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História FateDark Soul - Confusões na Guerra do Santo Graal - parte IV


Escrita por: vccotrim

Notas do Autor


Boa noite pessoal.
Desculpe a demora novamente, mas faz parte, tive semana de provas na faculdade, trabalho atrás de trabalho, estudar toda evolução da arquitetura ao longo da história, planjear monumento histórico... Enfim, muita coisa, e eu não fiquei bem, sinceramente, fiquei novamente desanimado sem querer fazer nada.
Comentando outras coisas que fiz, assiti Avatar, tanto Aang quanto Korra, e ambos são maravilhosos - apesar de Korra ser meu favorito. E também comecei a assistir Digimon, é bom demais.
Enfim. Boa leitura.
Agradeço desde já.

Capítulo 7 - Confusões na Guerra do Santo Graal - parte IV


Ele não podia negar que os movimentos de Pégaso eram graciosos e lindos, e a habilidade de montaria do cavaleiro era impressionante, pois como todo equino se assustava fácil diante de uma situação de perigo, e Beleforonte o conseguia manter calmo sem nem mesmo precisar pronunciar qualquer palavra, somente o guiando com firmeza através das rédeas. Isso incluía o monstro quimera. Beleforonte o guiava com mesma naturalidade, o monstro perseguia Ájax pelo chão o forçando a correr e quando este tentava reagir, Beleforonte via por cima abaixando a lança. 

"Bonito, habilidoso... Pena que é um adorador dos deuses" – pensou animado e desolado. 

O pensamento não durou muito quando saltou para cima de uma caçamba de lixo e teve que logo colocar o escudo na frente do corpo para não ser pego pela ponta afiada da longa arma do Rider Vermelho, sendo jogado contra a lateral de tijolos de um edifício comercial de escritórios, cravando sua figura nela. 

- Como se sente derrotando um dos gregos mais poderosos? – perguntou tirando da testa uma mecha do cabelo rebelde e limpando um fio de sangue que escorria da boca, de um corte no lado esquerdo do lábio inferior, ao pousar com cuidado no chão. 

Beleforonte sorriu e o respondeu. 

- Sem mentiras, estou adorando! Mas sinto que ainda me subestimas um pouco, afinal, és o único que se encontra em desvantagem nessa situação. Por quanto tempo será capaz de manter a situação? – a alegria era evidente, ele realmente estava animado de mostrar todas as suas habilidades para um dos melhores guerreiros de toda Grécia, e estava ainda mais animado em ver que era capaz de enfrentá-lo de frente e ainda receber todo respeito da parte dele e até orgulho. 

Ájax ficou encantado com a alegria do jovem, o que aumentava ainda mais seu entusiasmo. Ele não lutava agora somente para vencer e se divertir com um bom concorrente, também queria dar o melhor de si para orgulhar e fazer o dia do rapaz, não podia desapontar seu novato. 

- Serei capaz de aguentar o dia todo – respondeu-o. – Acha que isso consegue me segurar? Estou só me aquecendo. 

- Eu vou arrancar sua cabeça e entregá-la como oferenda aos deuses pela vitória de hoje! 

"Vou tomar isso como ofensa" – pensou Ájax. 

As garras do monstro cravaram no escudo, mas nem mesmo foram uma ameaça para o lanceiro, a defesa era sua especialidade, e conseguia reagir aos golpes de Rider por haver um espaço de tempo entre a quimera sair e Beleforonte completar o ataque. 

"Como que pode alguém ser tão habilidoso?!" – Beleforonte se perguntava, seus olhos brilhavam analisando os movimentos do veterano. Será que um dia chegaria no mesmo nível que ele? Ou seria melhor mostrar mais das suas peripécias como um cavalariço? Talvez os dois. Ou não? Aaah...! – "Isso é tão complicado de decidir!" 

