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História SOUL (taekook-vkook) - Ratinho curioso.


Escrita por: taelent

Notas do Autor


Mudei a capa e o título, mas a história continuará a mesma! 🫶🏻
Desculpem os erros! 🖤

Capítulo 9 - Ratinho curioso.


Fanfic / Fanfiction SOUL (taekook-vkook) - Ratinho curioso.

"Não morra." 

 Foi a resposta de Tuan para minhas mensagens. Dou uma risada leve e anasalada. Acho que ele esqueceu quem eu sou. Mesmo assim, fico grato pela preocupação. É arriscado contatar ele agora, irei esperar quando estiver seguro em minha casa.


 Bloqueio o celular e observo o quarto a minha volta. É ridiculo pensar nas coisas pertubadoras que esses pilantras fizeram pra comprar essa casa. Dinheiro sujo de sangue.


 Levanto da cama e vou até a porta do banheiro espaçoso. Me observo no espelho, apoiando uma mão na bancada de marmore da pia e passo a outra mão nos meus fios de cabelo, os tirando da testa.


 "É Jungkook... Com essa aparencia você poderia ganhar a vida num bordel de luxo... Mas se degusta mais com a adrenalina da justiça." Penso sozinho e não consigo evitar de sorrir. Eu sou muito otário.


 Percebo pelo espelho uma banheira grande ao meu fundo. Olho pra trás e vou em direção da mesma. 


  – Ora ora... Esse é o meu momento. Eu mereço. 


 Abro a torneira da banheira e espero até que ela esteja cheia e quente. Tiro meu shorts e cueca, jogando-as no chão ao lado e lentamente entro na mesma, sentindo meu corpo submergido e abraçado pela quente e aconhegante água. Meus músculos relaxam agradecidos pela receptividade do calor calmo.


 Solto um leve suspiro de alivio e apoio minha cabeça no encosto da banheira, fechando meus olhos, me perdendo no prazer do momento.




 

 Acordo assustado com vozes altas. Parecem estar lutando por dominância, uma falando por cima da outra. 


 – Que merda! Eu cochilei. – Levanto rápidamente, com o coração acelerado. Barulhos de pingos pesados de água contra o chão ecoam no banheiro, enquanto me retiro da banheira.


 Pego a toalha pendurada ao lado do espelho, a amarrando no meu quadril e vejo a tela do meu celular. 20:13.


 Novamente as vozes surgem, agora com uma entonação um pouco mais calma, mas ainda altas, interrompendo umas as outras.


 "Estou perdendo qualquer que seja a festinha deles..." 


 Novamente, lembro das palavras de Hoseok. 

 Vão mesmo excluir o novo amigo? Que deselegância. Eu esperava mais hospitalidade, Soul.



 Vou em direção ao armário no quarto de tamanho exagerado, como tudo aqui é.

 

 Vamos ver o que temos.


 Abro a porta e me deparo com várias roupas diferentes, de materiais nítidamente caros e bem trabalhados. Camisas de cetim, ternos, calças de alta alfaiataria...

 

 "Tudo isso pra mim, Kim Taehyung? Estou lisonjeado." Penso com um sorriso debochado. Esse cara quer me comer? 


 Ao pegar do cabide uma camisa social vinho de cetim , uma carta cai aos meus pés.

 Abaixo e a pego, abrindo-a, revelando letras elegantes escritas a mão com tinta preta.


  "Uns presentes de boas-vindas. Se comporte, e assim te darei muito mais. K.T"


 Não consigo conter minha risada incrédula. 

 É. Ele quer me comer. 


 Jogo a carta no chão com desdém. 

 Eu não quero nada de suas mãos imundas, Kim Taehyung. Mas infelizmente não posso andar por aí pelado.


 Me visto rápidamente e passo a mão no meu cabelo, ajustando-o pra trás. Me olho no espelho uma última vez antes de ir até a porta do quarto, vendo que o conjunto de roupas caiu perfeitamente em meu corpo.


 "Bizarro... Eu não lembro de ter falado o tamanho que uso." Dou de ombros e me viro até a porta.


 

 Abro a porta cuidadosamente, numa tentativa de ser silêncioso, surpreso por não estar trancada. Finalmente não agiram com tanta ruindade. Ou apenas esqueceram.

 As vozes ecoam do andar de cima. O andar do meu quarto está calmo, sem uma alma viva nos corredores, sendo iluminado apenas pela lua da sacada da área exterior e umas sútis luminárias amarelas nas paredes.


 Ando levemente, com cuidado, até a escada pro andar superior. 


 

 Depois de muitos degraus, chego em um hall longo, parecido com o andar de baixo, só que agora com menos portas e uma estante com livros e alguns sofás cinzas.


 Vou caminhando sorrateiramente, as vozes vão ficando mais próximas, com um som de piano calmo no ambiente, contrastando com o calor de discussão entre as vozes, até que paro meu andar em uma porta dupla, maior que as outras.


 "Tão discreto..." Debocho em meus pensamentos. 


 Encosto meu rosto delicadamente contra a porta de madeira escura, deixando a conversa e o som do piano mais nítidos e claros em meus ouvidos.


 – Você perdeu sua sanidade, Taehyung? 


 – Eu nunca tive.


 – Eu concordo com o Namjoon. Isso é tempestade em copo d'água. 


 – Você está obcecado, Taehyung? – Ouço um sorriso saindo com essa frase.


