História Feelings for you - Camren - Crawling back to you

Pov's Camila

Não me movo, não me atrevo. Eu apenas sinto cada um daqueles toques meramentes calculados, eu a sinto de longe, com o pensamento tão perto; vejo-a como um lunático que devora a luminosidade da lua e se satisfaz. Há beleza em sua essência, há essência em todo aquele caos – Eu sei que vai dizer o quão errado isso é quando eu me afastar – Encostei minha testa sobre a dela e suspirei forte tentando conter a vontade enorme que tinha de juntar seus lábios aos meus – Mas agora, isso tudo parece errado para você? – Coloquei minhas mãos repousando em sua cintura e fechei meus olhos, ela recuou dois passos e eu senti como se fossem dois quilômetros, um incômodo na boca do meu estômago, meu coração tropeçava nas próprias batidas...Como era possível isso? Digo, como é possível que alguém sinta essas coisas? Você tem noção do quão inacreditáveis são essas sensações? – Hm? Isso parece tão certo agora – Puxei seu corpo para mais perto e a encarei por alguns segundos, seus olhos carregados de curiosidade e outro olhar que eu não sabia identificar – Eles não precisam saber sobre o que a gente faz, sobre o que eu te faço sentir, eles não precisam saber de nada.

É possível dizer que eu já não me pertenço? Não me conduzo mais. Não me administro, não consigo conduzir meus próprios atos, minhas ações já não saem como esperadas. Não consigo se quer controlar minha respiração quando ela passa, quando ela chega, quando ela me olha e quando seu verde se misturo á escuridão do meu castanho, como o céu alaranjado de uma tarde que é tomado pela escuridão da noite.

- Lauren – Disse me levantando da pia e balançando a cabeça negativamente – Isso não é certo – Como ela disse, já era esperado que depois que eu saísse do meu transe de hipnoze pelos seus lábios, era possível que eu tivesse um ataque de culpa, eu gosto de uma garota? Você está gostando de uma garota, Camila? Sério? – Eu namoro o seu irmão, tudo bem? Eu gosto da sua presença, eu nunca senti uma conexão tão...Diferente assim, por ninguém e nem por nada, eu gosto quando você chega perto, eu não posso negar o que acabou de acontecer, posso? – Passei uma das mãos na testa e abri a porta do banheiro a olhando por alguns segundos – Eu preciso processar toda essa situação, com licença.

Encostei a porta do banheiro e caminhei pelo grande corredor com os olhos ainda fechados, o que eu fiz? Porque você não evitou isso? Eu sei bem do que eu preciso.

- Garotas, vamos embora, já deu por hoje – Puxei Ally que quase caiu da cadeira por não alcançar o chão, talvez uma das únicas coisas que me faça rir por hoje – Vocês estão bêbadas na casa do meu namorado? Que belas amigas, quem precisa de inimigos?

Dinah se apoiou no meu ombro e Normani era a única que ainda tinha consciência de onde pisava – Seja ridícula, Mila – Dinah disse em meu ouvindo beijando a minha bochecha – Seja feliz e não seja frustrado, pague mico com a gente – Dinah ficava muito sincera quando bebia, isso era um defeito e uma qualidade, pode-se dizer que o que ela diz, faz sentido de certa forma...Faz o maior sentido – Saia gritando dizendo o que sente, o...como se chama aquilo que o relógio passa?

- Tempo? Horas? Ponteiro? – disse tentando conter minha risada mordendo meu lábio inferior

- Sim, isso, tempo...O tempo para ser feliz é curto, quando vai embora, não volta mais – Para uma bêbada, eram palavras sábias.

Sábado, 16 de maio.

Miami, 21:13PM, Amnesia Miami.

Eu precisava de uma bebida, eu precisava perder a consciência por pelo menos 3 segundos. Dizem que quando você acorda, você tem três segundos de puro inconsciência, três segundos aos quais seu cérebro não é capaz de pensar e processar quase nenhum pensamento, seria esses os três segundos mais felizes dos dias de todas as pessoas? Talvez eu só precisasse de um ombro para suspirar meus ancêios, um alguém que sussurrasse baixinho uma história qualquer que não deu certo.

Sentei-me no lugar de sempre em frente ao bar, eu me sentia uma alcoólatra sempre que punha meus pés ali – Tequila, por favor, sem gelo – Disse á um dos garotos que estavam no bar, se fosse á algumas semanas atrás eu teria reparado em seu rosto, em sua expressão, mas não era ele quem importava naquele momento, não ali, não agora.

