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História Father - Wrong place


Escrita por: Bluerz

Notas do Autor


Eu planejava fazer uma one-shot, mas percebi que posso explorar bastante esse universo dos desejos, como também explorar o mundo real. Espero que tenham paciência comigo e gostem do capítulo.

Capítulo 1 - Wrong place


Acordou em um sobressalto, suando frio. Olhou em volta, como se buscasse as criaturas escuras que assombravam-lhe nos sonhos, mas nada. Percebeu que não estava no lugar esperado, e a face que lhe acalmaria não estava ali ao lado, como ao dormir. O quarto de motel havia se transformado em um lugar espaçoso, mas que continha apenas uma cama e uma escrivaninha repleta de papéis. Franzindo o cenho, jogou os cobertores para longe e levantou-se, sentindo um frio acertar-lhe bem na espinha. Aquele lugar era extremamente frio e se fosse em outra situação, não duvidaria da presença de espíritos.

    Andou pelo cômodo até chegar na janela, percebendo que poderia ser entre o final da noite e começo da manhã, talvez cinco horas. Não conseguia avistar nada além de uma grande quantidade de grama perfeitamente cortada, o que lhe irritou profundamente. Nada de luzes ou estradas esburacadas, nada parecido com a vista do motel. Não esperava que fosse, também.
    
      Resolveu ir até a porta, mas no mesmo momento que girou a maçaneta, tudo rangeu em um som de madeira velha, e a porta foi aberta pelo outro lado. Sentiu uma pequena pontada, por um momento. Se fosse algo perigoso, não teria nenhuma maneira de se defender. Ali, temeu pelo irmão mais novo. Queria protege-lo, e não poderia fazer isso se estivesse morto. Mas, de uma maneira irônica, quem se mostrou ali foi exatamente a pessoa pela qual temia a segurança. A expressão de Dean se suavizou a medida que Sam mostrava-lhe um sorriso gentil.

"Vejo que já está acordado, mas que milagre." Conseguiu escutar a voz do irmão, bem mais suave e calma do que poderia se lembrar. Ele parecia falar como se aquilo fosse uma piada, como se Dean fosse entender alguma coisa.

"O que...?" Começou, e uma roupa lhe foi estendida. Só conseguia ver que se tratava de algo preto. Com todo aquele escuro, não conseguia ver mal as expressões faciais do mais novo. "Nevermind. Sam, me escuta..."

"Por que não coloca a roupa, e venha me encontrar no andar s baixo? você sabe bem que temos muita coisa para fazer no dia de hoje." Ele colocou as roupas nas mãos do irmão mais velho, como se nem tivesse escutado nada. "Você não pode me deixar na mão hoje, Dee. Nada de fingir dores de cabeça ou resfriados, eu já cai muito nisso. Te vejo logo."

Assim saiu, mais rápido do que havia aparecido. Deixou um Dean confuso, na porta de um quarto de um lugar desconhecido. Sem muita escolha, voltou a fechar a porta e pegou a roupa que lhe foi entregue, tirando a camisa fina e a bermuda de pijamas que usava, nada parecido com o que havia ido dormir; uma camisa desconfortável e calça jeans.
  
     Colocou a roupa com certa dificuldade, demorando pelo menos uns quinze minutos só para a parte de baixo. Quando finalmente chegou no pescoço, arrumou o colarinho com uma fita dura e branca, e só ali naquele momento, percebeu que havia vestido uma roupa inteirinha de padre. O universo só podia estar de brincadeira.

Sam acordou em um sobressalto, sentindo que algo estava errado. Talvez fosse o sangue de demônio arrastando-se pelas veias que o forçava a perceber coisas incomuns. Nunca havia conversado sobre tal assunto com o irmão, já que não queria mais problemas por um coisa tão simples, mas a verdade era que conseguia sentir a energia do mais velho. Sentia-se seguro por que sempre existia essa aura protetora ao seu lado, como se fosse um anjo da guarda. O anjo que possuía era Dean, e parecia que no momento ele havia desaparecido completamente.
   
  Olhando para o lado, percebeu que a cama onde o corpo do mais velho mais cedo descansava estava completamente vazia. Lençóis jogados e bagunçados, como se estivesse com muita pressa. Sam levantou-se extremamente rápido, indo até a janela que vista em direção ao estacionamento. O impala ainda se encontrava lá, fazendo com que levantasse a questão que mais apertava-lhe o coração no momento. Alguma coisa havia levado o irmão embora.

     Não fazia ideia de como não tinha ouvido nada. Normalmente acordava com o mínimo sinal de perigo. Havia sido treinado desde criança para isso. Mas naquele momento, não poderia pensar em como havia sido inútil. Indo até a cômoda, pegou o celular, passando por diversos contatos até chegar em Bobby. Como esperado, não demorou para ser atendido.

"Sam, está tudo bem?" foi a primeira pergunta que ouviu ao atender o telefone. Apesar disso, a voz de Bobby se encontrava monótona, já que sabia que os irmãos costumavam ligar por coisas até estúpidas. "São cinco d-"

"O Dean desapareceu." disse rápido, sem esperar que o velho pudesse fazer qualquer reclamação. Estava começando a ficar em pânico, como sempre ficava quando não sabia onde o mais velho estava. Sentia como se estivesse na faculdade novamente. Havia ficado pelo menos dois anos sem ter notícias do mais velho, e ficava madrugadas em claro se perguntando se ele estava bem, paranóico que John fosse ligar qualquer noite para dizer que o irmão havia morrido em uma caçada mal sucedida. "Acordei agora, e não vejo ele em lugar nenhum. A cama dele está bagunçada e o impala ainda está no estacionamento. Não acho que ele tenha saído por si próprio, Bobby."

"Onde você está?"

"Erie, Pensilvânia."

   Um silêncio tomou conta da ligação, e Sam sabia que Bobby já estava pesquisando coisas no computador. Tinha sorte de ter uma pessoa tão boa como um segundo pai para ajuda-lo, já que sabia que poderia enlouquecer sozinho. Era um bom pesquisador também, isso era claro, mas duvidava que conseguisse prestar atenção em qualquer escritura com o irmão desaparecido.

"Três cidades de distância, três casos de sequestro em cinco semanas. Não parece ter nada muito estranho, mas é a única coisa na área. Talvez você devesse checar."

"Obrigado, Bobby." Disse rapidamente, desligando o telefone. Com um suspiro, arrumou as coisas na pequena mochila rapidamente, as próprias e as do irmão mais velho. A sorte era que já estavam planejando ir embora da cidade logo ao acordar, então estava tudo praticamente arrumado.

    Carregando as duas malas, pegou a chave do impala em cima da cômoda e saiu. Estava determinado, e iria encontrar Dean a qualquer custo, nem que tivesse que matar milhões de demônios filhos da puta.


Notas Finais


Muito ruim? /apanha


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