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História Signos de Sangue - Destino


Escrita por: Manny

Notas do Autor


O que dizer da minha pessoa?
Vocês devem me achar louca. Eu só digo: as melhores pessoas são loucas *canta Mad Hatter da Melanie Martinez* (editado 12/17: não canta mais, não... ;-;)
Não, gente, agora é sério. Voltei com essa fanfic que vocês devem ter considerado como perdida, mas eu sempre soube que um dia voltaria a escrever. E esse dia é hoje, sim. Kkkkk
Enfim. Não quero ficar dando desculpinhas aqui. Faço isso nas notas finais xD

Pra quem ainda quer ler, vou dar uma relembrada nos acontecimentos anteriores:
Lembram da Derrubada, ne? O povo com um plano pra derrubar a Vase (corporação dita corrupta) e aí recrutaram um povo (EXO) pra isso.
Aí tinha a Cho-Hee, delegada fodona que começou a ser caçada junto com Suho. Acabou que ela era a Caranguejo, que fez a Estrada do caranguejo (aquela que abrigava o fofinho do Dentuço, que papou o Mark xD).
Enfim. Suho, policial com juízo, se viu no meio de criminosos e quebradores de lei. Ele gostou? Não. Mas a vida é assim mesmo, querido, aceita que dói menos.
Teve HunHan e ChanBaek tentando sobreviver aos caras da Caliban (organização criminosa badass que traiu a Dark Moon, organização do Kris e do Tao). Chan vai dar um rolê e não leva o Baek pq ele tá só o pó. Aí termina o capítulo com a partezinha do Baek concluindo que tomou no nariz e tem que se virar. Coloquei esse finalzinho aqui pra dar uma liga melhor. Qualquer coisa, pergunta ae kkk

Enfim. Boa leitura (pra quem me perdoou e ainda vai ler).

Capítulo 11 - Destino


Fanfic / Fanfiction Signos de Sangue - Destino

 

*✹*

 

Anteriormente...

 

O escuro parecia cada vez mais sufocante. Mas Baekhyun mantinha a lanterna desligada. O que queria provar? Que bem lhe faria ficar ali jogado ao chão, sangrando até a morte, seu corpo perdido pra sempre em um túnel desconhecido? Ele sabia que Chanyeol não voltaria. Provavelmente só se afastara o suficiente para que Baekhyun não conseguisse voltar e ficasse caído, com as forças se esvaindo a cada segundo. Essas ideias não paravam de ecoar em sua mente.

 

Ele bufou. E o som pareceu alto demais no silêncio perturbador. Não ficaria ali sozinho, deplorável, no meio do breu. Ele ligou a lanterna, a luz repentina fez seus olhos doerem, mas logo ele se acostumou, podendo ver a parede oposta, suja e coberta de lodo. Então Baekhyun tentou se levantar, apoiando-se na parede grudenta do túnel. O braço latejava loucamente, o obrigando a parar com o esforço inútil.

 

Inspirando profundamente, ele se concentrou em afastar a dor. Ficou parado por algum tempo, até acreditar que a dor se amenizara. Então trincou os dentes e se ergueu de uma vez, cambaleando.

 

Não havia sido uma ideia inteligente. A dor acendeu repentina, como se o crocodilo ainda lhe mordesse o braço. Sentiu o sangue fluir novamente. Com a respiração acelerada, colocou a lanterna na boca e arrumou a arma no cós da calça. Então pegou a lanterna com a mão boa e forte o suficiente.

 

Mas antes que pudesse começar a andar, ouviu passou ecoando pelo túnel. Vinham da direção do Depósito. Ele congelou onde estava, com certeza não era uma pessoa só.

 

Desligando a lanterna rapidamente, ele foi engolido pelo escuro outra vez. Pegou a arma e a destravou, ficando alerta. Os passos se aproximavam e vozes embaralhadas murmuravam ao longe. Quando uma pequena claridade começou a surgir, ele soube que estavam perto. E não havia onde se esconder.

