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História Fascinante. - Primeiro capítulo: E eu só queria algumas maçãs!


Escrita por: MabelHH

Notas do Autor


HEEEEY, ESSA É UMA LONG FIC, EEEEEEH! QUE LEGAL! Quer dizer, pretendo a fazer uma long fic, mas se não der certo, posso acabar com ela no primeiro cap msm Jsnsjjsksjsnsn ele tem bem cara de one shot

Queria dizer primeiramentw que estou bem na vibe BNH, e o manga esta me deixando loucamente viciada, alias, recomendo u.u

E segundo, essa fic, aborda um POLIAMOR

POLIAMOR
AMOR ENTEE MAIS DE DUAS PESSOAS (NO CASO TRÊS)

E num poliamor, não existe essa de "prefiro você, prefiro fulano", poliamor é um amor igual, dividido e balanceado e vai ser isso que vou tentar mostrar aqui.

(Se algum deles caírem para o lado Bakugou, é meu favoritismo entrando em ação, mas não significa que midoriya ame menos o Todoroki ou o contrário.)

Já de antemão, peço desculpas por error ortográficos e falta de concordância, eu revisei, mas nunca se sabe né?

Venha interagir comigo no meu tt!!: https://twitter.com/mabel_hh?s=09

Capítulo 1 - Primeiro capítulo: E eu só queria algumas maçãs!


Estava andando pela mata, procurando alguma árvore da minha fruta preferida: maçã.   

Era difícil de achar a árvore dela por aqui, então tive que me por entre a mata por algumas horas para chegar perto da única plantação dela que eu tinha conhecimento. Vinha aqui todo mês e já conhecia de cor o caminho, mas por ter me atrasado e vindo meio tarde, acabou escurecendo e eu me perdi na trilha. 


Estava em um local da mata desconhecido por mim, resolvi parar e me encostar em uma árvore para descansar um pouco da longa caminha e também pensar. 

Tinha que refazer mentalmente o caminho que eu percorri para conseguir voltar em segurança para meu reino. 


-Tsc, que droga, não vou conseguir colher maçãs hoje. -Reclamei baixo. Enquanto eu pensava, ouvi um barulho acima da minha cabeça, não dei bola, poderia ser um animal qualquer, esquilos ou coisa parecida. 


Mas depois de um tempo, me senti sendo observado e comecei a olhar para os lados, em busca do que ou quem me olhava. Quando olhei para cima, vi pendurado em um dos galhos, um humano de cabelos loiros e olhos vermelhos brilhantes. Recuei alguns passos para o observar melhor. 


Ele vestia apenas algumas peças de roupas e o torso estava despido. Ele saltou da árvore, pousando no chão. Mesmo com o olhar agressivo direcionado a minha pessoa, não estava intimidado e sim fascinado. 


Cabelos loiros eram raros no meu reino e os olhos vermelhos eram novidade. Me aproximei com o intuito de o analisar de perto, mas parei ao ouvir um rosnado. 


Levantei as mãos, não queria que ele me visse como uma ameaça e saísse correndo. 


-Qual o seu nome? -Perguntei, quebrando o silêncio. Ele me encarava sem dizer nenhuma palavra, talvez não falasse minha língua. Quando ele se aproximou, cauteloso, como um animal arisco, me permiti continuar a tentar me comunicar com ele. -Hm, acho que você não fala minha língua, tenho que achar uma forma de me comunicar com você... -Parei de falar quando ele ficou bem na minha frente, a poucos centímetros de mim.  


Antes de eu sequer me movimentar, ele saiu correndo, numa rapidez incrível e se embrenhou na mata. Nem tentei ir atrás dele, pelos sons que ouvia, ele se distanciava cada vez mais e eu já estava perdido o suficiente. 


Depois de algumas tentativas, encontrei a trilha que dava ao meu reino. E quando cheguei nele, a lua se posicionava no céu, deveria ser umas duas da manhã. Então, bati na casa da única pessoa que eu sabia que estaria acordado. 


-Todoroki-kun! -Midoriya abriu a porta, sorrindo para mim. Já estava acostumado com minhas aparições de madrugada. Retribui o sorriso e entrei na casa. 


A casa era humilde, Izuku vivia na parte mais pobre do reino, e mesmo que muitos achassem que faria mal a minha imagem ser visto por aqui, não conseguia me segurar a o visitar sempre que desse. 


