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História Fear of Love (Sterek) - Capítulo Oito. (corrigido)


Escrita por: malecsterek

Capítulo 8 - Capítulo Oito. (corrigido)


Fanfic / Fanfiction Fear of Love (Sterek) - Capítulo Oito. (corrigido)

Capítulo Oito

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“Eu não tenho medo do amor, eu tenho medo é de amar quem tem medo dele. Amar quem teme o amor é como se apaixonar por uma sucessão de desistências”.

****

 

Stiles tinha corrido diretamente para sua casa abrindo a porta com pressa e na escuridão que a casa se encontrava com certeza seus pais e seu filho já estavam dormindo.

Era estúpido demais pensava alto enquanto fechava a porta vendo por relance que o carro e Derek ainda estavam parados no mesmo lugar. Como ele poderia ter deixado isso acontecer?  Como poderia ter deixado que Derek se aproximasse tão perto para no fim descobrir sozinho o que tinha acontecido.

Rezava para que o mesmo não fosse esperto o bastante para não deduzir o óbvio.

Agora Stiles não tinha saída não tinha alternativas e não queria que Derek descobrisse sozinho se amaldiçoando por ser tão fraco quando estava ao lado dele e deixar que o tocasse tão facilmente.

Ele encostou-se à porta e deixou-se cair no chão sentindo as lágrimas se acumularem deveria ter ficado no carro e confrontado ele?

Stiles nem sabia se Derek realmente tinha imaginado a verdade ou ficou espantado demais por sentir cicatrizes que não sabia que existia.

– Eu não deveria ter cedido – Stiles sussurrava no cômodo escuro apavorado demais para enfrentar a realidade que amanhã o aguardava.

Não sabia se Derek tinha percebido e se tinha como falaria a verdade nessas circunstâncias. Não conseguia enfrentar ainda Derek olhando para ele como se fosse algum tipo de aberração e que a mentira em si própria o fez uma pessoa covarde demais.

Estar ao lado de Derek o fez lembrar-se que ainda o amava e tinha medo de que o enfrentar poderia pôr um fim decisivo nessa relação.

Mas sabia que quando Derek soubesse não aceitaria de jeito nenhum. E saber sobre isso doía.

Não se sabia quanto tempo tinha passado esperando para ver se Derek viesse atrás querendo respostas, mas nada. Nenhuma batida escandalosa na porta, nenhum resmungo acelerado por perguntas que fariam ele se encurralar com as repostas.

Nada.

Apenas o silêncio da penumbra da noite.

Ele levantou-se rapidamente e foi até a janela abriu um pedaço da cortina e nada se via lá fora. O carro de Derek não estava mais na frente de sua casa.

Stiles conseguiu recuperar o fôlego e conseguiu respirar normalmente sabendo que naquela noite não teria que enfrentar um Derek nervoso ou sabe se lá qual seria sua reação ao saber da verdade.

E estava começando a ficar tentado novamente em não descobrir qual seria sua reação começando a ter ideias de parar suas férias ao meio e realmente voltar para seu mundo seguro e relaxante na casa da tia.

Sem riscos e sem escolhas.

Muito dependeria do que poderia fazer e a chave dos problemas se encontrava em suas mãos. Talvez realmente devesse voltar a São Francisco e seguir o conselho de sua mente e razões procurar alguém bom que o amasse e aceitasse Scott como seu próprio filho, mas logo deixou esses pensamentos de lado como poderia continuar essa mentira e enganar-se se ainda amava Derek e não poderia colocar Scott em suas decisões sem pensar no futuro do filho.

Como permitir que Scott não conhecesse sua linhagem e sua verdadeira família acreditava que não poderia ser feliz vivendo e alimentando uma mentira.

Respirou novamente e foi até a cozinha bebeu água rapidamente tentando relaxar os músculos pela intensidade dos beijos trocados por Derek. E não tinha a menor ideia que se não o parasse ao sentir que conseguiu passar seus dedos sobre sua cicatriz de uma cesariana talvez eles estivessem muito mais íntimo mais uma vez naquele momento.

Ou Derek explodiria em perguntas incessantes dentro do carro.

E no dia seguinte Derek viria atrás dele? Ele não sabia qual seriam os seus passos já que não tiveram tempo de decidir se eles sairiam juntos novamente.

