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História Feels Like Home - Capítulo 3


Escrita por: GuaxiLexa

Notas do Autor


Eu sei que não tem muito envolvimento Clexa nesse começo, mas esses capítulos são necessários para a formação da Fic. E eu só volto semana que vem agora, talvez poste 2 ou 3 capítulos por semana. Besos.

Capítulo 3 - Capítulo 3


Lincoln estava folheando pagina por pagina da grande pilha de arquivos em sua mão, testa franzida em concentração. Era quase engraçado, pensou Lexa, ele parecia muito pensativo, de um jeito até bizarro.

- Então – Lincoln disse, indo para a borda do sofá de Lexa – Você vai mesmo pegar uma dessas para ser sua barriga de aluguel?

- Sim - disse Lexa. - Esta pilha é aqueles que entrevistei na semana passada e esta pilha é os descartáveis. – Ela disse, enquanto apontava para as pilhas de arquivos. Ela tinha ficado acordada a noite toda na semana passada, decidindo que mulheres deveria entrevistar. – A mulher da agência disse para ler todos eles com cuidado, eu tenho que escolher alguém que não seja difícil de ser ter ao lado, durante os 9 meses.

Agora, observando Lincoln folhear os cinco arquivos de mulheres que ela já tinha entrevistado, a fez pensar duas vezes, ela não se sente mais preparada para tomar essa decisão, ela mal conhecia elas. A mulher na agência estava certa ´´esta foi uma decisão importante.´´ Lexa se irritava tão fácil com as pessoas em geral, e se ela escolhesse alguém que a irritasse? Ela iria ficar presa com essa mulher durante meses. Lexa foi tomada por uma repulsa por ter que depender tanto de uma estranha.

Tomando os arquivos da mão de Lincoln, ela abriu e leu eles novamente. Lexa lembrou-se de Sandy. Uma mulher da cabelos negros, com um sorriso largo e que já tinha sido barriga de aluguel. Ela era uma opção segura, ela sabia oque esperar, como lidar com tudo isso e foi profissional ao extremo. Mas algo sobre ela tinha atingido Lexa. Algo parecia estranho, ela era tão perfeitamente amigável, a ideia de interagir durante meses com ela deixava Lexa com uma vaga ânsia de vômito. Ela acabou deixando o arquivo de lado.

- Não tem muita coisas nesses arquivos, só informações básicas e materal médico – Lincoln sussurrou, franzido a testa enquanto entregava outro arquivo para Lexa. – O que estamos procurando?

- Em uma barriga de aluguel? Eu não faço ideia. - Lexa disse incerta. - A agência disse que eu deveria procurar alguém com valores semelhantes ao meu, alguém que eu pudesse manter ao meu redor. Alguém que vai ser responsável.

- Faz sentido -  disse Lincoln. Ele bateu no arquivo que tinha entregado a Lexa - Que tal esta?

- Karen -disse Lexa, lembrando-se. – Ela tem passagem na policia

Lincoln levantou as sobrancelhas - E?

- E eu não gostava dela. Ela falou engraçado e se distrai muito fácil, com qualquer coisa. - Ela fez uma careta. - Eu não confio em ninguém que não me olhe nos olhos enquanto fala.

Essa loira tinha mantido contato visual com ela, quase de forma intimidante.

Lexa olhou para Lincoln. - Posso ver isso?

Lincoln passou os outros três arquivos e encolheu os ombros. - Você sempre pode ir ver outra agência, Lex. Ou encontrar uma barriga de aluguel você mesma, eu tenho certeza que existem opções que não encontramos em agencias.

Retirando um dos arquivos, Lexa fez um barulho distraído de acordo como ela abriu. Está certo. Clarke Griffin. Ela tinha mantido contato visual com ela, bom, pelo menos antes que ela começou a gritar e ficar com raiva de Lexa. Essa menina parecia em chamas, descontrolada, totalmente fora de controle. Ela era uma mentirosa também, Lexa recordou, enquanto corria o dedo pela página, que incluía a sua informação básica, gentilmente tocando na linha de OCUPAÇÃO, estava escrito: [Funcionaria do Mc Donalds]. Lexa se perguntou se Clarke Griffin era uma garçonete, ou fritava os hambúrgueres. Ela pensou em particular, que é muito mais provável que a loira virasse hambúrgueres. As roupas dela disse isso, como fizeram os emaranhados em seu cabelo e as manchas de graxa sob o queixo, exatamente onde ela não seria capaz de ver em um espelho.

E ainda assim ela teve a coragem de mentir e dizer que ela era uma médica? Lexa riu com a lembrança.

- Do que você está rindo? - Lincoln sorriu, franzindo a testa em confusão. - Quem é essa?

- Apenas uma das que eu já entrevistei. - Lexa disse suavemente, fechando o arquivo e coloca-o no chão.

- Você gosta de alguma delas?

- Não.

- E as outras? Naqueles outros dois arquivos?

- Eu vou reler os arquivos, mas eu realmente não sei.

