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História Acorrentados ao Destino - O começo das Correntes


Escrita por: Mdncvick

Notas do Autor


Bem, está é a primeira história que escrevo. Qualquer erro ortográfico, ou frase sem sentido, me avisem, certo?
Espero que gostem da história.
Boa Leitura!

Capítulo 1 - O começo das Correntes


Fanfic / Fanfiction Acorrentados ao Destino - O começo das Correntes

Suas mãos estavam banhadas em sangue. O sentimento de desespero e angústia estava estampado em sua face enquanto ela olhava o cadáver a sua frente, enojada do que acabara de fazer. Como isso poderia ter acontecido? Eu estava de frente a uma assassina, e o pior de tudo: eu estava perdidamente apaixonado por ela.

- E-Eu.. - disse a garota enquanto suava e tremia de angústia - não sei como eu f-fiz isso!

- Você o matou! Meu Deus! Por que fez isso? - perguntei desesperado.

- Não sei! Não consegui controlar meu corpo! - respondeu a jovem enquanto andava de um lado para o outro, como se isso fosse ajudar a pensar numa resposta.

- Como?

- Foi ela, foi ela! Aquela feiticeira que vimos ontem! Lembra?! Só pode ter sido ela! Ela deve ter controlado meu corpo, ou algo assim!

- I-Impossível! Não acho que ela seria capaz de ter feito isso!

Ela segurou meus braços, me puxando para que ficássemos frente a frente.

- Escute... - disse ofegante - Acredite em mim, pelo menos dessa vez! Ajude-me, eu acabei de matar uma das pessoas mais importantes desse lugar! Os aldeões.. Eles vão me matar! - seus olhos encheram-se de lágrimas - Por favor... Tire-me daqui!

Meu coração acelerou num ritmo que eu nunca pensei que fosse possível. Senti uma adrenalina percorrer minhas veias, e tive a certeza de que aquele era o momento. Nem um segundo a mais. Tínhamos que sair daquela ilha, se quiséssemos continuar vivos.

Virei para o lado bruscamente. Eles estavam por perto.

- Eu consigo ouvir os passos daqui! Eles estão vindo! Vem comigo!

Eu puxei seu braço, e saímos pela porta de trás da cabana deixando o cadáver largado no piso de madeira. Corríamos o máximo que podíamos, e eu me esforçava para que não tropeçássemos em nada no meio do caminho. Entretanto, como toda criatura fugitiva, nós também estávamos deixando nosso rastro. Sangue. O sangue que escorria dos braços da garota que corria ao meu lado.

Parei a corrida repentinamente, fazendo-a se assustar. 

- O q-quê houve?

- Veja atrás de você. Nós acabamos deixando rastros de sangue, e daqui a pouco os aldeões irão nos alcançar! Venha, vamos para aquele rio, precisamos te lavar – respondi.

Ela colocou as mãos no rio, enquanto eu esfregava seus braços o mais rápido que podia. Assim que acabei, puxei-a pelo braço novamente e continuamos a correr.

- Obrigada.. - disse ela com uma voz um pouco rouca - Agradeço pelo que está fazendo por mim... Eu serei eternamente grata.

- Sem problemas, mas, por favor, me agradeça se sairmos vivos daqui! - respondi enquanto olhava para trás, com os olhos arregalados.

Os primeiros aldeões nos alcançaram. Eram robustos. Três no total. Um deles estava com uma faca de cozinha, que devia ter pegado na pressa.

- Vocês, malditos! Irão se arrepender de ter matado o filho do líder! - gritou o primeiro enquanto acertava a faca em meu rosto.

- Não! - gritou a jovem entre lágrimas.

Fiquei mais desesperado ainda enquanto sentia o sangue escorrendo pelo meu rosto. Em menos de um segundo, esse sentimento transformou-se em ódio, desejo de vingança. Não deixaria que me ferissem novamente, muito menos minha amada. 

Quando o homem virou-se para a garota ao meu lado, peguei a adaga que estava presa em seu cinto e cravei-a sem seu pescoço. O sangue espirrou para os lados, manchando o rosto e as vestes dos outros dois. Para minha sorte, estes não me atacaram.

- Podem vir! - gritei - O que há com vocês?!

- Por favor, não grite! - disse o mais baixo - Nós viemos para te ajudar!

- Não é o que me pareceu, enquanto nos perseguia!

- Estávamos fazendo cena, somente. Rápido, sigam por aquela trilha - apontou para a direita - Ela os levará para a vila mais próxima, onde poderão se esconder.