Stiles estava preocupado com os rumos que as coisas estavam indo e no fundo sabia que se tivesse contado a verdade teria se livrado de Derek e das dúvidas. Poderia ter retornado à cidade apenas tendo Derek como alguém que rejeitou ele e seu filho.

Seria menos complicado e mais doloroso mesmo assim parecia agora a saída mais eficiente do que enfrentar o que ele não sabia o que poderia vir.

– Talvez ele nem tenha percebido – Stiles começou a deduzir depois de um tempo parado no meio da cozinha em devaneios – Não tem como ele perceber apenas por isso.

Então Stiles percebeu que estava com medo à toa. Se Derek tivesse percebido alguma relação com o nascimento de Scott teria o enfrentado algumas horas atrás e tinha vindo até ele. Se realmente isso fosse importante ou talvez ele nem tenha se importado com o fato de ter um filho com um homem e também não queria saber.

As dúvidas eram traiçoeiras e deixavam Stiles em estado de pânico total.

Ele subiu as escadas despiu-se e colocou uma roupa mais leve para enfim conseguir relaxar e dormir. Entrou debaixo das cobertas onde já se encontrava Scott encolhido e dormindo profundamente.

Deu um leve beijo na testa do seu filho e enterrou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos.

Uma hora depois ainda não conseguia conciliar sua mente que trabalhava rapidamente e as batidas de seu coração acelerado para um relaxamento de um sono tranquilo. Zangado consigo mesmo por não ser capaz de afastar dos carinhos trocados por Derek e a constância da mentira pairada entre ambos.

Stiles naquela noite percebeu que não estava realmente pronto para enfrentar tudo isso. Que Scott ainda era pequeno demais para odiá-lo e que ter vindo à cidade foi um movimento impensado e acelerado que o reencontro com Derek foi rápido e a aceitação de se aproximar dele foi um erro.

Não estava preparado para enfrenta-lo e talvez nunca estivesse e sua mente só se adiantava em uma saída.

Sabia que com Derek perto não conseguiria pensar direito e se ele o beijasse novamente o corresponderia com a mesma intensidade.

Stiles decidiu-se voltar para São Francisco e pensar melhor num lugar neutro no que deveria fazer sobre sua vida.

 

Derek estava atormentado dentro do seu carro parado na frente de sua casa.

Ainda não teve coragem de descer e seus pensamentos se dissiparam de sua mente e começa a não ter ideia do que estava acontecendo.

Tudo estava errado desde a volta de Stiles.

As peças não se encaixavam não sabia se estava pensando o certo, mas sua mente vagava demais em soluções impossíveis que realmente achou que não poderia ser verdade. Não conseguia acreditar naquela possibilidade, talvez Stiles tivesse se machucado ou sofrido um acidente enquanto passaram seis anos separados.

Seis anos em distância era muito caminho para mudar as pessoas.

Derek não poderia acreditar que Stiles pudesse esconder algo grande e delicado ainda não poderia aceitar que isso estava acontecendo.

Nem ousava dizer onde seus pensamentos estavam o levando porque ainda acreditava que essas ideias eram impossíveis de acontecer já que grande parte das descobertas durante alguns anos não eram inteiramente confiáveis e não tinham muitas pessoas nessas condições.

Mas como ele poderia ter uma cicatriz justo naquele lugar era demais para Derek supor que poderia ser apenas uma coincidência.

Bateu a cabeça no volante e ficou ali esparramado em sua própria derrota de pensamentos não tendo coragem para entrar na casa e sair do carro deixando que as respostas ficassem para trás.

E as enxurradas de uma vez inundaram sua mente em grandes proporções. Stiles rejeitando suas chamadas e mensagens, os pais conscientes da realidade e não falando onde Stiles estava. Ele desaparecido da cidade repentinamente porque queria esconder alguma coisa, Cora dizendo que ele não tinha ninguém naquela época para trai-lo. A criança com a mesma idade de sua separação com Stiles.

Scott o pequeno garoto que Derek inteiramente inconsciente teve uma afinidade da primeira vez que escutou o gesto sorridente dele na lanchonete e sentiu como se pudesse fazer parte daquele mundo.

