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História Feels Like Home - Capítulo 8


Escrita por: GuaxiLexa

Notas do Autor


Capítulo cheio de mudanças xD

Capítulo 8 - Capítulo 8


A primeira coisa que Clarke fez quando acordou em uma terça feira chuvosa, quase quatro semanas após seu jantar com Lexa no restaurante mais bonito que ela já tinha visto em sua vida, foi ligar para Octavia.

Encontrar Octavia de novo, depois de quase uma década, foi um dos maiores milagres que já tinha acontecido com ela recentemente. Certamente que o maior milagre era a coisa que estava crescendo dentro dela.

Ela tinha ligado para o número que Bellamy havia dado a ela, no dia seguinte que deixou o apartamento de Wells. O celular tinha tocado por um logo tempo, ela quase ficou com medo de Bellamy ter dado o numero errado pra ela. Mas ouve um barulho do outro lado da linha assim que atenderam, uma dolorosa voz família gemeu o seu - Ola? – Clarke não conseguiu responder imediatamente, apenas sorriu para a voz de sua amiga. O que acabou deixando Octavia um pouco nervosa. – Que diabos é isso? Um tipo de trote? - Ela exigiu. – Você sabe que é 7:30? Quem faz isso à essa hora?

- Octavia -  Clarke resmungou, com a garganta cheia de emoção. – s-Sou eu.

Desta vez, ambas ficaram em silêncio, o que era uma verdadeira proeza para Octavia. O sorriso de Clarke se alargou e ela quase podia imaginar os olhos arregalados de Octavia. - Clarke? – Ela conseguia ouvir a respiração da morena ficando mais forte. – Puta merda

- Puta merda. – Clarke concordou.

Houve mais alguns segundos de silêncio. - Clarke, eu ... Deus, já faz tanto tempo.

- Sim - Clarke riu. – Realmente faz. – Clarke sacudiu a cabeça quando sentiu lágrimas caindo dos seus olhos; - Encontrei Bellamy ontem e ele me disse que você estava na cidade. Ele me deu seu número e eu .. -

-  Eu estou muito feliz que ele tenha feito isso. - Octavia riu, e ela soou emocional também. - Clarke, eu não posso acreditar que é você. Você estava aqui na cidade durante todo esse tempo?

- Sim.. – Clarke gaguejou. – Eu .. Octavia, o que você está fazendo hoje? Você quer ir almoçar?

- Eu estou trabalhando, mas eu posso arrumar algumas horas para te ver. – Octavia disse. – Não é um problema, eu trabalho a poucas quadras do Central Park, você quer me encontrar lá?

- Sim, parece ótimo. – Clarke disse com firmeza e riu, por nenhuma razão, a não ser que ela seria capaz de rever sua amiga novamente.

Elas conversaram mais um pouco e desligaram em seguida, quando Octavia teve que se arrumar para ir ao trabalho. Clarke percebeu, após desligar o telefone, que ela nem perguntou com o que Octavia trabalhava. Bom, ela esperava que sua amiga tivesse conseguido realizar seu sonho e ter se tornado uma advogada.

Na hora do almoço, Clarke já estava sentada no parque, no mesmo banco que Lexa estava quando ela convidou Clarke para jantar e pediu ela para ser sua barriga de aluguel. Ela mandou uma mensagem para Octavia e esperou. Quando Clarke viu ela, sorrindo e acenando, ela pulou de seu assentou e foi correndo. Octavia também começou a correr para ir ao encontro de sua amiga. Ambas colidiram em um forte abraço. Quando elas se separam, Clarke não podia deixar de pensar que Octavia não tinha envelhecido nada e julgando por sua saia lápis e terno, que pareciam ser super caros, Clarke podia jurar que ela tinha realizado seu sonho. Mas ao mesmo tempo, ela tentou não olhar para suas próprias roupas, de brechó, é claro. – Uau – Disse ela – Por favor, me diga que você se tornou uma advogada.

Octavia riu e começou a andar em direção ao banco. – Sim. – Disse ela rindo. – Eu sou uma advogada.

- Eu sabia disso. – Clarke disse com naturalidade. – A Octavia que eu conheço nunca vestiria isso, a menos que ela fosse obrigada.

Octavia sorriu. – Sim. A empresa que eu trabalho tem uma política de código de vestimenta. Escritórios de advocacia, urgh. Eu ainda acho que eles deveriam anular isso, pelo menos nas sextas feiras.

Clarke riu quando se sentaram em um banco. - Você gosta disso?

- Do trabalho? – Octavia pensou por um momento. – Sim, quer dizer, não era da maneira que eu pensei quando estávamos na faculdade. Mas eu gosto apesar de tudo.

- Nada é da maneira que nós pensávamos que seria naquela época. – Clarke concorda e Octavia estreitou os olhos para ela

- O que isso quer dizer? – Ela disse bruscamente, desconfiada. – Você se tornou uma artista, certo? Quer dizer, você se mudou pra cá para se tornar uma, você ainda pinta. Certo?

