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História Feels Like Home - Capítulo 5


Escrita por: GuaxiLexa

Notas do Autor


Eu sei que disse que iria atualizar sábado ou domingo, mas eu me empolguei com os comentários u.u ~E talvez porque eu já tinha acabado o capítulo~ Mas então, façam a festa ai, besos.

Capítulo 5 - Capítulo 5


Na noite que Lexa tinha enviado a cópia do contrato para o e-mail de Clarke, a loira resolveu fazer uma visita em seus sonhos.

Era estranho, Lexa poderia lembrar de ter pensando isso, mesmo quando estava inconsciente. Ela não tinha sonhado desde que era uma criança, bom, pelo menos não um que ela tenha lembrado. Mas ela podia ver claramente um sorriso através da sua névoa do sono, era um rosto totalmente familiar. Clarke estava dizendo alguma coisa, mas é claro que Lexa não podia ouvir o que era. O sonho era brilhante, cheio de cores e luzes. Quando ela acordou, ela não sabia o que sentir.

Isso era novo também, como se já não bastasse sonhar e lembrar do sonho, ela também não conseguia decifrar o que estava sentindo depois dele.

Quando o sol nasceu e ela teve que se levantar para ir ao trabalho, ela estava tentando acalma seus nervos. Amanhã era quarta-feira, era o dia que sua vida iria mudar. Foi melodramático, ela sabia, mas quando ela olhou ao redor do seu apartamento vazio e imaginou alguém aqui, correndo ao redor dos móveis e seguindo o caminho que os filhos de Anya costumavam a fazer, quando eles eram pequenos. Ela não podia deixar de sorrir. Além do mais, quando ela pensou sobre a pessoa que ela confiou para carregar seu filho, seu sorriso se alargou. Ela sempre tinha sido preocupada sobre ter uma barriga de aluguel que era impessoal e excessivamente profissional durante todo o processo, mas pela primeira vez em sua vida, ela tinha um pouco de medo e incerteza sobre isso. Ela precisava de uma amiga, não uma parceira de negócios.

O contrato não tinha nada de surpreendente, ou pelo menos não pra ela. Ela deixou o formato de linguagem tão fácil, quanto o possível. A última coisa que ela queria era que Clarke não entendesse nada. Mas ela era uma advogada também, e estava em sua natureza deixar tudo explicado. Na primeira parte, ela esboçou o que ia acontecer, brevemente e em termos simples. Na segunda, ela falou sobre o dinheiro, ela escreveu que iria cobrir todas as despesas médicas, o que já era esperado, afinal era o seu bebê, é claro que ela iria cobrir todos os custos associados com a gravidez. Ela também destacou o pagamento para a agência de barriga de aluguel. Mas a maioria do pagamento era destinado a Clarke, metade agora e metade depois do nascimento, era uma coisa justa.

Ao escrever a parte do dinheiro, Lexa ficou com um gosto ruim na boca. Pela primeira vez em sua vida, ela se deixou ficar um pouco sentimental, e o fato que Clarke iria ser paga para fazer isso, parecia estranho. Claro, Clarke estava fazendo apenas por dinheiro. Por que mais alguém iria se tornar uma barriga de aluguel? Lexa se perguntou. Bom, poderiam haver barrigas de alugueis no mundo que faziam o que faziam por amor, para trazer uma vida ao mundo e ajudar mulheres que não podiam ter filhos. Mas então havia uma grande quantia de dinheiro envolvida, o que não era um mau motivador, sejamos sinceros. Lexa se repreendeu por esses pensamentos, ela disse a si mesma que estava sendo estúpida, Clarke poderia parecer fácil de conversar e fazer o caminho da amizade, mas ela era uma parceira de negócios. Nenhum interesse em nada mais além do dinheiro.

