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História Feels Like Home - Capítulo 9


Escrita por: GuaxiLexa

Notas do Autor


Flarke termina, mas Clexa que tem a DR. heuehrurheu

Capítulo 9 - Capítulo 9


Lexa foi com o sangue fervendo de raiva para o endereço que Clarke mandou.

Ela estava fora de si durante esses dias sem notícias da loira, preocupada, com medo e com raiva, tudo de uma só vez. Seu pânico só ficou maior quando ela falou com Finn, que não via Clarke a muito mais tempo que Lexa. Porem parecia muito interessado em saber onde ela estava. Lexa perdeu as contas de quantas mensagens de voz ela mandou. As de texto então, ela tinha começado elas com calma e de forma educada, pedindo para Clarke avisar onde estava e se estava bem, quando as horas passavam e Lexa não tinha nenhuma resposta da Loira, as coisas começaram a mudar, as mensagens eram curtas, diretas e nitidamente furiosas. Lexa perdeu as contas de quantas vezes tentou entrar em contato com Clarke.

Ao chegar no endereço, Lexa optou por usar as escadas para chegar no andar que Clarke estava, ela queria tentar perder a tensão que estava no seu corpo. Ela ficou dando inúmeras voltas quando estava em seu escritório, vários casos em sua mesa mas sua mente estava em outro lugar. E se Clarke estava ferida? E se ela precisava de ajuda?

Assim que chegou no andar ela foi direto até a porta e começou a bater bruscamente, rangendo os dentes por causa da ira que ainda estava pulsando pelas veias dela.

Foi apenas alguns segundos antes da porta se abrir, Clarke encarava Lexa de forma tímida. – Oi

Lexa não esperou um convite, ela só foi entrando no apartamento, ela se virou para Clarke que estava fechando a porta. - Oi? – Ela rosnou. – Oi é o que eu recebo depois de passar dias preocupada com você?

Houve um ruído de algo caindo no chão, Lexa se virou, ela ainda tinha uma carranca enorme no rosto. Assim que ela viu a pessoa familiar, ela piscou em surpresa. – S.. Senhorita Blake. – Ela disse quando reconheceu a pessoa que derrubou o objeto, seus olhos estavam arregalados pelo choque momentâneo.

Octavia Blake, uma das advogadas de sua firma, que agora estava olhando para Lexa com os olhos arregalados e boca aberta, um pouco ou muito assustada. - Ai caralho! – Octavia disse com a mão no coração, mas logo balançou a cabeça, tentando focar e ver se era mesmo real sua chefe em sua sala. – quer dizer, Uhm .. Senhorita .. Woods. – Ela gaguejou, parecendo uma criança que queria correr e se esconder. Octavia tinha sido um dos poucos estagiários que Lexa contratou quando o período de estágio terminou. Ela é uma boa advogada, Lexa estava satisfeita com seu trabalho na firma. Mas agora Lexa não podia dizer que estava feliz em ver sua funcionaria ali, não quando havia muita tensão e raiva correndo por suas veias.

Clarke franziu a testa. – Como vocês duas se conhecem?

- Ela é minha chefe. – Octavia disse, ainda com olhos arregalados.

Clarke levantou uma de suas sobrancelhas. - Sério?

- Isso não importa. – Lexa rosnou. – Pegue suas coisas.

Clarke olhou Lexa de cima a baixo. – Vamos com calma, Lexa.

Lexa fechou os olhos e beliscou a ponta do seu nariz. Ela estava com uma dor de cabeça que perseguia ela desde quando ela acordou. – Clarke. Por favor.

Clarke revirou os olhos de forma desesperada, ainda olhando pra Lexa, que mudou seu olhar para Octavia por um momento, que ainda estava examinando ela com descrença nos olhos. Quando Clarke finalmente encontrou o olhar de Lexa, ela viu algo como frustação ou dor, Lexa não conseguia definir. Porque segundos depois, os olhos azuis se desviaram para o chão. – Tudo bem. – Ela disse derrotada.

Lexa observou de perto enquanto ela se movia ao redor da sala por um momento, pegando algumas peças de roupa, e dois celulares, o que Lexa achou bastante estranho. Quando Clarke jogou tudo em uma grande caixa de papelão que estava em um canto, e começou a empurrar ele para a porta, Lexa avançou em direção dela para pegar a caixa. Clarke começou a protestar, mas bastou um olhar de pedra que Lexa deu a ela, que a loira parou e apertou sua mandíbula.