Clarke engoliu a seco. Ela sabia que tinha que dizer a verdade para Octavia, ela queria dizer. – Não. – Clarke disse com a garganta seca. – Eu não me tornei uma artista. -  Ela ficou surpresa com quão difícil era dizer isso em voz alta, era como se ela tivesse carregando todo o peso do seu fracasso em suas palavras. Esse era o seu maior fracasso e arrependimento e apenas Finn sabia disso.

Octavia estava olhando para ela, e Clarke teve que desviar o olhar – Então, o que você fez?

Clarke deu de ombros. - Eu tentei - disse ela, com a voz amarga. - Eu ficava tentando pintar e desenhar eu tentei fazer dinheiro como artista, mas ... - ela deu de ombros novamente. – Não funcionava.

Octavia sacudiu a cabeça. – Mas Bellamy me disse que você estava com ele e os outros nessa coisa de exposição, eu pensei que .. –

Clarke sorriu um pouco. – Essa vai ser a primeira vez que eu vou ver minhas pinturas na parede desde a faculdade.

- A exposição vai ser tão grande, C. - Octavia disse gentilmente. - Eu só.. Eu sei que vai ser. Bellamy me disse tudo sobre ela. Vai dar certo.

Por um momento, Clarke podia imaginar as duas sentadas de pernas cruzadas em um dormitório da faculdade, falando sobre o futuro. Em algum momento, Clarke iria expressar alguma dúvida e Octavia iria responder com palavras descuidadas e um sorriso animado e de repente tudo iria ficar bem de novo. – Sim. – Ela se inclinou sorrindo. – Eu espero que sim. – Ela se inclinou para o banco, lamentando a tristeza que estava se instalando entre elas. – Você está saindo com alguém? – Clarke perguntou de repente e riu quando os olhos de Octavia se arregalaram. – Eu não te vejo a anos, quero saber de tudo que está acontecendo na sua vida!

Octavia ergueu o queixo e revirou os olhos – Está bem, ok. Não, eu não estou saindo com ninguém. Por escolha, minha própria escolha. Eu quero focar em mim.

- Uau, tudo bem, eu entendo. – Clarke riu. – Deixa eu adivinhar, teve um mau relacionamento?

Octavia fez beicinho. – Ugh, você é horrível.

- Eu ainda posso ler você como um livro, O.

- Sim, mau relacionamento. Não durou muito. Foi uma coisa explosiva. – Ela pensou por um segundo. – Mas eu estou feliz por ter acontecido, de qualquer forma.

Clarke sorriu. – É assim que você sabe que a vida valeu a pena. – Ela disse.

Octavia olhou pra ela. – E você?

- E eu o que?

- Seu relacionamento com o perdedor. Vocês já estão evoluindo para algo mais sério?

Clarke pensou por um momento ‘’Evoluir’’ e ‘’Finn’’ não ficam bem juntos. – Eu acho .. bom, eu vivo com ele a mais de cinco anos.

Octavia quase engasgou em estado de choque. – Cinco anos?? Porra, você está praticamente casada, Clarke!

- Oh meu deus. – Clarke disse, de repente rindo com o pensamento de casar com Finn. – Eu não estou casada com ele, nem pretendo! – Ela fechou a boca, pensando sobre o que ela tinha acabado de dizer. Bom, ela vive com ele a anos, e se levar isso em conta, eles praticamente vivem como casados, mas Clarke nunca se imaginou casando de fato com ele. Ela pensava em casar, mas no entanto ela se imagina fazendo isso com alguém que não sumisse por dias e que não brigassem a cada palavra trocada nem que ficasse dias sem falar com ela. Talvez alguém que se preocupassem em manter um trabalho honesto e ajude ela com o aluguel. Alguém que ela amasse de verdade, não um relacionamento baseado em sexo com raiva. Clarke apertou seus lábios e desviou o olhar. – Finn é .. – ela disse lentamente. – Finn não serve pra isso.

- Porque? – Disse Octavia, se inclinando para trás e cruzando os braços sorrindo.

- Eu não sei – Clarke bufou. – Ele não é o tipo de pessoa que você casa, arruma uma casa legal e começa a ter filhos. Eu não sei para aonde as coisas estão indo com Finn, mas é seguro do jeito que está agora. As coisas foram difíceis nesses últimos 10 anos e ele passou por tudo isso comigo.

Octavia assentiu, olhando para o parque. – Eu entendo, C. – Ela ficou em silêncio mais um pouco, antes de voltar a olhar para Clarke. – Ser adulta é uma merda não é?

- Oh, sim. – Clarke disse com um suspiro. – Uma merda total.

- Eu deveria voltar ao trabalho. – Octavia disse com pesar. – Minha chefe pode ser uma vadia quando ela quer, pronta para dar chicotadas em nossas costas. Bom, não chicotadas mesmo, mas, bem tipo isso.

Clarke se levantou. – Pode ser uma vadia?

