História Fear In The Florest - Eles?

–Quem são eles? Ou melhor... o que eles são?–Baekhyun pergunta estranhando como Suho lentamente anda para trás até alcançar a maçaneta da porta.–Hein? Nos diga quem são eles!

–É melhor vocês irem dormir como eu disse, mas agora eu estou mandando.–Suho fala com a voz firme assustando os três meninos.–Eles são o que Florest quer que eles sejam.

–Mas não estamos vendo nada, só ouvindo o barulho dos sinos!–Kyungsoo fala meio agitado, até porque ele acha que Suho está escondendo algo. Acha não, ele tem a certeza.

–Os sinos... eles são o que Florest quer que eles sejam. Há alguém neles, há alguém em todos nós.–Suho fala com o olho branco mudando para uma cor avermelhada.–Durmam. Agora.–

E quando Suho acaba de proferir estas palavras os três garotos caem em um profundo sono, em que Jongin agora pode se encontrar com Aslan novamente.

“Aslan? É você, não, é?”. Jongin pergunta andando no meio de um campo de flores brancas. Ele parou e se sentou em meio a elas, olhando para suas vestes que também eram brancas. “Aslan?”

“Olá, Kai. Como está? Voltou tarde desta vez”. Um cara alto, com cabelos brancos e olhos também totalmente brancos fala, chamando a atenção de Jongin que se levanta imediatamente e corre para abraçar o mesmo.

“Aslan! Me desculpe, eu estava em Florest”. Jongin fala sentindo um cheiro bom de lavanda.

“Você não estava em Florest, Jongin… Florest está em você”. Aslan fala, começando a andar no meio das flores. “Você entende não é, Kai? Eu disse: nunca vá para Florest, mas você foi… você deveria ter valorizado minhas palavras. Agora você nunca poderá escapar”. Aslan fala pegando uma flor vermelha do chão e mostrando a Jongin, que franze o cenho.

“Como assim?”. Jongin ainda não entende o que Aslan quer dizer.

“Kai, eles estão voltando… fique longe dos sinos”. Aslan fala entregando a flor para Jongin. “Os sinos leem a sua alma, os sinos são vocês pedindo socorro, os sinos os prenderam”. Aslan desaparece no meio de tantas flores brancas…

“Os sinos podem ler nossas almas”. Jongin sussurra caindo em um sono profundo.

–Jongin, acorda!–Kyungsoo diz beijando a bochecha de Jongin tentando obter seu irmão mais novo acordado.

–Humn…–Jongin murmura.–Aslan…–Assim ele sussurra.

–Jongin, vamos, se levante logo. Suho disse que precisamos conversar sobre coisas.–D.O parece não o ter ouvido sussurrar o nome de Aslan. Jongin se levantou pondo uma das mãos na cabeça e olhando para fora da janela… em direção aos sinos.

os sinos podem ler nossas almas

Jongin se lembrou da conversa que teve com Aslan e como o mesmo estava misterioso e distante. Ele reparou que todos já estavam acordados, então seguiu seu irmão e viu que eles estavam em uma espécie de livraria ou algo do tipo. Baekhyun, Chanyeol e Suho já estavam sentados e só faltava os irmãos. Suho levantou a cabeça de seu livro parecendo está pronto para começar uma conversa.

–Bem, já que todos vocês estão aqui… eu tenho que dizer que o que vocês ouviram ontem foram… foram eles.–Suho fala agora olhando para os lados com cautela. Kyungsoo estranhou esse movimento, ele desconfia de Suho e tudo que o mesmo faz é mais uma das coisas que vai para a lista de Kyungsoo.

–Certo, porque você chama o sinos de “eles”?–Kyungsoo pergunta, dando as mãos para Jongin que aperta a mesma debaixo da mesa.

–Hmmn…Eu…Eu não me sinto seguro para falar o que são “eles”.– Suho fala suspirando e D.O o olha com raiva ao mesmo tempo desconfiado.