Se você parar para pensar, seus inimigos não são literalmente seus inimigos, eles te ensinaram metade das coisas que você sabe sobre decepção. Não que isso seja bom, mas uma vida não é o suficiente para cometer todos os erros existentes no mundo, então, aprenda também com os erros dos outros – Aqui está, senhorita – A bebida deslizou pelo balcão e parou em minha frente, fitei por alguns segundos aquele drinque com um limão de enfeite.

- Bela escolha, aprendeu a beber, little baby? – A morena se aproximou e entrou dentro da cabine onde se preparam as bebidas, trazendo de lá um copo que presumo ser também tequila – Você deveria saber o que está bebendo...Sabe,  a tequila desenvolve menores chances de demência, se bebida com moderação – Ela usava um óculos de grau e seus cabelos caiam no rosto, eu queria vê-la.

- Então eu preciso de uma dose de tequila todos os dias, minha cabeça anda completamente fodida – Expremi o limão que havia na borda do copo e pela sorte absurda que eu tenho, uma das gotículas tomaram o caminho dos meus olhos e eu senti uma ardência descomunal – DROGA, que filha da puta – Levei as mãos até meus olhos e deixe ali por um momento, ouvi uma risada rouca já conhecida...Estranho, não me lembrava de onde, mas aquela risada já era familiar para mim.

- Isso é o que acontece quando se está dispersa, se você tomasse uma dose de tequila por dia, nada disso teria acontecido – Disse ela agitando um uma mistura de bebidas em um shaker.

- Tudo bem, eu sou uma completa desastrada, admito – Disse levantando as mãos em rendição – Olhe, você não deveria estar exercendo seu cargo de dona do prédio, sei lá, num quarto especial do prédio.

- É que estava um completo tédio e...Como você sabe que tem um andar especial? – Estava escuro, algumas pessoas gritavam e a música não estava diferente, mal podia ouvi-la – Você não deveria estar bebendo sua tequila diária, senhorita?

- Estava pensando em algumas coisas – Disse rodando o copo com a ponta de meus dedos na mesa, o chacoalhei misturando o líquido que se concentrava no fundo do copo e o virei em minha boca, ardia de forma tão gostosa e aliviadora que por momentos me lembrei de seus toques...Chega, Camila, foco.

(Deêm play – Sober)
- Quer conversar sobre isso? – Disse ela se apoiando no balcão e se aproximando do meu rosto – Então vai ao psicólogo – Ela disse de forma divertida me arrancando uma risada, seu sorriso era tão lindo que eu poderia passar horas o observando, as curvas delicadas dos seus lábios rosados.

We fall for each other at the wrong time
(Nos apaixonamos um pelo outro na hora errada)

- Digo, eu estou confusa, uma garota apareceu e tirou todas as minhas certezas, além de uma – Disse olhando para os lados e me aproximando da morena, tirei o cabelo que cobria sua orelha e sussurrei apenas no tom o suficiente para que ela ouvisse – Ela tem um beijo completamente incrível.

We’re playing the same game every night
(Estamos jogando o mesmo jogo todas as noites)

Up in the clouds, you know how to make me want you
(Nas nuvens, você sabe como me fazer te querer)

- Hm...Seu beijo é bom, então? – Disse ela em um tom risonho enquanto enchia novamente meu copo com outra dose de tequila – Talvez ela também goste do seu beijo.

- Bom? - Fechei meus olhos e tombei a cabeça para o lado

Flashback

Lauren se aproximou de mim e eu me afastei dando alguns passos para trás, o que ela estava fazendo? Dei mais alguns passos para trás e ela se aproximou novamente colocando a mão em minha cintura e cortando a curta distância entre nós, seus lábios se encaixaram aos meus e eu coloquei as mãos sobre seus ombros tentando empurra-la – O que diabos você está fazend...-Ela juntou novamente seus lábios aos meus, só então entrei em um universo totalmente paralelo, eu não tinha consciência dos meus atos naquele momento, seus lábios eram tão macios e grossos...Eu poderia ficar ali por uma eternidade, mal pude perceber que estava com a mão na sua nuca colando mais seu rosto ao meu, ela explorava cada canto da minha boca como se fosse a única coisa que ela pudesse fazer naquele momento, mordeu meu lábio inferior e passei alguns segundos com os olhos fechados voltando a realidade.