- Bom, ela tem estado estranhamente melhor nesses dias. Mas mesmo assim, eu não vou arriscar com a minha sorte. – Disse Octavia. – Eu te vejo por aí, C. Vamos marca um jantar ou algo assim.

- Mal posso esperar.

                                                    ______

E agora, semanas depois do jantar com Lexa, Clarke se encontra tendo que cancelar seus planos com Octavia pela primeira vez. Ela mandava mensagens para a morena o tempo todo, principalmente quando ela se lembrar de alguma coisa da faculdade ou de sua infância.

Mas agora, aqui estava ela, com seu celular pressionado em seu ouvido enquanto ela estava enrolada em seus cobertores e edredons macios em sua cama, quatro semanas depois do seu jantar com Lexa e ela não podia pensar em nada pior do que sair daqui e se encontrar com Octavia para o almoço. - O? – Ela resmungou.

- Hey Clarke! eai?

- Eu vou ter que cancelar nosso almoço hoje. – Clarke gemeu, rolando e enrolando os cobertores em si mesma. – Eu sinto muito;

- Você soa como um cadáver. – Octavia disse. – Você deve ficar na cama e não infectar qualquer outra pessoa com esses germes que você parece ter.

- Eu acho que é a Peste negra. – Clarke gemeu. – Eu me sinto como se estivesse prestes a vomitar durante três horas seguidas.

- A peste negra foi na idade média, Clarke. Você não estudou medicina?

- Cala a boca, O. – Clarke diz, gemendo.

- Você deve tomar algum remédio, ninguém quer que você vire a portadora da próxima grande epidemia mundial, Clarke.

- urgh. Até logo, O.

- Até mais poço de germes.

Clarke jogou o telefone na sala, em direção ao sofá. O apartamento era tão pequeno que essa não foi uma grande distância. Ela gemeu e tentou pensar em algo que podia tomar e que tinha em seu kit de primeiros socorros. Mas chegar até lá exigiria sair da cama, e esse pensamento fazia ela se sentir mais doente. Ela voltou em sua cabeça as semanas que se passaram. Houve várias pessoas doentes em seu trabalho, talvez ela tivesse pego algum tipo de virose.

Dez minutos se passaram e ela decidiu que estava sendo estúpida. Nada iria mudar se ela não se levantasse da cama, e então ela começou a fazer seu caminho até o Kit de primeiros socorros.

Ela só precisava dar dois passos até perceber que ela não iria conseguir chegar até lá.

Clarke só conseguiu fazer um mergulho para o banheiro e começou a vomitar.

Ela continuou sentada perto do vaso durante meia hora, sua garganta ardia e seus olhos lacrimejaram, e ela gemeu com cada embrulho que sentia em seu intestino. Ela colocou a mão sobre seu estômago e esperou as náuseas passarem.

E passou, foi lento mais passou. Ela se encostou na parede se aninhando entre duas pilhas de caixas de papelão. Respirando profundamente ela fechou os olhos. Ok, talvez ela merecesse ficar um dia em casa. Mas este apartamento não era o melhor lugar para se ficar enquanto se tentar ficar melhor. Tudo era velho, nojento e tinha bolor, fazia ela ficar 10 vezes pior. Mas então, novamente, sair do apartamento fazia ela querer morrer.

Em vez disso, Clarke colocou a mão sobre a testa. Franzindo a testa ela resmungou. Ela não estava quente. Rastejando de volta para a caixa que ela havia tentado chegar mais cedo, a que havia o Kit. Ela remexeu e tirou o termômetro e colocou em sua boca. Depois de alguns segundos ela tirou. Completamente normal. Clarke se encostou na parede, com as pernas cruzadas no chão e a sobrancelha pra cima. Talvez pudesse ser algum tipo de problema estomacal, mas isso não explicava a falta de febre. Seus olhos se abriram.

- Oh.

Clarke olhou para seu estômago, fazendo beicinho. – Merda. – ela disse a sua barriga, que já ostentava um pequeno volume.

Clarke já tinha 7 semanas de gravidez, certamente esse tipo de coisa não era incomum. E Clarke percebeu que suas náuseas já estavam se dissipando e isso deixou ela irritada e preocupada, este tinha sido um dos sinais mais agressivos de que ela estava grávida. Clarke gostava de pensar que essa coisa de barriga de aluguel era passageira, mas isso ia durar.

De repente algo cortou sua linha de pensamento, algo brilhante e metálico que refletia a luz da janela debaixo da cama. Clarke levantou as duas sobrancelhas e se aproximou da cama. Ela teve que rastejar entre algumas caixas até chegar no que havia chamado sua atenção. Ela puxou a coisa e franziu a testa quando viu que era um celular em sua mão. Não era dela, este era um celular muito bom, por sinal. Não era o de Finn, ambos tinham celulares velhos e usados. Ela apertou o botão de ligar. Talvez fosse do último inquilino?