E finalmente chegamos a última parte do contrato, o que aconteceria depois do nascimento. Lexa teve que fazer uma pesquisa no google pra essa parte e até mesmo algumas ligações para a agência. Normalmente ela só tinha que dar de ombros e escrever que a criança não teria mais contato com sua barriga de aluguel após o nascimento. A barriga de aluguel teria que renunciar a toda reivindicação familiar e genética que teria sobre a criança. Após o último pagamento ser feito, o papel da mãe de alugue na vida da criança, acabaria. Lexa tinha escutado muitas histórias de mães de aluguel que reivindicaram os bebês que elas tinham dado à luz. E Lexa poderia ter ficado um pouco paranoica com isso.

Essa é a forma que iria acontecer, Lexa disse a si mesma. Clarke estava sendo contratada para um serviço e uma vez que esse serviço foi realizado, ela iria embora. Iria ser como cortar o cabelo

Bem. Mais ou menos.

De qualquer forma, amanhã seria o grande dia. Então, talvez pela primeira vez em toda a sua vida, Lexa chegou ao trabalho na terceira-feira de manhã, com a mente em outro lugar. Seus colegas olhavam pra ela enquanto ela caminhava em direção ao seu escritório privado, como se pudessem sentir, de alguma forma, que ela estava andando com o coração na mão. Isso ficou claro, quando ela entrou em seu escritório e percebeu que estava usando calça jeans, em vez de uma saia lápis. Ela olhou para as penas com as sobrancelhas franzidas, como se estivesse culpando suas próprias pernas pela distração. Ela acabou encolhendo os ombros e sentando atrás de sua mesa. Não era como se ela tivesse alguma reunião agendada pra hoje, o que importava se ela vestia calça jeans estando atrás de sua mesa o dia todo?

Lexa tentou começar o trabalho com alguns papeis de casos que ela tinha que ver para a próxima semana, mas ela acabou se encontrando navegando na internet, abrindo páginas e mais páginas. A maioria delas eram sites para mães de primeira viagem, onde outras mães compartilhavam histórias de horror e dicas sobre qualquer coisa para poder acalmar um recém-nascido. Elas também falavam como ter seu filho matriculado em uma boa escola antes de seu primeiro aniversário. Outros sites eram uma pesquisa sobre o melhor berço e quais os melhores brinquedos. Lexa leu tudo com total concentração, seu filho ou filha teria apenas o melhor e mais seguro de tudo.

Durante a hora do almoço, Lexa conseguiu ter um pouco de seu trabalho feito e alguns e-mails respondidos. Foi um dia tranquilo e ela tinha estagiários para ajudá-la com trabalho braçal, e não, ela não estava sobrecarregando eles. Na verdade, ela sempre tinha se recusado a ter estagiários, ela sempre dizia que eles só ficavam em seu caminho.

Foi por volta das 13:00 que chegou uma mensagem de Lincoln.

Linc: Estou na cidade, quer almoçar ?

Lexa respondeu com um sim e o nome de um café que era próximo ao seu trabalho, em seguida ela largou tudo em sua mesa e foi em direção ao seu primo. Infelizmente, ela tinha que fazer o caminho para fora, o que significava que ela tinha que receber todas as olhadas de seus funcionários novamente. Ela se amaldiçoou mais uma vez por esquecer sua saia, nenhum de seus funcionários tinham visto ela em algo diferente.

Aparentemente, Lincoln teve um pensamento similar. – O que você está vestindo? – Ele disse em voz alta, com os olhos arregalados em Lexa enquanto ela se sentava a mesa.

Lexa revirou os olhos. – Você fala como se nunca tivesse me visto em uma calça jeans.

- Pra trabalhar? – Lincoln levantou as sobrancelhas. – Isso é um tipo de vestimenta para sexta feira, que você antecipou para terça?

- Minha mente estava em outro lugar esta manhã. – Lexa disse suavemente, tentando não fazer uma grande coisa disso. – Não importa.