Flashback 

- Não é somente bom, é fodidamente bom, é gostoso, é...- Suspirei – Seus lábios tão macios e beijáveis, você não pode ter noção do que ela me fez sentir.

- Ah, talvez eu tenha – virei a bebida em minha boca e deixei-a ali por um tempo, apenas sentindo o queimar do álcool, a chefe daquele prédio era estranha, não era para ela ser autoritária dali?

- Não, você não tem...Meu namorado, Deus. Eu não sinto o mesmo quando ele me toca.

You don’t  know how love me when you’re sober
(Você não sabe como me amar quando está sóbrio)

When the bottle’s done you pull me closer
(Quando a garrafa acaba você me puxa para mais perto)

A morena deu a volta deu a volta e saiu do balcão sorrindo, sua pele era tão branca, seu cabelo tão escuro...Era um contraste perfeito de opostos em uma junção perfeita, seus lábios eram carnudos, pude perceber quando um dos olofotes coloridos passou por seu rosto rapidamente. Suas mãos envolveram minha cintura e ela aconchegou meu corpo no seu enquanto deitei minha cabeça em seu ombro, era um abraço quente e carinhoso, que abraço gostoso, por Deus! – Acho que por hoje, você apenas precisa de boas bebidas...Uma boa dança e uma carona para casa – Sussurrou em meu ouvido com uma voz baixa, quase inaudível pela música, seu corpo estava colado ao meu enquanto eu não largava meu copo, sempre o enchendo e reenchendo-o – Sabe, a tequila tem um segundo ponto bom, ela não da ressaca, beba sem receios de acordar amanhã se sentindo um nada, bom, não que você não seja.

Dei um tapa no ombro da garota e gargalhei, suas piadas eram tão sujas e pesadas – Você é uma vadia, sabia? – Sussurrei em seu ouvido em um tom de gargalhada.

- Você não viu nada ainda...

- O que disse?

- Eu disse que essa música é boa – Ela sorriu tombando a cabeça para o lado.

I know I should leave , I know I should, should, should
(Sei que deveria te deixar, eu sei que deveria)

But your loves too good, your loves too good, good, good
(Mas seu amor é bom, seu amor é muito bom)

23:00PM, Amnesia Miami.

Meus pelos corporais já estavam arepiados e todo aquele álcool que bebi escorria por minhas veias. As coisas estavam visivelmente alteradas em minha mente que já não conseguia processar meus movimentos com tanta rapidez quanto antes, talvez isso se deva ao fato de eu ter perdido a conta de quantas doses de tequila eu deixei descer por minha garganta.

- Heeey! Pega leve, little baby – disse tomando o copo da minha mão – Não quero carregar bêbada no meu carro.

- Cala a boca – Olhei-a semicerrando os olhos –, me dá essa droga – Passei meus dedos pelos seus e peguei o copo de tequila colocando-o em cima do balcão.

A morena ajeitou sua roupa no corpo e me olhou de cima a baixo respirando fundo. O barman veio até ela e pude ouvir ela enquanto conversava com o moreno – Tudo que ela beber, coloque em minha conta, apenas a sirva – eu estou amando tudo que ela faz.

02:45AM

- Isso é uma porta – Disse passando a mão na grande porta de madeira tentando focar meu olhar – Isso é uma maça...É a porta da minha maçaneta? Ou a maçaneta da minha porta? – eu estava tão chapada, todo mundo fica chapado as vezes. Tudo estava em tamanhos alterados e indefinidos, aumentando e diminuindo.

- O que eu fiz com essa garota? Droga – A voz de Lauren soou claramente em meus ouvidos,” como ela estava ali e na casa dela ao mesmo tempo?”, pensei com meu pensamento de bêbada.

Pov’s Lauren

Eu pensei durante alguns minutos se eu estraguei tudo que tinha com Camila ou se apenas coloquei as coisas no eixo. Já não pensava em como meu irmão iria se sentir, e sim como eu queria senti-la. O relógio marcava exatas 03:50AM, o barulho dos ponteiros do relógio era o único barulho naquele quarto. Tic-tac, o silêncio ensurdecedor da madrugada. Há uma solidão tão grande nesse mundo que você pode enxerga-la no lento movimento dos ponteiros do relógio. Arqueei minhas sobrancelhas lutando contra o sono apenas para observa-la dormir, isso soa um tanto possessivo e psicopata, não que eu queira tomar conta dos seus sonhos, mas ela era tão linda e simplesmente ela. Algumas pessoas se pegam dizendo:”Ninguém seria capaz de se apaixonar por mim”; não somos capazes de dizer isso, você já se viu concentrado em somente uma coisa? Já ouviu sua voz rouca assim que acorda? Não, ninguém é capaz de dizer isso. Você não pode se ver dormindo, e não tem noção do quão lindo isso é, do quão lindo é te ver no seu melhor sono com a respiração calma, em um ritmo único. Você não pode encostar a cabeça no seu peito e ouvir as batidas do seu coração em uma melodia perfeita, em um ritmo gostoso.