-E então? O que aprontou hoje? -Perguntou, fechando a porta e indo a cozinha, provavelmente para fazer chá. Olhei ao redor da casa, ela tinha alguns itens novos despojados ali e aqui, o que me fazia ficar aliviado em saber que a condição de vida dele melhorava, mesmo que pouco.  


-Fui a procura das minhas maçãs, como sempre. Mas acabei me perdendo e... -Contei a ele tudo que tinha acontecido, até mesmo a parte em que o garoto de cabelos loiros e olhos vermelhos aparecia. Izuku se mostrava interessado no que eu falava e também pareceu ficar curioso sobre o acontecimento. 


-Agora fiquei ansioso! Na próxima vez você vai ter que me levar junto. -Eu sorri e assenti. 


-Vou ter que voltar do mesmo jeito para lá, já que não consegui pegar as maçãs. Posso dormir aqui hoje? Assim, partimos de manhã. -O caminho até as maçãs era longo e ainda teríamos que achar o local em que eu me perdi. O que demoraria ainda mais. Então a partida teria que ser feita o mais rápido possível! 


-Claro que pode. Mas seu pai não vai ficar preocupado Todoroki-kun? -Revirei os olhos e neguei. Meu pai já sabia do meu costume de desaparecer por um tempo e mesmo se me procurasse, nunca me encontraria aqui.


E enquanto ele me servia o chá, aproveitei para falar com ele. 


-Vi que tem coisas novas na sua casa! Está conseguindo vender mais? -A pergunta parecia o deixar surpreso, ele apenas sorriu sem jeito e assentiu. 


-É, a venda subiu e deu para comprar algumas coisinhas a mais! -Sentou-se ao meu lado.


-Espero que continue assim Midoriya!  


Depois de terminamos o chá, fomos dormir na cama dele, que mesmo pequena, tinha espaço o suficiente para nos abrigar. 


Demorei um pouco para dormir, já que meus pensamentos iam no garoto com quem me encontrei hoje. Ele era curioso e tinha me fascinado bastante, mesmo com o jeito e aparência agressiva. 

Decidi esquecer momentanemaente o assunto e abraçar a pessoa com quem dormia. 


Depois disso, demorou poucos minutos para que caísse no sono.


---*---

-Todoroki-kun... Você não está muito apressado? -Perguntou Midoriya, enquanto calçava sua bota. Dei de ombros. Realmente tinha tomado banho depressa, tomado café da manhã depressa e me arrumado depressa. Enquanto Midoriya terminava seu café, eu já me encontrava pronto e a todo vapor.


Mesmo que meu rosto continuasse inexpressivo boa parte do tempo, estava ansioso para saber se o encontraríamos de novo ou não. 


Para minha felicidade, logo Izuku se aprontou e partimos. Como o sol ainda estava raiando lentamente a manhã, poucas pessoas estavam acordadas a esse horário, deixando tudo mais fácil.  


Quando finalmente chegamos a metade do caminho, Midoriya pediu para pararmos um pouco e descansar. Atendi o pedido dele, afinal, ele não tinha o costume de ficar andando por ai e a trilha era longa. 

 Enquanto descansavamos, conversamos sobre alguns temas, como por exemplo minhas fugas cada vez mais constantes do palácio. Mesmo amando meu reino, odiava o clima do palácio, cheio de falsidade e cobras prontas para dar o bote. E também era cansativo as inúmeros segredos que tinha que carregar nas costas. 


Rapidamente mudei de assunto, perguntando novamente sobre as vendas dele. Midoriya vinha de uma antiga família que vivia no reino a muito tempo e o histórico deles eram de vendedores. 


Midoriya também mudou rápido de assunto, parecendo tão desconfortável quanto eu. Ficamos em silêncio um pouco, mesmo com o tempo que nos conhecíamos, era difícil tocar em alguns assuntos. 


Mas ele me fazia sentir em paz e feliz. Também me causava outras sensações nada castas, mas preferia ignorar esses pensamentos sempre que eles davam o ar da graça.  


-Acho que já descansei Todoroki-kun! Vamos continuar, sim? -Assenti e me levantei, o ajudando a se erguer. 


Foram poucos os passos que demos quando vi que alguma coisa nos rodeava. Parei de andar e segurei Izuku no lugar. Ele me encarava confuso, mas precisava prestar atenção no que nos cercava, se fosse um animal perigoso, estaríamos encrencados, tinha esquecido minha espada no palácio quando fugi. 


Senti o esverdeado ao meu lado me puxar, fazendo com que olhasse na mesma direção que ele. Vi um estranho lobo de pelos morenos rosnar em nossa direção.  