Lexa começou a caminhar para fora da porta, arrastando a caixa em seu ombro. Estava muito pesada e Lexa supôs que não havia apenas roupas lá dentro. – Meu carro está estacionado aqui na frente. – Lexa disse.

Clarke parou por um momento, olhando para Octavia como um pedido de desculpas. Mas Lexa ouviu Octavia perguntar – Você vai ficar bem? – Mas ela não conseguiu ouvir a resposta de Clarke.

Clarke seguiu Lexa até o elevador, ambas em silêncio olhando para a frente, Lexa tentou fazer contato visual, mas sem sucesso. Ela não conseguia decifrar o sentimento que estava dentro dela, algo havia torturado ela durante esses dois dias e era algo que só tinha haver parcialmente com o bebê que Clarke estava carregando.

Clarke permaneceu em silêncio quando entrou no carro de Lexa e seguiu assim enquanto ela dirigia. Ela fechou os olhos, sua cabeça estava encostada na janela e seu rosto tinha o mesmo semblante cansado de sempre. Lexa se perguntou se ela estava dormindo, mas de vez enquanto Lexa iria pegar Clarke olhando através da janela, as luzes de néon que a cidade tinha nesse horário da noite eram brilhantes e vivas, e iluminavam o rosto da loira. Ela é linda. Lexa pensou em particular, vendo as luzes iluminando o rosto de Clarke. Esse pensamento era uma mudança agradável, já que Lexa estava se perguntando se Clarke estava em alguma vala ou beco, morta. Ela se perguntava o que teria feito se não fosse capaz de ter notícias de Clarke. Lexa não se sentia preocupada, ela se sentia como se tivesse sofrido um naufrágio e estivesse sozinha procurando os membros mais importantes de sua tripulação. Ela não conseguiu fazer nada no trabalho nesses dois dias, Lexa passava os dias dando olhares raivosos para seus funcionários, cancelando reuniões e rosnando para qualquer um que perguntasse algo pra ela.

E assim quando Clarke ligou pra ela, o alívio que Lexa sentiu chegou a ser assustador. Clarke tinha aterrorizado ela. Bom, Clarke estava sempre aterrorizando Lexa. Tudo que ela fazia era inesperado e espontâneo, Lexa não estava acostumada com essas coisas.

Quando Lexa finalmente chegou em seu prédio, Clarke ainda não tinha feito um contato visual com ela. A viagem de elevador foi tão quieta e assustadora como foi quando elas estavam no prédio de Octavia. A única diferença era que Lexa olhava fixamente para Clarke, percebendo o cansaço em seus olhos e como o seu rosto estava pálido. O que enviou mais ondas de preocupação para Lexa.

Clarke ficou do lado dela enquanto Lexa destrancou a porta do apartamento, a caixa da loira estava do lado dela. Assim que a porta abriu, Lexa ficou de lado para deixar Clarke entrar primeiro e houve um breve momento que seus olhos se encontraram. O estomago de Lexa apertou quando o olhar que ela recebeu foi frio e hostil.

Clarke andou através do apartamento, e foi parar na grande janela, era algo que ela fazia sempre quando ela aqui. Foram poucas vezes, mas meio que já era uma rotina. Lexa colocou a caixa perto da cozinha e limpou a garganta. O silêncio tinha que acabar e ela já sentia que a raiva tinha deixado ela completamente, tudo que ela sentia agora era um alivio intoxicante. – Posso perguntar – Ela disse calmamente - Porque? – Soou mais como uma súplica, do que com uma pergunta.

Clarke olhou para ela e Lexa tentava gravar cada parte e aspectos de Clarke naquele momento, em pé, no centro de sua janela, tendo a cidade iluminada atrás dela. Olhando pro vazio, cansada e triste. Lexa fez uma nota mental para se lembrar do que ela sentia vendo Clarke tão triste e cansada assim, porque ela nunca queria sentir isso novamente. Ela iria fazer qualquer coisa para evitar esse olhar perdido no rosto da Loira. Clarke abriu a boca e fechou, fechando os olhos ela abaixou a cabeça – Finn me traiu.

O silêncio se instalou depois dessa confissão. Lexa desviou seu olhar para um ponto qualquer atrás de Clarke, era como se ambas estivessem presas em um tipo de feitiço, onde ninguém conseguia se mover e nem falar nada. A sensação era estranha, o apartamento virou um pequeno mundo para elas, onde todo o resto foi cortado, tudo sumiu e elas eram as únicas aqui. Estranho, considerado que Lexa nunca tinha considerado seu apartamento outra coisa a não ser um lugar para dormi. Uma coisa que Clarke tinha dito a muito tempo voltou na mente dela. ‘’ Você deve fazer coisas privadas em locais privados’’ Lexa quase quis perguntar a Clarke o que ela queria dizer com isso.