 

Então se firmou nas pernas e ergueu a arma, apontando para o túnel. Se fosse rápido, poderia acertar alguns deles, antes que soubessem o que acontecia. Ele fechou os olhos, se concentrando na direção de suas vozes.

 

Seu dedo tremeu contra o gatilho.

 

 

 

*✹*

 

Capítulo X

 

Destino

 

*✹*

 

Antes que Baekhyun pudesse atirar, ele reconheceu a voz de Luhan. Outra pessoa conversava com ele, devia ser Sehun, o garoto que o levara até o Depósito.

Baekhyun expirou aliviado e tombou para o lado, escorregando pela parede até se sentar no chão. A dor fazia seu estômago revirar. Logo um faixo de luz o alcançou e os dois homens que vinham em sua direção exclamaram surpresos

— Baekhyun!

Luhan e Sehun se abaixaram em frente do moribundo, pareciam preocupados, principalmente ao verem todo aquele sangue que vazava do ferimento de Baekhyun.

— O que houve lá em cima? — Luhan perguntou, já tomando as devidas providências para estancar o sangue.

— Caliban — Baekhyun murmurou, engolindo um gemido de dor. — Um grupo chegou de repente, tivemos que liquidá-los. Mais estão a caminho.

— O cara da perna mastigada veio com você? Ele estava acordando quando eu desci — Sehun falava enquanto iluminava o túnel dos dois lados, preocupado.

— Descemos juntos. Mas ele voltou sozinho, para ver se estavam nos seguindo.

— Ele desceu aqui com a perna naquele estado? — Luhan o encarou pasmo.

— Ele está melhor que eu — Baekhyun respondeu. — Parece que você fez um bom trabalho. Pelo menos nele.

— Fiz um bom trabalho em você também. Mas você perdeu muito sangue e não ficou deitado como deveria.

Baekhyun riu soprado.

— Da próxima vez eu tiro uma soneca enquanto a Caliban faz uma visita.

Sehun riu e Luhan ergueu as sobrancelhas, improvisando um curativo.

— Chanyeol disse se demoraria? — Perguntou o médico.

— Não deveria demorar, não andamos pra muito longe.

Por mais que uma vozinha insistente dissesse em seu interior que Chanyeol havia o abandonado, Baekhyun tentava ao máximo ignorá-la.

— Ele deve ter encontrado a Caliban — Luhan disse simplista.

— Droga — Sehun falou. — Se estão aqui no túnel conosco, como vamos voltar ao Depósito?

Baekhyun não teve tempo de pensar na resposta. Uma série de tiros ecoou pelo túnel à frente, próximos demais.

— Merda! Temos que ir! — Sehun sussurrou asperamente.

Luhan terminou o curativo improvisado em Baekhyun e se levantou.

— Será que pegaram o cara? — Sehun perguntou, apavorado.

Os tiros cessaram.

— Temos que ir! Vão acabar nos matando também!

Sehun se abaixou para ajudar Baekhyun a se levantar.

— Não podemos ir, vamos acabar nos perdendo — o golpista falou, sentindo uma pontada no braço e tontura ao levantar tão rápido.

— E o que acha que devemos fazer? Esperar que venham nos pegar? Nós vamos morrer!

— Shiu!

Luhan ergueu a mão e encarou a escuridão do túnel a frente. Não ouvia ninguém se aproximando.

— Podem ter ido embora. Devem ter encontrado Chanyeol e pensado que ele era o único nos túneis.

Baekhyun sentiu o estômago revirar. Não poderiam ter pegado Chanyeol, poderiam?

— Temos que voltar.

Luhan e Sehun o encararam como se ele fosse louco.

— Olha, eu sei que você quer ir ajudar o seu amigo — Sehun falou. — Mas nem ele, nem você teriam chances contra a Caliban, não é? Então é suicídio ir na direção do inimigo.

— Não estou dizendo pra vocês irem. Podem seguir pelo túnel a esmo, eu não me importo. Mas não vou me perder com vocês — ele se soltou de Sehun. — E ele não é meu amigo.