Fui pra frente de Izuku, ouvindo outro rosnado. Ele nos rodeava, mas não atacava, parecia apenas nos observar. 


-Isso é normal? -Susurrou Midoriya. 


-Não mesmo, nunca encontrei com lobo nenhum nos meus passeios por essa floresta. -Ursos, sim. Mas lobos nunca. Franzi o cenho quando ele se aproximou, provavelmente atacaria. Quando um outro rosnado, completamente diferente e mais agressivo, soou entre as árvores, o lobo negro se assustou e saiu correndo na direção oposta. 


Parecia que o rosnado tinha o assustado, mas lobos não costumam reagir assim quando um outro Lobo o desafia. 


-Acho melhor sairmos daqui Midoriya, podemos voltar outro dia, aqui está muito perigoso. -Me virei para ele, que não prestava atenção no que eu dizia e sim olhava para cima. Segui seu olhar, observando o mesmo garoto de ontem. Meus olhos quase saltaram do rosto. Ele estava ali esse tempo todo e eu não percebi?  


Novamente pulou da árvore e pousou no chão, dessa vez analisando Midoriya. 


-Você de novo! -Falei, tentando esconder a animação na voz. Ele me encarou e franziu o cenho, provavelmente me reconhecendo de ontem. 


-Wow... Tinha razão Todoroki-kun, ele é mesmo fascinante! -Quando Izuku disse isso, o outro corou e virou o rosto na direção oposta. -ÉH? Ele fala nossa língua? Ah, meu Deus que vergonha! Como não me disse isso antes Todoroki-kun?  


-Eu não sabia. -Dei de ombros, era apenas a verdade que eu o achava fascinante. -Ele não me respondeu em nenhum momento. -Ficamos em silêncio, enquanto alternavamos os olhares. E como da última vez, ele saiu correndo, mata a dentro. Dessa vez tentei ir atrás dele, já que conhecia aquela parte da selva, mas não deu em nada, em um piscar de olhos eu o perdi de vista e já não conseguia ouvir seus passos. 


Voltei para perto de Midoriya decepcionado. Queria poder falar com ele, mas ele era bem arisco. 


-Não fique assim Todoroki-kun, vamos o encontrar novamente. -Sorriu reconfortante.


-Vamos? Nós dois? -Perguntei surpreso. Afinal, era loucura continuar a tentar socializar com o rapaz. 


-Claro que sim! Agora também estou curioso com esse moço. Viu os olhos dele? Pareciam brilhar como pedras preciosas. -Comentou. Eu assenti, elas lembravam mesmo pedras precisosas. 


-Pena que queimavam de ódio olhando a gente. -Falei, pousando a mão no cabelo encaracolado. 


-Esse é um detalhe... -Sorri pra ele e voltamos a andar, dessa vez em busca da árvore de maçãs que já estava praticamente esquecida se não fosse meu vício na fruta. 


---*---


No dia seguinte e no outro e no outro, continuamos a escapar do reino para encontrar o loiro com eterna cara de ódio.  


Ele sempre estava lá, mas continuava arisco, mesmo que agora já ficasse mais perto da gente, não falava e não deixava a gente se aproximar demais. 


Estava nos meus planos ir a floresta hoje de novo, mas tive que voltar ao palácio, só consegui tempo para avisar a Izuku e depois não consegui mais fugir dos guardas. 


Estava recebendo a maior bronca da minha vida por passar quase uma semana fora. Mas não tinha culpa se a selva era bem mais interessante do que o local em que vivia. 


-É OFICIAL, TODOROKI, ESTÁ PROIBIDO DE SAIR DESSE PALÁCIO ATÉ SEGUNDA ORDEM! -Berrou, fazendo meus ouvidos doerem. Suspirei. Só me daria mais trabalho em ter que fugir no meio da noite e talvez dormir na floresta. Gostava de o contrariar. 


Me levantei e caminhei até o meu quarto. Um dia ainda queria levar Izuku até aqui. Seria bem mais divertido se ele tivesse aqui para me livrar do tédio.  


Aquele loiro também seria legal. 


Balancei a cabeça, isso não. Mesmo me causando curiosidade, uma hora eu teria de deixar essa idéia de lado.

 Uma hora, um dia que não seria hoje com toda certeza. Quem sabe amanhã. Fui tomar meu banho e quando acabei, uma empregada chegou ao quarto e da porta mesmo, disse que meu pai estava me chamando para treinar. 


Me arrumei rapidamente e peguei minha espada. Sinceramente, as vezes meu pai agia como uma criança.  