Finalmente Clarke sacudiu a cabeça, aquele olhar desesperado voltou aos seus olhos. – Você não vai dizer nada?

Lexa deu de ombros. – Eu não sei o que dizer.

Clarke sacudiu a cabeça. – Nem eu.

Lexa limpou a garganta, fazendo contato visual com ela. – Você sabe o que isso parecia para mim, não é?

Clarke travou o maxilar e cerrou os dentes. – Você achou que eu estava fugindo.

- Você pode me culpar? Por acaso eu estava errada?

- Sim. – Clarke disse bruscamente. – Eu só queria ficar longe de Finn. Eu não tinha intenção de assustar você, de te deixar preocupada ou qualquer outra coisa. Eu só precisava de tempo para pensar.

Lexa piscou. – Você podia ter me chamado. Eu iria trazer você pra cá. Nós tínhamos concordado que se você precisasse de qualquer coisa, você iria me chamar. Você tem que se comunicar.

Clarke rangeu os dentes novamente, seus olhos estavam indecifráveis. – Meu celular morreu e eu esqueci o carregador no apartamento. Finn já tinha voltado pra lá, então não tinha chances que eu iria buscar ele. Você precisa aprender a confiar em mim.

- Bom, e você precisa aprender a pedir ajuda. – Lexa disse no mesmo tom, talvez um pouco mais argumentativa do que ela pretendia.

Clarke estava com os olhos brilhando com lagrimas não derramadas. – O que você quer que eu diga, Lexa?! – Ela disse erguendo a voz. – Que eu sinto muito? Você não sabe ou entende nada sobre mim. – Sua voz ecoou em torno da cozinha.

- Você tem razão. – Lexa disse, se odiando para o rumo que a conversa estava tomando, mas ela nunca desistia de uma briga. – Mas eu sei que você iria querer ter um lugar seguro pra dormi, se seu orgulho ridículo não tivesse te impedido de me ligar, você não teria vagado por ai com uma única caixa que representava tudo que essa década áspera te deu.

- Vai se foder. – Clarke rosnou, seus olhos se estreitaram, queimando de raiva. – Foda-se, eu sobrevivi todo esse tempo sendo assim. Orgulho é tudo que eu tenho. Eu não preciso de ninguém, eu não confio em ninguém.

- Até mesmo Finn?

Clarke fez uma pausa e Lexa estremeceu, ela estava certa que a gritaria iria piorar e tudo iria se transformar em um tipo de luta braçal, onde ela estaria brigando com uma mulher grávida. Porém, felizmente, algo cruzou os olhos de Clarke. Seu rosto se encheu de horror. – Merda - Ela bufou, antes de se virar e começar a correr pelo corredor. Lexa estava sem entender nada, ela observou a loira ir. - Clarke? – Ela chamou, fazendo o mesmo caminho pelo corredor. Ela olhou dentro de cada local que tinha a porta aberta, sua testa estava franzida em confusão até ela perceber sons que vinham do banheiro. Ela seguiu os sons e encontrou Clarke de joelho, se curvando para o vaso. – Clarke – Lexa respirou, ela se ajoelhou no chão também, segurando os cabelos da loira e colocando sua outra mão nas costas dela. – Você .. –

- Sintomas da gravidez – Clarke cortou, gemendo e apertando os olhos.

- Quando começou?

- Faz dois dias. Horas antes de descobrir a verdade sobre Finn. – Clarke passou a mão pela sua testa, estremecendo e voltando a vomitar. Lexa percebeu suas mãos ainda nas contas dela e começou a fazer círculos confortáveis, esperando Clarke enfrentar suas últimas ondas de náuseas. Finalmente Clarke se inclinou para trás, Lexa tirou a mão de seus cabelos e Clarke encostou a cabeça na parede, acalmando a respiração e com os olhos fechados. – Eu tomei as vitaminas todos os dias. Mesmo em Octavia, eu não esqueci sobre elas. – Ela abriu os olhos e olhou para Lexa, seu rosto não tinha nada mas que honestidade. – Você pode pensar o que quiser sobre mim, mas não ache nem por um momento que eu iria fazer qualquer coisa que prejudique o seu bebê. Você tem que acreditar e confiar em mim, Lexa. Eu estou fazendo tudo certo pra ele. Isso é o que te preocupa não é? – Não havia malícia em suas palavras, nem amargura, ela só estava afirmando simples fatos.