Me aproximei de seu rosto e a olhei por alguns segundos – Garota – sussurrei quase em um som inaudível –, qualquer um se apaixonaria por você – Sua respiração era leve e seus batimentos calmos como uma maré ao fim da tarde. Acaricei seus cabelos, além do seu jeito, até seus cabelos tinham um cheiro doce e o modo como caiam em sua pele bronzeada do Sol de Miami, “até bêbada essa desgraçada é linda”, pensei. Um milhão de galáxias de pensamentos dançando no espaço infinito da minha mente, estrelas dançavam em minha íris enquanto eu a olhava...A lua estava tão linda batendo em sua pele morena, céus.

Eu a quero, admito para mim mesma, eu a quero.

Domingo, 09:20PM.

Abri meus olhos colocando a mão sobre os mesmos evitando uma queimação em minhas córneas sobre a luz do dia que invadia o quarto pela sacada balançando as grandes cortinas brancas. Ela ainda dormia, “glória”, seria constragedor ela me ver daquela forma na sua cama e eu teria que inventar mil e uma explicações para isso.

Whatsapp – Sapatão

Sapatão:
Cadê você? Se escondeu dentro de uma buceta? Eu estou na sua casa e eu vou comer toda essa comida se você não chegar dentro de meia hora,

beijos.

Você:
Estou na casa da Camila, é muita coisa para te explicar, já estou indo pra casa, como você entrou?

Sapatão:
Fiz uma cópia da sua chave.

Você:
QUAL O SEU PROBLEMA?

Sapatão:
Sem drama lésbico, vem logo.

Você:
Vêronica

Vêronica

Você desligou mesmo a internet do seu celular? Vai se foder!

Joguei o celular em qualquer canto do quarto e me levantei abotoando alguns botões, ela permanecia do mesmo jeito que deitou naquela cama, não havia movido um milímitro, nem seu rosto, nem seu corpo, sequer seus cabelos estavam de uma forma diferente, permaneciam na mais perfeita desordem. “Porque a anatomia feminina tem que ser tão perfeita?”, rolei meus olhos por todo seu corpo enrolado naquele lençol branco, até com roupa ela consegue me deixar louca, “seria uma ótima forma de acorda-la”, pensei logo balançando a cabeça e espantando esses pensamentos.

11:20PM

- Caralho, você demorou duas hora – Vero disse abrindo a porta do meu apartamento – Fique á vontade, a casa é sua – deu uma risada baixo – literalmente.

Estava tudo uma bagunça, desde o sofá até meus pensamentos. Calma, Lauren, é apenas mais uma pessoa que entrou na sua vida para tumultuar, dessas que não te levam a sério e não querem absolutamente nada além de confundir você desde os pensamentos até qual roupa vestir em uma segunda-feira.

Tirei a roupa da noite passada e optei por algo totalmente domingo, um conjunto de moletom preto e um par de pantufas de urso. Fui até a imensa parede de vidro e o Sol em Miami não estava forte, era apenas o suficiente para iluminar o dia, sentei-me no chão observando o movimentar dos poucos carros de domingo. Levei a taça do mesmo vinho até os lábios, ela tinha provado daquele vinho, lembro-me dos rubores vermelhos em suas bochechas e das rugas no canto dos seus olhos quando ela sorriu depois de sentir o gosto amargo da bebida, seu sorriso branco e singelo, como quem agradecia por aquele momento, sabe quando você está feliz e apenas quer que aquilo dure para sempre?  – Eu te liguei várias vezes, te mandei mil e uma mensagens quando percebi sua demora, fiquei preocupada, as coisas com Camila estavam tão boas assim? – Vero disse se aproximando com um bolinho em mãos, por alguns segundos tudo ficou mudo ao meu redor, o barulho dos carros ficou mais rápido e eu sabia que meus olhos estavam arregalados naquele momento, DROGA!