Assim que ligou, Clarke navegou pelos contatos e percebeu que só tinha um número lá, ela pensou em ligar para essa pessoa e tentar encontrar o proprietário. O contato era ‘’Raven’’ era estranho, apenas um nome e um número. Ela sentia algo se remexendo dentro ela e definitivamente não era o bebê. Era mais como uma sensação.

Clarke apertou o botão de chamada e segurou o celular no ouvido. Tocou 3 vezes até a chamada ser atendida. – Ei amor! -  Era a voz de uma mulher. Ela parecia jovem.

Clarke sentiu náuseas se construir em seu estômago, mas essas não tinham a ver com a gravidez. – Oh, Uh.. Sinto muito, eu achei esse telefone. – Ela fez uma pausa. – Você era o único contato nele, então eu pensei em ligar e tentar devolver ao dono.

Houve um pequeno suspiro a partir da outra linha. – Oh, sim, claro. Obrigada. Ele está em uma viagem de negócios, ele deve estar ficando louco sem o celular. – A voz disse lentamente, como se estivesse pensando sobre algo. – Onde você achou isso?

- No meu apartamento. – Disse Clarke. – Eu acho .. Eu acho q.. – Ela não tinha certeza do que estava prestes a dizer, talvez seria estranho o proprietário ter morado aqui, e essa explicação não fazia seu mal estar desaparecer, Clarke já estava se sentindo ansiosa e com algum tipo de medo. Ela balançou a cabeça. – Hum ..  quem é o dono desse celular? O nome?

Houve alguns segundos de silêncio. – Finn Collins.

Tudo girou em torno de Clarke. Ela fechou os olhos tentando afastar a sensação de tontura. Ela apoiou a cabeça na parede – Meu deus.

A menina do outro lado da linha, Raven, ficou sem silêncio por alguns segundos. – Por favor me diga que você não é quem eu acho que você é. – Disse Raven com a voz baixa e cheia de emoção.

- Eu sou a idiota que está morando com o Finn nesses últimos 6 anos. – Clarke disse lentamente. – Oh meu deus. – Houve uma inalação do outro lado da linha. – Porra, eu sabia disso. – Raven sussurrou, de uma forma que deixava claro que ela estava chorando.

- Quando tempo? – Clarke perguntou. – Você e ele?

- Desde que éramos crianças. – Raven disse entre soluços. – ensino médio.

- Eu não fazia ideia sobre sua existência. – Clarke disse com os punhos cerrados. – Eu juro, eu não tinha ideia. – Ela fechou os olhos e cerrou os dentes.

Raven disse suavemente. – Eu sei que você não sabia, nos éramos duas idiotas.

Clarke engoliu a seco. – Você suspeitava?

- Se eu suspeitava que o meu amor de infância tinha outra vida com uma outra mulher durante 6 anos, enquanto ele ainda estava comigo? – Raven disse secamente, - Sim. Ele nunca estava aqui. Não posso acreditar .. Ele me disse que conseguiu um emprego e que tinha que morar longe. Eu acreditei nele, eu pensei que nós poderíamos fazer esse relacionamento de longa distância funcionar, eu acreditei nele .. – Raven suspirou com raiva. – Qual é o seu nome?

- Clarke . – Clarke colocou a mão sobre a boca e sentiu lágrimas escorrendo por seu rosto.  – Eu sinto muito

- Não se desculpe. – Raven disse, dando um suspiro pesado. – Porra. – Houve um som de ruído com impacto, como se algo tivesse sido arremessado contra uma parede. Clarke não podia culpa-la. – Bem, Clarke, acho que nos devemos aproveitar essa oportunidade.

Clarke fez uma pausa. - Para fazer o que?

- Começar de novo.

 

 

* * * * *

Em seguida, Clarke se encontrou tentando decidir o que devia fazer.

Ela definitivamente não iria ficar no apartamento, isso já estava claro para ela. Ela não aguentava ficar nesse lugar que tinha a cara dele. Ela também não queria estar aqui quando ele voltasse, uma hora ou outra ele iria voltar e o pensamento de ver seu rosto sínico estava fazendo ela se sentir mal.

Falando em se sentir mal, logo após sua ligação com Raven, ela pediu para alguém substituir o turno dela no trabalho. Ela sabia que era apenas a gravidez, mas depois de tudo, ela merecia esse dia para decidir o que fazer.

Olhando em volta, Clarke percebeu que provavelmente tudo que tinha poderia caber em uma caixa. Depois ela poderia pegar um ônibus e ai o plano dela terminava, para onde ela iria? Então decidiu resolver um problema de cada vez, primeiro ela andou pela casa, pegando tudo que ela precisava levar com ela. Ela guardou o celular que tinha número de Raven, ela não sabia o porquê, talvez fosse porque o aparelho era bom e ela se sentiu no direito de ter ele. Talvez porque ele era sua ligação com Raven, de qualquer forma, ambas as opções eram reconfortantes.