Lexa olhou para ela e engoliu a seco. – Eu sei que você não faria nada para prejudicar o bebê. – Ela disse com calma. Alguns segundos se passaram e ela se levantou, estendendo a mão para Clarke, que pegou de bom grado, e puxou a loira para cima. Lexa acabou segurando Clarke por mais tempo do que deveria, mas Clarke ainda estava olhando fixamente para o chão, olhos vidrados e sem foco. Lexa apertou gentilmente seu antebraço. – Vamos. Eu vou fazer alguma coisa para você comer.

Clarke olhou com surpresa para ela, enquanto as duas caminhavam pelo corredor. – Eu pensei que você tinha dito que não sabia cozinhar. – Clarke disse em voz baixa, parecia derrotada.

- Eu não sei – Lexa respondeu gentilmente. – O que eu vou fazer vai ser apenas esquentar uma comida pronta em dois minutos.

Lexa olhou Clarke e viu ela sorrir um pouco, mesmo sendo um sorriso triste, o coração de Lexa se encheu de calor.

Clarke se sentou no banco e colocou a cabeça entre as mãos, esfregando suas têmporas em silêncio. Lexa cruzou a cozinha e foi para a despensa, tirando dois potes de macarrão prontos. Seus olhos estavam em Clarke o tempo todo. Ela colocou água e pós eles no micro-ondas. Clarke ainda estava da mesma forma, parecia mais tranquila. – Sinto muito sobre o que eu disse antes. – Lexa disse rigidamente, tentando quebrar a bolha de silêncio. – Sobre .. sobre você contar com Finn. Eu não queria me intrometer na .. -

- Você sabe qual é a pior parte? – Clarke disse de repente, cortando Lexa e olhando para cima, encontrando o olhar dela.

Lexa franziu a testa e balançou a cabeça

- Ele dizia a Raven que estava indo em viagens de negócios, sempre que ele saia para ficar comigo. – Clarke disse, não tinha raiva em sua voz, apenas amargura e resignação. – Ele nem se preocupava em mentir para mim. Ele só saia. Ele sabia que eu não iria fazer qualquer perguntar quando ele sumia por dias. Finn sabia que podia mentir para mim e que isso seria fácil.

Lexa franziu a testa, ainda olhando para Clarke. - Raven?

- A outra, bom – Clarke riu. – Eu sou a outra, sério. Ele e Raven se conheciam desde criança e namoravam todo o ensino médio. Eu era a outra.

Lexa sentiu náuseas de alguma forma vendo Clarke desta forma. Ela sentiu uma onda de ódio por Finn, um homem sem valor e patético, como ele iria jogar fora um relacionamento com alguém como Clarke, só porque ele era muito criança para entender o que ele tinha. Como ele se atreve a machucar ela dessa forma? Lexa se encontrou sinceramente feliz por nunca mais ter que ver ele novamente. – Clarke .. –

- Eu não amava ele.

As duas congelaram pelo que pareceu uma eternidade, seus olhos se fecharam ao mesmo tempo, contemplando o momento de honestidade e clareza absoluta. Elas estavam separadas apenas pelo balcão da cozinha, mas parecia que não havia nenhuma distância entre elas. Clarke mantinha seu olhar fixo e sem piscar sobre ela, como se não quisesse quebrar o feitiço ou maldição da honestidade e compreensão que de alguma forma foi parar sobre elas. Lexa engoliu a seco.

Havia lágrimas brilhando nos olhos de Clarke, mas ao contrário de parecer vulnerável, Clarke mostrava ser forte e desafiaria qualquer um que achasse que ela é fraca. Clarke era tão forte que Lexa achou bizarro ver ela assim.

- Eu vivi com ele por 6 ou 7 anos. E eu acho que nunca amei ele. – Ela disse e sua voz não saiu nem um pouco tremula. – Ele sabia .. Ele sabia que não precisava mentir para mim. Ele não se importava se eu descobrisse. E ele estava certo. Eu não me importo. Eu sou uma completa idiota.

Lexa sacudiu a cabeça. - Não, você não é.

