História Fanfiction Bangtan Boys - O preco de um amor - Saber escutar tambem e arte

P.O.V (S/N)
2:32 da tarde

Acabei chegando cedo demais, estou a quase 15 minutos aqui na frente, e ainda tem mais 28 minutos de espera. Estou com medo, e se ele nao me receber?.Por que fui assumir essa responsabilidade?  ,mas ja que assumi ,agora vou até o final.
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NARRADOR ON
(3:00  p.m)
O relogio marcava pontualmente 3 hrs , (s/n)  sentiu seu coração acelerar, suas mãos estavam suando. Ela saio do carro e se dirigiu até o hall de entrada da casa de Hoseok. Respirou fundo, e por fim bateu. Foram duas batidas leves, mas que ela pode ouvir o movimento de alguem dentro da casa.
A porta abriu lentamente, e uma mulher de cerca de uns 49 anos surgiu na porta. Ela deu um sorriso simpatico antes de falar.
- Ola, você é a amiga de Hoseok?. - perguntou ela sorrindo
-Sim sou eu. - (s/n) conseguiu pronunciar em meio do nervosismo.
- Olha minha educação, entre. - disse ela fazendo gesto com a mão para que (s/n) entrasse.
(s/n) aderiu a seu pedido e entro.
- Ele esta la no seu quarto. Mas eu gostaria de Lhe pedir, que fosse com calma, pois esse tempo todo ele ainda sofre por falta de Jungkookie, ele esta muito frágil entao tente nao magoá-lo. Agora pode ir, é seguir esse corredor que voce encontrará seu quarto. - disse a senhora apontando o lugar para (s/n).
P. O. V (S/N)
Segui pelo caminho indicado, meu coração estava apertado, eu estava prestes a ficar de frente a frente com Hoseok. Cheguei no fim do corredor e possuia uma porta, com varios avisos.
"Nao ultrapasse, pessoa sem vida aqui" " cuidado! ".
Aqueles avisos nao podiam ser coisa de Hoseok.  Lembro-me de seu otimismo, suas algazarras e sua felicidade. Nossa como esse Hyung era feliz, para ele nao existia dias tristes. Mas agora existem.
Hesitei antes de bater na porta, mas no fim acabe batendo.
O silêncio tomou conta do lugar. Resolvi bancar a encherida e adentrei seu quarto.
O escuro predominava naquele quarto, o unico fecho de luz era do que vinha da fresta que eu havia aperto da porta. Percorri meus olhos para achar o Hyung.
Foi então que consegui encontrar Hoseok no seu quarto  vazio. Ele estava deitado em cima de sua cama escondido do quarto, com o corpo recolhido e virado para a parede. Quando vi aquele corpo jogado ali Engoli minha própria saliva.

- Hoseok. – Falei.

Nada de resposta.

- Hoseok, sou eu, (s/n). – Persisti.
- Eu sei que é você, (s/n) –Meus olhos olharam completamente de onde a voz saía. E era a voz do Hoseok.falhada, mas era.

- Eu vim te fazer uma visita. - Me aproximei mais ainda de onde ele estava.
Vácuo.

- Estava com saudades de você, Hobie. – Continuei tentando a falar com ele. Eu sabia de seu estado psicológico. Sim, eu sabia que ele não estava bem e que se eu quisesse falar algo com ele, devia ir com a maior cautela possível e não deixar o meu sentimento falar por mim.
- Não, você não estava. – Algumas pessoas não foram feitas para ficarem tristes. Sim, todos somos humanos, e todos ficamos tristes. Mas algumas pessoas deveriam se ausentar dessa possibilidade, pois apenas não combinam com elas. Hoseok era uma dessas pessoas. Apenas em sentir sua voz carregada de depressão e sofrimento, já era o suficiente para te puxar para o chão juntamente com ele.
- Voce simplismente concorda com aquelas coisas terríveis que o Yoongi falou aquele dia, e ainda vem agir como se eu fosse a culpada. Como é que eu iria me preocupar com quem concordou com aquelas barbaridades?.- me pronunciei com um tom elevado.

Nesse exato momento eu ja me arrependia de tudo que havia falado.