- Cacete – Disse me levantando e colocando a taça na mesa de centro, porra, como eu sou tão burra – Meu celular, Verônica – Me aproximei dela com uma das sobrancelhas arqueadas, como quem procurasse uma solução para um problema – Eu não me lembro, não se onde o deixei, EU PRECISO DELE, Verônica.

Pov’s Camila

(Deêm play na música – Do I wanna know?)
Uma melodia soou em meus ouvidos ainda um pouco distante da minha mente, abri meus olhos lentamente colocando as mãos por cima esperando que se acostumassem com a claridade.

Have you no idea that you’re in deep?
(Você não tem ideia de que é minha obsseção?)

Minha cabeça doia um pouco, porém nem tanto, lembro-me de alguém me dizendo que tequila não tem ressaca. Pelo que bebi, no mínimo era para eu estar em um pseudo-coma em minha cama, digamos: Amém, tequila!

I’ve dreamt about you nearly every night this week
(Sonhei com você todas as noites dessa semana)

How many secret’s can you keep?
(Quantos segredos você pode guardar?)

Me sentei na cama colando a ponta dos dedos no chão gelado, uma arrepio correu minha espinha não somente pelo pequeno choque térmico, já que meu corpo se encontrava quente. Procurei de onde vinha aquela música e desisti apenas quando me dei conta de como precisava lavar meu rosto.

Cause there’s this tune I’ve found
(Porque essa melodia que eu encontrei)

That makes me think of you somehow
(Me faz pensar em você de alguma forma)

If this feeling flows both ways
(Se esse sentimento é recíproco)

Sad to see you go
(Triste ver você partir)

Sort of hoping that you’d stay
(Eu meio que esperava que você ficasse)

Enchi minha mão com aquela água fria e molhei meu rosto-não haviam marcas de ressaca-, fechei meus olhos esperando o excesso do líquido escorrer pelo meu rosto e ela me veio em mente, porra, porque ela tem que ter mãos fortes... Seu jeito de tocar-me é de outro mundo.

Flashback

– E se eu faço isso aqui – A morena puxou meu cabelo para trás deixando meu pescoço livre, seus lábios se encaixaram em meu ponto de pulso passando a língua em movimentos lentos o suficiente para me fazer implorar por mais, sugou aquela parte e mordeu em seguida me fazendo soltar um gemido quase inaudível pela minha voz falha – Você quer continuar, você quer que eu continue isso...Eu poderia fazer você implorar por mim agora, Cabello, posso te provar que eu posso ser melhor que mil homens, posso te fazer sentir coisas que nunca sentiu – Seu hálito era um misto de hortelã com tequila, ela estava um pouco alterada e aquilo era notável, ela tinha razão...Eu queria implorar naquele momento para que ela continuasse com aquilo, porque tão errado? Porque o proibido tem que me causar essas sensações tão gostosas e incontroláveis? A morena me fitou nos olhos e sua íris era carregada de prazer – Você disse que eu não poderia beijar seus lábios, o que não significa que eu não possa beijar aqui – Distribuiu alguns beijos pelo meu pescoço, dava para sentir o quão macio era seus lábios até mesmo quando não me tocava diretamente nos lábios


Flashback

Ever though of calling when you've had a few?
(Pensou em me ligar depois de beber algumas?)

So have you got the guts?
(Então você criou coragem?)

Droga, droga, droga, saia da minha cabeça, agora...Maldita! Malditos olhos, maldito corpo, maldita!

Baby we both know
(Querida, nós dois sabemos)

That the nights were mainly made for saying things
(Que as noites foram feitas para dizer coisas)

That you can’t say tomorrow day
(Que não podem ser ditas no dia seguinte)

Flashback

Beijou minha clavícula exposta e em seguida deixou um beijo carinhoso sobre meu ombro – Eu conheci sua alma quando olhei em seus olhos, e ela me disse que você está amando tudo que eu faço, garota.

Flashback

Suspirei forte fechando meus olhos, uma sensaçãp desconhecida tomou conta do meu corpo, algo como uma chama dentro da alma que não se apaga, engoli em seco. Eu tinha uma vontade dela, uma vontade de possuir seu corpo, eu preciso dos seus lábios. Ela é o erro mais certo que me aconteceu, maldita.

Do you want me crawling back to you?
(Você quer que eu me arraste de volta para você?)