- Eu só fiquei com ele porque era seguro. – Disse Clarke, algumas de suas lágrimas estavam caindo por suas bochechas. – Eu só fiquei com ele porque era a única coisa constante na minha vida. Era a única pessoa que eu pensei que conhecia. Éramos duas pessoas fodidas que não tinham para onde ir, vagando de um lugar para outros juntos, porque era conveniente. E estávamos juntos, era fácil superar essa merda quando você tinha alguém do seu lado. Eu não me importava com ele mais do que ele se importava comigo. Como sem sentido isso é?

Lexa apenas balançou a cabeça, porque ela não era capaz de dizer qualquer coisa boa depois disso. Ela sentia uma sensação estranha, ela era uma advogada, ela sempre tinha a coisa certa a dizer. A carreira dela era baseada em ter a resposta certa para todos os tipos de situação, algo inteligente que resolvia qualquer problema. Mas ela estava começando a aprender que isso não funcionava com assuntos do coração. Essa conversa estava crua, emocional e humana, nenhuma quantidade de jargão jurídico iria aliviar o aperto em seu coração quando ela viu Clarke se inclinar para cima do balcão com a cabeça entre as mão e ombros sacudindo com pequenos soluços silenciosos.

Lexa avançou, hesitando por um momento, colocou a mão na parte de trás do pescoço de Clarke, dando um aperto suave. Ela não tinha ideia do que dizer ou o que fazer para Clarke se sentir melhor, então ela apenas ficou lá, dando um aperto suave no pescoço a loira e levando sua outra mão para esfregar círculos suaves no braço de Clarke.

Elas ficaram assim por alguns minutos, até que os soluços de Clarke tinham desaparecidos completamente. Ela voltou a se sentar de forma reta, a mão de Lexa foi deslizando lentamente até sair do braço da loira. Elas estavam muito perto e Clarke estava olhando diretamente para Lexa. – Clarke, - Ela disse de forma suave e calma. – Eu acho, - Ela engoliu a seco novamente, se amaldiçoando por sua covardia. – Eu gostaria que você ficasse aqui comigo. – Clarke arregalou os olhos, ainda olhando fixamente para Lexa, que acabou desviando o olhar. – Mas claro que você não tem que ficar, você pode ficar com sua amiga. Eu nunca iria forçar você a ficar, eu só .. – Ela deixou escapar um pequeno suspiro. – Bom, a oferta está lá. Se você quiser ficar.

Clarke buscou o olhar de Lexa novamente, seus olhos azuis eram mais claros mesmo em meio a lágrimas. – Eu .. – Ela disse e por um momento Lexa pensou que o buraco iria abrir debaixo dela. – Eu gostaria disso. Obrigado, Lexa.

Lexa parou de respirar por um momento, tinha um claro olhar de surpresa em seu rosto. – Isso é bom.

Clarke quase sorriu. – Tudo bem. – Ela se levantou devagar de sua cadeira e Lexa recuou um pouco, como se não quisesse ficar mais ainda no espaço pessoal da loira. – Bom, eu acho que estou indo para a cama, então.

- Você não quer comer antes?  - Disse Lexa, sua voz carregava preocupação.

- Eu não estou com fome. – Disse Clarke, sua voz era rouca e cansada.

- Ok – Lexa disse, inquieta. Ela observou Clarke transportar sua caixa de pertences em seus braços, em direção ao corredor. – Tem um quarto de hospedes na terceira porta à sua direita. O banheiro é no final do corredor, quer dizer, bom você já sabe. Só fique à vontade.

- Obrigada, - Clarke disse, se virando apenas para oferecer um pequeno sorriso para Lexa. Fazendo uma pausa logo depois. – Me desculpe por te assustar, Lex. Eu realmente não queria fazer isso.

Lexa acenou com a cabeça. – Eu sei. Eu também sinto muito.

Lexa esperou até que ouviu a porta do quarto de hospedes se fechar. Ela foi para o micro-ondas e tirou o macarrão de lá e começou a comer sozinha. Seus olhos foram fixados na parede. Ela não comeu muito nesses últimos dois dias, a preocupação causava um mal estar em seu estômago que impedia ela de sentir fome.

Mesmo depois de tudo, Lexa ainda sentia uma coisa estranha dentro dela, bom, um sentimento estranho. E ainda tinha tudo a ver com a loira em seu quarto de hospedes. Clarke disse que Lexa só se preocupava com o bebê, e isso deveria ser verdade. Mas porque então Lexa continuou sentindo algo estranho ao lembrar dessas palavras, como se elas não fossem a verdade. Ver Clarke magoada e chateada, parte completamente o coração dela.