Scott o garoto do sorriso fácil que poderia ser algo mais em sua vida.

Filho. Um filho.

– Eu tenho um filho? – Derek conseguiu se perguntar em voz alta extremamente confuso – Eu não posso estar errado, isso é... Não, não pode ser...

A realidade bateu com tanta força que Derek não conseguia se segurar dentro daquele automóvel seus olhos se encheram de lágrimas pesadas e mesmo não gostando de chorar sentia algumas gotas caindo em sua face descontroladamente.

Poderia estar enganado e pensar nessa possibilidade o deixava insano. Em uma parte, em saber que perdeu um grande espaço de tempo e por outro lado saber que o homem que amou foi o causador dessa perda.

Que o afastou de seu filho e que fugiu sem dar uma resposta digna para ele.

Como poderia aquilo ser real como poderia acreditar que Stiles poderia ser tão cruel por mentir em algo tão sério e afasta-lo de sua vida naquelas circunstâncias.

E como ele poderia aceitar isso se nem sabia se o que estava enfrentando era uma realidade concreta ou um estímulo louco de ter uma resposta por Stiles ter um filho.

Um filho que poderia ser dele.

Perturbado demais em sua própria dor não tinha percebido que Cora batia freneticamente no vidro fechado do carro para conseguir falar com ele.

Cora estava acordada na espera que seu irmão chegasse para conseguir dizer a ele o que tinha descoberto, suas suposições sobre a saída de Stiles da cidade e o nascimento de seu filho.

Logo encontrou Derek dentro do carro e esperou até que ele saísse, mas seu irmão ainda ficou um bom tempo lá dentro.

– Derek? – Cora bateu no vidro chamando o irmão que estava com a cabeça escorada no volante.

Ela percebeu que ele estava chorando. Algo que não presenciava faz um bom tempo e ficou pensando se o encontro com Stiles poderia ter sido um fracasso total ou se ele tinha contado a verdade para Derek.

Se realmente o que ela pensava fosse algo real o que não duvidava.

– Derek? –Insistia batendo mais forte e vendo o irmão dando um salto percebendo a aproximação de uma pessoa.

Derek viu a irmã batendo no vidro e o chamando virou o rosto do lado e tirou as lágrimas com as mãos rapidamente. Não queria que ninguém o visse naquela situação lamentável.

Abriu o carro e desceu não sentindo muito suas pernas e o comando de seu corpo parecia que estava entorpecido demais para sequer conseguir se movimentar para sua casa.

– O que aconteceu? – perguntava curiosa e observando os gestos pesados de seu irmão saindo do carro e fechando a porta.

– Nada... – respondeu Derek sem conseguir dizer sobre o que estava pensando sem conseguir dizer em voz alta o que poderia estar vivendo.

– O encontro foi tão ruim? – indagou Cora para conseguir tirar alguma coisa dele.

Derek parou por um momento e pensou o encontro foi definitivamente bom como ele tinha pensando.  Conseguiu chegar novamente em Stiles e teve seu beijo esperado por tantos anos. E sabia que o garoto ainda não era indiferente para ele.

Mas também a verdade que ele acreditava ser real pairou sobre sua cabeça e todo o amor guardado em seu peito por Stiles foi trocada por um gosto amargo de despeito e ressentimento de perda por ter escondido sobre a possibilidade daquela criança ser seu filho.

E isso o fazia se sentir um monstro por ter perdido seis anos da vida de uma criança que também lhe pertencia.

– Não foi de todo ruim – respondeu depois do silêncio e a espera no olhar de sua irmã.

E com certeza não tinha sido ruim. O encontro o fez perceber os fatos que estava deixando escapar em um momento preciso conseguiu resolver os pontos que não estavam se ligando. Não poderia ter certeza que Scott era realmente seu filho, mas existia uma grande possibilidade. Queria descobrir o mais depressa possível se essa possibilidade era concreta.

Mas para isso sentiu que deveria se acalmar e não deixar a raiva o dominar por completo, o que estava ficando difícil.

– Você está me escutando? – falou Cora com as sobrancelhas erguidas num sinal de que não gostava de ser ignorada principalmente pelo irmão que às vezes se fechava em seu próprio mundo.

– O que? – ele foi tirado novamente de seus devaneios conflitantes.

