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História Feelings - Amberley


Escrita por: Giovanna_viana_

Notas do Autor


PREPAREM-SE!!!

Capítulo 11 - Amberley


Ao chegar na frente da casa da minha mãe, eu me viro com todo o nervosismo para Gemma e digo as regras a seguinte:

 

"Me chame de Amberley ou então de Emma, minha mãe detesta que me chamem de Amber."-poucos sabem, mas até eu mesma me esqueço que meu nome é ridiculamente Emma Amberley Collins. Ela apenas concorda com a cabeça e abre a porta do carro para sair, mas ela não sai, logo depois percebo que ela só estava esperando eu lhe entregar o seu salto. Entrego o salto a ela e saio do carro e vou seguindo até a entrada da casa.

A casa da minha mãe deixou de ser minha, não porque eu fui para a faculdade, mas sim porque meu pai e eu tivemos problemas quando eu tinha dezesseis anos. Eu saí de casa por ele me julgar como uma preguiçosa que apenas vivia pelo seu dinheiro, fui viver na casa da Alyson, minha ex-namorada, naquela época ela ainda era minha amiga, mas as coisas entre a gente foi ficando cada vez mais forte, eu comecei a pensar que era loucura, eu já passei por vários relacionamentos antes, mas ela havia sido a primeira garota. Depois que eu a magoei, ela me expulsou de casa. Logo com um tempo as coisas entre mim e meu pai foram melhorando, eu não voltei para casa. Meu pai concordou assim que eu comecei a universidade, uma casa no campus.

Vou caminhando até a porta e o meu nervosismo já é visto maior do que quando eu estava no carro. Eu não vejo a minha irmã a três meses, mas desde o última dia em que a vi, estávamos brigadas. E bem, na verdade não sei se ainda estamos, já que foi uma briga sem motivo e Samantha tem um ar meio falso com as pessoas. Penso se eu mesma devo bater ou abrir a porta. Gemma chega ao meu lado suspirando fortemente e minhas mãos tomam o intuito de irem até a maçaneta da porta, eu a giro, meio preocupada em qual pessoa irei ver primeiro.

"Mãe?"-eu a chamo e logo posso a ver caminhado até a porta. Coloco o pé dentro de casa já logo sentindo o cheiro de casa, um cheiro de reconforto na casa onde eu cresci.

"Oh, Amberley! Não está atrasada."-ela para no meio da sala. Eu achei que ela iria vir me cumprimentar.

Entro completamente dentro da casa e Gemma me segue. Ela parece estar tímida. Ela veio aqui apenas uma vez, mas minha mãe não estava aqui.

-Mãe esta é a Gemma, minha amiga.-olho para Gemma e ela está com o sorriso aberto, ela parece não se importar por eu ter a chamado de amiga.

-Olá! Sou Anne, muito prazer.-minha mãe também lhe entrega um sorriso.

-Oh, Amberley. Por que não me disse que sua mãe tem o mesmo nome que a minha também.-Gemma olha para mim questionando.

-São pequenos detalhes que a gente se esquece.-na verdade eu acho este fato inútil. Gemma já sabia que minha mãe se chamava Anne. Só aí que reparo que são três Anne's em minha vida. Minha mãe, minha sogra e o nome do meio de Gemma também tem Anne! Isso chega a ser tedioso.

-Bem, meninas. Estávamos apenas esperando vocês! Sinta-se em casa, Gemma.-minha mãe diz para Gemma enquanto ela apenas sorri novamente.

Sigo minha mãe até a sala de jantar, passando pelo corredor e depois a cozinha. Quando chego na porta da sala de jantar meus pulmões parecem não funcionar, um nó entre eles meu coração parece ser feito, sinto-me tremer e ficar cada vez mais nervosa e sem fôlego quando as questões se abrem em minha cabeça.

"O que ele faz aqui?", "Harry é o namorado da minha irmã?", "Ele a traiu quando disse que estava com uma colombiana nua em sua cama?", "Ele estava mesmo com alguém em sua cama?", "Eu a traí quando beijei o Harry hoje mais cedo?", "Quanto tempo dura esta angustia que estou sentindo nesse momento?", "Gemma sabia que Harry iria jantar na casa de uma namorada hoje?". São tantas questões, mas sei que nenhuma delas vão ser respondidas.

Isso parece não ser real, isso parece ser alguém quer me detesta comandando minha história de vida! Não era para ser assim, não era.

