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História Feche a porta - (ou então fique mais um pouquinho).


Escrita por: ohmystress

Notas do Autor


Eu descrevi muito porcamente a vida de minha irmã caçula e o que os suspiros dela nos cantos de casa me contam.
Ela é tão, genuinamente, apaixonado por Lee Jinki, com uns sentimentos tão purinhos e fofos que eu senti necessidade de escrevê-los. Duda, espero que goste e se encontre.
Fanfic inspirada em Close The Door, uma das músicas mais lindas do K-Pop. SHINee REINA!

Capítulo 1 - (ou então fique mais um pouquinho).


Ele a lembrava os filmes dos anos 90 que costumava assistir quando ainda era uma menina gordinha e desajeitada, em tardes ensolaradas e entediantes. Radiante e pouco engraçado.

No auge de sua idade mais bonita, na primavera de seus dezesseis anos ela caminhava pelas calçadas evitando pisar nas linhas, dedicando-se como se aquilo não fosse apenas escape para seu tédio. A voz tão conhecida ressoava para fora dos fones de ouvido branco e viajava lentamente até o canto mais quente e puro de seu coração, o vento batia contra os cabelos desgranhados e volumosos e ela sorria recordando-se de cada confidência contada àquela voz que sem perceber lhe dizia as mais lindas histórias de amor. Porque ele aquecia-lhe o peito como qualquer outro garoto não aquecia, fazendo-a enxergar estrelas com a simples menção de seu nome ou as mãos tremeram ao se empolgarem com a beleza e charme que ele exalava como se quisesse atingir o ponto mais crítico de seus sentimentos e, ah, ele atingia sem muito esforço. Mas nem sempre ele a fazia feliz. 

Lembrava-se também das vezes em que rolava a cabeça pelo travesseiro procurando se livrar da aflição que sentia nas pontas dos dedos. Às vezes queria toca-lo mas as circunstâncias a impediam, isso não a incomodava na maior parte do tempo mas quando incomodava o gosto salgado das lágrimas contava-lhe o quão tola era, a mãe já havia a prevenido. E quando ele sorria, aquele sorriso que parecia ansiar exibir todos os dentes compridos e a gengiva adorável ela se sentia mais agoniada ainda. Como alguém podia sorrir tão grande e mesmo assim sorrir tão lindo?

Sussurrava para si mesma no caminho para casa o quanto desejava esquecê-lo se assim pudesse. Como jogaria fora todo aquele sentimento colorido e borbulhante que às vezes sufocava-lhe a garganta quando queria contar para alguém como se sentia mas tinha receio de ser chamada de louca, lunática, solitária, maluca ou infantil. Talvez fosse tudo isso. Talvez ele também fosse. E talvez fosse por isso que ela vivia à analisar, como se resolvesse uma conta de matemática toda complicada, se aqueles sentimento eram X ou Y. Se aquilo era paixão ou amor. Não conhecia nenhum dos dois em sua totalidade, mas torcia para que não fosse nenhum dos dois mesmo sabendo que, bobinha, conservava dentro do peito ingênuo um amor muito do doce e muito do impossível.

Xingava-o com o mais tom de doçura na frente das pessoas sem nem perceber, arrancando as mais feias caretas de desaprovação ou tédio. 

Bobo. Tolo. Idiota. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo.

Os sentimentos eram ternos e ela desejava o mais doce amor na vida daquele que roubara seus olhos sem nenhum consentimento.

Era para eu olhar para aquele e não para esse. Um dia murmurara para si mesma. Um daqueles dias onde odiava ama-lo e odiava não poder externalizar aqueles sentimentos tão grandes.

Cochichava olhando os olhos afiados e brilhantes atrás da tela fria e transparente o quanto era bonito e quão disparado o coração ficava ao olha-lo, como se ele a ouvisse. E para sua infinita tristeza ele lhe confidenciava com rosto imóvel e o sorriso desenhado em sua mais perfeita beleza que, talvez, nunca correspondesse aquele sentimento e que, talvez, nem o conhecesse.

Então saía e feche a porta. Ela cochichava de volta com olhos cabisbaixos depois de olhar para os lados garantindo que ninguém a flagrasse em sua loucura. Saía do meu coração.

Mas então ele lhe respondia com a mais melodiosa voz alguma frase de amor clichê ou desconexa demais acompanhada de instrumentos bonitos que a faziam tocar as nuvens com as palmas das mãos.

Eu estou aqui sua, boba.

E ela ria cheia de sentimentos doces mas que lembrava-lhe agulhadas. Os olhos grandes marejavam acompanhados de um sorriso. Uma lunática. Onde já se viu chorar e rir ao mesmo tempo? Onde já se viu sentir uma tristeza sabor algodão-doce? 

Você não consegue entender meu coração. Mas eu não consigo te deixar. Ela repetia a letra da música juntamente com ele.

E ela não o deixava.

Continuamente dedicava-lhe a adolescência e talvez ele sorrisse tão grande por isso, por sentir que tão grande amor era-lhe dedicado sem nem saber de que direção vinha.

Duas pessoas que se amavam de um jeito torto e estranho, mas que no fundo se amavam sim.

Talvez um amasse mais que o outro.

Talvez um se alimentasse de sonhos agridoces.

Talvez um estivesse satisfeito assim, se o outro apenas continuasse a sorrir daquele jeito todo único, doce e grande.  


Notas Finais


Sim, meio bleh!


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