---*---

Os dias passaram e a minha rotina estava cada vez mais pesada. Minhas visitas a selva diminuíram consideravelmente, o que fez com que minha frustração tomasse lugar. Midoriya muitas vezes ia a floresta sem mim, apenas para se certificar de que "ele" não havia sumido. 


Era um divertimento ficar vendo a forma com que o loiro agia e também era muito bom poder ficar mais tempo perto de Izuku. 

Mas estava precisando descansar e quando cheguei no quarto, estava pronto para poder dormir finalmente. 

 E mesmo com sono e completamente exausto de corpo e alma, não preguei os olhos. Depois de uma hora tentando dormir, desisti e sai pela janela do meu quarto. 

Sabia fugir do castelo quando queria, era fácil se soubesse as manhas. Meu corpo se guiou praticamente sozinho em direção a floresta. 

Mesmo que as possibilidades de encontrar o loiro eram mínimas, visto que era de noite, tinha que tentar.  


E realmente, eu consegui o encontrar. Mas ele estava dormindo.

E parecia outra pessoa quando dormia, sereno e quase dócil. Não queria o assustar e muito menos o acordar, então fui para uma árvore, a direita do lugar em que ele dormia e em uma distância básica.  

Fiquei velando o sono dele por horas a fio, sem me incomodar ou me sentir sonolento. Era quase um alívio ter algo para fazer que não envolvesse o castelo. 


Quando o loiro começou a se mover, fechei os olhos e fingi que estava dormindo. Não queria que ele me pegasse o observando, mas também não queria perder a chance de interagir com ele, mesmo que pouco. 


Após alguns minutos, senti a presença dele se aproximar. E uma unha bem afiada cutucar minha pele. Abri os olhos lentamente, como se ainda tivesse sono. 


E para minha surpresa, o rosto dele estava praticamente colado ao meu. Ele não se afastou, apenas ficou parado me observando. 


E pela primeira vez, entendi que ser secado dessa forma poderia ser bem constrangedor. Já que estava começando a sentir meu rosto esquentar. Mas não desviei o olhar. 


-Então... Qual o seu nome? -Perguntei, baixinho, iria me odiar se o assustasse e fizesse ele fugir, mas não podia ficar calado para sempre.  


-Tsc. -Ouvi o som que saiu da boca dele, como se resmungasse alguma coisa. Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas parou. Virou a cabeça para dentro da floresta e depois voltou para a pedra aonde antes descansava. 


Fiquei confuso e me levantei, indo ao lado dele, que me observava de canto de olho. 


-O que houve? -Estava com um pingo de esperança dele me responder. E novamente ele abriu a boca, mas foi interrompido por uma voz estridente e animada.  


-Hey! Kaccham! -Reconheci a voz de Midoriya, que chegava cada vez mais perto, até sair por entre a mata que cercava eu e o loiro. 


Assim que me viu, arregalou os olhos e deixou a cesta que carregava cair, junto as frutas. Correu para me abraçar, quase me fazendo cair no chão no processo. 

-Todoroki-kun! Que saudades! -Sorri e retribui o aperto. 


-Também senti saudades Izuku.-Ele se afastou um pouco de mim e fez bico, parecendo chateado com algo. O que na minha visão, foi muito fofo. 


-Está sumido a dias! O que houve? -Perguntou, ainda com o bico. 


-Estive ocupado com o meu pai me mandando fazer isso e aquilo, mas hoje, consegui escapar. -Expliquei. 


Ele me soltou e olhou para o lado, vendo o dono dos olhos carmesim que nos observava atentamente. 


-E veio ver o kaccham não é? -Ouvi o loiro rosnar. -Kaccham! Não seja agressivo comigo! -Choramingou, parecendo triste. 


-Kaccham? Esse é o nome dele? -Perguntei, me sentindo levemente incomodado pela intimidade com que os dois agiam. 


-Há, não. Dei esse apelido a ele. -Apelido? O incômodo voltou ainda mais forte. 


Não sabia dizer se pelo fato de Midoriya saber o nome dele primeiro que eu, ou pela intimidade com que Midoriya agia com o loiro. 


Izuku voltou para pegar a cesta e catar as frutas que haviam caído, aproveitei para olhar o loiro, que ainda me fitava. 


-Bakugou Katsuki. -O som veio num susurro, arregalei os olhos e me aproximei dele, querendo ter certeza de ter ouvido certo. 


-Seu nome? Esse é seu nome? -Perguntei, meio eufórico.  