- Desculpa, eu falei sem pensar, Hobie. – Menti, mas apenas porque era o meio mais viável.

- Tudo bem. – Sua voz saiu forçada por meio de um longo e doloroso suspiro. – Você não foi a única a me abandonar, sabia?
Eu sabia exatamente do que ele estava falando.

(s/n) nao surta por favor

- Enfim, eu vim aqui pois me arrependi. – Tentei ignorar a quase presença  de meu choro para focar no que realmente era necessário ser feito.
– Queria passar um tempo com você, sabe? Em nome dos velhos tempos.

Baguncei um pouco seus cabelos com minhas mãos com uma falsa animação que resolvi brotar no momento. Não iria conseguir produzir nada hoje com ele virado para a parede.

Mais uma vez, a resposta havia sido um longo e cansado suspiro. E uma de suas mãos ajeitando seu cabelo que eu havia bagunçado.
- Mas se você tiver cansado e quiser dormir, tudo bem, compreendo, eu vou embora. – Falei, desejando com que ele negasse minha saída.
- Não!. Fica mais um pouco. – Hoseok falou, agora se virando aos poucos para com que fosse visível todo seu rosto. – Eu não consigo dormir mesmo. Não que eu não consiga dormir, mas dói acordar.
Nos tempos de ídolo, ele sempre fora famoso por sua beleza. Seu rosto simétrico e seu sorriso fácil eram sua marca, e um dos motivos por ser tão exaltado pelas pessoas.

Mas agora, 1 ano depois, ele havia mudado.

A área periférica de seus olhos estava funda e de coloração arroxada, como se tivesse passado noites sem dormir, e como ele mesmo acabou de falar, por pura opção.
Sua boca estava ressecada e,  provavelmente, não havia formado um sorriso fácil ali por um longo tempo.

Ele continuava bonito, mas não era o mesmo  Hoseok. Ele não tinha marcas do tempo no rosto. Mas tinha marcas de sofrimento. E isso era tão visível.
Além dos seus olhos em si. Eram olhos mortos. Eram olhos que, quanto mais você os visse, mas conseguia notar o sofrimento se escondendo por detrás. Você conseguia ver sua alma sangrando e pedindo por socorro. Apenas por seu olhar morto.
- A gente pode fazer algo, né? – Falei, sorrindo para o Hobie.
- Sim.
Tentei procurar com minha visão, mesmo com toda aquela escuridão, algo que amenizar mais toda aquela tristeza do Hoseok, até que encontrei um videogame antigo perto de uma televisão que estava do outro lado do quarto.
- Podemos jogar, né? – Apontei para o videogame.

- Sim.

Corri então até a outra extremidade do quarto deixando Hoseok em cima da cama.
Procurei por algum jogo que fosse de nosso agrado e acabei achando um de luta. Talvez, isso nos ajudasse a se comunicar melhor. Então conectei o jogo e levei os dois controles, um para mim, e outro para o Hoseok.
- Coloquei um de luta. – Falei, me sentando na beirada de sua cama, e, indiretamente, o obrigando a fazer o mesmo, entregando seu controle logo em seguida.
– Sei que você gosta.
E então, ficamos nós dois sentados, um ao lado do outro.
- Pode ser legal. – Ainda cabisbaixo.
- Se anima aí, Tae.
- Se eu conseguisse, já havia feito isso há muito tempo.
- Te entendo.
- Ah, você entende, (s/n)? Pois me explica como é optar por ficar acordado de madrugada chorando apenas porque a ideia de acordar e ter que passar por mais um dia onde minha mente me controla e me convence de tantas coisas ruins.

Eu queria gritar para ele e o mundo inteiro ouvir que Jungkookie estava vivo, mas prometi para mim mesmo que seria cautelosa com minha palavras.

Acabei não respondendo nada do que ele falara. Ele estava realmente mal, e nem sequer tentava esconder. E, de certa forma, eu sabia que ele apenas não escondia porque era para mim que ele estava falando. Eu queria ajudar, mas sinto que não consigo. Então, permaneci calado.
- (s/n), você não entende. E, tudo bem, eu não espero que você entenda. Eu realmente quero que você nunca entenda. Pois para entender seria necessário você passar pela mesma coisa, e eu não desejo isso para você.