"Eu vou te impressionar, meu jovem avido" – Ájax o respondia com um sorriso confiante no rosto, Caster já avisara que sua parte havia sido concluída com êxito, agora somente restava se livrar de, Berserker Branca, tendo a identidade revelada como o monstro de Frankenstein, fora derrubado, não poderia mais lutar por este dia, logo Diarmuid estaria chegando ao socorro de Saber Negro que lidava com Berserker Azul sozinho. Estava ansioso para saber como ele estava se saindo. 

O escudo aos poucos se desfez, deixando a mão esquerda de Ájax livre. Testou os dedos um pouco e em seguida sua habilidade com a lança, estava mais ágil e perigoso do que antes, agora era uma máquina de puro ataque, Rider não pode deixar de perceber, o que agitou seu coração ainda mais e o sorriso foi impossível de se esconder. 

Ájax partiu com tudo para cima da quimera, o monstro não se fez de rogado lançado um poderoso rugido da cabeça de leão. Ele não desviou o olhar, seguiu firme, logo esse bicho não seria mais um problema e Rider poderia ser mandado para casa junto com sua parceira. Como no embate contra Diarmuid e Saber Negro, Ájax fincou a lança no chão e saltou sobre a cabeça do monstro, Beleforonte não perderia a chance de pegar o alvo desprevenido, mergulhando com sua lança projetada para frente, pegaria Lancer em cheio no ombro e o eliminaria naquela noite mesmo. 

A figura negra passou caindo pesada como uma pedra, desestabilizando o cavalo. 

- Calma garoto! – tentou acalmar o animal, mas ele estava em um pânico incontrolável. Não parava de relinchar e se debater, perdendo a estabilidade do voo e entrando em queda-livre. 

Ambos sofreram um choque violento contra o chão, Pégaso continuava se debatendo e quando Beleforonte tocou e acariciou seu focinho, ele finalmente parou conforme era tranquilizado, mas ainda bufava. 

- O que houve meninão? 

Seus olhos após analisar o corpo do animal foram chamados pelas asas que ainda batiam, o cavalo parecia querer movê-las, alçar voo novamente, porém ineficiente, e cada movimento lhe causa uma nova onda de dor. Não demorou muito para notar que os pelos alvos estavam sendo manchados pelo vermelho do sangue devido a um corte na base asa. Ele não sabia como isso aconteceu, nada lhe vinha a memória, não viu quando isso aconteceu. 

"A figura preta..." – lembrou-se. 

O que era aquela figura? Era um ser vivo. Não podia ser um animal, um animal capaz de causar esse ferimento não poderia se manter oculto esse tempo todo e atacar quando bem entendesse, fora algo calculado friamente e executado com perfeição. Só poderia ser um Servo. E para se manter oculto desse jeito, só poderia ser um Assassin. E suas deduções estavam corretas. 

Quando Ájax realizou o tal movimento fora sinal para Assassin Negro atacar, saindo da sua forma espiritual e pegando Rider de surpresa, eliminando uma das suas montarias. Quando seus pés tocaram o chão, se projetou para frente, na direção da quimera, e o monstro não pensou duas vezes em reagir ao ataque. Não houve chance para o ataque pois poucos segundos antes Charles-Henri Sanson tomou sua forma espiritual, confundindo-o. Ájax aproveitou o momento e atingiu-lhe na cabeça com o corpo da lança, prensando-a contra o chão. As patas traseiras de bode bateram contra o asfalto tentando levantar seu corpo pesado inutilmente, a força de Lancer fazia este serviço parecer nada, era como segurar um papel. Logo dois cortes foram abertos nas patas traseiras com a espada de lâmina negra com formato de "T". 

Em pouco tempo as montarias do Espírito Heroico da montaria foram tiradas de combate, seus corpos desmaterializaram com a permissão de Rider, acabando com boa parte da força dele. 

- Eu vou dar assistência para Saber Negro – avisou voltando a forma de espírito e seguindo para o campo inicial onde dois ainda se enfrentavam. 