-O que houve? -Perguntou Midoriya, já com as frutas e cestos em mãos. Encarei o loiro e vi que não arrancaria nenhuma confirmação dele. 


-O nome dele é Bakugou Katsuki? -A boca de Midoriya abriu em um "O", parecia que ia deixar o cesto cair de novo. 


-Há, como assim? Ele te falou agora? -Assenti para ele, que choramingou novamente. - Kaccham demorou um tempão para me dizer seu nome! Fui saber anteontem! -Suspirei aliviado, pelo menos não estava tão atrasado. -Enfim, kaccham, colhi algumas frutas para você! -Katsuki pareceu interessado no que Izuku tinha dito, pois saltou da pedra e veio para perto da gente, analisando as frutas. 


Aproveitei para encarar Midoriya, já que havia um tempo que não o encontrava. Sorri para ele, que retribuiu o sorriso. Parecia querer me abraçar de novo, mas um grunhido vindo de Bakugou, nos fez desviar os olhares um do outro e focar nele. 


Que se encontrava ligeiramente aborrecido, alternando o olhar raivoso entre eu e Midoriya.

 -O que foi Bakugou?-Perguntei, falando o nome dele com gosto. Ele revirou os olhos e voltou a observar a cesta, pegando uma das frutas e a comendo.


-Há, Todoroki-kun, eu peguei uma maçã. Já que estava pensando em passar lá no castelo de todo jeito, mas você foi mais rápido. -Sorriu, pegando a maçã e me entregando. Meus olhos praticamente brilhavam, sinceramente, poderia me casar com essa bendita maçã. Agradeci a Midoriya e comecei a comer a fruta. 


E antes que eu a terminasse, Bakugou a tomou da minha mão, observando ela. Encarei Midoriya confuso. 


Bakugou sorriu e colocou a maçã perto do meu rosto. 


-Me lembra você. A casca vermelha e por dentro, mais branca. -Sorriu. Nem ao menos atendi a provocação, fiquei o encarando. Ele finalmente tinha falado alguma frase inteira e completa. 


Midoriya estava na mesma que eu, o encarando. Quando ele começou a ficar vermelho, preferi desviar o olhar para não o deixar ainda mais envergonhado. 


-A maçã é minha fruta preferida, fico feliz em parecer com ela! -Não fiquei irritado pela provável tentativa de provocamento, mas queria dar pilha para ele falar mais. 


-Tsc, maçã podre! -Fez careta pra mim. É, pelo visto ele tinha o temperamento difícil. Me devolveu a maçã e voltou a comer a fruta que havia pego, por sinal, um abacate. 


Mas quando já estava no meio da fruta, olhou para Midoriya e depois para o abacate. 


-Por Deus! Vocês são algum tipo de frutas humanas? -Colocou o abacate no cesto e voltou a pedra, com o rosto em uma carranca. 


Quando encarei o abacate, notei que ele tinha se lembrado de Midoriya enquanto o comia. Não consegui segurar o riso com a semelhança.

 -Eu te entendo Bakugou, também gosto muito de Abacate. -Sorri, pegando a mencionada e começando a comer ela. -Saborosa, não? -Para meu espanto, ele ficou vermelho, quase na cor dos seus olhos. Engasgei com o riso que surgiu em minha garganta, só de imaginar o que havia passado na cabeça dele para ficar corado. 


-Já não estou entendo nada! Está rindo por qual motivo Todoroki-kun? -Pergunto Midoriya, com um bico no rosto. Parecia emburrado por estar de fora do assunto. 


Não deixei de notar (de novo) o quão fofo ele ficava fazendo bico. Mordi a parte interna da minha bochecha, querendo tirar os pensamentos que aqueles lábios me proporcionavam. 


-Bem, acho que Bakugou viu semelhança entre você e o abacate. -Ele ficou surpreso e logo sorriu. 


-Sério? Que bom! O abacate parece ser sua fruta preferida! -Arregalei os olhos e olhei para o outro, que dava de ombros. 


Franzi o cenho e procurei na cesta outra maçã, quando a achei, fui até Bakugou.  


-Gosta de maçã também? -Perguntei. Ele encarou a fruta com curiosidade e a mordeu. Depois de um tempo comendo, ele sorriu de leve. 


-Éh? Vai trocar o abacate tão facilmente? -Dei língua para Izuku, querendo o provocar. 


E também não resisti a provocar Bakugou. 


-E então? Maçã não é bom de comer? -Ele assentiu, mas quando notou as segundas intenções na frase, ficou corado e jogou a maçã em mim, acertando em cheio. 