Lincoln deu de ombros, se levantando. – Eu sei que você não está no clima pra isso agora, Lex – Ele pegou seu casaco na mesa de café e o colocou por cima de seus ombros. – Talvez você devesse fazer uma pausa, descansar um pouco sabe, talvez ter 8 horas de sono. Não precisa de pressa para tomar essa decisão.

- Isso é verdade - Lexa suspirou, se encostando na parede da sala de estar e franzindo a testa para ela primo. - Você tem planos para hoje à noite?

Lincoln deu de ombros e sorriu. - Hahaha, eu sempre soube que você gostava da minha companhia. Por mais que eu adorasse ficar para o jantar, eu vou me encontrar com uma garota esta noite.

 - Uma garota? Lexa sorriu, as sobrancelhas subindo. Revirando os olhos, Lincoln foi até a porta. – Não comece, ela é apenas uma amiga de trabalho, você realmente precisa parar de fazer essas coisas, urgh.

- Eu só estou brincando -disse Lexa, caminhando até a porta da frente com Lincoln para se despedir, mantendo um sorriso de canto nos lábios. - Tenha uma boa noite. Ah, e Lincoln – ele se virou para Lexa antes de abrir a  porta. - Não diga a Indra ou Anya. Sobre - sobre nada disso.

Lincoln tocou carinhosamente no braço dela - Claro que eu não vou. Me ligue se resolver alguma coisa, Lex.

- Pode deixar -  Lexa disse, enquanto fechava a porta atrás dele.

De repente, ela estava sozinha, apenas com os arquivos das candidatas para ser sua barriga de aluguel, ela só tinha isso para lhe fazer companhia. Lexa de repente se sentiu pequena naquele apartamento, ela tentou afastar esses pensamentos da sua cabeça e começou a limpar os arquivos, ela decidiu que merecia um tempo sem pensar nessa grande escolha. Ela vai seguir o conselho de Lincoln, pensa Lexa enquanto cruza o corredor de seu apartamento até o banheiro

Sentindo a água morna correr pelas costas, Lexa fechou os olhos e sentiu sua mente sendo limpa. Lincoln estava certo, é claro. Ela não precisa escolher qualquer uma dessas moças se ela não quiser. Ela pode fazer isso sozinha, sem nenhuma agência.

Mas Clarke Griffin apareceu em sua mente, mais uma vez e sem nenhuma razão lógica pra isso. Foi a simples imagem da menina sentada em frente dela, uma pequena mesa separando elas, olhos azuis ardentes de raiva. E seu namorado, Lexa infelizmente não tinha um arquivo sobre ele também, mas ela tinha certeza que ele não era um contador. Ele era cheio de arrogância, bad boy em excesso, Lexa diria. E aquele sorriso, que claramente era pra ser charmoso, mas era bem doentio. Ele ficou agitado e inquieto durante toda a entrevista. Por ser uma advogada bem sucedida, Lexa tinha uma habilidade especial para ler as pessoas. E Clarke Griffin e seu namorado fizeram seus instintos gritarem que eles não eram confiáveis, mas sim mentirosos e idiotas ou seja, o pior tipo de pessoa. Anya e Indra teriam zombado deles, como se estivessem cheirando algo horrível e provavelmente também iriam atravessar a rua com medo de assalto.

E ainda assim, Griffin tinha enfrentado ela, Lexa não conseguia tirar aquela voz baixa e ameaçadora de sua mente. Uma voz rouca e cansada, uma voz de quem já tinha passado tempo demais lutando e gritando. Mas ainda sim, ela era uma lutadora e por alguma razão, ela tinha mexido com Lexa, e não de uma maneira ruim. Talvez ela tivesse um pouco de respeito por ela, apesar de tudo.

E de alguma forma, o rosto da loira não iria sair de sua mente.

Lexa tem que admitir, Clarke era uma mulher bonita, ela tinha notado isso assim que a Loira entrou na agência. Mesmo com seu cabelo um pouco sujo, ele ainda era brilhante e tinha um tom de loiro que a maioria de seus clientes muito ricos teriam pago uma nota para ter um igual. Seu rosto redondo, sua pele branca, seus olhos cansados mais em um azul brilhante e um alerta de inteligência. Ela cheirava a baunilha de alguma forma que você não poderia pagar pra ter, uma espécie de perfume, misturado com suor e fritura. Lexa se perguntou se sua pele teria gosto dessa mistura também.

Lexa apoiou uma mão na parede do chuveiro e repreendeu-se, rangendo os dentes. ‘O que tem de errado com você?’ Ela se perguntou com raiva. ‘Esta menina não é nada. Você está agindo como um idiota.’ Não que isso importasse agora. Não é como se ela tivesse a intenção de escolher Clarke ou qualquer uma das outras candidatas para carregar seu filho.

 

* * * * *

Após sair para o almoço depois de mais uma manhã de trabalho estressante, Lexa ainda tinha um pouco mais de uma hora para gastar, até ter que voltar para o escritório. Lexa tomou um trem para o centro da cidade e fez seu caminho até um pequeno estabelecimento, famoso por seus sanduíches de carne. Lexa fez seu pedido e caminhou até o parque ao lado e tomou um banco.