Rider Vermelho se levantou, deixando a lança apontando para cima. Seu rosto estava tomando pelo choque. Como que conseguiu perder seus dois Noble Phantasm tão facilmente? Fora uma emboscada tão bem bolada que ele não conseguiu reagir. Usar um Assassin para atacar foi genial, a "Ocultação de Presença" era uma ferramenta de valor que ninguém deveria ignorar, poder se aproximar dos seus inimigos sem ser percebido... Mas por pertencer à classe Assassin, ninguém dava atenção para esse fator, e Ájax soube como usar esse artifício ao seu favor sem nenhum problema, com certeza enxergou isso desde o começo. Ele era um gênio! 

- Você me pegou totalmente com a guarda baixa! Isso foi incrível! – exclamou o garoto quase pulando de alegria. Estava com raiva por ter perdido seus preciosos animais, mas também via que tinha muito ainda para aprender e queria ver muito mais do talento de Ájax. – Eu pensava que tinha sido um grande herói por ter conseguido realizar tantos serviços e quase alcançar o Olimpo, mas ainda assim fui derrubado facilmente! Você está em um outro nível! 

- É o resultado de anos de anos de experiência, você precisaria de muito treino – Ájax o respondeu. 

As lanças se encontraram pela primeira vez. Sem o escudo os movimentos de Ájax estavam mais afiados e ousados. Os braços do guerreiro lançaram uma metralhadora contra Rider Vermelho, mas todos refletidos com muito esforço. 

- Mas não é nada que eu não consiga aguentar – falou o jovem. 

 

"Impressionante!" – pensou observando tudo do alto de um telhado. 

Ela ficara ali assistindo todo o desenrolar das lutas, e admirou como todos pareciam fortes e capazes de enfrentarem os maiores obstáculos. E quando viu a explosão no depósito em que Shakespeare estava, ficou aflita, apavorada, por um momento pensou que o dramaturgo havia sido derrotado junto Lancer pela Berserker Branca, estava pronta para chorar, mas antes que as lágrimas pudessem rolar– 

- Gostando do show, senhorita? 

–lá estava seu herói. O home de cabelo e barba ruivos, sorrindo para passar a sensação de tranquilidade, pousando as mãos no seu ombro e afagando-os, seus olhos brilhavam com orgulho de ter vencido sua batalha e poder registrar esse feito genuíno em uma obra de grandes proporções. 

- Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar – ele cita uma das suas famosas frases para encorajá-la. – Posso sentir o que passa por sua cabeça. Não se preocupe, vai ficar tudo bem. Eu consegui fazer o meu trabalho. Eu que nunca fiz nada na vida além de imaginar e escrever fui capaz de pisar em um campo de batalha e abater um inimigo. Logo tu és também capaz de realizar igual feito. Lembre-se, Íris e Lewis confiam em você e contam com sua força. Derrube Rider Vermelho e volte triunfante. 

Assassin Ambar, Mata Hari, sorriu para Caster Verde. Seu coração realmente tinha dúvidas, ainda mais dentro da situação em que estava. A morte não era uma boa experiência, as acusações de espionagem, toda a trama que envolveu sua pessoa, somado ao fato de ser o Espírito Heroico mais fraco... Ela não sabia o que fazer. Por ela, não teria nem ido, teria ficado com Lewis cuidando dele e torcendo por todos, assistindo a batalha de longe. Mas Ájax não permitiu. Segundo ele todos tinham importância no time, até alguém como ela. 

"Você não queria saber do que era capaz?" – ela se cobrou, desviando o olhar por um momento para baixo pensando novamente no papel que lhe foi dado. 

Mata Hari soltou um longo suspiro, seu coração finalmente se acalmara. 

"Eu sou sendo uma covarde" – realizou sorrindo um pouco envergonhada da situação. 

- Estou pronta – falou por fim com determinação.  

