História Favorite Sin 2.0 - The end

Três meses depois... 

Ashley Somers  

Caminhava por aquelas ruas não tão cheias observando todas as lojas e restaurantes. Ao passar em frente a um correio entrei, pedindo um cartão postal, com uma imagem que não lembrasse o lugar onde eu estava. 

Havia uma torre Eiffel no cartão, ironicamente eu ri assim que pensei na hipótese de visitar o lugar.  

"Estou lhe escrevendo essa carta para que você e Caitlin saibam que eu estou bem. Não estou em Paris, quem dera estivesse... O lugar é lindo, mas creio que ainda sinto muita falta de casa para aproveitar. Irei te ligar quando puder, mas não espere que eu ligue tão cedo, ainda preciso me estabilizar mentalmente e fisicamente. Não se preocupem comigo, eu vou ficar bem.  

Com amor  
              Ashley."  

Pedi para que mandassem o cartão em total anonimato, e assim foi feito. 

Sai do local dando um gole em meu chocolate quente, já conseguia me sentir cansada de andar, por isso apenas segui em direção a minha casa. As ruas limpas e muito bem feitas continham várias flores que caiam das arvores. Me sentia aliviada por ter mandado o cartão para Caitlin e Caleb, era o único modo que eu havia encontrado de falar que eu estava bem 

Ao chegar em minha rua finalmente parei em frente a pequena loja que eu sempre via de longe, mas nunca havia me atrevido a chegar perto. A vitrine era repleta de roupas infantis, conjuntos, pijamas, brinquedos, pequenos sapatos. Soltei o ar, me sentindo completamente triste e incompleta.

Observei a vitrine por mais alguns segundos e então sai dali, seguindo em direção ao meu novo lar.

Justin Bieber  

Sai de meu quarto indo em direção às escadas. Antes de chegar na mesma, passei em frente a um dos vários quartos naquele corredor. Ele não era usado por ninguém, mas por algum motivo estava com a porta entre aberta.  

Me aproximei do mesmo pronto para fecha-lo, mas não me contive ao observar o quarto por mais um tempo.  

Pude imaginar tudo o que um quarto de bebê costuma ter, e me senti idiota por imaginar isso, mas mesmo assim, me permiti observar aquele quarto como se ele estivesse completamente mobiliado para receber uma criança. 

Um garotinho. Uma garotinha. Talvez os dois.  

Tentava pensar em como seria caso ela ainda estivesse aqui. Andando pela casa vestida com as minhas camisetas, com aquela risada que eu conseguia escutar mesmo em outro andar da casa.  

Em todas as vezes que eu a pegava respondendo os personagens dos filmes que mesmo ela negando; amava assistir. 

Quando ela passava a noite toda dançando em minhas boates, bebendo, se divertindo e mesmo assim acordava cedo no outro dia. Com aquela cara de quem está morrendo de ressaca e de sono, mas que preferia levantar da cama junto comigo do que passar o resto do dia dormindo.  

Iria me lembrar todos os dias da porta de meu escritório abrindo e da melhor carinha de cachorro que havia caído da mudança que ela fazia apenas para me convencer de que o dia estava lindo e de que deveríamos ir para a piscina.  

Lembrava de Ashley em seus melhores momentos e conseguia me odiar por todos os últimos.  

Eu a amava com todo o meu coração, corpo e alma. Tinha consciência dos meus erros e me arrependia dos mesmos. Mas o que eu poderia fazer agora? Ela não me aceitaria de volta, não depois de tudo.  

Ao fechar a porta e escutar o silêncio ensurdecedor que estava naquela casa, soltei o ar. Eu havia a perdido, e sabia que dessa vez não teria mais volta. 

Ashley Somers 

Sai da cozinha e me sentei no sofá, segurando com uma mão um copo de suco e com a outra um pote com pipoca.  

O filme que passava não fazia sentido nenhum para mim, mas cara, como eu andava amando assistir filmes com caras bonitos e malhados.  

-Com certeza ela está na sua, Johny. -resmunguei ao filme, enquanto comia minha pipoca.  

Até que senti algo estranho, algo mexendo dentro de mim. Não algo, era ele, meu bebê. O pequeno feto, segundo Caitlin, a quem eu já estava tão apegada.  

Por alguns segundos me deixei esquecer todo o mal que eu havia passado por conta daquele pequeno ser dentro de mim. Em um ato de amor, soltei o que eu segurava e levantei minha camiseta, tendo total visão de minha barriga que já parecia uma bola.  

Deslizei a ponta dos dedos por cada centímetro dela e ao encostar a palma de minha mão pude sentir, novamente, aquela maravilhosa sensação.  

Não sabia quantas lágrimas haviam caído de meus olhos, mas sabia o quão importante havia sido aquele momento para mim.  

-É... A mamãe também ama pipoca. -resmunguei, ainda acariciando minha barriga.