Baekhyun começou a ir pelo caminho em que Chanyeol tinha seguido, se apoiava na parede escorregadia do túnel, a arma segura na mão mais firme, que a apertava com força tentando ignorar as ondas de dor.

— Hyung, não podemos deixá-lo ir, e se ele acabar morrendo também? — Sehun sussurrava para Luhan. — Kris vai nos matar se perdermos os dois.

— Você quer que eu faça o quê? Só me mandaram salvá-los e não ficar de babá. Se eles quiserem correr riscos e jogar meu trabalho no ralo, não será minha culpa.

— Vamos pelo menos acompanhá-lo. Vamos devagar, se ouvirmos a Caliban, nós voltamos.

Baekhyun não parou para ver o que eles decidiriam. Na verdade, não precisou, pois logo Chanyeol apareceu correndo, coberto de sangue e com um ferimento a bala no braço. Segurava a arma em uma mão e a lanterna na outra.

Os outros três o encararam, chocados demais pra dizer alguma coisa.

— Ah, estão todos aqui — disse ofegante. — Vamos dar o fora daqui logo. Não precisamos mais nos preocupar com aqueles caras, mas a Caliban pode mandar mais.

Luhan encarava Chanyeol como que hipnotizado. O homem parecia não sentir nenhuma de suas lesões.

— Você está bem? — perguntou o médico.

— Estou ótimo — Chanyeol sorriu. — Aliás, você é o médico que me salvou, não? Acho que te devo uma.

Sehun engoliu em seco e encarou Luhan, enquanto Chanyeol perguntava a Baekhyun se ele precisava de ajuda e era afastado.

— Hyung, você realmente fez um bom trabalho nele — sussurrou ao médico, enquanto começavam a seguir os outros dois em direção ao Depósito.

— Acho que fiz sim — disse Luhan com um tom de indiferença.

Mas por dentro sorria como nunca.

 

*✹*

 

Minseok estava animado. Seria seu primeiro dia como cartomante e ele estava certo de que faria tudo direito, afinal, havia sido treinado nas artes ocultas desde seu nascimento. Depois de treze anos recebendo os ensinamentos passados de geração a geração em sua família, ele seria autorizado a fazer consultas.

Sua tia Seonee o deixara sentado junto a uma pequena mesa coberta com um tecido violeta brilhante, como suas roupas ondulantes. Todos os seus materiais estavam dispostos pela superfície reta e ele observava o parque iluminado e movimentado com expectativa. Ao lado de sua mesa, estava a roda-gigante, majestosa e luminosa como um céu estrelado. Era o brinquedo mais movimentado do parque; desse modo, a mesa de Minseok era a mais procurada. Esse era seu desafio inicial.

A noite foi longa e movimentada, mas para o garoto místico, tudo passou rápido e recheado demais. As inúmeras histórias que ouvia, os futuros que vislumbrara, os sentimentos intensos e diversos que sentia, jamais sairiam de sua memória. Foi como se ele mesmo acendesse por dentro, como a roda-gigante.

No final da noite, quando pessoas maltrapilhas passavam recolhendo o lixo reciclável para venderem, ou revirando o lixo atrás de sobras, Minseok já havia recebido a ordem de guardar seus instrumentos e se preparar para irem embora. Mas antes que pudesse sair em busca de sua tia, foi atraído por uma energia misteriosa e agitada.

Ele sabia que não podia abandonar seu posto. Sabia que deveria bloquear energias como aquela, que despertavam a profunda curiosidade, pois essas eram, em sua maioria, as mais tentadoras e perigosas dentre todas. Mas aquele era seu primeiro dia, e nunca havia tido aquele sentimento atrativo.

Minseok seguiu, então, o chamado silencioso. Contornou a roda-gigante, que havia sido apagada, e andou pelo escuro impreciso, guiado apenas pela intuição. Chegou a uma parte do parque que era escondida, guardando a imundice dos vários quilos de lixo e materiais descartáveis, que iriam certamente estragar a imagem encantadora do parque se fossem exibidos ao público.