Balanço a cabeça ao perceber que minha mãe mandou eu me sentar. Arrasto a enorme cadeira pesada e me sento de frente para Samantha que me olha despreocupada e Gemma fica de frente para o Harry, se sentando ao meu lado. Harry olhava para mim, seu olhar estava surpreso assim como o meu, vejo que ele não fazia a mínima ideia de que eu era a irmã da sua namorada.  

"Harry, está aqui é a-''

"Amberley!"-Harry a interrompe, e eu congelo ao ouvir sua voz rouca dizendo meu nome.

"Oh, se conhecem?"-Samantha pergunta. Sei que ela deve estar incomodada pelo fato de Harry já me conhecer, isso está estampado em seu rosto.

"Sim, foi para ela que dei as aulas de hoje à tarde!"-ele não tira os olhos de mim, e começo a pensar que ele possa ser perigoso para mim.-"E não precisa me apresentar a moça linda do lado dela. Eu também já a conheço"-ele sorri para a Gemma e ela apenas o olha sorrindo também deixando escapar um simples 'Idiota' de seus lábios.

É possível perceber que Samantha está se mordendo de raiva por Gemma ter o xingado com tanta intimidade.

"E de onde se conhecem também?"

"Não está na cara? Os dois até se parecem!"-falo achando graça do incomodo que sei que estou passando para ela.

"Sou a irmã do Harry, muito prazer!"-Gemma sorri e começo a rir baixo.

Samantha não faz tanta questão de dizer e algo, apenas dá um sorriso para ela e logo depois olha para mim abrindo um sorriso entre os lábios, maior ainda.

Reparo que mesmo depois de alguns minutos, com todos já terminados de comer e ser preparando para se retirar da mesma, Samantha não parou de sorrir um segundo, nem mesmo quando olhava para o seu prato. Até mesmo seus sorrisos disfarçados eram percebidos por mim.

Cada um pegou sua taça de vinho. Com alguns olhares de relance eu percebia que Harry estava me olhando, mas não era todas as vezes. As vezes Samantha e ele estavam conversando com meus pais ele rodeava a sua cintura com seus braços, não posso negar que me sentia sim incomodada com este ato ridículo dos dois. Tudo o que eu queria era ir embora daqui, o clima está pesado entre mim e ele, eu sinto, não sei se ele sente o mesmo, mas aqui não dá para ficar. Gemma já havia bebido três taças de vinho, ela alega estar sóbria, eu acredito que esteja, mas por precauções eu mesma irei dirigindo.

"Vou pegar um casaco lá em cima. Depois já podemos ir?"-sussrro para a Gemma que dá mais um gole no seu vinho e acena para mim.

Ainda tenho algumas coisas aqui, no meu antigo quarto. Lembro-me que da última vez em que dormi aqui foi quando Gemma desapareceu e fiquei preocupada. O tempo em que ela estava desaparecida foi tanto que cheguei a chorar pensando que havia acontecido algo, mas mudei quando descobri que ela só tinha ido a uma festa do campus. Eu pirei, gritei, xinguei ela de todos os possíveis nomes. Nós terminamos. Mas depois de duas semanas voltamos de novo. Em quanto a essas duas semanas, eu estava dormindo aqui, na casa dos meus pais.

Subi as escadas e pude ver meu quarto, ele não estava trancado, acredito que minha esteja vindo aqui para dar as suas pequenas ajeitadas. Vou até a cômoda e percebo que minha mãe dobrou parte das minhas roupas, inclusive o casaco que eu iria pegar. Desdobro o casaco de camurça preto e coloco em meu corpo.Me preparo para descer e passo pela porta do quarto a fechando em seguida. Os meus pequenos saltos fazem barulhos pela escada quando desço passando a mão pelo corrimão de ferro. Sinto olhares sobre mim. Olho o rosto de cada um deles, suas feições são diferentes. Amenizo meus passos, os fazendo ficar lento e paro faltando dois degraus para que eu chegue até o chão. Samantha está com um sorriso, com mais sinceridade estampado nele. Gemma está preocupada, seus olhos estão brilhando, da forma como me pedem desculpa. Harry, meu pai e minha mãe estão sem feição. Eu sei o que aconteceu, só estou querendo não acreditar no que está acontecendo. Meu pulmão enche-se de ar e tenho dificuldade para solta-lo. Nunca pensei que seria dessa forma. Não era para ser dessa forma. Sinto lágrimas canteiras invadir meus olhos, mas não quero ás deixar sair.

Caminho até o meio da sala agora silenciosa de verdade, sem apenas um som sequer. Paro no meio de todos eles. E sei que devo perdão a minha mãe e meu pai.

"E-eles me pressionaram, eu não consegui mentir, Amber."-a voz da Gemma fica fraca ao me dizer.