-MAÇÃ PODRE IDIOTA! -O grito doeu meus ouvidos, mas mesmo assim não pude deixar de sorrir com as frases que ele soltava. Encarei Izuku; que finalmente parecia ter entendido as segundas intenções, já que também tinha uma coloração avermelhada na face. 


-Todoroki-kun... Você é triste! -Sorriu de lado, me encarando. Iria responder quando gritos me interromperam. 


-PRÍNCIPE SHOUTO! PRÍNCIPE SHOUTO! -Meu corpo tencionou quando ouvi os gritos dos guardas. Me levantei depressa, assumindo uma posição rígida.  


-Todoroki-kun... Esses não são os guardas? Estão te procurando! -Falou Izuku, parecendo preocupado. 


-Príncipe? A maçã podre é um príncipe? -Perguntou Katsuki, parecendo surpreso e desacreditado. -Você não estava mentindo? -Se virou para Midoriya. Também encarei ele. 


-Fala de mim? -Perguntei, sorrindo de lado, esquecendo momentaneamente dos gritos.  


-Gente, presta atenção no importante! -Pediu, ainda mais avermelhado. -Todoroki-kun, se te encontrarem aqui vão te prender no castelo por sabe-se lá quanto tempo! -Fiz careta, era verdade, se me encontrassem meu Pai iria me prender até minha morte. -Eles já devem estar perto daqui! 


-Tsc, tenho que sair daqui! Mas não quero voltar para o castelo... -Suspirei, sabia que não podia ficar na floresta e ariscar que os guardas me encontrassem junto a Bakugou e Midoriya, meu pai iria dar um jeito de culpar aos dois. Baguncei meus cabelos, nervoso. 


-Querem se esconder? -A voz de Bakugou se fez presente. Arquei as sombrancelhas pra ele. -É só para ficar quite com as frutas! -Cruzou os braços, orgulhoso. Iria negar, mas ao ouvir os passos pesados da armadura dos guardas, assenti desesperado. 


Ele saltou da pedra e caminhou floresta a dentro, na direção oposta aos guardas. Peguei Midoriya pela mão e comecei a o seguir. 


Depois de poucos metros caminhados, ele parou, olhou para os lados e se agachou perto de uma árvore. Retirou um amontoado de folhas que cobria a base da árvore em questão e chutou. 


-Kaccham! Não se chuta árvores! -Midoriya brigou. Bakugou não deu ouvidos e chutou novamente, dessa vez uma parte da arvore foi pra trás, revelando uma espécie de carvena. 


Arregalei os olhos diante da cena. Bakugou caminhou para o espaço oco dentro da árvore.  


-Venham logo, aqueles idiotas estão perto, já que alguém aqui, falou meio alto! -Olhou acusadoramente para Midoriya, que sussurrou um "desculpa" baixinho

Entramos dentro da arvore apressadamente. Logo Katsuki pegava a parte que havia se soltado e a colocava no lugar novamente, tampando a abertura. 


-Como isso funciona? -Perguntei, curioso. Dentro da árvore era grande o suficiente para ficar em pé e bem espaçoso. Era quase uma casa subterrânea.  


-Tsc, só funciona. -Murmurou a contra gosto. 


-Então é assim que eu sempre te perdia de vista! -Eu e Midoriya falamos juntos.


 Me sentei no chão de terra, sem medo de sujar minhas roupas.  


-Se falarem muito alto eles podem te ouvir, não estamos muito longe do solo. -Reclamou o loiro. Eu e Midoriya assentimos e ficamos quietos. Quando os guardas passaram, confesso que fiquei com medo, mas sentir minha mão sendo apertado por Izuku me acalmou. 


-Idiotas imprestaveis... Entrando no meu território. -Bakugou praticamente rosnou. Fiquei meio confuso com essa de "meu território" ,mas deixei pra lá. -Vocês tem sorte de ter uma dessas tão perto. -Falou Katsuki, finalmente se sentando ao chão e cruzando os braços, com a cara mais fechada possível.  


-Existem mais dessa Kaccham? -Perguntou Midoriya, se aproximando do outro, que havia se sentado do lado oposto ao nosso. 


Enquanto ele se aproximava pela direita, fui pela esquerda e deixamos ele tagarelar sobre as diversas localidades dessas cavernas. 


Deveria prestar atenção, já que poderia vir a ser útil, mas estava concentrado em provocar o loiro que parecia odiar contato corporal. Quando estavamos perto o suficiente dele, paramos. 