Lincoln ficou encarando ela pôr o que pareceu ser horas. Ele ainda estava olhando quando uma garçonete veio perguntar se eles queriam alguma coisa. Lexa pediu chá e um sanduíche e Lincoln pediu apenas um café preto. Ele cruzou os braços depois que a garçonete saiu e sorriu pra Lexa.

- Então, pra quando é?

- O procedimento? – Ela sorriu. – Amanhã.

Ele se inclinou um pouco. – Isso é demais, Lex.

- Eu sei. – Disse Lexa – Isso é fantástico.

- Está menina, Clarke, a barriga de aluguel que você me falou ao telefone. Ela parece ser uma boa pessoa.

Lexa hesitou. Clarke vivia em uma extremidade áspera da cidade, em um bloco de apartamentos que parecia bastante perigoso e trabalha em restaurantes de fast food para ganhar a vida. Sem contar que, aparentemente, ela mudava de endereço a cada duas semanas. Ela sempre tinha graxa oleosa no rosto e parecia sempre cansada. – Ela é boa -  Lexa disse, com uma voz ilegível.

- Eu gostaria de conhecer ela, uma hora dessas. – Lincoln sorriu. – Eu estou feliz que você conseguiu isso, Lex. Se suas habilidades de babá, contarem pra alguma coisa, você vai ser uma ótima mãe.  

Lexa sorriu. – Sim, e meu filho vai ser mais comportando do que você um dia já foi.

Lincoln se mexeu um pouco em sua cadeira, olhando vagamente, apoiando os cotovelos sobre a mesa e se inclinado para a frente. Ele franziu a testa. – Olha, eu sei que você não vai gostar disso, Lex. Mas .. – Ele suspirou. – Você tem que dizer a Anya e Indra. Rápido, antes que Indra saia da cidade de novo.

- Eu pensei que ela já tinha ido. – Lexa disse, enquanto os alimentos e bebidas foram postos na mesa. Ela tomou um gole do seu chá. – Você foi falar com ela?

Lincoln recuou um pouco, com o rosto corando. – Não, na verdade .. não, eu quero dizer que. Eu só .. Ela ..

Lexa estreitou seus olhos. Seu primo sempre foi um péssimo mentiroso. – O que você disse a Indra, Lincoln? - Ela exigiu.

Suspirando, Lincoln olhou Lexa nos olhos. – Ela me chamou. E .. me disse pra me certificar que você entendesse que isso tudo era uma má ideia. E que você não iria em frente com essa história do bebê. – Ele se mexeu. – Ela tentou me convencer a te convencer de esquecer essa coisa toda.

Lexa estava olhando para o seu chá, agitando ele em sua xícara. O chá refletia uma versão ondulada e em movimento do seu rosto. – Entendo.

Lincoln bufou. – Olha, não dê ouvidos a Indra. Ela acha que está te ajudando, mas ela não entende isso.

- Eu sei. – Lexa disse firmemente. – E você ainda acha que eu deveria dizer a ela?

Suspirando, Lincoln olhou para a mesa. – Mesmo que Indra seja insuportável, ela ainda é sua família. Ela vai se sentir magoada se você passar por isso sem dizer a ela ou Anya. – Quando Lexa ficou em silêncio, ele estendeu a mão e apertou a dela. – Vá em frente, Lex. Prove a elas que você pode fazer isso.

Lexa suspirou lentamente. – Bem, você está ocupado esta noite? Eu poderia convida-las pro jantar.

Lincoln sorriu. – Isso parece bom.

O almoço com Lincoln tinha sido um bom tempo de diversão, mas agora Lexa tinha suas irmãs em sua mente, ela voltou a olhar para as páginas que ainda estavam abertas em sites de maternidades e sentiu seus nervosos tomando contar de seu corpo. E se Indra estava certa? E se ela estava se enganando achando que seria uma boa mãe? Ela trabalha muito e era muito séria pra ser capaz de criar uma criança.