Olho para ela e vejo seus olhos, eles estão iguais aos meus, mas creio que o dela está atentamente mais cheio. Ela não tem culpa de absolutamente nada. Eu é quem tenho, eu poderia ter poupado esta cenas a anos se eu tivesse dito a verdade. Eu tento, tento dizer algo, abro a boca muitas vezes, mas a voz não me vem.

"M-mãe..."-é tudo o que consigo dizer. Tento me aproximar dela, mas tudo o que sinto é a ardência em meu rosto, ela havia me batido, mas não me importo, sinto que mereço isso e muito mais do que um simples tapa na cara! Passo a mão do lado em que sua mão chocou e faço uma leve massagem. Ela tem lágrimas nos olhos, isso está fazendo meu coração se apertar. Eu realmente faço as pessoas sofrerem por aquilo que não merecem. São justamente as pessoas que me amam, as pessoas que cuidam de mim, as melhores pessoas que me deseja tudo do bom e do melhor.

"Não me chame de mãe."-ela me diz. Suas palavras me doem mil vezes mais do que qualquer coisa.- "Depois de tudo o que eu te dei, Emma Amberley. Depois de tudo o que eu te dei você tem coragem de me decepcionar dessa forma? De me envergonhar? O que... o que as pessoas irão dizer sobre nós?! Eu te dei tudo! Eu te dei educação, ensino, livros, orientações e liberdade. Tudo o que você sempre quis e sonhou, nunca te deixei faltar nada. Então o porque de estar fazendo isso?!"-as suas lágrimas estão escorrendo pela suas bochechas e nas minhas as mesma coisas se repetem. Ela acha que tudo o que estou fazendo é para se vingar de algo que eu não tenha tido?

"Acha que tudo isso aqui é uma simples fase? Que estou querendo me vingar de você?"-minha voz treme.

"Não quero acreditar que depois de tudo o que fiz por você, você esteja me desrespeitando dessa forma."-ela sussurra.

"Isso não vai mudar nada. Eu não estou fazendo nada de errado! Pelo amor de Deus-''-começo a aumentar minha voz.

"Tire o nome de Deus da sua boca. Você não merece um pingo de misericórdia dele! Você está desrespeitando a todos nós!"-ela soa ameaçadora, murmurando entre os dentes.

"O quê?!''-abano minha cabeça negativamente.-"Você está se ouvindo? Eu continuo sendo a Amberley de sempre a sua filha... a educação, ensino, livros, orientações e liberdade que a senhora sempre me deu, está aqui. Carrego sempre comigo e obrigada por me dar essa oportunidade. Diga o que quiser, menos que te desapontei, porque eu não matei,roubei e usei drogas, estou apenas sendo eu mesma..."-a minha voz se quebra ao dizer quase tudo o que queria. Por todo esse tempo andei carregando um segredo comigo e agora está esbanjado assim para todos da minha família. Meu pai continua sem feição alguma no rosto, tenho certeza que ele sente o mesmo que minha. Quero que ele diga alguma coisa, nem que seja para me humilhar, ele tem que se libertar do seu silêncio.

"Pai..."-eu o chamo e ele direciona o seu olhar para mim.

"Emma Amberley Collins ...pegue ...pegue suas coisas e sua ...namorada e vá embora daqui, não posso te aceitar aqui sabendo que está pecando dessa forma."-ele diz e um soluço alto salta da minha boca, foi como se houvesse pedido socorro. Eles não me querem mais como filha.

Eu sei não como este assunto veio parar aqui dentro desta casa, mas pelo sorriso de Samantha sei que foi algo feito por ela.

"Eu não... não fiz nada de errado, por favor."

"Está na bíblia, Emma Amberley. 'Com um homem não se deitarás, como se fosses uma mulher'. Essa frase vale para você também. Não posso, não vou conseguir te olhar, Emma. Não vou".

Vamos começar tudo de novo, nossas brigas e discussões. Acabou. Sei que a partir de hoje o amor da minha mãe e do meu pai por mim irá ser trocado por nojo. Mas eu vou sair por aquela porta e não voltar nunca mais. Vou pagar o meu dormitório, sem a ajuda do meu pai. Sair e provar a eles que sou uma pessoa qualquer, não sou melhor ou menor que ninguém e sei disso, vou provar isso também. Terei que criar dó dos meus pais, por rejeitar e não me aceitar e apoiar uma garota que já tentou me matar três vezes. Terei que provar a eles que eles perderam sua filha. Vou orgulhar eles, mesmo com eles me odiando


Notas Finais


Instagram:@giovanna_viana__


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