– Eu perguntei se ele lhe falou alguma coisa – ela retornou a pergunta – O que aconteceu que deixou você dessa maneira?

Derek ficou pensativo se deveria compartilhar suas ideias e direções, que no fundo, para algumas pessoas céticas poderia ser um absurdo. Ele mesmo estava num dilema de dizer a si mesmo.

Mas Cora o conhecia muito bem depois que Stiles foi embora os deixando de cada maneira em sentimentos. Se aproximou de sua irmã mais nova.

– Eu o beijei – Derek disse rapidamente sem pensar.

O fato foi que no beijo ele pode finalmente entender duas situações que Stiles ainda poderia sentir algo por ele e que talvez Scott fosse seu filho.

Poderia, talvez. Tantas dúvidas e porquês que deixava Derek irritado com a situação e querendo colocar Stiles de vez na parede até confessar a verdade.

– E isso deveria ser algo ruim? – retrucou Cora sem compreender o motivo de seu irmão ser encontrando em estado negativo.

Então percebeu que seus argumentos internos poderiam realmente ser considerados um fato verídico, era hora de conversar com Derek.

– Eu pesquisei uma coisa – Cora continuou vendo que o irmão mais velho estava em pensamentos profundos.

Derek lançou um olhar para Cora, duvidoso, mas deixou que ela continuasse.

– Sobre gravidez... – ela continuou para saber se falar sobre esse assunto era um terreno árduo ou uma chance de conversas sem discussões.

Derek abaixou a cabeça e fechou os olhos por um instante, Cora tinha percebido tudo e ele finalmente pode entender que realmente não estava ficando louco ou supondo coisas impossíveis em sua mente.

Não poderiam ambos estar errados.

Que sua irmã era tão perspicaz que não precisou ver Stiles para saber a realidade que precisou sentir para entender. O quão cego estava pensou se sentindo um inútil.

– Qual é a possibilidade? – perguntou Derek apreensivo.

Cora o olhou determinante e percebeu que realmente esse era o caso e ficou perplexa. Uma coisa era deduzir que algo raro poderia ter acontecido justamente na família deles outra coisa bem diferente é saber que tinha acontecido e com seu irmão.

Ela se perguntava se tinha mesmo um sobrinho, fruto de uma gravidez masculina e que seu melhor amigo teve a coragem de esconder esse fato.

Então seu coração amoleceu e ela sentiu seus olhos arderem. O quanto isso poderia ter sido difícil para Stiles? Essa era sua pergunta chave em sua mente. Ela o conhecia bem foram anos de amizade para compreender que de fato seu amigo não era um covarde.

– Eu tenho algumas pesquisas que separei no celular, mas podemos ver no computador juntos – gaguejava Cora ainda se sentindo dispersa da realidade – E você acha que isso pode ser real e...

– Eu senti Cora... quando eu o beijei...

– Sentiu? – Cora ficou confusa não sabendo do que se referia e também não queria saber sobre as intimidades deles.

– O corte na barriga... uma cicatriz espessa não tinha como não sentir – continuou Derek olhando para longe, como se tivesse revivendo o momento olhando para os dedos ainda pode sentir em seu toque no baixo ventre de Stiles – Ele não tinha antes...

– Meu Deus! – exasperou Cora em choque.

– Vamos.... Eu preciso ver essas pesquisas e informações... – disse Derek indo em direção da casa.

– O que você vai fazer? – perguntou Cora vendo o irmão em um estado meio sombrio.

– Eu não sei... – respondeu inquieto.

 

Dois dias tinha se passado e Derek não procurou por Stiles.

Stiles estava em seu antigo quarto arrumando suas coisas no dia seguinte voltaria para sua cidade já tinha se decidido que não poderia ficar mais.

Estava certo que aquele beijo que trocou com Derek não tinha significado nada para ele. Enfim percebendo que estava sendo novamente um idiota por acreditar em seus sentimentos.

Não ficaria mais para sofrer e quando decidisse voltaria com mais firmeza para contar sobre Scott.

Naquele momento não tinha forças e vontade para isso.

– Eu não acredito que você já vai nos deixar – disse John cabisbaixo entrando no quarto.