- Como eu posso saber se devo confiar em vocês, ou não?

- Por favor – a garota ao meu lado segurou na manga da minha blusa – é nossa única chance!

- Está bem. Se estiverem mentindo, nem queiram saber o que eu farei! – fuzilei os dois homens com o olhar.

- Claro, como quiser – disse um deles, em tom de zombaria, o que fez com que eu ficasse ainda mais irritado.

Não dei chance de continuar sua resposta, pois me dirigi diretamente à trilha, levando minha amada.

Caminhamos por volta de uma hora e nada de vila.

- Fomos enganados – disse a jovem, derrotada.

- Eu já imaginava – respondi, emburrado – Ao menos estamos longe daqueles aldeões loucos. Pra onde será que essa trilha leva?

- Não faço a mínima ideia.

Ouvi um ruído vindo da direita. Ambos olhamos para a mesma direção. Outros três aldeões, sendo dois deles, os mesmos que tinham nos indicado aquela trilha. Seguravam facões e foices. Não havia escapatória no meio de tantas árvores, e já estava escurecendo. Aquele seria o nosso fim.

***

- Meu Deus! – gritou uma mulher, apavorada. Seus cabelos eram escuros, brilhantes e divididos ao meio. Usava um vestido verde e curto, que deixava suas curvas mais atraentes, contrastando com sua expressão de horror. Várias joias cobriam seu corpo, e sua pele era branca como algodão.

Lá estava seu filho, morto, no chão de madeira. Atrás dela, várias pessoas da vila. Homens, mulheres, crianças e alguns animais domésticos. A maioria com a expressão horrorizada, e os que sobraram, com semblante de luto.

- Foi ela! Tenho certeza! Aquela maldita matou meu filho, e eu nunca a perdoarei! – dirigiu o olhar para o cadáver ao seu lado, e em seguida olhou de volta para a multidão - Quem está comigo?! – vociferou a mesma, enquanto empunhava uma espada encurvada.

Os homens rugiram em aprovação, enquanto mulheres e crianças corriam para pegar mais armas.

***

O céu estava nublado, e todos no local estavam tensos, principalmente eu, e minha amada. O que faríamos? Os outros aldeões estão chegando, e, de certa forma, sinto que é o fim para mim.

Os dois homens de antes foram em minha direção. Seguravam meus braços e davam chutes e socos na minha barriga e face, e eu não conseguia me defender. O outro homem tentou agarrar a minha garota pelo braço, mas esta desviou. Ele começou a se aproximar lentamente dela, enquanto a mesma afastava-se. O que ela não sabia, é que havia um precipício logo atrás, e que estava prestes a cair.

- Não! – gritei, mas meu grito foi interrompido por outro soco na face – C-Cuidado! Atrás de você!

Era tarde. A jovem escorregou e a gravidade a puxou para trás. Nem aquele robusto homem conseguiu segurá-la. Ela caiu. E eu não pude salvá-la. Tudo por minha culpa. Se eu estivesse com ela antes do assassinato, talvez eu tivesse conseguido impedi-la e não estaríamos numa situação como essas. Mas não, isso não aconteceu.

E eu sabia o significado daqueles olhos vivos, cravados em mim. Eles diziam: eu te amo.

Uma gota amarga escorria pelo meu rosto, enquanto eu observava aquela cena. O homem robusto, que queria atacá-la, ria de satisfação.

- Uma a menos, rapazes! – sorriu, com uma expressão cruel.

- Não! Ela não! Por favor, me deixem ir atrás dela! – minha visão já estava embaçada, devido às lágrimas que escorriam freneticamente pela minha face.

Todos riram.

- Pare de ser trouxa! – o homem robusto me golpeou na nuca – Ela já deve estar morta! Mas você não, ainda há muita tortura pela frente – foi tudo que eu consegui ouvir, antes de sentir meu corpo sendo arrastado pelo solo áspero, e desmaiar.

-----------Alguns anos depois, em um lugar bem longe dali---------------------

(Bate o Sinal escolar)

- Finalmente férias! Não aguentava mais o professor falando da vida dele como sempre! - Disse Diogo enquanto andava no corredor. Seu cabelo era dourado, curto, e com uma franja meio bagunçada. Olhos cálidos, personalidade alegre e positiva. O sonho de quase toda garota.