Ela empilhou seus próprios produtos de higiene pessoal em uma caixa e então começou a embalar suas roupas. As roupas estavam se encaixando perfeitamente, até ela olhar de relance para o outro lado da sala, que tinha sua caixa de pinturas. Ela não podia deixar suas pinturas. Não aqui.

Então o novo plano era, tentar colocar o máximo de coisas possíveis em sua caixa de pinturas.  Mas ai, olhando de relance essa viu uma caixa maior, e foi colocando tudo lá.  Com tudo, Clarke se refere a todos seus quadros, seus produtos de higiene e algumas roupas. Quando acabou, Clarke olhou para a caixa. A caixa de papelão que continha toda a sua vida.

Segundo passo: Encontrar um lugar para ir.

Clarke usou o telefone de Raven para fazer uma pesquisa na internet e tentar encontrar um hotel barato. Isso levou apenas dois minutos, porque é claro que não havia nada barato em uma distância razoável para quem estaria transportando uma caixa de ônibus. Ela tinha o dinheiro de Lexa em sua conta, ela podia ficar em um lugar de luxo, mas ela iria precisar de cada centavo que estava ali para pagar a Wells. Próxima opção era Lexa, mas Clarke descartou rapidamente, como ela também descartou Wells. Estas eram pessoas que ela absolutamente não poderia colocar nessa posição. Ela não queria que Wells soubesse que ela estava desesperada e não queria preocupar Lexa.

E então ela fez a única coisa que restava fazer, ela ligou para Octavia.

- Clarke? Oque houve?

Clarke limpou a garganta. – Eu .. O, eu realmente sinto muito, eu não queria ter que te pedir .. –

- O que está acontecendo? Você ta me deixando preocupada, C.

- Eu preciso de um lugar para ficar. – Sua voz quebrou enquanto ela estava dizendo essas palavras. – Eu preciso de ajuda.. – soluços – Não é por muito tempo, eu prometo! Eu só preciso de um lugar. Por favor.

A resposta de Octavia foi instantânea. - Eu tenho um sofá, ele não é confortável mas você pode ficar o tempo que quiser.

- Obrigada -  Clarke respirou, apertando a ponta do nariz e torcendo para não ter uma dor de cabeça.

- Eu tenho que ir para o trabalho, mas eu vou deixar a chave com o meu vizinho, apenas diga o seu nome e ele vai entregar pra você. – Octavia disse gentilmente. – Clarke, você está bem? Você não está machucada né?

- Eu estou bem. - disse Clarke ao mesmo tempo.

Octavia suspirou. - Ok, então. Eu estarei de volta à noite, se sinta em casa. Há comida na geladeira se você ficar com fome.

- Eu não sei como lhe agradecer. - Clarke disse calmamente.

Octavia tossiu uma risada. - Não se preocupe com isso. Só não faça uma festa sem mim.

O próximo passo da operação ‘Escapando do apartamento’ era na verdade, escapar do apartamento, coisa que exigiria algum músculo. Clarke conseguiu levantar sua caixa com pinturas e roupa em seu ombro e arrastar até fora do apartamento, grunhindo a cada passo que dava ao descer a escada. Ela rangia os dentes de dor. Mas quanto mais ela descia, mas cedo isso iria acabar. Clarke estava grata pelo enjoou já ter indo embora.

A partir daí, era mas fácil transportar sua caixa, Clarke provavelmente parecia uma sem teto procurando um canto para ficar, mas ela realmente não se importava, considerando tudo, nesse momento ela realmente era uma sem tento procurando um lugar.

Enquanto caminhava até o ponto de ônibus, a mente de Clarke se desviou até a massa de dinheiro que estava em sua conta. Às vezes ela ia em um caixa eletrônico apenas para ver o saldo da sua conta e olhar para os números, ela nunca teve tanto dinheiro assim, era surreal.

Raven havia dito que essa era sua oportunidade de fugir. Clarke assumiu que isso significava ficar longe de Finn e da vida que ambos tinham estados presos por tantos anos.

Foi difícil colocar a caixa no ônibus, mas precisava ser feito, Clarke colocou ela em um dos bancos e se sentou ao lado, ofegante. Tentando não ter uma crise agora. Ela tinha que chegar até o apartamento de Octavia em primeiro lugar. Clarke só havia estado lá uma vez, a duas semanas atrás. Ela foi ver um filme da maneira que elas faziam na faculdade.

A próxima dificuldade que Clarke encontrou, acabou sendo pelo motivo de Octavia morar em um edifício bom, as pessoas na mesa de administração olhavam para Clarke com preocupação, enquanto ela arrastava sua caixa para dentro. Clarke chegou até o elevador, apertando o botão. Ela viu pelo canto do olho um dos homens se levando e vindo em direção a ela. Ela sabia que parecia louca, ela tinha a aparência de uma mulher desabrigada, descabelada, que estava arrastando uma enorme caixa por um Hall de um bom edifício. Ela abaixou a cabeça e agradeceu pela chegada do elevador. Entrando rapidamente, ela observou a cara do homem olhando enquanto as portas se fechavam. Clarke deu um suspiro alto de alívio. Ela realmente não precisava de mais isso hoje.