Shakespeare sorriu orgulhoso e lhe desejou boa sorte. Assassin Laranja então desapareceu na noite correndo e pulando do terraço do prédio, seu corpo brilhou e se dissolveu em um belho brilho, as partículas foram flutuando e se dispersando no ar, era como assistir mil vagalumes dançando, um presente de uma beleza tão estonteante, tão inalcançável, que nenhum mortal medíocre jamais teria a chance de admirar. 

 

A luta de Saber Negro contra Berserker Azul continuava sem o indício de um fim. Se estavam cansados, nenhum deles demonstrava. Berserker Azul estava ficando um tanto irritado com a situação, não consegui entender o porquê de nenhum de seus golpes surtia efeito no corpo do adversário enquanto a longa espada sempre abria um rasgo na sua pele quando se descuidava em meio à névoa da loucura quando acabava se excitando com a luta. 

- Você é algum monstro? – perguntou ao se jogar contra Saber. 

- É irônico escutar isso de um Berserker – Saber respondeu sem respaldos. 

"Mas qual é a desse cara?" – perguntou-se Berserker Azul, era algo incrível demais para seus olhos, onde já se viu alguém capaz desta habilidade de não poder ser ferido, de poder seguir lutando sem preocupações. Ele queria, com toda certeza. Ninguém o poderia parar! 

"Não mesmo..." – sua mente sibilou automaticamente e sua boca se curvou num sorriso afiado com presas a mostra, orgulhoso do plano que acabara de bolar. – "Vamos testar sua resistência!" 

A longa espada prateada bateu contra o chão no golpe seguinte, pois Berserker, como uma criança travessa, saltou para trás e evitou o ataque mostrando a língua, zombando da falha de Saber.  Logo em seguida deu um segundo salto, se jogando no ar o mais alto que pode. Na sua mão sua lança vermelha começou a brilhar e então uma energia explodiu, parecia fogo, era um vermelho vivido e forte, uma fonte de energia maligna, dava para perceber que aquela explosão de mana era algo bem maior que um simples buff causado por um acumulo prana, mas sim a inicialização de um poderoso Noble Phantasm. Este era a mais poderosa arma de Berseker, aquela que o ajudou a gravar seu nome na história. 

A lança amaldiçoada– 

- Gae...! 

–e que sempre acerta o coração do inimigo. 

- Bolg! 

Berserker azul lançou seu Noble Phantasm incandescente. A lança viajou como um raio na direção do coração de Saber Negro, atingindo em cheio o ponto que atravessaria sua carne e rasgaria seu coração. Não importava a saída, a lança foi forjada para sempre reverter as leis de causa e efeito, nunca errando, e em algumas variações da lenda, Gae Bolg podia se dividir em diversas cópias que penetravam o corpo do oponente com tamanha força que a única maneira de removê-la e retorná-la ao seu estado original era preciso dilacerar o cadáver do infeliz. 

Gae Bolg retornou para as mãos de Berserker ao terminar seu serviço, e seus olhos se arregalaram ao observar a situação. 

- Co-como... 

Realmente. Como aquilo era possível, até Shakespeare se perguntou ao testemunhar aquilo com os próprios olhos, a região que deveria ter sido destruída estava intacta, a única exceção era um pequeno filamento de sangue que desapareceu assim que a mão de Saber passou sobre o corte como se limpasse uma pequena sujeira. 

- Espírito Heroico Cu Chulainn, o cão dos Ulster e filho do deus irlandês da luz – observou Saber após descobrir a real identidade do Servo. – Eu não poderia imaginar que um ser tão poderoso poderia estar na classe Berserker. Perdoe-me pelo meu erro. 

- Esquece o erro, eu quero entender o que é você! – gritou Chulainn nervoso. Era assustador demais, nem mesmo seu Fantasma Nobre foi capaz de perfurar Saber Negro, do que sua pele era feita. Ele com certeza não era humano! 

- Sinto muito, mas não posso falar – ele falou sem malícia, sua voz saiu sem nenhuma alteração e transpareciam sua real intenção. Se Saber não estivesse numa missão, com toda certeza saciaria as dúvidas de Chulainn. – Relevar essas informações quebrariam minha promessa com meu Mestre. 