O parque era tranquilo naquele horário, somente alguns trabalhadores e pessoas fazendo ioga. Ela observava as pessoas ao seu redor, havia uma fonte não muito longe e claro, uma mulher segurando um bebê e Lexa se encontrou olhando pra eles.

E lá estava ela, Lexa ouviu a voz antes mesmo de ver a dona dela. A voz que tinha atiçado seus cabelos de bebê na parte de trás do seu pescoço. Ela virou a cabeça e engoliu a seco, com sua visão de duas pessoas andando pelo parque. Um homem desconhecido para ela e uma mulher de cabelos loiros bem familiar. Ela não sabia sobre o que Clarke e o homem estavam falando, mas o caminho que eles estavam fazendo, iriam em direção ao banco que ela estava. Não teria nenhuma maneira que Lexa iria escapar de ser vista.

Antes de chegarem perto do banco onde ela estava, eles fizeram um pausa e o rosto de Clarke parecia cada vez mais animado. Aqui, onde ela não era presa por uma entrevista, tinha uma nova luz de felicidade que coloriu o rosto da loira e de alguma forma, ela parecia muito mais bonita. Lexa pensou, mas logo afastou o pensamento de sua cabeça.

Em seguida, Clarke e o homem apertaram as mãos e acenaram seu adeus. Lexa viu Clarke assistir o rapaz ir, com um sorriso no rosto e uma espécie de comemoração com seus punhos no ar. Lexa sorriu pra isso, apesar de tudo, mas em seguida, Clarke estava caminho e um olhar preocupado atravessou seu rosto. Lexa começou a olhar fixamente para seu sanduíche, elas nem precisavam fazer contato visual, mas Lexa escutou cada vez mais perto os passos dela.

- Olá

Lexa olhou para cima. Clarke estava do lado do banco, em pé, tão longe quanto possível. Lexa engoliu sua comida antes de falar.

- Oh. Olá.

- Oh, você provavelmente não se lembra, eu sou Clarke. Uma das pessoas que você entrevistou para ser sua barriga de aluguel. – Clarke falou, com toda sua confiança e sem remorso. E ainda assim, ela pensava que Lexa não se lembrava dela.

- Eu me lembro. - Disse Lexa, levantando o queixo. - Você gritou comigo.

Clarke aplicou um pouco seus olhos e chegou a ficar corada – Era eu, eu sinto muito por isso – Lexa podia falar que o pedido de desculpas não foi sincero, mas era algo a se dizer para contribuir na conversa. Lexa desejou que Clarke falasse com ela, como ela falou com o homem mais cedo, com toda sua felicidade e nada dessa coisa sem sentido.

- Está tudo bem - Lexa disse rigidamente.

- Isso não me ajudou em nada.

Lexa deu de ombros - Eu suponho que não. Especialmente quando eu sei que você não é uma médica.

Os olhos de Clarke brilharam. - Como você .. -?

- Eu recebo os arquivos de todas as candidatas em potencial, a agência envia. - Lexa disse calmamente. - Eu sabia.

Clarke fechou os olhos e respirou fundo, e quando ela abriu os olhos de novo, eles estavam vidrados e com um toque de amargura. -Bem ... eu acho que você tem outras candidatas para escolher - Ela trocou de pé para pé, olhando para longe, como se ela não queria nada mais do que para acabar com essa conversa e correr para as montanhas. Ela deu de ombros e começou a se mover para fora. - Bem mesmo que eu não faça parte do processo, eu espero que você consiga seu bebê, Woods.- Ela acenou, antes de começar a se afastar. - Tenha um bom dia.

- Você também.- Lexa observou Clarke Griffin começar a se afastar e algo atingiu Lexa em cheio, ela não sabe bem o que ou como foi.

- Clarke !! – Lexa chamou

Clarke fez uma pausa, virando e franzido a testa para Lexa. As suas começaram a andar uma em direção da outra. – Eu acho que você deveria vim jantar no meu apartamento e falar.

As sobrancelhas de Clarke subiu. - Sobre ser a sua barriga de aluguel?

- É, talvez - Lexa assentiu.

Clarke ficou olhando para ela, olhos azuis brilhando com algo que Lexa não conseguia decifrar. Finalmente, Clarke quebrou o encanto falando. - OK. Eu vou estar lá.

Lexa soltou um suspiro que ela não tinha percebido que ela estava segurando. – Legal.

- Eu não posso fazer isso hoje, amanhã no entanto eu estou livre.

- Perfeito. As sete?

- OK.

- Ok.- Lexa assentiu. Ela puxou um caderno de sua bolsa, rabiscando seu endereço e entregando a Clarke. 

Lexa observou Clarke ir, observou ela até que ela desapareceu de suas vistas, por trás de alguns arbustos.

Só então Lexa pegou seu telefone e pressionou o botão de discagem, segurando o aparelho no ouvido. - Lincoln?

- Hey, Lex, qual é a boa?

- Eu acho que tomei uma decisão.


Notas Finais


Mas uma vez, desculpem pelos erros, se eu parar pra reler tudo de novo procurando errinhos aqui e ali, meu cerebro vai explodir LOOL


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