Então estavam escondidos. E junto a eles, algo ainda mais miserável e repugnante para a sociedade se ocultava. Alguém, melhor falando. Alguém como aquelas pessoas que reviravam o lixo e pegavam o que mais ninguém queria.

Minseok encarou a pobre mulher imunda, mas com a energia forte e viva, brilhante, tal como a roda-gigante. Ela parecia ferida e cansada. Encarou Minseok com um pânico crescente, afinal, não deveria ser encontrada onde estava.

— Está tudo bem — Minseok disse, com a voz aveludada de criança. — Não vou contar pra ninguém que está aqui.

A mulher passou a sentir confusão misturada ao pânico. Não sabia como aquele garoto sabia que estava se escondendo.

— Você está com fome? — Minseok continuou. — Eu não tenho muita coisa, mas você pode ficar com essa maçã.

Ele estendeu um embrulho colorido.

— Ela é coberta com caramelo. Minha tia quem fez. É boa, pegue.

Ele se aproximou mais da mulher arisca e estendeu a maçã em frente ao seu rosto. Ela o encarou desconfiada, então aceitou o embrulho, que chiou baixinho as ser movimentado.

Minseok olhou para trás. Sentia sua tia o procurando. Ele devia ir logo, antes que se metesse em encrenca.

— Eu preciso ir agora — disse para a mulher. — Mas eu volto amanhã à noite. Você ainda estará aqui? Posso trazer mais comida. E remédio.

Apontou para a perna dela, que coberta pela calça escondia um ferimento que Minseok podia sentir. A mulher o encarou com atenção, e então confirmou balançando a cabeça.

Minseok sorriu para ela e se virou, andando até seu posto, onde sabia que a tia o esperava.

Durante aquela semana, Minseok sempre ia ver a jovem mulher. Levava comida pela manhã e depois das suas consultas, à noite. Eles conversavam um pouco, Minseok adivinhava o que ela precisava e não fazia perguntas invasivas, deixando que ela contasse o que quisesse. Também levou remédio e bandagens para tratar do ferimento na perna dela. Estava feio, infeccionado, mas ele conhecia algumas ervas que ajudariam a desinfeccionar e amenizariam a dor.

No começo da outra semana, a família de Minseok iria se mudar para o parque do outro lado de Seoul, longe demais. No último dia, antes de irem, ele levou uma tigela de japchae e fatias de melancia. O sol brilhava forte no final daquela manhã.

— Eu vou embora daqui a algumas horas, Paggie — a mulher não quisera revelar o verdadeiro nome, então Minseok a chamava assim. — Tenho que voltar agora pra arrumar as minhas coisas. Você vai ficar bem?

— Ficarei, garoto, ficarei — disse ela entre as colheradas de comida.

Minseok a olhou com um sorriso sereno. Ela estava sempre faminta. Ele ficou a olhando comer por um tempo.

— Pra onde vai agora que sua perna está melhor?

Paggie bebeu o resto do caldo do japchae e arfou satisfeita, começando a atacar a melancia.

— Pro subsolo — disse de boca cheia. — Tem um lugar onde posso ir, pessoas pra confiar. Que nem você.

Minseok sorriu com o comentário. Paggie continuou:

— Depois tenho muito trabalho pra fazer. E poucas pessoas pra me ajudar, então terei que recrutar uns infelizes — ela sorriu marota.

O garoto franziu as sobrancelhas. Sabia que Paggie tinha um segredo, só não sabia qual. Mas sabia que aquilo de recrutar fazia parte dele.

— Valeu mesmo, hein, garoto! — Ela falou quando acabou de comer, devolvendo os potes vazios de comida a Minseok. — Estou em dívida com você.

Ela começou a arrumar as poucas coisas que tinha. Uma lanterna velha com o vidro rachado, um colar de identificação militar de um tal Song Joong-ki e um enorme mapa de Seoul, com caminhos que ele desconhecia.