   A música calma do piano para abruptamente, errando algumas teclas. Silêncio.


 Após alguns segundos de silêncio, a música do piano volta.



  A alma está podre.


 Me assusto com a resposta. Pela primeira vez, ouço um dos conhecidos códigos da gangue Soul que tanto é estudada no departamento. "A alma está podre". Isso significa traição. 

 Parece grave. Tenho que mandar o repertório pro chefe o atualizando do caso o quanto antes. Sinto que cheguei na hora certa para colher algumas informações.


  – Jackson não tinha como adivinhar. Perdoe-o desta vez. – Uma voz familiar súplica, com um pouco de piedade na entonação. – Ele é leal a você. Ele é leal a nós. Pense com calma, chefe... Ele-


  O piano para novamente e a fala é interrompida.

 Sussurros enchem o quarto, mas não consigo identificar nenhuma frase.


 Meu celular começa a vibrar na minha calça.   Que hora maldita!

Pego desesperadamente o celular. 


  Número desconhecido. 


 A porta abre lentamente e vejo um rosto familiar. 


 Kim Taehyung.


 Ele está parado em minha frente, com o rosto próximo e um sorriso de canto no rosto.

 E... Segurando um celular na orelha?!


 Não tenho reação, estou apenas parado, encarando-o de volta, sentindo meu coração pulsar aceleradamente em meu peito. Ele ri sútilmente balançando a cabeça em desaprovação e desliga a chamada do celular, colocando-o no seu bolso de trás.


 – Pensei que gostaria de ouvir melhor nossa conversa particular, então decidi te ligar pra você escutar escondido com mais qualidade, ratinho curioso. Se esforce mais.


 Ele fala com tom calmo e cínico, me olhando profundamente, sem desviar seus olhos dos meus.


 Atrás dele, sentados em sofás de couro marrom, vejo todos os outros garotos, em silêncio, tensos.


 

 – Eu não queria... – Respiro profundamente tentando manter a calma, sem demonstrar medo, com seriedade. – Eu não queria. Eu estava a procura de vocês para me despedir educadamente e agradecer pela estadia. Estou indo pra casa.


 Dou uma desculpa e quando me viro pra finalmente escapar, sou travado de meus passos por uma mão segurando meu braço firmemente. Olho pra trás, engolindo seco.


 – Oh, que mal educação a nossa te deixar esperando. A visita nunca pode ir embora antes da janta. Vamos, entre! – Ele fala em tom cínico, me puxando com força pra dentro do quarto, me fazendo atropeçar no grande tapete de estética antiga.


 – Hoseok! – Ele chama rigidamente, Hoseok levanta imediatamente do sofá. – Nos prepare um drink. Vamos comemorar a chegada de nosso novo vizinho, Jeon Jungkook! 


 Todos os meninos se olham, sem saber como agirem nessa situação constrangedora. Eles batem palmas e fazem barulhos de prestígio e celebração, apenas seguindo o teatro maquiavélico de Taehyung.


 – O que você gosta de beber?


 Sou tirado de meus pensametos por uma voz ao meu lado.


 – Eu perguntei... – Ele vem até a minha frente, colocando as mãos em meus ombros. – O que você quer beber. 


 Ele fala com mais enfâse em cada palavra, firme. 


 Não me sinto seguro bebendo qualquer coisa que venha de Taehyung e sua companhia. Eu definitivamente não posso ficar bêbado, estou trabalhando... Mas também não posso levantar suspeitas.


 – Qualquer coisa.


 Os olhos de Taehyung sobre mim ficam mais sombrios e intimidadores.


 – Não conheço essa bebida. Temos todo tipo de álcool que você imaginar, mas "Qualquer coisa"? Infelizmente, não temos. É lançamento francês?


 Os garotos no fundo dão leves e disfarçadas risadas ao fundo, em uníssono.


 Novamente ele debocha da minha cara, com os braços cruzados e um sorriso. Esse marmanjo me tira a paciência. Apenas me deixa mais ansioso pra colocar a ponta da minha arma em sua boca e puxar o gatilho. Várias vezes.


 Eu inspiro profundamente mais uma vez. Tenho que manter o profissionalismo que sempre tive.


 – Me surpreenda. 


 Respondo indiferente, correspondendo o sorriso debochado de Taehyung.


 Ele levanta as sobrencelhas em surpresa.


 – Eu gosto da sua coragem, Jeon. – Ele sorri mais uma vez e se vira pra Hoseok, esperando de pé atrás do balcão do bar da sala, acenando com a cabeça. – Você ouviu nossa visita, Hope. Surpreenda.


 Ele se vira com um sorriso malicioso para mim.


 – Junte-se a nós. Sente. 


 Ele gesticula pros sofás de couro ao redor de uma mesa de centro de vidro escuro, com bolos de dinheiro amarrados em elásticos amarelados e alguns canivetes em cima da mesma. Engulo seco e obedeço, indo em direção aos garotos, e me sento em um sofá que está apenas Yoongi, de frente pra Namjoon e Seokjin. 


  O local fica em silêncio, dando espaço apenas para o barulho de Hoseok no bar mexendo algumas garrafas de vidro e os estalos do fogo na lareira de pedra. Os garotos me encaram.



 – Está bonito... 


 Uma voz corta o silêncio. 


Notas Finais


Pego no pulo KKKKKKKK me falem o que estão achando🥰. As coisas estão se elevando. Até o próximo cap🫶🏻


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