Ela respirou fundo duas vezes e tentou acalmar os nervos. Lincoln tinha dito que ela seria uma boa mãe e ela confiava nele.

Naquela noite, ela chegou em casa mais cedo para se trocar e começar a cozinhar algo para o jantar. Indra e Anya sempre gostaram de algo caseiro quando eles visitavam ela, a última vez que ela tinha pedido comida quando suas irmãs visitaram ela, as expressões ácidas em seus rostos tinham sido o suficiente para fazer Lexa prometer a si mesmo que na próxima vez ela iria exercer sua habilidade culinária limitada. Lexa gostaria de poder fazer o molho de macarrão que Clarke tinha feito na noite de domingo. Bom, tinha saído de um frasco, mas ela assistiu Clarke adicionar coisas para o molho. Ela desejou que tivesse prestado mais atenção, para que ela pudesse fazer novamente, mas ela não o fez. Lexa acabou se contentando com o molho no frasco já pronto.

Suas irmãs chegaram na hora exata que Lexa tinha marcado. Anya tinha trazido os gêmeos e eles correram em volta dos móveis, logo que entraram no apartamento. Indra e Anya provavelmente vieram juntas. Anya abraçou Lexa calorosamente e até mesmo Indra sorriu pra ela. Bom, pelo menos ambas estavam de bom humor, Lexa era grata por isso.

Uma vez que Lincoln chegou, todos comeram. Os gêmeos estavam se melecando e melecando tudo com o macarrão e Anya estava constantemente dizendo a eles para serem educados, lembrando que eles eram convidados. Foi agradável, ver o brilho afetuoso nos olhos de sua irmã, enquanto ela olhava para seus filhos. Lexa tomou coragem, assim que eles estavam terminando o jantar ela limpou a garganta.

- Então. – Ela começou. – Eu tenho um anúncio.

Indra levantou a sobrancelha e Anya inclinou a cabeça. Lincoln apenas sorriu.

- Eu.. eu vou ter um bebê.

- Eu pensei que você não podia. – Disse Indra, um pouco áspera.

- Eu não posso. – Lexa respondeu rigidamente. – Eu entrei em contato com uma agência de barriga de aluguel e eles encontraram alguém pra mim. O procedimento está acontecendo amanhã.

Houve um silêncio e Lexa sentiu sua gagueira sob seu coração, suas irmãs estavam olhando pra ela. Lincoln foi o primeiro a falar. – Eu acho que é uma notícia fantástica.

- Sim, eu .. é claro que é. – Anya gaguejou – É só, surpreendente. Eu achei que você tinha desistido disso.

- Como eu poderia desistir disso? – Lexa perguntou, sacudindo a cabeça

- Aceitando que o melhor é você não criar um filho. – Indra disse. – E se concentrar em coisas mais importantes. Como sua carreira.

- Minha mãe sempre quis que eu tivesse filhos. – Lexa replicou

- Sua mãe não está aqui. – Indra estalou

Lincoln se deslocou nervosamente. – Hey, podemos ... –

- Eu só quero que você entenda que isso é um erro. – Indra disse com veemência. – Eu estou preocupada com você, Lexa. Essa súbita decisão vai mudar sua vida pra sempre, e eu não sei se você é o tipo de pessoa que pode lidar com tudo isso. Você não pode tomar uma decisão precipitada sobre isso, você não pode apenas ter um filho sobre impulso. Além do mais, eu não posso nem imaginar o quanto de dinheiro que você vai estar perdendo com uma barriga de aluguel. – Ela balançou a cabeça. – Só viva sua vida, Lexa. Você estava fazendo bem, não deixe que um tipo de crise de idade estrague tudo que você conquistou.