Minseok se levantou e ela o encarou com um sorriso.

— Então eu já vou — ele disse.

— Tudo bem.

Ele abriu a boca como se fosse dizer mais alguma coisa, mas nada saiu.

— Obrigada mais uma vez, Minseok-ah. A gente se vê qualquer dia desses.

Ele acenou positivamente e se virou, andando até o trailer onde vivia com a tia, enquanto repetia mentalmente as palavras que não dissera a Paggie, como se soubesse que eram seu destino:

Recrute-me e me leve com você.

 

*✹*

 

Xiumin estava sentado em uma das passagens da Estrada do Caranguejo, na porta de um pequeno arsenal, a alguns metros abaixo da sala de reunião em que estiveram. Haviam descido por uma passagem escondida pela estante do canto da sala.

O túnel onde estava era pouco iluminado mas, se comparado às passagens mais antigas, era claro até demais. Paggie estava dentro da sala do arsenal com o policial desconfiado, os dois varredores, Kyungsoo, Kris e Lay, que não queria perder nada do que faziam, sempre sedento de informações, principalmente depois da Primeira Reunião.

Ele viu Chen andando a metros de distância. Ele estava vigiando a passagem por onde entraram, apesar de Paggie ter dito que não era necessário: todas as novas passagens tinham sensores de movimento e vigilância de câmeras, além de algumas defesas acionadas por alarmes.

Paggie estava projetando essa nova parte da Estrada a décadas, desde que começara a escavação. Primeiro ela precisava aumentar a área, e depois sofisticar determinados locais. Com o apoio das organizações, isso havia sido fácil. Mas então eles descobriram a conspiração e passaram a caçá-la. Desde então, a escavação se tornou lenta e gradativa. Desde que Paggie precisou de mais recrutas e se tornou policial e, posteriormente, delegada.

Chen se aproximou, tirando Xiumin de seus devaneios. Ele olhou para o rapaz, sua energia estava agitada, levemente dolorida. Ele pensava com preocupação no amigo que fora mordido ao matar Dentuço.

— Eu ainda não acredito que aquela é mesmo a Caranguejo — disse Chen, se sentando ao lado de Xiumin, que sorriu, pois sabia que Chen acreditava sim. — Então é por isso que você sabe andar pela Estrada, é aliado dela.

Xiumin o encarava profundamente, apesar de saber que isso provocava o outro, não podia evitar.

— Sou o recrutador de Paggie — Xiumin respondeu.

Chen sorriu.

— Então quer dizer que nos recrutou?

O ocultista concordou com a cabeça, ainda olhando pra Chen, que desviou o olhar ainda sorrindo.

— É por isso que sabia nossos nomes naquela noite no Paguru?

— Sim.

Xiumin sentiu certa ansiedade vinda do outro.

— Vocês facilitaram muito as coisas indo até lá. Se não fossem, eu daria um jeito de chegar até vocês — Chen o olhou, ouvindo com atenção. — Vocês não são meros recrutas. São partes importantes para a Derrubada se concretizar.

O golpista pareceu refletir seu papel naquele ambicioso plano.

— Então é só nisso que vocês pensam? Nesse plano? Nunca se desligam disso?

Xiumin franziu as sobrancelhas.

— Como poderia me desligar? Eu vivo a Derrubada a anos.

— Sim, mas... vocês não fazem coisas por si próprios? Não se divertem?

Xiumin não sabia aonde o outro queria chegar.

— Bem, isso depende do que você considera como diversão.

Chen sorriu malicioso.

— Hum... quando o Baek e eu temos sucesso em uma empreitada, nós saímos pra comemorar, beber, encontrar pessoas interessantes pra passar a noite...

Xiumin ergueu uma sobrancelha, intrigado.

— Aquela noite no Paguru era uma dessas?

— De certo modo, sim — sorriu.

— E vocês foram até lá para me ver.

Os olhos de Chen faiscaram enquanto mirava os olhos do ocultista.