Você sabe porque, uma voz em sua mente disse. E ela realmente sabia por quê. Ela disse a si mesma que ele só iria ver Clarke de um jeito profissional, apenas como alguém de quem ela está contratando um serviço e nada mais. E mesmo assim, mesmo com o conhecimento escassos de informações sobe ela, apenas coisas que Clarke se permitiu compartilhar. Lexa sabia que havia algo mais abaixo do que ela mostrava. Lexa queria conhecer mais essa parte, ela queria ver mais de uma Clarke feliz e rindo, no perfeito som de sua voz.

Lexa colocou seu macarrão no balcão e beliscou a ponta o seu nariz. Ela não devia estar sentindo essas coisas, Clarke era sua barriga de aluguel, pelo amor de Zeus, essa coisa toda não iria dar certo. E no entanto aqui estava ela, ansiando por uma pessoa como uma adolescente na puberdade.

Lexa se levantou e apagou as luzes da cozinha, ela fez seu caminho de volta para seu quarto. Parando no corredor, bem em frente ao quarto de hospedes. Que estava em silencio absoluto. Tendo a certeza que tudo estava certo por agora, ela deixou o cansaço dominar ela, todo cansaço de dois dias de preocupação.

Clarke estava segura, o bebê estava seguro. Lexa estava tão aliviada que se sentia no direito de libertar toda sua exaustão no momento em que sua cabeça bateu no travesseiro.

 

* * * * *

Clarke ainda estava dormindo quando Lexa se levantou para o trabalho na manhã seguinte. Ela pensou por um momento sobre o que deveria fazer, não eram muitas as vezes que alguém ficou para dormi em seu apartamento. Na verdade, foram só membros de sua família, e isso nunca mais aconteceu. Pelo menos não desde Costia, que era algo que Lexa não queria pensar no momento. Ela pegou o pote de café instantâneo, uma caneca e uma fez uma nota de onde Clarke poderia encontrar cereais e outros alimentos na cozinha, ela colou a nota no balcão. E com isso, ela tomou um banho, se vestiu, pegou sua bolsa e saiu.

O caminho para o trabalho foi de alguma forma relaxante, comparado os últimos dias. O Tráfego não irritou ela, o parque de estacionamento sempre cheio, também não irritou ela. Ela estava estranhamente, calma e serena.

Ela ponderou em ligar para seu apartamento assim que se sentou em sua mesa, mas percebeu que ela provavelmente deveria deixar Clarke dormi um pouco mais. Ela precisava disso, depois de tudo e ela estava dormindo por dois. Ela resolveu que iria ligar para loira na sua pausa para o almoço. E assim ela fez seu trabalho durante a manhã, com um novo tipo de felicidade que tinha sido ausente nela durante esses últimos dias.

Seu trabalho não progrediu muito, no entanto, porque houve uma batida na porta que tirou sua concentração. Ela franziu o cenho para o relógio. Sua próxima reunião era só depois do almoço. – Entre – Ela disse.

A porta se abriu e a cabeça de Octavia Blake apareceu através dela. – Uhm, Oi senhorita Woods. Você tem um segundo?

Lexa pensou na última vez que ela tinha falado com Octavia, ela estava em um estado de raiva, dentro do apartamento dela e tentando sequestrar sua amiga loira. Mesmo antes disso, Octavia era uma das pessoas que tinha sofrido com o mal humor de Lexa no período de sumiço de Clarke. Chegava a ser bizarro o jeito que a situação mudou. Clarke parecia ter esse tipo de poder estranho, que transformava Lexa e fazia a vida dela virar de cabeça para baixo. – Blake – Lexa disse, esperando que sua voz tenha saído de forma agradável. – O que eu posso fazer por você?

- Bom – Octavia disse, claramente desconfortável. – Eu .. é que não se trata de trabalho, já avisando. É sobre Clarke.

Lexa não se surpreendeu com isso. – Feche a porta e se sente. – Octavia fez o que lhe foi dito, fechou a porta e se sentou em frente a Lexa em sua mesa. Claramente desconfortável. – Então, sobre Clarke?

Octavia levantou uma sobrancelha, como se ela não acreditasse que realmente estava falando sobre isso com sua chefe. – Ela está bem? Um minuto ela está em uma grande confusão emocional dormindo no meu sofá e então você aparece do nada e leva ela embora. Eu me senti culpada durante a noite toda, como se eu não deveria ter deixado ela ir com você.