Clarke estava feliz ao sair do elevador, ela pegou as chaves com o vizinho idoso de Octavia e ficou mais do que contente por entrar na segurança que o apartamento de sua amiga oferecia a ela.

Clarke colocou a caixa em um canto e desabou sobre o sofá, seus braços doíam. Ela fechou os olhos repetindo em sua mente. Ela estava aqui. Ela estava segura.

E ela estava fugindo.

 

* * * * *

 

Finn tentou ligar para ela aquela noite.

Clarke estava sentada no sofá ao lado de Octavia, comendo comida chinesa diretamente da caixa e assistindo Rupaul's drag Race. Ela tinha conseguido manter a ansiedade fora de sua mente. Até o momento que seu celular começou a tocar, ai ela sentiu uma dolorosa picada em seu estômago novamente, ao pegar o telefone, Clarke viu o nome de Finn em sua tela.

Clarke engoliu a seco. O que ele queria dizer? Será que ele estava se perguntando aonde ela estava? Será que ela iria perceber qualquer mudança em sua voz ao perceber que ela encontrou o Celular de Raven? Ela podia imaginar o rosto dele em sua mente. Clarke decidiu pôr o celular na mesa e voltou a olhar para Tv com a mandíbula apertada até ele parar de tocar.

Octavia olhou para ela e Clarke só podia imaginar o olhar de simpatia no rosto de sua amiga. – Você acha que ele tá se perguntando aonde você está agora? – Octavia perguntou. 

Clarke sacudiu a cabeça. – Não. A gente passa dias sem ver um ao outro, isso é normal. – Ela olhou para o telefone. – Eu acho .. que ele sabe que eu achei o celular que ele usava para falar com a Raven. Ele deve estar em pânico. – Algo passou em sua mente e ela pegou o telefone brilhante de Raven, ela foi direto até as mensagens, ela se encolheu quando achou algumas entre Finn e Raven, ela limpou o banco de mensagens e começou a escrever um texto pra ela

Clarke (20:12):. É Clarke. Finn tentou me ligar, eu acho que ele vai tentar falar com você, se é que ele já não fez.

Foi apenas um ou dois minutos antes da garota responder

Raven (20:14):. Ok, cabeça erguida.

Clarke estava prestes a colocar o telefone de volta no bolso, mas ela parou e digitou mais uma mensagem.

Clarke (20:14):. Você está bem?

Clarke franziu a testa quando ela recebeu uma resposta imediata

Raven (20:15):. Sério que você está me perguntando isso?

Clarke pensou que ela iria receber outra mensagem depois disso, mas quando nada aconteceu ela bufou e se encostou no sofá.

Clarke (20:17):. Você não respondeu minha pergunta, Raven.

Próxima resposta de Raven foi curta e afiada.

Raven (20:18):. Se preocupe com você, princesa. Nós vamos passar por isso.

- Por que você ainda tem isso?

Clarke olhou para Octavia, que estava olhando o telefone em sua mão. Clarke deu de ombros. – Tem o número de Raven nele.

- Conversa com a mulher do seu namorado de longos anos, que te traiu, não torna as coisas piores? – Octavia perguntou, incrédula.

Clarke olhou para o celular. – Finn estava com ela a mais tempo do que esteve comigo. Eu sou a outra. – Octavia olhou nos olhos dela. – Você parece incrivelmente bem com tudo isso.

Estreitando os olhos, Clarke fez uma careta. – Bom, eu não estou. – Clarke se sentiu como se estivesse falando uma mentira.

- Não foi isso que eu quis dizer, Clarke. Olha, eu sei que dói, e você vai ter tempo para trabalhar essa dor. – Octavia disse gentilmente. – É estranho e uma porcaria, você vai se sentir como uma merda. Mas você é mais forte do que você pensa, C. – As palavras eram em conforto, Clarke sabia disso. Mas isso estava fazendo seu estômago revirar, ela não se sentia magoada ou uma merda, ela se sentia oca, vazia. Não triste.

Octavia deu de ombros quando Clarke não respondeu. Ela não estava bem, Clarke disse a si mesma, incerta, o cara com quem ela tinha estado durante sete anos, mentiu pra ela durante todo esse tempo. Você sabia que ele era um mentiroso. Uma voz traiçoeira apareceu em sua mente. Você não está surpresa, não mesmo.

Clarke se levantou abruptamente. – Eu vou tomar um banho. – Disse ela, de forma brusca.

Drasticamente o suficiente para fazer Octavia olhar em alarme. - Uh - ok?