— Xiumin-ssi, parece que tudo ocorreu melhor do que eu esperava; nunca pensei que passaríamos aquela primeira noite juntos. E estamos juntos até agora.

Fish o encarou avaliativo, então começou a rir e Chen o acompanhou, enquanto recostava as costas na parede do túnel.

— Bem, então temos que tomar cuidado para que tudo continue assim, não?

Chen sorriu e Xiumin deu uma piscadela, se levantando e estendendo a mão para ajudar o golpista a se levantar também.

Os outros vinham do arsenal, já prontos para irem. Estavam armados até os dentes, com semiautomáticas, revólveres, fivelas de munição, granadas e bastões de luz e de choque. Paggie entregou uma glock para Chen e um fuzil para Fish, que passou a alça presa à arma pelo ombro.

— Estamos prontos pra ir — Paggie avisou, prendendo um rádio de comunicação ao cinto. — Infelizmente meus contatos relataram que ouve um ataque ao Depósito noite passada. Não há sobreviventes no local.

Chen sentiu uma pontada no fundo do estômago. Encarou a Caranguejo como se ela fizesse uma piada de mal gosto. Os outros pareciam desconfortáveis.

— O que está querendo dizer? — Chen perguntou irritado.

— Não havia ninguém vivo no Depósito. Mas não estou dizendo que seu amigo ou os outros estejam mortos. Eles conhecem o alçapão, podem ter conseguido escapar. Existe algum lugar que poderiam ter ido?

Todos observavam Chen, esperando uma resposta.

Chen franziu as sobrancelhas. Existia um lugar. Mas ele não sabia se Baekhyun levaria estranhos consigo até lá. Mas era sua única chance...

O golpista olhou Paggie.

— Acho que sei de um lugar.

 

*✹*

 

 

O Depósito estava destruído. A ala hospitalar que haviam improvisado estava virada de ponta cabeça, com marcas de bala por toda parte. Os corpos repousavam desleixados e espalhados, alguns inteiros, outros em pedaços.

Baekhyun estava deitado em um canto, descansando. Os outros tentavam contatar Fish por celular, mas não havia sinal ali embaixo. Eles desconfiavam que o ocultista também estaria na Estrada.

— Pra onde vamos agora? — Luhan perguntou. — Não podemos ficar aqui só esperando eles voltarem. Temos que encontrar um lugar mais seguro. Um que eles possam nos achar.

— Você quer deixar um bilhete aqui avisando onde estaremos? — Chanyeol perguntou sarcástico. — Não vai me dizer que planeja continuar com esses caras.

Sehun engasgou.

— O-o que está dizendo? Vamos só tomar nosso rumo? Não podemos abandonar o Kris, ele vai nos matar.

— Talvez mate você, que é homem dele. Mas eu não tenho nada a ver com isso. Fui arrastado aqui pelo destino, e não pretendo continuar. Aposto que ele também não.

— Eu também fui arrastado até aqui, mas só porque meu amigo queria uma boa foda — Baekhyun foi encarado pelos outros e deu um meio sorriso. — Que foi? Acredita mesmo em destino.

— Isso não vem ao caso — Chanyeol girou os olhos. — Eu vou dar o fora. Se vocês quiserem continuar com essa brincadeirinha de merda, fiquem à vontade.

Chanyeol estava pronto pra sair, quando Baekhyun falou.

— Tudo bem, crente em destino. Acho que você pensa que um milagre vai acontecer e te levar direto para o responsável pela morte do seu grupo. Você ainda quer vingança, ne?

Chanyeol parou e encarou Baekhyun com raiva. Mas o deixou continuar.

— Eu ainda tenho que encontrar o Chen, então, por mais que eu queira mandar todo mundo se foder, vou ter que continuar na brincadeirinha. E, se eu me lembro bem, você ficou me ameaçando a cada vinte segundos, há algumas horas, sobre pegar seu dinheiro de volta e acabar com a minha vida por ser um ladrão desprezível que magoou seus sentimentos.