Lexa também levantou uma sobrancelha. Ela se lembrou de quando tinha contratado Octavia para fazer estágio de um ano. Assim que os nervos foram embora, ela era um poço de fogo, surpreendeu Lexa. – Você não confia em mim?

- Bom, o que você teria feito se fosse você em meu lugar? Não se trata de confiança, é sobre querer o melhor para minha amiga. – Octavia atirou de volta, em forma de desafio. Quando Lexa não respondeu, Octavia suspirou e se encostou na cadeira. – Eu só reencontrei Clarke recentemente. Ela era minha melhor amiga na faculdade e com certeza absoluta ela continua minha amiga agora, mas eu não .. eu sei que eu não posso me meter no que ela acha que é melhor para ela. Mas eu me importo e quero que ela fique bem. – Ela olhou para Lexa. – Tem alguma coisa nessa história toda que não faz sentido. Como é mesmo que você conhece Clarke?

Lexa hesitou, claramente Clarke não havia contado a Octavia que ela era sua barriga de aluguel. Ela acha que Octavia não sabe nem que a loira está gravida. – Clarke é minha amiga também. – Disse Lexa, um pouco evasiva.

O único problema era que Octavia era uma advogada e uma das boas, ela sabia que tinha coisa faltando nessa história. – Há quanto tempo você conhece ela?

Lexa deu de ombros. – Difícil de dizer. Pouco tempo. – Lexa trocou de tática e foi para ofensiva. – Tem algum motivo para você me fazer todas essas perguntas?

Octavia franziu a testa. – Eu só estou preocupada com ela, só isso. Só me diga que ela está bem e que ela não está com aquele cara.

- Ela está bem - disse Lexa, com o rosto em branco. - Ela está segura. E ela não está com Finn.

- Ok – Disse Octavia, o descontentamento ainda brilhava em seus olhos. – Contato que ela continue assim. – Havia muita desconfiança em sua voz para Lexa deixar isso passar.

- Eu acho que você esqueceu que eu sou sua chefe, Blake. – Um lampejo de medo cruzou os olhos de Octavia. – Eu só falei com você sobre isso porque eu sei que você é uma amiga preocupada e Clarke precisava de gente assim em sua vida, mas não pense nem por um segundo que eu faria algo que machuque ela. – Ela olhava para sua mesa, vasculhando alguns papéis sobre a mesa. – Eu acho que você deve ir. E não se esqueça, eu quero os arquivos para o caso do Wallace Cage na minha mesa até o final do dia.

Octavia revirou os olhos enquanto ela se levantava. – Não há problemas. – Disse de contragosto, fazendo o seu caminho até a porta.

Lexa observou ela ir, franzindo a testa. Por que Clarke não disse a sua melhor amiga sobre ser uma barriga de aluguel? Ela estava mantendo segredo?

Ela ligou para Clarke no momento exato de sua pausa para o almoço. Só demorou alguns segundos até o telefone ser atendido. – Um, bom. Oi, Clarke falando, mas eu realmente não moro aqui, então eu provavelmente não posso te ajudar e você .. –

- Clarke – Lexa disse, já sentindo um sorriso brincando no canto de sua boca. – Sou eu.

- Oh – Disse Clarke, em forma de alivio. – Graças a Deus.

- O que tem de errado? Alguém mais ligou? – Perguntou Lexa, franzindo a testa.

- Você está brincando comigo? – Clarke zombou, bufando. – Duas ligações nessa última hora, uma de um cara chamado Roan, que queria falar de oportunidades de negócio com você e outro de sua irmã.

Lexa sentiu seu coração parar. - Indra?

- Não, Anya.

O coração dela voltou a bater, mas ela ainda estava paralisada de horror. – O que ela disse? O que você disse? O .. –

- Calma, Lex, ela apenas perguntou se você estava aqui e eu disse que não.

- Ela perguntou quem era você?

- Ela pensou que eu era sua assistente. – Clarke disse de forma azeda. – Ela me chamou de docinho.

Lexa teve um ataque de risos, ela realmente estava aliviada. – Eu acho que deveria de contratar como minha assistente, docinho.

- Eu seria a melhor assistente que você já teve. – Clarke atirou de volta, de forma que fez a mente e o coração de Lexa ficar quente, e ela disse a si mesma que isso não era de nenhuma forma afetiva. – Mas, infelizmente, eu já tenho um emprego. Falando nisso, - Clarke disse de repente. – Eu tenho um turno daqui a pouco.

Lexa franziu a testa. – Você se sente bem o suficiente para isso? Você teve enjoou essa manhã?