Andando pelo corredor, Clarke trancou a porta do banheiro e foi direto ao vaso, suspendendo a tampa ela começou a vomita, ela sabia que não tinha nada a ver com os acontecimentos do dia, era a gravidez. Ela ainda não tinha dito a Octavia que ela estava grávida. Isso não parecia importante no começo, mas agora ela se sentia presa em um segredo. Clarke começou o banho lentamente, deixou a água quente escorrer por sua pele, limpando toda a sujeira e suor do dia. Ao sair, ela voltou a sentar no lado de Octavia, ela pegou o celular da mesa, que estava iluminado mostrando que tinha 3 chamadas não atendidas de Finn e uma de Lexa, em seguida sua bateria morreu. Clarke gemeu, ela esqueceu seu carregador no apartamento de Finn. Ela lamentou profundamente, ela não iria voltar pra lá, ainda mais agora que ela sabia que Finn estava de volta.

Em vez disso, ela apoiou a cabeça no ombro de Octavia e fechou os olhos. Deixando sua amiga segurar ela enquanto ela chorava.

Clarke acordou na manhã seguinte com Octavia prestes a sair para o trabalho. A menina de cabelos escuros estava correndo em torno da cozinha, pegando uma fruta e uma garrafa de água e jogando tudo em um saco enquanto corria até a porta. – Eu tenho que ir, Clarke. – Foi a primeira coisa que Clarke ouviu ao acordar. – Vou tentar voltar o mais cedo possível, mas eu acho que pode se tarde da noite. Vai depender muito do estado de espirito da minha chefe. – Ela fez uma pausa enquanto estava abrindo a porta. – Você vai ficar bem?

Clarke ofereceu um sorriso fraco e ficou apoiada em seus cotovelos, ela estava deitada no sofá e tinha uma boa visão de sua amiga. – Sim, O. Eu vou ficar bem. – Ela se levantou do sofá. – Mas uma vez, obrigada .. por tudo. Eu vou tentar arrumar logo minha vida e sair do seu caminho. Eu prometo.

Octavia sorriu e se aproximou. – Clarke, eu não vejo você a uma década. Você está autorizada a ficar no meu caminho pelo tempo que você quiser. – Havia um oque de doçura e simpatia em sua voz. Octavia acenou uma última vez e saiu, fechando a porta. Clarke se jogou de volta no sofá, sozinha.

Era difícil descobrir o que fazer, bom, além de ficar na cama e chorar. Ela não se sentia como se já tivesse chorado o suficiente, ela não sentia que tinha conseguido tirar tudo do seu sistema e de bônus ela não estava sentindo seu enjoou matinal, então ela resolveu que deveria fazer um bom uso do tempo que ela iria ficar debruçada no vaso colocando suas tripas para fora.

Ela se levantou novamente, gemendo como uma pessoa já de idade e foi mancando até a cozinha, ainda dolorida por dormir no sofá. Clarke olhou para sua caixa, ela realmente não tinha muitos pertences. Vou resolver tudo hoje, Clarke disse a si mesma, derramando leite em um copo. Hoje você vai resolver a sua merda.

Ela iria resolver, mas depois de seu turno no trabalho. Ela estava tentada a ligar e dizer que ainda estava doente, mas seu celular estava morto e ela precisava do dinheiro. Ninguém recusa um turno quando precisa tanto de dinheiro como você faz. Clarke pensou.

Não ia ser um turno longo, então ela apenas deu de ombros e disse a si mesma que podia fazer isso. Trabalhe no seu turno, pegue o cheque e vá resolver sua merda. Ela se trocou, vestindo seu uniforme (que felizmente ela tinha colocado na caixa) fechou a porta do apartamento e caminhou em direção ao elevador.

O turno que iria ser rápido, acabou se tornando longo. Realmente muito longo. O Chefe dela perguntou se ela poderia ficar mais umas horas para cobrir um outro funcionário que estava ausente, e era bem na hora no Rush, o estabelecimento estava cheio para o almoço. Clarke foi rápida ao concordar. Iria ser uma hora ou duas, mas acabou se tornando quatro. Aparentemente teve um acidente de trânsito que impediu vários funcionários de ir trabalhar no horário certo. O que acabou fazendo Clarke trabalhar em mais um turno e dobrado.

Caminhando para fora do McDonalds, ela fez uma pausa, sentindo o desagradável embrulho em sua barriga. Ela estremeceu um pouco e olhou para seu estômago, como se esperasse algum tipo de explicação a respeito do motivo disso bem agora. Clarke deu dois passos pra trás e se virou completamente, voltando ao McDonalds para achar o banheiro. Felizmente não havia mais ninguém lá.

Se encostando na parede do banheiro, ela bufou e olhou para sua barriga. – Olha, a gente vai ter que entrar em um tipo de acordo, assim não dá. – Ela disse com calma, sabendo muito bem que o bebê na sua barriga não passava do tamanho de uma uva. Mas ela gostava de imaginar uma pessoinha lá dentro, ouvindo com petulância cada palavra que ela dizia. – Eu acho que você devia escolher horários mais convenientes para fazer isso. Eu não tenho tempo agora, monstrinho. – Ela respirou e inclinou a cabeça para a parede, esperando as náuseas se dissiparem. – Eu não acho que estou pedindo muito, sabe.