–V-Você se importa de eu perguntar algo?–Jongin pergunta com os olhos baixos.

–Vá em frente, mas só irei responder o que está em meu alcance.– Suho responde esperando que Jongin faça a sua pergunta.

–Por que você é assim? Quero dizer... por que você é totalmente branco e seu cabelo é estranhamente de um preto profundo de dar arrepios?–Jongin pergunta com medo de soar um pouco desrespeitoso.

–Sobre iss..., eu não era daqui. Eu fui uma vítima de Florest ou “eles”.–Suho responde vendo que Chanyeol e Kyungsoo não pareciam convencidos.

–De onde você era então?–Chanyeol pergunta, ele se manteve muito tempo calado.

–Eu era de TrevorFalls, uma pequena cidade distante daqui. Eu vivia com minha esposa e filhos, eu tinha dois, mas recebi uma carta falando que deveria vir para Florest em busca das pessoas desaparecidas. Eu acho que sei o que aconteceu com todas elas… Florest as pegou. –Suho fala se lembrando de seus filhos e sua esposa, como sua vida era melhor e por uma carta e uma cidade ele conseguiu nunca mais ter a sua felicidade.

–Por que você se refere a Florest como se ela fosse uma pessoa?–Baekhyun pergunta sentindo calafrios.

–Porque Florest me pegou, Florest me fez parte dela.–Suho responde se levantando e indo em direção a uma estante.–Sehun também é de Florest, e a mais tempo do que eu.

–Sehun? A quanto tempo?–Kyungsoo pergunta agora interessado.

–Sehun é mais velho do que eu. Suponho que ele nasceu em uma cidade próxima daqui.–Suho responde, porém não foi bem uma resposta e D.O não se sente confiante sobre ela.

–Como assim? Como Sehun saiu daqui? Eu quero ir embora. –Jongin fala e se encolhe ao lado de seu irmão que lhe passa um calor reconfortante.

–Sehun nunca saiu daqui.–Suho responde fazendo todos ali o olharem em dúvida.–Sehun nunca saiu daqui, Sehun foi um dos poucos que não sofreram a mutação de Florest.

–Eu não entendo... isso tudo é tão confuso, se Sehun não saiu daqui então quem era aquele que nos trouxe aqui?–Baekhyun pergunta confuso.

–Foi Sehun, mas o que eu estou querendo dizer é que depois que você entra em Florest a estrada desaparece… eu já vi isso acontecer… eu já fui vítima.–Suho responde pondo as mãos em seus olhos.

–E-estamos presos aqui?!–Jongin pergunta, mas logo foram ouvidos os sinos novamente e um tremor no chão foi feito da onde saia uma fumaça quente. Jongin começou a entrar em pânico. Baekhyun saiu correndo para o abraçar e manter o mesmo protegido e quando D.O tentou agarrar seu irmão ele foi jogado para fora da casa; Jongin gritou ao ver seu irmão mais velho sendo arremessado para o lado de fora da casa pela janela. – KYUNGSOO!

–Não! Fiquem aqui!–Suho grita tentando os fazer parar de sair da casa…

–NÃO! NÃO! NÃO! ELE É O MEU IRMÃO, ME SOLTA!–Jongin grita se debatendo com lágrimas quentes escorrendo em direção ao chão. Chanyeol, que estava preocupado com Jongin, se prontificou e o adormeceu com um simples golpe.

–Não se preocupe, ele só está dormindo. Agora temos que ir atrás de Kyungsoo e ver como ele está. – Chanyeol fala tentando abrir a porta, mas a mesma não se abre. Baekhyun começa a entrar em desespero porque mesmo não gostando de D.O ele ainda assim não quer que o menino morra.

–Tente a janelas!–Baekhyun grita abraçando o corpo de Jongin.