- Mas diz aí, você vai viajar? Sabe como é, o último dia de aula.. - Disse Doddy ao lado de Diogo com as mãos atrás de sua cabeça. Ele sempre andava com fones de ouvido pendurados em seu pescoço.

- Ih, nem sei. Minha mãe me disse que as férias desta vez seriam diferentes! - respondeu Diogo fazendo um gesto de aspas quando disse "diferentes" - Se bem que todo ano ela só me dá algum presentinho e a gente viaja para o sítio da minha tia. Tão emocionante! - disse cético.

- A minha mãe é pior! A gente fica em casa as férias inteiras! Pelo menos você sai de casa.

Digo fez uma careta.

- Mudando de assunto, comprei uns jogos ótimos ontem, quer testar?

- Pode ser. Preciso esfriar a cabeça. As provas de hoje me deixaram tenso.

- Viu? Eu sempre tenho ótimas ideias – respondeu Doddy convencido.

- Eeeei, Diogo! – disse uma voz fina que vinha do final do corredor.

- Ah não, de novo não! – disse o rapaz.

Antes que os dois rapazes pudessem sair de lá, Naomy acabou avistando-os e correu em direção a eles. Ela era uma garota de pele branca como a neve, franja lisa, e com um coque frouxo em seus cabelos negros. Seu corpo não deixava a desejar. Suas curvas chamavam bastante a atenção dos rapazes, que repreendiam Diogo por sempre rejeitá-la. Por que ele fazia isso? Todos faziam a mesma pergunta.

- Ah, garota! Me larga! Toda vez é isso! - gritou Diogo fazendo com que todos do corredor escutassem e parassem para olhar aquela cena hilária.

- Não até você concordar em sair comigo! Estou planejando este encontro há meses! - respondeu Naomy. Ela tinha uma voz antipática, coisa que irritava bastante Diogo.

Doddy tentava disfarçar, puxando o amigo pelo braço em direção à saída da escola, enquanto o pessoal filmava tudo com seus celulares. Realmente estava muito difícil passar por toda aquela multidão.

----------------Na casa do Doddy----------------

- Cara! Mais de quinhentos acessos! Não acredito que mais um vídeo escandaloso seu foi parar na internet! - Disse Doddy com a boca cheia de pipoca em frente ao computador enquanto Diogo testava os jogos novos.

- E o pior é que ao invés de me ajudar, as pessoas filmam tudo com o celular. Fiquei tão aliviado quando consegui com que a Naomy me largasse... Só de ver o pessoal rindo da minha cara sem ajudar dá vontade de... - antes de terminar a frase, Diogo foi interrompido pelo toque de seu celular.

- Alô, mãe?

- Ah, oi, filho. Venha já para casa, temos que conversar.

- Algum problema?

- Não, mas.. Lembra quando eu te disse que tenho uma surpresa? Então.. Tem que ser agora. E traga algum amigo com você.

- M-Mas, mãe, por que agora?

- Não diga nada, só venha.

- Mãe! – gritou Diogo. Mas foi em vão, sua mãe havia desligado o telefone.

- Doddy, minha mãe tá aprontando alguma coisa. Ela quer que eu vá pra casa agora, e que leve algum amigo comigo. Não preciso dizer que está convidado.

- Mas não faz nem uma hora que chegamos!

- Quando se trata da minha mãe, é bom não demorar. Vem, traz a pipoca.

Doddy riu, enquanto calçava os tênis.

-------------Na casa do Diogo----------------

Diogo chega em casa, imaginando que o motivo seria algo banal, quando se surpreende. Sua mãe estava sentada na sala de estar, conversando com Roberto, tio do rapaz, e mais alguns homens, que estavam com equipamentos de pesquisa e filmagem.

- Mãe, er.. O que é isso?

- Ah, ursinho! Surpresa! Você ganhou uma viagem de férias! – disse ela sorridente, apertando as bochechas do filho.

- M-Mãe! Todo mundo está olhando! – disse Diogo completamente vermelho de vergonha, enquanto o resto das pessoas ria, incluindo Doddy.

Depois de um bom tempo, ele, a mãe e seu amigo foram até a cozinha onde não havia mais ninguém além deles.

- Me explica isso. A gente não iria para o sítio da tia Julia, como a gente faz todo o ano?