A mesa ficou em silêncio. Lincoln olhou para o resto de sua comida. Anya também fixou o olhar na sua. Isso deixou a garganta de Lexa seca, ambos pensam isso sobre ela? Anya tinha sido tão favorável no inicio, quando Lexa tentou ser mãe por conta própria, apesar que no fundo ela torcia pra não dar certo. Indra estava olhando pra ela com aqueles olhos intimidadores, como se tivesse repreendendo Lexa por alguma coisa. Lexa engoliu a seco, sua garganta ardia. – Eu .. – Ela abriu e fechou a boca. – Eu não espero que nenhum de vocês entenda.

Indra suspirou e limpou a boca com um guardanapo antes de se levantar. – Eu tenho que ir. Tenho um encontro ainda esta noite. Anya?

Anya olhou para Lexa timidamente antes de se levantar também. – Obrigado pelo jantar, Lex. Estava uma delícia.

Ambos caminharam até a porta. Deixando apenas o silêncio.

Lexa olhou para Lincoln, colocando o rosto entre as mãos. – Eu não deveria ter dito a elas.

Lincoln balançou a cabeça, mas seu rosto estava triste. – Você vai ser feliz fazendo isso, Lex. Você vai se sair bem.

- Como você pode dizer isso? - Lexa respirava. - E se elas estão certas? E se esta é uma ideia terrível e eu não tenha nenhum jeito com bebês?

- Você não pode pensar assim. – Lincoln disse com firmeza. – Sério, é isso que elas querem, que você duvide de si mesma.- Ele estendeu a mão sobre a mesa para dar um aberto na mão de Lexa. – Você quer que eu fique para te ajudar a limpar?

- Não. – Lexa disse ao mesmo tempo. – Eu posso fazer isso, e eu tenho que ficar sozinha e pensar um pouco. 

Lincoln olhou pra ela. – Lexa .. –

- Eu estou bem Linc. – Lexa suspirou, se levantando e começando a recolher os pratos. – Só .. vá pra casa com segurança.

Ele se levantou devagar, observando Lexa atentamente enquanto ela se movia em silêncio até a cozinha. – Me mande um texto se você precisar de alguma coisa, ok?

- Ok

Ele deixou em silêncio, a porta nem sequer fez algum barulho. Quando a sala estava vazia e Lexa se encontrou sozinha, ela se inclinou sobre a bancada e enterrou a cabeça entre as mãos. Fechando os olhos e respirando fundo. Suas irmãs estavam apenas tentando ajudar, ela disse a si mesma. Elas só estavam pensando no bem dela.

Mas por que isso estava ficando cada vez mais difícil de acreditar? Por que Indra é tão contra a decisão dela?

Ela mal notou algumas lagrimas escorrendo pelo seu rosto, quando ela olhou para o seu telefone, viu uma gota caindo sobre ele. Tinha uma notificação. Ela desbloqueou a tela e foi para a caixa de entrada, ela franziu a testa quando viu que era Clarke respondendo a sua mensagem anterior, que continha um anexo do contrato. Ela abriu o e-mail:

-

Para: [email protected]

De: [email protected]

CC:

Assunto: Re: Anexo do Contrato

~Acabei de ler o contrato. Parece muito bom, deve ser tudo ok para assinar. Até amanhã. O grande dia! :)

~ Clarke

-

Lexa soltou outro suspiro e fechou os olhos. 

* * * * *

Lexa acordou na manhã seguinte se sentindo mal. Ela tomou seu café da manhã devagar, e depois se vestiu ainda mais devagar. Ela não ligou o rádio para escutar as notícias da manhã, que era algo que normalmente ela faria. Ela também não leu o jornal. Na verdade, hoje ela não fez nada que normalmente ela faria. Isso fez ela se sentir doente. Quando chegou a hora de sair, ela parou na porta por alguns minutos, levando a mão em câmera lenta até a maçaneta e recuando rapidamente, quando ela perdeu a coragem de sair. Bom, ela disse a si mesma que estava sendo uma covarde.