Não era como se eu não tivesse o que falar para ele. Mas sim que não sabia se falaria as coisas com as palavras corretas. Por fora, Hoseok parece morto. Por dentro, talvez esteja pior ainda. Ele foi largado de lado por tantas pessoas. Sendo decisões delas ou não. Ele acabou passando por 1 ano sem ninguém para o confortar, apenas com singelas visitas de Taehyung. Ninguém o confortou quando ele precisou. Mas os demônios que moram dentro de sua cabeça sim. Seus demônios os confortaram quando ninguém mais o fez, e por isso seja tão difícil se livrar deles. Eu não entendia o Hoseok. E, de fato, como ele disse, espero nunca entender. E isso era o mais bonito nas palavras dele. Ele não desejava nada de mal, pois sabia que ninguém merecia isso. Muito menos ele.
Sem assunto – mas ao mesmo tempo com assunto em excesso – permanecemos algumas partidas da luta num clima de silêncio que ninguém ousava quebrar.
- Anda fazendo o quê da vida,Hoseok? – Perguntei, tentando conquistar mais o garoto.
- Nada, Babá. – As palavras mortas saíam dele.
– Eu fico apenas aqui, deitado na cama o dia todo. Eu me tornei um inútil, um peso morto.
- Não, Hobie, você... – Tentei falar algo motivacional, mas ele mesmo me interrompeu.
- Eu me sinto perdido, babá. Perdido. Era como se eu pudesse estar fazendo algo incrível, mas deixei que a solidão e o sofrimento me consumissem por dentro. E agora sinto que não consigo fazer mais nada.
- Não, Hoseok, não é bem assim. – Meus olhos continuavam concentrados no jogo, enquanto eu ganhava mais uma vez do Hoseok. Ele sequer estava se esforçando.

(s/n), o Hobie está começando a chorar! me alto alertei, fazendo com que meus olhos se concentra-se mais em Hobie.
- (s/n), tá sendo difícil. – Hoseok largou o controle no chão e permitiu com que a tristeza que guardava dentro de si saísse em forma de lágrimas por seus olhos.
- Eu sei, Hobie, eu sei. – Me aproximei dele, envolvendo-o em meus braços.
- Você quer conversar sobre? – A cabeça dele estava em meu ombro, enquanto suas lágrimas caíam e molhavam toda minha calça.
- Conversar o quê? – Falou, se afastando do meu corpo. – Você passou 1 ano sem falar comigo, (s/n). Você não percebe o quanto eu preciso de você? O quanto eu preciso do meu passado? Mas eu não posso ter nada disso de volta. É sobre isso que você quer conversar? Se sim, eu conto tudo o que passei. Conto como é difícil fazer meu papel na sociedade. Eu confio em você. Me conta o que você veio fazer aqui depois de tanto tempo.
- Eu vim apenas te ver, Hoseok. – Menti.
- Bem, você já me viu, e já conversou comigo. Pode partir. Eu não sou uma exposição de arte para você vim só para me ver.
- Você pode tentar ser menos grosso comigo?
- Grosso? – Hoseok olhou para mim ainda com o olho marejado. – Você acha que eu estou sendo grosso?
- Eu acho que você tem motivos.

estamos todos no mesmo jogo da vida, apenas em níveis diferentes. Você e eu lidamos com o mesmo inferno, porém com demônios diferentes. Jung Hoseok começou a encarar no fundo de meus olhos. E eu fiz o mesmo, Não sei qual o efeito da depressão nas pessoas. Embora já tivesse passado dias terríveis, nunca cheguei em tal ápice. Mas, de fato, um dos sintomas devia matar a alma.
encarava aquele garoto. Ele estava sem alma. Ele estava sem vida. Até o céu mais escuro se torna um dia ensolarado perto da aura que o Hoseok conseguia passar apenas com sua presença. E isso era triste. Uma das pessoas que mais me deixou bem no passado, não conseguia nem se sentir bem consigo mesmo atualmente.
- Sabe o que é isso? – Puxou a manga de um dos seus braços.

Eram cortes.

continua...