- A gente iria, mas.. Digamos que seu pai quis lhe dar um pouco mais de liberdade. Sabe o seu tio Roberto? Então.. Ele irá fazer uma viagem para uma ilha*, aqui perto do Brasil, a qual vários pesquisadores nunca tiveram o interesse de explorá-la. Ele e os pesquisadores irão para lá, em busca de alguma espécie nova de animal. E como eu já percebi que você enjoou dessas viagens em família, decidi deixar você ir com ele! – disse a mãe, dando um sorriso – E é claro, poderá levar Doddy com você, se a mãe dele permitir.

Os olhos dos rapazes brilhavam.

- Sério? Não acredito! – gritou Diogo abraçando-a.

- Sim, mas não se anime tanto, por favor.. – disse a mulher voltando ao normal.

- Por quê?

- Serão só nessas férias de fim de ano, então, caso você goste muito daquele lugar, já quero avisar que talvez não dê para voltar lá nas próximas férias. Não sabemos como a equipe de seu tio se sairá com a pesquisa.

- Calma mãe, talvez nem seja lá essas coisas..  - disse o garoto.

------------Alguns dias depois, no local da partida----------------------------

Diogo, Doddy e Roberto haviam arrumado suas malas, e estavam indo em direção ao helicóptero. A ilha não era muito longe dali, então a viagem não seria tão demorada.

- E-eu.. Tô sentindo falta da minha família.. – disse Doddy enquanto estralava os dedos de nervosismo.

- Pensa que me engana? Tá com saudades do seu computador, isso sim! – respondeu Diogo rindo.

- Ei, garotos, sem brincadeira, por favor. Fiquem atentos, se não quiserem ficar para trás. – disse Roberto repreendendo-nos.

Os dois estudantes engoliram seco. Aquele homem dava medo quando queria.

No helicóptero, eles tiveram um passeio calmo e seguro. Em duas cadeiras estavam Diogo e Doddy. Roberto ficou na de trás, junto com um pesquisador enquanto planejavam tudo. Doddy estava com seus habituais fones de ouvido, balançando a cabeça em ritmo da música que ouvia. Diogo olhava da janela do helicóptero, e sentia seu estômago gelar. Uma sensação boa. O céu estava estrelado, e não havia nenhuma nuvem. Ele ficou maravilhado com a quantidade de luzes que brilhavam dos prédios. O estudante ficou ansioso; quais maravilhas ele poderia descobrir ao chegar naquela ilha? Ou será que nem era tanta coisa assim? Antes que pudesse pensar em mais algo, conseguiu dar mais uma olhada na janela, e o brilho das estrelas tomou conta de sua face. Ele adormeceu.

Quando acordou, o helicóptero já estava pousando e já era de dia. Os garotos desceram do mesmo armaram suas tendas junto com os pesquisadores, e em seguida começam a dar uma olhada pelo local. Havia mais pessoas lá, que não vieram junto com eles. Deviam ser turistas também. Doddy ao passar por um grupo ouve algo sobre um povo que vive naquela ilha. Diziam que aquelas pessoas viviam no modo antigo, em forma de aldeias, caça e pesca. Seriam indígenas, ou algo do tipo? Doddy contou a Diogo, que contou para o tio, mas este se mostrou desinteressado. Disse que os jovens podiam investigar sobre isso sozinhos.

- Mas tio, e você?

- Não se preocupe Diogo, eu vim aqui a trabalho, certo? Não vou impedi-los de se divertirem. Peguem. Aqui estão dois mapas da ilha que fizemos com os poucos dados que conseguimos até agora. Estejam no acampamento antes das dez da noite, entenderam?

- Sim, estaremos!

Então, os dois rapazes foram para a esquerda, e o tio na direção o oposta. Adentraram uma floresta.

Por mais que ainda fosse de manhã, a floresta era escura. As árvores eram surpreendentemente altas, e eles conseguiam enxergar o caminho devido a pouca quantidade de luz que passava pela brecha das folhas. O clima era calmo e misterioso, e a cada meia hora, encontravam pedaços de armas antigas.

- Olha, há algumas informações adicionais atrás desse mapa! Há alguns relatos de turistas e pesquisadores que encontraram animais de outros países por aqui, como tigres, espécies de jacaré, lobos e pássaros. Pelo visto essa ilha é bem diversificada.

- Tigres? Sério isso? – perguntou Diogo enquanto virava seu mapa também – Não sei se isso é verdade.

- Claro que é! Não acho que seu tio iria nos dar mapas falsos, ou algo assim. – disse Doddy. De repente, Diogo parou. Sua visão estava direcionada a duas árvores próximas uma da outra. Ele estava com os olhos arregalados – Que foi? Isso não é nenhuma brincadeira de mau gosto, né?