-... E pronto, vocês acham uma dessas fácil, fácil se seguirem essas pistas. Até mesmo idiotas como vocês devem ser capazes de as achar. -Acabou o discurso.

E quando notou nossa aproximidade, fechou ainda mais a cara -se possível- e começou a gritar. Eu e Midoriya ficamos rindo dos ataques de raiva dele, até um ponto em que tivemos que correr dele. 


Enquanto corríamos ele berrava sobre nos matar e explodir, algo assim. E eu preferi correr do que pagar para ver. 


Quando eu já estava cansado o suficiente, me sentei ao chão, deixando a correria para Midoriya. Me rendeu bastantes risadas a cena dos dois correndo. 


Depois que conseguimos convencer Bakugou de não destruir nada, ficamos sentados recuperando o fôlego. Eles, já que eu tinha descansado a um bom tempo. 


Então me voluntariei a sair para pegar algumas frutas. Afinal, só tinha comido uma maçã desde a madrugada.  


Assim que sai do esconderijo, ajeitei as folhas que ficavam sobre a entrada, para esconder melhor e fui procurar. 


Antes tive que voltar para onde estávamos e pegar a cesta que Midoriya largou pelo chão em algum momento, afinal, não poderia carregar as frutas nos braços. 


Enquanto colhia as frutas, parei para pensar no que faria. Não queria mesmo ter de voltar ao castelo e levar a minha vida de príncipe. Preferia ser algo como um defensor do que alguém que fica mandando, mandando e no fim não se move. 


Suspirei. Mas por outro lado, não poderia deixar meu povo na mão desse jeito. Seria egoísta.  



E minha volta ao castelo uma hora aconteceria, se não por pressão psicológica minha, teria que ir pegar minha espada de todo jeito. Não sei o que me deu na mente em sair sem ela. 


Enquanto pensava nisso, acabei por encher o cesto de frutas rapidamente. Depois, voltei para o esconderijo e demorei bastante para o encontrar, já que não havia prestado atenção nenhuma no que o loiro falava. 


Retirei as folhas e empurrei o tronco, vendo ele cair e finalmente entrei. Depois de entrar, coloquei a peça solta no lugar e fui para perto dos outros dois. 

Midoriya já dormia, ele tinha o costume de dormir cedo para acordar mais cedo ainda. Então, me sentei ao lado do Loiro e ofereci o cesto com frutas. 


-Tsc. -Parecia ser o som favorito dele. Eu ri baixo com isso e peguei uma fruta qualquer, a comendo. 


Acabou que conversei bastante com Bakugou, que depois de um tempo, se juntou a Midoriya e dormiu. 


Preferi ficar mais um tempo acordado, mesmo que meu corpo reclamasse de cansaço por estar desde a madrugada do dia anterior acordado. 


Todos os problemas que eu tinha voltaram a minha mente e me atormentaram por um tempo, até que grunhidos me acordaram do transe. Me virei para os dois e vi que um estava com a mão no rosto do outro, como se discutissem até em sonhos. 


Não resisti a sorrir e me deitar também, indo dormir perto deles. E mesmo dormindo na terra, sujo e provavelmente levando mãos em meu rosto, nunca dormi tão bem e relaxado em toda minha vida.


----*----


E mesmo tendo uma ótima noite de sono, não fugi de alguns estalos na coluna, já que quando acordei, Bakugou parecia querer me engargelar até dormindo. 


Custei para sair do aperto, mas depois de um surto de coragem, fiz cócegas nele, que pareceu se incomodar e virar para o lado. Fiz questão de fazer uma anotação mental sobre o fato dele sentir cócegas. 


Após levantar, olhei ao redor, procurando Midoriya. Ele tinha saído pelo visto. Fui pegar uma fruta qualquer para comer e enquanto comia, fiquei observando Bakugou dormir. Novamente, parecia quase um anjo, mesmo que a personalidade fosse um tanto diferente. 

Suspirei e coçei os olhos, ainda estava com um pouco de sono, mas não podia voltar a dormir. Tinha que voltar ao palácio antes que meu pai mandasse desmatar a floresta para me achar. 


Me levantei, caminhando até a parte solta e no meio do caminho até ela, a mesma se abriu e do lado de fora, dava para ver um Izuku sorridente e carregando algumas coisas. Ele entrou e reposicionou a peça no local. 


-Todoroki-kun! Já está acordado? É meio cedo. -Falou baixo, temendo acordar o loiro. Sorri para o esverdeado. 


-Sim, tenho que voltar ao palácio. -Ele me encarou surpreso. 