Na realidade Stiles sentia que seu pai estava muito diferente e pedindo que ele ficasse na cidade com eles. Stiles se sentia mal por isso, mas não conseguia ainda ficar por muito tempo.

– Eu apenas vou resolver algumas coisas e pode ser que eu volte novamente – ele respondeu seu pai sorrindo.

– Você não está fugindo novamente, Stiles? Eu não criei você para ser um covarde e se esconder quando tem problemas – retrucou John sério.

Stiles não tinha contado sobre o que realmente tinha acontecido naquela noite para seus pais e também não viu importância em dizer já que Derek não tinha vindo o procurar.

Com certeza ele não tinha entendido e Stiles agradeceu aos céus por isso.

Mas ficou desapontado por saber que talvez, naquela noite tinha sido usado de novo para que Derek entendesse que ele ainda sentia algo por ele.

E ficou mais revoltado em sempre abaixar a guarda para o Hale

– Não estou fugindo... pai – respirou fundo para responder – Eu tenho um trabalho me esperando e Scott tem sua escola...

– Ambos estão de férias – retrucou John se sentando e vendo seu filho arrumando suas pequenas malas.

Realmente Stiles não tinha vindo para ficar já que tinha trazido poucas coisas. John ultimamente não estava se sentindo muito bem e queria que seu filho ficasse com eles.

Tinha medo que alguma coisa acontecesse e deixar Cláudia sozinha. Mas também não queria assustar seu filho e o manter ali contra sua vontade sabendo o quanto tinha sofrido com as diferenças que tinha que lidar.

Não queria ser mais um peso para ele.

– Mas vou aproveitar para resolver algumas pendências na cidade já que trabalho bastante e não tenho tempo – refletiu Stiles tentando convencer o pai que não estava fugindo novamente – E lá tem vários lugares que quero levar Scott e ainda não tive tempo...

– Ele está se divertindo aqui – disse John sorrindo.

O que era na realidade as duas proporções. Stiles estava realmente dando um jeito de fugir antes que Derek o procurasse por quaisquer desculpas esfarrapadas e Scott estava realmente feliz naquele lugar.

Ambas as coisas preocupavam Stiles e se perguntava se não estaria sendo um egoísta.

– Eu vou ficar mais esse final de semana, porém na segunda eu irei embora – respondeu olhando para o pai que lhe deu um sorriso de volta.

– Bom! – John se levantou espreguiçando-se – Eu consegui o convencer Cláudia –gritou saindo do quarto.

Stiles riu da reação dos seus pais e realmente estava agindo sem pensar novamente, mas o fato era que não pertencia mais àquela cidade e não queria trombar com os Hale principalmente com Derek.

Não sabia como aquela situação constrangedora tinha ficado e o que realmente Derek tinha pensando, porém sabia ele poderia ter descoberto a realidade ou pouco se importava o que estava acontecendo.

A certeza que Stiles tinha era que Derek ainda não se importava com nada.

Naquela tarde deixou os pais em casa, John ainda não tinha voltado a trabalhar e Stiles estava achando estranho que seu pai que tinha tanta disposição ainda não tinha voltado ao trabalho.

Perguntava para seu pai sobre isso, mas John sempre desconversava dizendo que merecia um descanso também.

Scott estava ao seu lado enquanto eles andavam pelas ruas. Alguns quarteirões para baixo ficava o parquinho que seu filho tinha gostado.

E quando Scott queria alguma coisa era difícil fazê-lo desistir.

Scott estava apreciando o passeio adorava passar os dias com seu pai e amava quando tinha tempo para se divertir com ele.

Aquele caminho Stiles se lembrava de que uma antiga amiga da escola morava também, tempos atrás e queria saber se Alisson ainda morava por ali.

Era bom conversar com alguma amiga já que naquela época tinha se afastado de amigos e ficado um bom tempo mais na companhia dos Hale, também sentia saudades de seus amigos na cidade.

Principalmente de Cora.

Era bom se abrir com amigos e dizer sobre seus problemas, o qual às vezes era difícil falar com a família.

Sabia que Alisson era discreta e não faria perguntas absurdas as quais ele estava querendo escapar arduamente e nem sabia se ela ainda morava naquela casa.

– Hein baixinho... - chamou Stiles vendo o filho franzir o narizinho.

– Papai eu já sou grande... – anunciou Scott determinado.