Sehun e Luhan franziram a testa, sem entender o que o outro dizia em deboche.

— E, não sei, mas você parecia realmente sério, e eu já estava me programando pra uma luta. Mas se você vai desistir tão fácil, melhor pra mim. Pode ficar esperando o destino colocar o dinheiro no seu caminho e qualquer coisa mais que você queira.

Chanyeol apertou as mãos em punho, sentindo a raiva crescer dentro de si ao ouvir Baekhyun debochando dele. Nunca esteve com alguém tão irritante e convencido a sabe-tudo. Desejava fazer Baekhyun calar a boca e se arrepender de tê-lo provocado.

— E então? — Perguntou Baekhyun o encarando e sorrindo maroto. — O que vai ser? Vai esperar o destino? Ou vai pegar o que quer com as próprias mãos?

Os dois observadores ficaram calados dm expectativa. Acreditavam que Baekhyun estava próximo a levar uma surra, e o golpista não estava em condições de revidar.

Chanyeol bufou, tentando controlar a raiva. Nunca havia se sentido assim, mesmo que fosse facilmente irritável, nunca sentira a irritação dessa maneira. Ele julgava estar realmente estressado com tudo que aconteceu em tão pouco tempo.

— Você deve ser mesmo muito idiota pra me lembrar de que roubou o meu dinheiro — Chanyeol disse em um tom controlado. — Não adianta se arrepender depois. Eu vou continuar, mas só até pegar meu dinheiro de volta e até ver se esses caras vão mesmo render a minha vingança.

Baekhyun conteve um sorriso convencido. Sabia que não seria inteligente continuar irritando Chanyeol. Ainda mais quando estava fraco e não conseguiria defender em uma luta corpo a corpo.

— E pra sua informação, destino não é milagre. Eu nunca acreditei que ficar parado só esperando as coisas acontecerem me levaria onde eu deveria estar. Eu vou, sim, aonde eu quero por conta própria.

Então deu as costas ao outro, que mordeu os lábios achando graça de como Chanyeol era marrento.

Baekhyun suspirou e continuou a falar.

— Tem um lugar pra onde podemos ir e que eu sei que os outros nos acharão. Isso se Chen ainda estiver com eles.

Os outros prestaram a atenção.

— Mas não sei onde estamos, já que vim pela Estrada. Pode estar muito longe, ou muito perto.

 — Estamos no bairro de Yongsan, perto do rio Han, e perto de Apgujeong, onde fica a sede da Caliban — Sehun contou.

— Então é por isso que eles vieram tão rápido — Luhan concluiu. — Se for assim, temos que ir embora agora. Eles devem ter notado que o grupo não voltou.

— E não acho que vão gostar de nos encontrar batendo papo no meio dos corpos deles — Sehun falou.

Baekhyun sorriu.

— Estamos perto, mas vamos precisar de um carro.

Então Chanyeol se levantou emburrado.

— Eu arrumo um.

E se virou, indo até as escadas que levavam ao primeiro andar.

Quando estavam só os três, Sehun disse:

— Cara, você é melhor que o Kris em enrolar os outros.

Baekhyun riu.

— Eu só disse a verdade.

E se recostou mais contra a bolsa de armas que o apoiava, sorrindo. Chanyeol realmente era muito influenciável.

 

*✹*

 

Fim do Capítulo X


Notas Finais


É só isso o capítulo mesmo. Vou fazer capítulos com metade do tamanho dos anteriores, pq esse era um dos motivos de eu atrasar e desanimar e os karai. Fazer 6k de palavras é foda, e dá um puta trabalho. Então vai ser uns 3k na média.

Bem, espero que continuem acompanhando. Desculpa se emputeci alguém com a minha inconstância, podem me xingar T.T
Até mais! Beijos *3*

*

Link da Playlist de Signos de Sangue:
https://open.spotify.com/user/manny_chuva/playlist/5rPiCF5EJanZ7UU065QlzF


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