- R-Retiro o que disse! Olha lá! – respondeu Diogo com a voz trêmula. Um tigre com enormes presas. Ele tinha o olhar demoníaco desesperado por carne. Provavelmente não comia nada há dias. Ele avançava lentamente em direção aos dois jovens enquanto rosnava.

- Meu Deus! – disse Doddy baixinho.

- Corre! Agora! – gritou Diogo.

Por mais que corressem, o tigre era mais rápido que eles e estava prestes a arrancar-lhes a cabeça. Mas para sua sorte, havia uma fenda no chão logo à frente. Larga o suficiente para que coubesse um ser humano. Os dois pularam sem nem pensar nas consequências. O tigre não conseguiu feri-los, por mais que colocasse a pata lá, e tentasse encravar a garra na nuca de algum dos dois, não conseguiu.

Depois de cinco minutos, ele havia ido embora, e os dois garotos, que estavam quase sufocados, saíram da fenda com um pouco de dificuldade.

Seus rostos estavam arranhados e sujos de terra. Eles precisavam encontrar um lago para se lavar e matar a sede, já que perderam suas garrafas no caminho.

Depois de muita caminhada, finalmente encontraram um lago médio. Os estudantes foram correndo em direção a ele. Mataram sua sede e lavaram os seus rostos. Viram que do outro lado do lago havia uma garota recolhendo água com um pequeno barril.

Ela tinha o cabelo castanho, com a franja de lado, olhos verdes, usava um rabo de cavalo e roupas curtas em tons mais puxados para o marrom e o bege. Sua pele era morena, e brilhava devido ao suor. Era alta para sua idade, que era, aparentemente, dezesseis anos. Seios fartos, cintura fina, e coxas grossas. Possuía músculos fortes, e dava para ver isso de longe. Realmente linda.

- Ei, Doddy – Diogo sussurrou. Será que essa garota faz parte daquele povo o qual os turistas se referiam?

- Parece que sim. Será que ela fala português?

- Só há um modo de saber.

Os rapazes pegaram suas mochilas e dirigiram-se à garota. Ela levantou o rosto, e cravou os olhos esmeralda nos garotos, principalmente em Diogo.

- Mais turistas? Estou cansada deles – pensou, frustrada – pelo visto querem falar comigo, e eu não estou interessada.

A jovem levantou-se subitamente, o que chamou a atenção dos jovens. Fechou a tampa do barril e começou a caminhar para longe dos mesmos, que aceleraram o passo.

- Vão embora! – gritou.

- O que ela disse? Não ouvi.

- Acho que ela disse para que a gente a siga.

- Talvez seja isso. Ei, corra mais rápido, ela está sumindo!

Ela corria numa velocidade incalculável. Doddy e Diogo nunca tinham visto alguém correr nessa velocidade. Afinal, quem era ela? Ou melhor, o quê era ela? Eles só sabiam de uma coisa: não iriam descobrir nada se continuassem naquela velocidade.

Um pouco mais para frente, depois de terem corrido muito, avistaram outro lago, só que desta vez, bem maior.

- Eles ainda não foram embora? Que insistentes! – pensou a garota, já irritada.

A jovem de olhos verdes entrou no lago, e a medida que eles se aproximavam, ela ia afundando, e afundando, até ficar submersa.

Doddy e Diogo, um pouco relutantes, entraram no lago também, e perceberam que a água vinha até suas cinturas.

- Não consigo enxergar nada, esse lago é escuro! E a iluminação que passa pelas árvores não ajuda muito. – disse Diogo, ofegante – Impossível ela ter afundado, já estamos quase na metade do lago, e não chegamos a nenhuma parte funda.

- Acho que ela deve ter se abaixado.

- Pra quê?

- Será que é outra armadilha?

- Espero que não, e... – antes de terminar a frase, Diogo foi puxado para debaixo d’água. Ele não conseguia levantar, muito menos respirar. Aquela garota queria afogá-lo. Sorte a dele, que Doddy o puxou de volta para cima. A jovem levantou-se também. Seus olhos estavam preenchidos de ódio.

- Esse é só o primeiro aviso! Deixem-me em paz, e vão embora dessa ilha de uma vez por todas! – gritou a mesma, enquanto apontava uma adaga para o pescoço de Diogo.


Notas Finais


Gostaria que comentassem a opinião de vocês. Preciso de motivação para fazer os próximos capítulos.
Obrigada.


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