- Então fique quieto e morra! – berrou Berserker de volta, voltando a atacar com sua lança. 

Saber acompanhava sem muito problema os movimentos ligeiros do herói irlandês, os passos do garoto variavam entre saltos e ataques rasteiros, mas nenhum demonstrou um real problema até então, somente um leve susto. Em outra investida do garoto, Saber se virou erguendo a espada e a descendo na diagonal, um brilho branco tomou a lâmina e avançou como um raio em forma de lua minguante, seguindo abrindo um rasgo pelo caminho atrás do alvo. Cu Chulainn desviou saltando por cima, por pouco não fora atingido, sentiu quando a energia passou por seu sapato e arrancou um pouco da sola. 

“O quê?!” – se perguntou surpreso. 

Mas antes que pudesse pousar para se recompor, Saber desceu com sua espada novamente tomada pelo brilho, o raio cresceu além da lâmina, uma verdadeira demonstração de um ataque de energia, a mana acumulada ali era assustadora, e não demorou para que Berserker fosse pego pelo golpe e jogado contra o chão. Saber repetiu o processo, dessa vez lançando a mana acumulada para frente, acertando o garoto. Berserker rolou alguns metros antes de parar ao bater contra uma parede. 

- Seu desgraça-... – as palavras de Chulainn foram interrompidas por um momento de uma dor excruciante, seu cérebro não conseguiu processar rapidamente a informação, seus olhos se arregalaram espantados. Era uma forte sensação de queimação, um ardor forte, seguido da sensação de algo quente e viscoso escorrendo pelas suas costas. E como se não fosse o suficiente, um pé o chutou em cima do ferimento, lançando outra onda de dor e o derrubando. 

Chulainn ainda assim foi capaz de reagir e desviar do golpe da espada negra do agressor repentino, ficando ereto novamente e encarando o campo de batalha, agora Saber tinha a companhia de uma outra figura pálida e de olhos gélidos vestindo um sobretudo preto. 

- Que-... Quem é você...? 

- Tudo que precisa saber é que sua vida foi poupada – o estranho respondeu de antemão. Assassin Negro, Charles-Henri Sanson, respondeu com um tom frio e seco, seus olhos não mudaram, continuavam frios e incisivos, sua expressão neutra por um pequeno momento se contorceu no que poderia ser dito como raiva ou descontentamento, mas não durou mais que uma fração de segundos. – Vá embora agora e não te impediremos. Contudo, caso decida ficar e lutar não poderei fazer nada a respeito. 

Ao som dessas palavras algo cresceu dentro do jovem guerreiro irlandês, uma fúria enorme, quando voltou a encarar os inimigos seu rosto estava distorcido pelo mais puro ódio. Estavam fazendo pouco caso dele, estavam poupando sua vida e permitindo que ele fugisse com o rabo entre as pernas, sendo descarados o suficiente para ainda darem a palavra de que o deixariam em paz durante a retirada. Ele, Cu Chulainn, o cão de Ulster, filho do deus da luz e um dos maiores guerreiros que a humanidade já teve a honra de o ter entre si, era tratado como um covarde que precisava da piedade. 

Chulainn se ergueu ignorando a dor nas costas. Ele não tinha nenhuma habilidade de cura ou defesa impenetrável, contudo, contava com sua Battle Continuation, uma skill que permite ao seu usuário seguir na batalha não importando a gravidade dos ferimentos, uma conquista graças a persistência do herói em sua lenda vista quando se manteve três dias amarrado a um poste ainda disposto a enfrentar o exército da rainha Medb mesmo em estado moribundo. 

- Se acham que eu vou fugir... Se acham que eu vou me render, logo não conhecem minha verdadeira força! – exclamou liberando toda raiva que se acumulou. Então o rompante de um grito enfurecido que foi seguido pela explosão de energia, a mana do Servo, mas não parecia algo natural, a mana tinha uma coloração escura, avermelhada, lembrava sangue, e havia pontos negros a listrando também. Seus olhos foram tomados por uma luz vermelha e o chão sob os pés de Berserker cederam, fragmentos estavam sendo lançados pelo vento para todas as direções. 

