Anteriormente
- Eu fiz um juramento á mim mesma: nunca, jamais virar as costas para quem precisa de mim.
- É um belo juramento.
- Você deveria fazer o mesmo.
Atualmente (2 anos depois)
A dois anos atrás eu conheci Levi, naquela época eu nunca imaginaria que hoje teríamos uma convivência agradável. A um ano atrás Levi foi nomeado Cabo e á dois meses sua patente foi além, chegando a ser Capitão. Todos se surpreenderam, pois nunca ninguém havia ganhado esse posto em tão pouco tempo. Ele continuava do mesmo jeito, carrancudo e com sua cara indecifrável, falando em cara, sua face era a mesma, não parecia que o tempo havia passado para ele. Erwin continuava com o seu posto de Comandante e eu continuava com o meu trabalho de médica na mesma sala de sempre.
Estava no hospital, suor escorria pelo meu rosto, só hoje havia atendido 7 emergências. Já eram 13:00 horas, eu estava exausta, tirei meu intervalo, comi qualquer coisa e deitei minha cabeça na mesa e estava cochilando quando alguém abriu a porta da minha sala, levantei assustada e por causa da minha visão que se encontrava embasada não consegui identificar quem era o sujeito até que a pessoa se pronunciou.
- Cruzes, você está horrível. - Reconheci aquela voz e voltei minha posição de deitar minha cabeça na mesa.
- E eu pensando que era alguém importante e me deparo com um nanico. - Disse sonolenta.
- Tsc. Me dei o trabalho de vir aqui e para simplesmente você estar aí, toda jogada. - Disse se sentando na cadeira em minha frente e colocando os pés em cima da mesa.
- Não enche, ninguém te obrigou a vir aqui. Estou cansada, não é só porque você praticamente não dorme quer dizer que eu também não devo dormir. - Fiz o esforço de levantar a cabeça e mostrar a língua pra ele que revirou os olhos.
- Erwin pediu para que eu viesse te avisar que estamos saindo para mais uma expedição. - Falou.
- E por que não foi ele quem veio?
- Ele está ocupado resolvendo assuntos com Darius. - Ele espondeu. Fiz cara de dúvida e ele suspirou tirando os pés de cima da minha mesa e se endireitou na cadeira.
- Erwin teve a ideia de treinar alguns médicos para levarmos para fora das muralhas para termos vantagem nas expedições com os feridos. - Explicou e fiquei atenta e curiosa. - De certa forma a ideia é boa, o problema seria achar os médicos certos capazes de encararem uma daquelas criaturas de 15 metros.
- Talvez nem seja tão difícil assim. - Respondi. - Não se uma pessoa deseja realmente salvar vidas. - Levi olhou para mim, deu um sorriso de lado e disse.
- Sabe que ele jamais vai permitir isso. - Ele falou e eu fiz cara de desentendida. - Erwin nunca vai deixar você fazer parte disso.
- Mas eu não falei nada.
- E não precisa, te conheço tempo suficiente para saber que você vai tentar entrar nesse "programa". - Respondeu e eu fechei a cara e murmurando o respondi.
- Seu chato. - Ele infelizmente ouviu, se levantou e estava indo embora.
- Tsc. Pirralha teimosa.
Ele saiu e eu sorri, finalmente pude descansar.
Meu plantão de 45 horas havia acabado, eu estava acabada entrei dentro da minha sala tirei meu jaleco e aqueles sapatos brancos horríveis, calcei minha rasteirinha e fui embora. Ao sair do hospital vi o por do sol, que estava lindo eu poderia ficar ali até anoitecer porém, meu cansaço falou mais alto e eu rumei em direção à minha casa. Chegando lá tomei banho e deitei na cama, eu nem sequer dei o trabalho de preparar alguma coisa para comer, apenas dormi.
Acordei no outro dia com uma fome enorme, levantei e fui no banheiro, fiz minha higiene pessoal e tomei um banho, coloquei uma roupa simples mesmo - um vestido preto até acima do joelho e uma sandalha - peguei dinheiro e fui para padaria comprar algo para comer pois sabia que não havia nada em minha casa.
Cheguei de lá com muitas sacolas, eu tinha comprado; pães, torradas, biscoitos, pães caseiro, queijo, requeijão, manteiga, geleias (uva, morango e frutas vermelhas), presunto, mortadela, chás, frutas, bolos entre outras coisas.
Coloquei água em uma panela no fogão e fui fazer suco de laranja quando ouvi a porta bater e fui atender. Abri a porta e vi Erwin conversando com Hanji e Levi olhando com uma cara tediosa para mim.
- Bom dia? - Perguntei e eles (Erwin e Hanji) olharam para mim.
- Bom dia Ino, percebi que fazia tempo que não te via então com passar a manhã com você, mas encontrei os dois pelo caminho e eles vieram também. - Explicou Hanji deu um sorriso, ainda bem que eu havia ido na padaria mais cedo.
- Claro, entrem. Estou preparando algumas coisas para o café da manhã. - Dei passagem para entrarem e assim eles fizeram.
Fui acabar de fazer o suco e o café, aliás tive que fazer chá para o nanico enquanto eles conversavam na mesa. Terminei de fazer as coisas e levei para a mesa. Cheguei lá e percebi que já tinham arrumado tudo, olhei para a pessoa obcecada por organização e limpeza e vi Levi com um olhar de cúmplices eu dei uma leve gargalhada atraindo a atenção dos outros dois que olharam para mim com dúvida.
- O café da manhã está pronto. - Todos se ajeitaram e eu os olhei e me senti em casa, estavam todos sorrindo e conversando, me senti em família.
- E então Ino, como vai o trabalho? - Erwin me perguntou comendo biscoito com requião e café e eu sorri com a simples cena. Sem sombra de dúvidas, eles eram minha família.
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