Mesmo depois de tudo isso, Lexa chegou na clínica antes de Clarke e estava com a ansiedade a flor da pele quando estava esperando a outra na sala da frente. Ela perdeu a conta de quantas vezes olhou para o relógio, mesmo sabendo que era cedo. Sua mente não podia parar de aterrorizar ela, e se Clarke tinha mudado de ideia e decidiu não aparecer? Ela poderia muito bem não querer ir adiante com a coisa toda e desistir sem dizer a Lexa.

Mas, minutos depois, Clarke estava abrindo a porta de vidro e olhando ao redor da sala de espera, suas bochechas estavam vermelhas pelo frio que fazia lá fora. Ela estava vestindo um suéter enorme que parecia muito velho e feio, Lexa tinha certeza que tinha vindo de um brechó. Ela se levantou de uma só vez. – Clarke.

- Hey – ela disse sem fôlego, se aproximando. Olhando Lexa diretamente nos olhos, ela sorriu. – Então. Está acontecendo.

- Está acontecendo. – Lexa disse, incapaz de conter um pequeno sorriso. – Oh! Aqui. – Ela enfiou a mão na bolsa para tirar uma pilha de papéis e uma caneta. – Basta assinar onde está marcado e então estamos prontas para iniciar o procedimento.

- Claro. – Clarke se apoiou contra a mesa de café na sala de espera, se ajoelhando para assinar. Sua assinatura era um pouco desorganizada e rabiscada. Lexa pensou que isso era muito Clarke, antes de se repreender. Ela mal conhecia Clarke, como ela poderia pensar uma coisa dessas?

De qualquer forma, Clarke foi rápida para assinar tudo. Ela parecia nervosa e incapaz de se manter calma, mas Lexa não poderia culpa-la, ela estava preste a fazer um procedimento que iria deixar ela grávida. Lexa olhou pra ela, e Clarke parecia estar lidando bem com tudo isso, apesar do nervosismo. – Você está bem? – Perguntou Lexa.

Clarke olhou pra ela e sorriu torto, como uma forma de zombaria, mas também de uma forma divertida. – Sim, eu estou bem. – Ela sorriu, como se essa fosse uma pergunta ridícula que Lexa havia feito. – Você esta?

- Sim. – Disse Lexa ao mesmo tempo

Um funcionário da clínica apareceu no corredor e sorriu pra elas. - Prontas?

Lexa olhou para Clarke, que parecia igualmente doente, como Lexa havia se sentindo ao acordar, mas ela balançou a cabeça. Lexa olhou de volta para o funcionário. – Prontas. – Ela disse. 

 

* * * * *

Lexa foi a primeira, é claro. Ela tinha feito o procedimento antes, quando ela tentou a fertilização in vitro, e principalmente, porque ela sabia o que esperar. Sentada em um escritório à espera de alguém da clínica entrar com Clarke, porém sua mente vagava para a Loira que parecia estar totalmente verde, assim que foi levada para a sala de procedimento. Será que Clarke pesquisou como acontece? Ela sabia o que esperar?

Lexa se levantou e caminhou pela sala, ansiosamente. Olhando para certificados emoldurados do médico na parede, seguindo a parede e olhando para fotos de famílias e outros objetos pessoais espalhados ao redor da área de trabalho. O computador estava com a logo marca da clínica, e Lexa ficou olhando por algum tempo, antes de fazer outra volta por toda a sala. Ela cruzou os braços e fechou os olhos, contando sua respiração. Anya sempre dizia para fazer isso quando ela estava estressada. E isso, naturalmente, fez ela pensar em Anya e Indra, e seu estômago começou a embrulhar. Bufando, ela se sentou novamente e esperou até que a porta do escritório se abriu.

O médico foi o primeiro a entrar, atravessando a sala e se sentando atrás de sua mesa, Lexa ficou grata que ele não pegou ela bisbilhotando suas coisas. Em seguida, Clarke entrou silenciosamente e se sentou na cadeira ao lado de Lexa, com os braços cruzados sobre o peito. Lexa olhou para ela, tentando decifrar algum tipo de reação ou emoção, mas Clarke estava olhando fixamente para o médico, que começou a falar.