– Sim... eu sei... – Stiles disse ainda sorrindo – Antes de você ficar no parquinho vamos visitar uma amiga minha...

– Ela é legal? – perguntou Scott olhando para cima para ver o rosto do seu pai.

– Claro que sim e tenho certeza que ela vai gostar de você...

– Ela é velha?

– Não Scott... – riu Stiles, sabendo que a companhia do filho era umas das coisas que o divertia – É como eu...

– Então ela é bonita – disse Scott sorrindo maroto – Será que ela tem balas na casa dela...

– Scott!  Você pensa que pode ganhar balas em todos os lugares que vai? – repreendeu Stiles tentando esconder o sorriso.

Eles viraram a esquina e deram de cara com uma casa a poucas distâncias do parque que ficava atravessando a rua.

Stiles estava repensando se deveriam procurar seus antigos amigos mesmo sabendo que há poucos dias estaria novamente indo embora dali. Quase pegou o filho e desistiu de ir até lá quando ele escutou uma voz o chamando.

– Stiles? Deus do céu eu não acredito que é você! – Alisson estava saindo de seu carro e Stiles pensou que não tinha sorte nenhuma em escapar de reencontros que não estava preparado.

Mesmo que tivesse em dúvidas de encontrar a antiga amiga acabou esbarrando nela sem querer.

– Olá – disse Stiles tentando parecer confortável, mas na realidade não estava.

Alisson foi até ele e lhe deu um abraço e Stiles se sentiu péssimo em não procurar os amigos desde que chegou à cidade para pelo menos matar as saudades e também por Cora que não saia de sua cabeça o quanto a garota poderia ter ficado chateada com ele.

– Eu sabia que estava na cidade há alguns dias... eu iria visita-lo no final de semana quando tivesse um tempinho da minha faculdade – respondeu Alisson sorridente.

Stiles ficou feliz com o entusiasmo dela e sem perguntas sobre o motivo dele ter ido embora. Observou uma das antigas amigas olhando com um sorriso terno para seu garotinho que tinha pegado em suas mãos.

– E esse é seu filho? – ela perguntou para Stiles que ficou confuso por saber que ela já sabia sobre Scott.

Mas logo recobrou a consciência de que aquela cidade era pequena e a volta do filho do xerife da mesma deve ter sido uma das notícias mais comentadas por todos.

Esse era um dos motivos para que Stiles tivesse evitado a cidade quando descobriu que esperava um filho.

– Sim esse é Scott – comentou Stiles orgulhoso.

Alisson se abaixou para encarar o pequeno garoto ao lado de seu velho amigo.

– Olá garotinho... poxa... você vai se transformar em um destruidor de corações - ela brincou – Você é muito parecido com seu pai, sabia?

Scott assentiu tímido fazendo ambos rirem.

Stiles sabia qual pai Alisson se referia, mas não deixou de pensar que Scott se olhasse bem tinha também traços de Derek.

– Você está se divertindo na cidade? – Alison voltou a perguntar para Scott.

– Sim – ele respondeu já conseguindo tirar o rostinho tímido e Stiles estava pensando em quantos segundos duraria.

– Isso é muito bom! – Ela respondeu se direcionando a Stiles – Ele realmente é seu filho, é a sua cara...

Stiles quase engoliu em seco, com medo que ela perguntasse sobre a mãe, mas Alisson não o fez.

– Você é bonita – comentou Scott já sorrindo.

– Falei que iria ser um galanteador.... Você é uma gracinha, Scott muito obrigado...

Stiles e Alisson começaram uma conversa sobre os acontecimentos da cidade e o destino de alguns dos seus grupos de amigos.

Scott estava ficando impaciente com eles conversando e se esquecendo dele, era uma criança um pouco impaciente e não gostava muito de ficar parado enquanto o pai conversava.

– Papai, posso ir ao parque? –perguntou.

Stiles olhou em direção ao parque e viu poucas crianças brincando por lá, dali enquanto conversava com Alisson poderia facilmente ver o filho, mas ainda assim ficou alguns segundos pensando se poderia deixar Scott ir até lá sozinho.

– Aqui é seguro – respondeu Alisson quando viu que o amigo tinha ficado em silêncio.