–Não, me ouçam! O garoto, seja lá qual for o seu nome, ele já era.–Suho fala vendo o olhar raivoso de Chanyeol voltado para si.

–Não, ele não morreu!–Chanyeol grita para Suho que balança a cabeça.

–Os sinos... pegaram ele!–Suho grita de volta.–Não tem nenhuma chance! Isso não vai parar, nada disso vai, me escutem!–

–Cala a porra da boca!–Chanyeol soca Suho no nariz com toda sua raiva.

E lá estava D.O, caído no meio das árvores, desnorteado. Ele não sabia ainda como estava vivo ou aonde estava, só se lembrava de Jongin gritando seu nome, e sentiu o desespero na voz de seu irmão mais novo. Kyungsoo se levantou olhando para todos os lados possíveis tentando fazer um mapa de onde poderia estar. Ele decidiu seguir seu instinto, até que viu um homem alto de cabelos louros comendo algo, ou melhorm alguém. Kyungsoo ficou curioso e decidiu chegar mais perto para realmente ver o que o homem estranho comia e, quando D.O o viu, sentiu seu estômago se revirar ao ver o homem comendo um pedaço de pé humano. O estranho pareceu sentir sua presença e virou em sua direção, mas D.O foi mais rápido e conseguiu se jogar ao lado de uma moita próxima, ele viu o movimento do homem estranho que estava escrevia algo com o sangue que saia do pé meio comido. Ele ainda podia ver larvas nos dedos do pé e conseguiu ler o que o cara tinha escrevido “Florest é o mesmo que eles” em uma árvore e saiu andando em linha reta.
Kyungsoo respirou fundo e acabou notando que ele tinha ainda seu celular e que talvez o aparelho podusse estar despedaçado, mas não foi o caso. O celular estava intacto. Então aproveitou para ver se tinha sinal naquela área, com um suspiro irritado D.O viu que não tinha sinal algum ali, mas ele teve a ideia de abrir a câmera do celular e tirar uma foto d o que estava escrito na árvore. Kyungsoo se levantou e continuou a andar segundo seus instintos, ele só queria saber se Jongin estava bem. Até que…

Jongin estava novamente sentado sobre flores, mas desta vez as flores eram vermelhas... pingando sangue. Ele ficou assustado com aquilo. O que estava acontecendo? Onde estava seu irmão? O que por Deus ele esperava que seu irmão esteja realmente bem.

“Kai, você voltou cedo hoje”. Aslan disse se sentando ao seu lado.

“Aslan, eu não quero perder meu irmão”. Jongin fala querendo chorar, mas ele não consegue, parece que suas lágrimas se secam sozinhas antes mesmo de sair de seus olhos.

“E você não vai, seu irmão está bem… ele está pensando em você”. Aslan fala olhando para o céu, que estava escuro daquela vez.

“Espero que você esteja certo”. Jongin fala passando a mão no sangue que as flores soltavam.

“Parece que Florest pegou você”. Aslan fala.

“Que?” Jongin pergunta agora se virando para o mesmo.

“Só tenha cuidado, Florest faz o que quer com você e todos. Talvez quando você acordar seu irmão já esteja perto de você”. Aslan fala se levantando e começando a andar na frente.

“As-...” Jongin não conseguiu terminar o que ia dizer ao ver Aslan entrando no lago de sangue e olhando para ele com os olhos pretos. Jongin tremeu.

“Os sinos, Kai… Os sinos não são somente sinos e Florest não é somente Florest, como também ‘eles’ são o seu pior pesadelo”. Aslan fala antes de desaparecer no sangue.

“Meu pior pesadelo talvez seja o passado...” Jongin fala fechando os olhos, esperando acordar.

“ os sinos podem ler nossas almas. Os sinos leem seu medo”. Jongin ouve a última frase de Aslan antes de finalmente acordar.

–Jongin?–Alguém pergunta e a forma da pessoa não é reconhecida conforme a luz bate...

Continua…