pediu simplesmente, mas quando me virei para ele, dei de cara com um pequeno buque de margaridas.

O peguei na mão, olhando fascinada para as flores. Quase não tinham cheiro, mas sua delicadeza simples me encantou. Passei a ponta do nariz pelas pétalas de uma. Quando fitei seus olhos vi um brilho forte e doce.

-O que é isso Victarion? – pedi, com voz calma.

-Quero que entenda Aena, que eu posso te ver como uma mulher que gostaria de casar, ter filhos, criar uma família nossa, mas mesmo assim, você é minha irmã e eu te amo acima de tudo. Vou respeitar sua decisão, e não quero que se sinta obrigada a escolher. Falei com Balon, que entendeu mal a situação que praticamente a obrigou, mas eu não quero isso, quero que me escolha, de livre e espontânea vontade. Apenas... – suspirou. – Tente me ver como eu quero que me veja Aena, eu te amo.

Meu queixo caiu e fui tomada por remorso, algo que foi me corroendo por dentro, pouco a pouco. Minha vontade era de gritar.

Victarion se curvou, nossos olhos se travaram e quando dei por mim, nossos lábios estavam colados. Suas mãos seguraram meu rosto com gentileza enquanto nossos lábios se tocavam aos poucos, se massageando. Quando tentou empurrar sua língua por entre meus dentes, ele mesmo se afastou, parecia com receio de ter avançado a linha da maré.

-Está tudo bem. – me aprecei em dizer e subi nas pontas dos pés, lhe dando um beijo rápido nos lábios. – Agora vamos, a viagem é longa.

Não esperei que respondesse, nem acho que responderia. Tinha um sorriso idiota nos lábios úmidos. Olhei em volta e suspirei aliviada por não ter ninguém vendo, ninguém exceto a única pessoa que eu me importava que visse.

Euron estava na proa do seu Silêncio, e a muitos anos eu não o via com uma expressão tão furiosa, tão assustadora. Nem em seus piores dias, onde ele me espancada até fazer sangrar. Pela primeira vez em anos, eu senti medo. Medo de verdade

-Vamos logo senhora. – Ralf gritou para mim, que já ia subindo as escadas do meu Vento Negro.

Estendi a mão e ele me ajudou a subir. Não precisei dar ordens, o mestre dos remadores começou a bater om tambores e os remos subiram e desceram na água, ritmados e contínuos.

-Içar a vela. – gritei enquanto andava por entre as remadores. – Quero-nos a toda velocidade.

-Sim capitã! – gritaram e o pano tão negro quanto o mar da meia noite desceu, sendo inflado pelo vento, que fez o drakkar dar um solavanco para frente, ganhando velocidade. O dourado do kraken brilhava com o sol.

Antei até a proa e senti o vento e os salpicos do mar batendo-me pelo rosto. O som dos tambores se mesclou com as batidas do meu coração e seguimos em frente, rumo ao sul. Iriamos acender uma clama bem no meio da toca do leão.

-=-

A noite caiu como um véu de viúva por sobre o mundo. Navegar em mar aberto era arriscado, mesmo com Victarion como comandante, mas foi exatamente o que fizemos, navegamos em fileira, com nada além da coragem e do instinto como guia.

Foi no meio da madrugada, enquanto todos dormiam em suas casas que chegamos no porto de Lannisporto, como ladrões que arrombam galinhas durante a noite. O Vitória de Ferro de Victarion foi a frente e a única luz que vimos. Um sino tocou ruidosamente e vi quando meu irmão acendeu uma tocha e jogou no navio mais vistoso de toda a frota, o navio do próprio Tywin Lannister. O fogo se espalhou aos poucos e outras tochas começaram a ser jogadas em navios por todo o porto. Não sei dizer como isso é possível, nem se meus olhos me enganaram, mas em pouco tempo uma frota inteira queimava a minha frente. Fogo se alastrando sem aviso por entre seus outros irmãos, que aceitavam o fogo, sem poder reclamar.

Meus homens gritaram e com uma ordem nos colocamos mais perto da cidade, que já começava a ser atacada pelos nossos homens.

Coloquei a mão no machado da cinta e segurei meu escudo com força antes de pular na praia, molhando-me até a cintura. Andei com meus homens até a terra firme, onde soldados e guardas da cidade se amontoavam para nos parar. Infelizmente, eles não tinham a força, nem a garra que meu povo contava naquele momento. Tinha sido tão rápido que não conseguiram se juntar e foram sendo massacrados.

Um garoto quase tão jovem quanto eu correu na minha direção, usava apenas a roupa de dormir e uma espada grande demais para que segurasse com firmeza. Afastei sua espada com o escudo e cravei o machado em seu peito, a lamina ficou enterrada ali até que eu puxasse, apoiando o corpo com o pé.

Andamos cada vez mais rápido, com o som de gritos, chamas e mastros se partindo, homens morrendo e risadas. Portas sendo arrombadas e mulheres sendo arrastadas para fora de casa.

Meus homens me seguiram, lutando ao meu lado, não que tenhamos tido grande resistência, pois foi rápido, limpo e insano. Um soldado se colocou na minha frente, gritou e me atacou, parecia um touro de tão forte, mas como eu gostava de dizer: “Tamanho não importa quando se está deitado”

Deixei que me atacasse e no último instante rodei para o lado, dei-lhe uma rasteira e quando caiu no chão enfiei o machado em seu pescoço com tanta força que quase o decepei. Me levantei, batendo com o escudo no rosto de outro homem, o sangue que jorrou quando meu machado cortou sua garganta voou em meu rosto, me cegando por um segundo.

Segui em frente, identificando as ruas da cidade a minha volta. Um dos mudos de Euron arrastou um saco cheio de algum tesouro de dentro de uma casa. Ele tinha o peito repleto de sangue, mas não parecia ser de um ferimento da própria pele. Tinham tantos homens correndo de um lado ao outro, saqueando e violando que por um instante me senti deslocada e raivosa. Eu nunca tinha participado de um saque tão imenso como aquele. Mas a calmaria de soldados me atacando dizia que tinha terminado, ou melhor, eu deveria estar em um poncho calmo, pois escutava sons de luta mais além, gritos e espadas se chocando.

Respirei fundo e virei de costas. Nem em mil anos poderia descrever o que estava vendo. Era mais do que fogo, mais do que uma fogueira. Era como se dragões tivesse sem levantado dos túmulos e colocado fogo no mar.

A coisa mais linda e terrível que já vi.


Notas Finais


Obrigada por ler. ^-^
Gente, eu vou postando conforme eu escrevo, então não tem um dia marcado. Eu prometo não demorar muito para ir postando. ❤


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