Nessa hora, Sanson e Saber Negro somente puderam observar o desenrolar da cena sem poder interferir, pois antes que pudessem ativar seus Noble Phantasms para impedir o que quer que fosse aquilo. O corpo aparente de um garoto de doze anos foi sendo deformado com o crescimento irregular da estrutura óssea e dos músculos, dando-lhe uma forma assustadora de um gigante com mais de dez metros de altura. 

- Ájax, estamos com problemas – Sanson o informou encarando o monstro sentindo os joelhos querendo falhar. 

 

Ájax não pode impedir que um suor frio escorresse quando recebeu a mensagem de Sanson, e o som da confusão com Berserker não deixou de chegar aos seus ouvidos, era impossível uma criatura daquele tamanho não fazer um estrondo, o preocupando ainda mais sobre a segurança de Saber e Assassin, além da problemática que Berserker poderia acabar ferindo civis inocentes durante o ataque. 

- Não permitam que ele saía daí em nenhuma hipótese, eu estarei aí o mais rápido possível – respondeu prontamente sem pensar. 

- Ei, Beleforonte – ele falou para o jovem Rider. – Acho melhor terminarmos nosso combate, Assassin Negro precisa da minha ajuda, Berserker Azul ativou seu Noble Phantasm. 

- Então vamos mudar nosso objetivo? – pergunto o jovem defendendo o ataque de Ájax. 

- Sim – Ájax respondeu parando de se mover, sua postura ficou ereta e firme, a ponta da lança se voltou para o chão. – Devemos para por aqui, volte para sue Mestre, depois resolvemos as pendências. 

Os olhos de Rider nessa hora se arregalaram, seus dedos afrouxaram ao redor da lança por um momento. Quando ouviu sobre Berserker logo pensou que Lancer pediria sua ajuda para enfrentar o Noble Phantasm do sanguinário, mas não, o estava expulsando, parecia que estava se livrando de uma criança chata. 

- Ei... Você não quer a minha ajuda...? – ele perguntou, impossível não notar a decepção e a tristeza, estava se sentindo descartado. 

Lancer Bronze sorriu como um pai, era um sorriso de conforto e compreensão, e assim se seguiu sua voz em um tom calmo e apaziguador. 

- Entendeu errado, não estou o descartando. 

Isso foi o suficiente para recuperar a animação de Rider. 

- Mas entenda, por favor, estas sem seus Noble Phantasms, quimera e Pégaso não o podem ajudar. Por isso, nessa luta, você não poderá atuar. Sinto muito. 

Na hora o semblante de Beleforonte mudou de animado para neutro e então compreensivo, esta é a verdade, ele não era mais útil, tudo que podia fazer era voltar para sua base, recuperar seus animais e voltar com toda glória para o campo, pronto para encerrar esta luta inacabada. Porém as palavras que saíram da sua boca mostraram toda sua teimosia como herói. 

- Não! 

- O quê...? 

- Eu não vou embora! Irei ficar e te ajudar, não estarei horando minha história, minha ideologia se simplesmente sair com o rabo entre as pernas. Minha Mestra me deu um dever, derrotar todos esta noite, e irei cumprir com minha promessa mesmo que custe minha vida. Portanto, tio, vou te acompanhar e o ajudar a derrubar Berserker custe o que custar. 

Ájax ficou travado diante das palavras do jovem, a teimosia dele era igual a sua, jamais desiste de nada, entretanto, não era um estrategista e apesar de o surto de Berserker poder lhe favorecer levando um inimigo na primeira rodada, seu coração bondoso não o permitia, não era capaz de manipular alguém mais fraco que ele, nem conseguiria conviver com a culpa de esmagar os sonhos de uma pessoa cheia de vida como ele. Respirou fundo, precisava tomar uma decisão rápido, e a fez quando encarou Beleforonte, o cavaleiro dos céus, novamente. 