-Quê? Não precisa não! Fala sério Todoroki-kun! Depois de termos nos escondido noite passada vai voltar tão cedo pra lá? -Perguntou, se aproximando de mim e parecendo indignado. Coçei a nuca, meio sem jeito. 


Entendia a razão dele, fiz eles fugirem e se esconderem para na mesma hora partir. Não era um comportamento digno de um príncipe.  

-Eu fugi na hora pois não queria que os guardas, meu pai e nem ninguém ligasse minhas fugas constantes a vocês. Isso daria sérios problemas. -Disse sério e mesmo assim Midoriya não me parecia convencido. Cruzou os braços e falou:


-Mesmo assim, espere mais um pouco! Você não se sente bem lá Todoroki-kun! Tire um tempo do castelo e da vida de príncipe, garanto que vai fazer bem a você. -Depois de pensar, decidi acatar sua decisão. Realmente, precisava respirar um pouco sem pensar em quando voltar ao castelo. 


Ele pareceu ficar feliz e começou a arrumar as coisas que havia trago no chão. 


-Que diabos! Não sabem falar baixo não? -O loiro acordou, a todo vapor pelo visto. Eu e Izuku nos desculpamos pela voz alta. -Afinal o que falavam tão cedo? -Perguntou, bocejando. 


-Todoroki-kun queria ir embora! -Izuku falou, na lata. E deixando as palavras soltas, dando uma conclusão errada. Antes de conseguir explicar, a voz de Bakugou me interrompeu e não parecia nada feliz. 


-Éh? ME DEI O TRABALHO DE TRAZER VOCÊS AQUI PARA IR EMBORA AGORA? SE QUERIA UM TEMPO SOZINHO ERA SÓ TER SE ESCONDIDO NO MATINHO MAÇÃ IDIOTA! -Tampei os ouvidos com o grito do loiro, ele estava certo, mas mesmo assim, o grito doía meus ouvidos. -Tsc, pensei que queria se esconder de verdade! -Resmungou, se levantando. -O QUE AINDA FAZ AQUI? SE QUER TANTO IR, VÁ! 


-Bakugou, eu não vou ir! Midoriya só disse uma parte do que aconteceu, eu queria ir, mas ele me convenceu a dar um tempo do castelo. -Expliquei finalmente e vi ele se acalmar um pouco. Cruzou os braços e pareceu me analisar. 


-Ainda não acredito que seja a droga de um príncipe. -Negou com a cabeça e eu sorri de lado com a sinceridade dele. -E VOCÊ, DEKU! FICA DANDO INFORMAÇÕES FALSAS! -Berrou novamente, me fazendo tampar as orelhas. 


-Há, não seja duro comigo Kaccham! Eu ia explicar, mas você comecou a berrar antes! -Sorri com a briga que se desenrolou e em poucos instantes nos dois corríamos do loiro novamente.  


Eu nem sei o que eu fiz de errado. Só que em algum momento, eu também fui ameaçado de morte. Não deixei de aproveitar os momentos de (quase total) paz que eu tinha. Afinal, poderia nunca mais se repetir. 


E mesmo que a minha paz fosse escapar das mãos de um loiro muito, muito irritado, era melhor do que ter que encarar a cara flamejante do meu pai. 

E também, Bakugou era bem mais bonito do que meu pai, disso eu tenho certeza. 


-KACCHAM! NÃO VALE A PENA MATAR A GENTE! JÁ ESTOU CANSADO DE TANTO CORRER! -Midoriya gritou, tentando sobressair seu grito aos do loiro. Que apenas resmungou alguma coisa e parou de perseguir a gente. 


Respirei fundo, me sentando no chão e recuperando fôlego. Não evitei de sorrir ao olhar para Midoriya que estava na mesma situação que eu. 


-É, tem razão, eu tinha mesmo que me afastar do castelo. -Ele pareceu surpreso, mas retribuiu o sorriso. Olhei para Bakugou, que apenas deu de ombros. -Obrigado Bakugou, sem você eu já teria sido pego pelos guardas. 


-Tsc! Claro que teria, meio-a-meio idiota! -Talvez eu tenha me enganado, mas vi a ponta de um sorriso brotar nos lábios dele. Tinha outra informação para guardar: 


Ele gosta de ser bajulado. 


-É, e eu só queria uma maçã... 



Notas Finais


Espero que tenham gostado <3 como disse, pretendo fzr uma long fic, mas nada certo ainda!
Se quiser deixa um comentario, seria de bom grado <3

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ESPERO VCS NO PRÓXIMO CAPITULO!


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