- Então. – Ele disse, batendo palmas. – Em termos médicos, tudo correu perfeitamente bem. A partir de agora, é só esperar e ver se tudo vai está certo. – Ele olhou para Clarke. – Você deve fazer um teste de gravides regular, começando daqui a 3 semanas. Até lá, eu vou te dar uma lista de coisas que eu recomendo, para você tomar. São apenas vitaminas e hormônios, toda mulher que quer engravidar, deve tomar. Se tivermos a confirmação de uma gravidez, você deve continuar tomando e começar a fazer alguns exames e testes de rotina.

- É isso. – Lexa disse, lentamente. – Esperar 3 semanas e ver como vai ser?

O médico concordou. – É isso ai. Vou dar a vocês um número, vocês podem me chamar se tiverem alguma dúvida, mas até que a gravidez seja confirmada, não temos nada a fazer, senão esperar. – Ele sorriu para as duas. – Boa sorte pra vocês.

- Obrigada. – Lexa franziu a testa.

Clarke começou a se levantar da cadeira e Lexa tomou isso como uma sugestão para se levantar também. Ambos acenaram para o médico antes de sair do escritório. Clarke começou a descer o corredor e Lexa teve que apressar o passo para poder acompanha-la. - Então? – Ela disse, tentando chamar a atenção de Clarke

- Então? – Clarke respondeu

- Então?

- Portando, você não quer falar nada. – Disse Clarke, um pouco impaciente, depois que entraram na sala de espera. – O procedimento foi bem se é isso que você está perguntando, mas você ouviu o doutor, não há nada que possamos fazer durante essas 3 semanas.

- Temos que comprar essas vitaminas e hormônios. – Disse Lexa

Clarke estremeceu um pouco. – Ok, ótimo, uh .. na verdade eu acho que posso fazer isso sozinha. – Ela se mexeu nervosamente, e isso fez o interior de Lexa explodir de nervos. – Eu só .. Tenho um lugar para ir, hoje à tarde, isso é tudo. Eu posso pegar no caminho de casa, apenas me envie a lista com os nomes.

Lexa franziu a testa. – Você tem certeza?

- Claro que eu tenho certeza. – Disse Clarke, com um sorriso forçado.

- Você está bem, certo? – Lexa estreitou os olhos

Clarke bufo um pouco. – Sim, eu estou bem. Não se preocupe comigo.

- Eu sinto muito se eu estou em um estado constante de preocupação com você, ultimamente.- disse Lexa, mas impotente do que ela quis soar.

- Ok, ta tudo bem. – Clarke disse, cuidadosamente. – Eu vou te ligar esta noite, ok? – Ela começou a caminhar até a porta

- Clarke .. – Lexa chamou, enquanto tirava 2 notas de 100 dólares de sua bolsa. – Para as vitaminas e hormônios.

- Tchau!

Lexa observava as costas de Clarke recuarem pelo estacionamento, através das portas de vidro da sala de espera. Ela engoliu a seco, sentindo um nervoso em sua mente. Algo estava errado com Clarke, ela podia afirmar isso. Lexa sentiu uma necessidade imperiosa de ajudar Clarke, se certifica que ela não seria estressada ou sobrecarregada, ela disse a si mesma que o estresse seria ruim para o bebê. Mas enquanto observava a menina de cabelo loiro desaparecer entre os carros do estacionamento, ela tentou não pensar em como desconfortável o pensando de uma Clarke angustiada, estava atormentando ela.

Suspirando e balançando a cabeça, ela deixou a clínica.


Notas Finais


Ps 01:Relevem os erros :x
Ps 02: Lincoln melhor pessoa
Ps 03: Clexon foi posto no forninho hhehehe


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