– Ok... Scott preste atenção – Stiles ia começar um sermão e Scott ficou bem atento como sempre fazia – Fique apenas nos brinquedos e não saia correndo para não se machucar quando ficar cansado me chame que eu vou te buscar.

Stiles atravessou a Rua com Scott e o deixou brincando no parque enquanto voltou para conversar com Alisson.

– Ele realmente é um garoto muito bonito – confessou Alisson quando Stiles voltou.

– É sim – Stiles disse sorrindo vendo o filho conversando com algumas crianças e indo na direção do escorregador.

Scott estava adorando brincar naquele parque e vendo as árvores gigantes que tinha do lado enquanto se sentia um herói ou um dinossauro gigante em cima do escorregador.

Sua imaginação estava fértil enquanto sentia a brisa do vento em seus cabelos. Dali, sentado e atrapalhando alguns amiguinhos que queria descer, mas ele disse para eles esperarem com seu ar autoritário e uma pequena carranca e que ninguém o empurrasse tinha a visão do seu papai conversando com a amiga dele e algumas pessoas andando pela rua.

Ele desceu do escorregador e foi andar pelo parque caçando pedrinhas.

Quando estava pegando umas pedrinhas do outro lado do parque numa extremidade que sabia que tinha que voltar logo porque seu papai tinha dito para não ir longe percebeu uma sombra pairando sobre ele.

Scott olhou para cima e viu os olhos verdes docilmente o encarando.

– Ei Scott...

– Oi – Scott sorriu para seu novo melhor amigo já que ele tinha dito que era amigo de seu papai.

Derek estava ali na frente dele sorrindo largamente.

– Está aqui sozinho? – perguntou preocupado.

– Não... papai está ali – apontou para o outro lado do parque – Conversando com uma amiga... Alisson...

Derek olhou seriamente para frente, mas não conseguia ver Stiles de onde estava.

– E você está fazendo o que? – Derek se agachou e ficou no tamanho dele.

– Estou caçando pedrinhas... olha que eu achei – Scott mostrou as pedrinhas coloridas em suas mãos.

– São bonitas... – Derek tirou um saquinho de seu bolso e entregou para ele – Toma coloque-as aqui...

– Obrigado Derek! – sorriu Scott animado.

Derek observou o pequeno garotinho e seu peito inflamou estava agora frente a frente com o filho sabendo a realidade.

Tirou os dias para conseguir pesquisar sobre a gravidez masculina e tirar as suas dúvidas sobre o assunto. Ter ido ao hospital da cidade foi realmente mais complicado, mas foi por lá que descobriu que Stiles tinha passado mal há seis anos e se consultado com o médico que tinha se aposentado.

Ele teve complicações para que o médico lhe contasse o caso de Stiles, mas ficou evidente que estava esperando um filho naquela época.

Saber sobre tudo isso tinha causado em Derek todas as sensações possíveis e ele ainda estava revoltado por ter perdido anos da vida de um filho.

E como Stiles poderia imaginar que ele o deixaria por causa disso.

E agora em frente ao filho sem os bloqueios de sua mente enquanto brincava no parque pode ver traços dele em Scott.

Estava tão maravilhado em ter um filho. Nunca imaginou que um dia teria essa felicidade exalando em seu peito.

– Ei eu tenho um presente para você – disse Derek olhando ainda seu pequeno menino.

– Papai disse que eu não posso receber nada de nenhum estranho – retrucou Scott sério.

– Mas você pegou o saquinho que lhe dei – rebateu Derek sorrindo, mas se sentindo impotente e nada importante na vida de seu filho.

 Ele era seu filho também aquilo magoava.

– Ah é mesmo – riu Scott vendo que tinha feito uma coisa errada.

– Não se preocupe... seu pai me conhece – respondeu Derek passando as mãos no cabelo dele em um afago.

Scott sabia que não deveria estar conversando com estranhos e daqui a pouco seu papai viria correndo ao seu encontro, mas se sentia confortável falando com o amigo de seu pai.

– O que é? – perguntou curioso.

Derek tirou do seu bolso um apito de madeira que tinha feito enquanto estava em pensamentos sobre ter um filho e essa notícia ter sido omitida dele por anos em um momento para relaxar sua raiva.