Quando ela conseguiu se levantar, ela foi em uma loja comprar um novo carregador para seu celular. Ela usou o cartão para pagar ele, observando curiosamente quando o caixa passou ele. Esta foi a primeira vez que ela usou seu maço de dinheiro que estava em sua conta. Foi estranho, realmente, poder usar seu cartão sem ele ser recusado.

No momento que ela voltou para o apartamento, Octavia já estava lá. O céu estava começando a escurecer. A morena grunhiu em boas vindas para Clarke, quando ela entrou. – Hey Clarkie.

- Hey. – Clarke disse, cansada. Ela fez seu caminho até uma tomada que tinha na cozinha, desconectou a torradeira e ligou seu celular. Ele estava tão morto que nem seque ligou quando ela conectou o cabo.

- Como foi seu dia?

Clarke se apoiou na bancada. – Foi normal e o seu?

- Ocupado. – Octavia resmungou. – Minha chefe estava de mau humor. Ela parecia chateada com alguma coisa. – Ela fez uma pausa, pensando por um momento. – Bom, resumindo ela estava mais chateada que o normal.

Clarke cantarolou. – Uhh, tenso.

- Sim. Eu falei com Bellamy hoje.

Clarke suspendeu a cabeça. - Sim?

Octavia se apoiou no encosto do sofá, para poder olhar pra Clarke. – Sim. Ele disse que a construção está indo bem. Você realmente devia arrumar algum tempo para ir la.

- Eu gostaria disso. – Clarke disse, pensativa. – Eu queria poder ajudar lá. Eu sei que Wells e Bellamy estão ajudando na construção, eu realmente deveria .. –

Sua linha de pensamento foi interrompida com uma série de sinais sonoros. Ela olhou para seu celular que estava ligado agora. Ela pegou e olhou para a tela, sentindo seu coração parar.

17 chamadas não atendidas, 23 mensagens de texto.

Apenas 3 das chamadas e quatro mensagens eram de Finn. O resto eram de Lexa.

- Merda - Clarke assobiou.

- O quê? – Octavia disse, curiosa.

Clarke discou o número de Lexa e colocou o celular pressionado na orelha. Acenando com a mão, como um pedido de desculpas a Octavia que revirou os olhos. Demorou apenas dois toques para Lexa pegar.

- Clarke. – Clarke fez uma careta. Ela parecia furiosa.

- Hey .. – Ela começou, mas não estava certa do que dizer.

- Eu pensei que tínhamos um acordo. – Lexa disse, sua voz trazia raiva e frieza. – Eu pensei que você tinha entendido que era necessário ficarmos em contato, você não poderia simplesmente sumir. Você tem alguma ideia de como preocupada você me deixou?

Clarke franziu a testa – Eu .. –

- Eu não tive nada de você por dois dias, Clarke. Eu fui ao seu apartamento para levar algumas vitaminas e você não estava lá. – Lexa continuou. – Seu namorado estava, no entanto. E ele me disse que não tinha ideia de onde você estava, e mais, ele me disse para avisar a ele caso eu te achasse, porque ele também estava procurando por você.

- Aposto que ele está. – Clarke rosnou.

- Onde você estava na noite passada, Clarke?

- Na casa de uma amiga. – Clarke responde

- Você está segura?

A pergunta foi feita com tanta seriedade que Clarke revirou os olhos. – Sim, claro, eu .. –

- Eu vou ir te buscar. – Disse Lexa. – Me manda uma mensagem com o endereço.

Clarke beliscou a ponta do seu nariz. – Você não tem que .. –

- Eu já estou no carro, Clarke. – Lexa parecia apenas cansada agora. – Me dê o endereço.

Clarke respirou fundo – Tudo bem, eu vou mandar. – Lexa desligou logo depois.

Ela mandou a mensagem com o endereço e resistiu a vontade de jogar seu celular contra a parede. Ela não culpava Lexa, como ela poderia? Ela sabia exatamente o quão preocupada ela deixou Lexa. Ela até podia imaginar o quão frenética a morena ficou nesses dias. O quão assustada ela ficou quando Finn não sabia dizer aonde ela estava. Clarke sacudiu a cabeça. Ela tinha mais problemas em sua mente, ela ainda não tinha contado a Octavia que ela estava gravida e que era uma barriga de aluguel ou até mesmo sobre Lexa.

- O que aconteceu?! – Octavia disse em alarme.

- Uh .. – Clarke disse distraidamente, ainda esfregando a testa com seus olhos fechados e dentes cerrados. – Eu acho que vou ficar em outro lugar agora.

- Oque? Quem era? – Perguntou Octavia, apontando para o celular – Essa pessoa parecia assustador.

- Ela é assustadora.

Octavia olhou. – E.. Ela está vindo pra cá?

Clarke suspirou. - Sim

 


Notas Finais


Sintomas da gravidez aparecendo xD
Finalmente gente, o Fim do Finn. Adeus Flarke.

Ps: Primeiro banho da Clarke hahehuheuehruehru


desculpem os erros. besos.


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