- Assassin, faça o que tem de fazer – falou com um tom firme e decidido. 

Rider não teve tempo para pensar, foi rapidamente desarmado por Lancer, a lança carmesim voou e caiu sem vida, não passava de um cabo longo fora das mãos do seu amo, e em seguida o guerreiro de olhos vermelhos e cabelos brancos saltou sobre ele apoiando a mão sobre seu ombro e o imobilizou, prendendo seus braços ao puxá-los para trás, sua força descomunal permitiu que mantivesse Rider sem nenhum problema, a resistência dele era em vão, mas suas palavras de uma pessoa traída feriram Lancer por um breve instante. 

- O que você está fazendo?! Eu pensei que fosse um guerreiro honrado, um homem de palavra, mas não passa de um covarde! Me solta! Não vou permitir que alguém com ataque tão baixo acabe com meus sonhos! Minha honra é maior que isso! 

- Por que tanto ódio, belo rapaz? 

Uma nova voz se fez audível, era feminina, doce, suave. A irritação de Rider passou, seu olhar evoluiu do fulminante que lançava a Ájax para um sereno; confuso, mas em paz, sua boca não mais lançava palavras de raiva e traição, a beleza encantadora da jovem moça que estava a sua frente prendeu totalmente sua atenção, não havia mais nada naquela hora, somente os dois. Era algo mágico, maravilhoso. 

- Não brigue com ele – Assassin continuou. – Ele só está preocupado com sua segurança, nada mais. Sabe que ele tem razão, seu seus Noble Phantasms você é um alvo fácil, é injusto que morra na primeira noite. Estou certa? 

- Sim... 

Enquanto falavam, Assassin Âmbar, Mata Hari, seguia com seu jogo de sedução, erguia o queixo de Beleforonte para que este continuasse a assistindo seus movimentos fluídos e magníficos, ela parecia ser levada com o vento, era a água seguindo com naturalidade suas curvas, a luz prata da lua deixava o espetáculo ainda mais belo. Esse era o Noble Phantasm de Mata Hari entrando em ação, A Garota dos Olhos Ensolarados, a materialização de toda sua beleza, de toda manipulação que este dom lhe permite. No dia da sua execução vendaram todos os soldados para que não a encarassem, pois somente de um homem lhe botar os olhos era hipnotizado pelo charme da dançarina. 

Já era tarde demais para Rider poder fazer qualquer coisa, sua mente agora pertencia à dançarina. 

- Muito bem, Rider, está na hora de ir embora, siga o conselho de Ájax. Volte para casa, ajude sua Mestra, cuide das suas montarias. Eu juro que Ájax ira compensar com uma luta verdadeiramente justa, tudo bem? 

- Sim... – Rider concordou imediatamente. 

- Me desculpe – Ájax falou soltando o rapaz que se levantou mecanicamente, seus movimentos não tinham a mesma vivacidade de antes, e então tomou a forma de espírito, sumindo nesta noite tão conturbada. – Mata Hari – continuou voltando sua atenção para Assassin –, qual a situação? 

- Berserker Azul, Cu Chulainn, usou um dos seus Noble Phantasms, nao2 sei explicar o que é, mas ele virou um monstro gigante. Diarmuid foi oferecer apoio, mas duvido que será suficiente. 

- Muito bem, estou indo agora mesmo. Vá até Íris, estou sentindo algo de errado com ela, não tenha medo de se impor contra o Mestre inimigo, você é um Espírito Heróico, é bem mais forte que ele. 

- Sim, senhor! – Mata Hari tentou brincar fazendo uma pose de sentido, mas tomou rumo para seu deve logo, não esperou para ver se Ájax rira ou não. 

Ájax saltou o mais rápido que pode na direção da luta. 


Notas Finais


Obrigado por ler.


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