– É um apito de um galho de uma árvore chamado nogueira... eu que fiz para você e um dia vou lhe ensinar a fazer sozinho... Mas agora coloque essa ponta na boca e assopre – ensinou Derek.

Scott pegou o presente e ficou maravilhado fez o que Derek tinha ensinado e o instrumento emitiu um som agudo e os olhos da criança se arregalaram de felicidade.

– Que legal! Obrigado Derek – agradeceu Scott em diversão segurando firmemente um dos melhores presentes que achou que tinha ganhado.

Derek queria que o filho o chamasse de pai como chamava Stiles, mas ainda tinha um caminho longo para que isso pudesse ocorrer. Mas ficou feliz enquanto percebia no olhar do pequeno garoto sua felicidade.

– De nada... nós dois somos amigões de agora em diante – disse Derek sentindo-se tão bem ao lado do filho.

– Sim, nós somos – respondeu o garoto determinado.

Derek não tinha experiências nenhuma com crianças, mas olhando para Scott o garotinho que nasceu de um milagre da natureza e que também tinha parte de seu sangue correndo em suas veias sentiu-se o homem mais vitorioso do mundo em ter um filho como ele.

Só tinha uma pergunta para o ciclo se fechar das dúvidas.

– Scott quando é seu aniversário?

Scott admirando seu apito voltou seus olhos para Derek.

– Dia vinte de janeiro.

Derek respirou fundo olhando para o céu. Scott nasceu nove meses depois que Stiles partiu da cidade já sabia dessa informação, mas só quis comprovar novamente.

– Eu tenho que ir... papai pode ficar preocupado – de repente Scott percebeu que estava bastante tempo do outro lado do parque.

– Não se preocupe você está comigo – respondeu Derek se sentindo péssimo por ser um desconhecido para o próprio filho.

Aquele era seu filho diante de todas as circunstâncias improváveis, mas era. E a raiva novamente começou a se acumular em suas veias por ter sido enganado todo esse tempo.

Cora tinha lhe dito para se acalmar e tentar descobrir o que tinha acontecido, mas Derek só de imaginar que Scott não tinha ideia sobre ele e que Stiles mentiu e fugiu só passava uma razão em sua mente.

Que aquele garoto foi egoísta e tirou seu direito de conhecer seu filho.

Quando viu Scott agarrado ao apito lhe ocorreu que aquele era o primeiro presente que deu para seu filho. A ideia o preencheu com um sentimento de perda e desejou abraçar-se com seu filho e nunca mais o deixar sair de seu lado.

 

– Eu preciso ir já está ficando tarde – disse Stiles depois que conversou bastante com Alisson.

– Volte mais vezes para conversamos – respondeu feliz porque sentia saudades do amigo.

Não ousou perguntar o motivo de sua saída da cidade sabia que se Stiles quisesse ter contado já o teria feito.

Stiles sorriu para ela, mas quando ia responder seus olhos percorreram o parque e não enxergava mais Scott por ali.

– Desculpe Alisson tenho que ir – disse apressadamente sentindo um medo por Scott ter lhe desobedecido e ido para longe.

Alisson se despediu enquanto Stiles atravessava a rua sabendo que seu garoto não era de lhe desobedecer e o medo de alguma coisa ter acontecido pesava em seu coração.

Olhava para os lados e para o outro e nada de Scott.

Agora sim ele ficou alarmado.

– Scott? –Gritou o chamando.

Se virou em direção a todo o parque e já estava quase pedindo ajuda quando sentiu alguém atrás de si.

Era Derek.

Ao virar-se engoliu em seco em vê-lo na sua frente depois de tudo que tinha acontecido naquela noite e nada tinha o preparado para ver o olhar frio que lhe lançava.

Mas não poderia perder tempo com Derek tinha que achar seu filho.

– Estou procurando Scott –disse rapidamente.

A cabeça de Scott surgiu por detrás de Derek na altura de suas pernas.

– Estou aqui papai – ele anunciou alegre pegando na mão de Derek e a outra mão segurando seu presente com um sorriso.

Stiles respirou aliviado, porém por pouco tempo pois Derek com um tom assustador e sussurrado para que Scott não escutasse o avisou.

– E é exatamente onde meu filho vai estar de agora em diante, Stiles.... comigo...



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