- AH, sim, e o desejo de correr desesperadamente para o banheiro e vomitar por longos minutos é uma ótima forma de acordar. – Clarke disse. – Mas eu estou bem agora.

- Você tem certeza?

- Sim, eu tenho certeza. – Disse Clarke de forma divertida.

- Você comeu? O que você está fazendo para o almoço? E o que você vai comer no trabalho?

- Sim, eu tomei café da manhã. Não se preocupe com isso. Eu vou fazer um sanduiche para o almoço e para o jantar, eu vou fazer um sanduiche no trabalho.

- Não faça isso. – Lexa cortou. – Eu vou pegar alguma coisa para comer. Você pode comer comigo. – Lexa poderia cavar o seu próprio buraco para se enterrar, por ter soado tão estranha. – Eu.. uhm.. – Ela gaguejou. – Eu acho que seria melhor para o bebê se você comer algo saudável e que dê mais sustância, não algo cheio de óleo e gordura no seu trabalho.

Clarke cantarolou, pensando por um momento. – Eu só quero que você saiba que eu preparo o melhor lixo, oleoso e gorduroso no trabalho, mas eu entendo seu ponto. Eu vou estar de volta para o jantar as 9, você pode esperar tanto tempo?

- Eu posso esperar – Disse Lexa, já sorrindo.

Para poder jantar com Clarke, Lexa iria esperar a noite toda.

 

* * * * *

Lexa quase não teve que esperar a noite toda. Clarke não chegou às 9, e Lexa mandou várias mensagens para ela. Quando Clarke foi capaz de pegar seu celular, ela respondeu dizendo que seu chefe tinha pedido para ela ficar um pouco mais e que estava bastante movimentado lá e que ela iria chegar um pouco mais tarde. Lexa dirigiu até o restaurante e encomendou comida para a viagem, assim que tudo foi feito, ela dirigiu até o trabalho de Clarke e esperou a loira terminar seu turno no estacionamento. Lexa estava preocupada que Clarke ficaria irritada que ela iria buscar a loira, mas ela ficou aliviada ao ver o rosto da loira quando notou o carro de Lexa.

Elas voltaram ao apartamento com Clarke dando um monologo detalhado sobre os piores clientes de hoje, Lexa olhava para ela e acenava com a cabeça sempre que possível. Clarke parecia exausta, o rosto sujo de graxa oleosa como sempre. Assim que chegaram ao apartamento, os barulhos de ambos os estômagos delas encheram a sala. – Por favor, me diga que você tem comida aqui. – Clarke gemeu enquanto ela caminhava para a cozinha. Lexa colocou sua bolsa em cima da bancada e tirou um pacote dela. – Você vai ser alimentada, Clarke. Tenha certeza disso.

- O que tem ai dentro? – Clarke pergunto ansiosamente, movendo para perto da bancada.

- Se você me deixar te servi, você vai descobrir. – Disse Lexa, abrindo o pacote e tirado a comida embalada. Os olhos de Clarke se arregalaram quando Lexa tirou o recipiente de isopor do saco e abriu para revelar um pedaço de carne com molho de creme regado por cima. Cercado por salada e batata frita.

- Esse é aquele .. –

- Bife do Grounder? – Disse Lexa, sorrindo para o olhar faminto no rosto de Clarke, enquanto a loira olhava para a comida. – Sim

- Eu não sabia que eles faziam para a viagem – Disse Clarke, observando Lexa servir a comida no prato.

- Eles não fazem. – Lexa cantarolou. – Mas eles fazem exceções para a minha família. Achei que você iria gostar de comer isso. Você pareceu gostar da última vez.

Clarke pegou o seu prato, somente quando Lexa acabou de servir para as duas. Elas caminharam até o sofá, Clarke se sentou com as pernas cruzadas e o prato no colo, ela parecia tão feliz quanto um gato que comia atum pela segunda vez em sua vida. Lexa observava ela começar a comer e sorria para cada pequeno ruído e gemido que a loira fazia. – Como você está se sentindo?

Clarke olhou para cima. – Com o enjoou?

- Sim – Lexa deu de ombros. – E também, você sabe, as emoções e sentimentos.

Uma das sobrancelhas de Clarke se curvaram interrogativamente e ela riu um pouco. Lexa olhou para sua comida com as bochechas vermelhas. – Você não tem que se preocupar comigo. – Clarke disse. – O bebê vai ficar bem. – Ela ainda pensava que Lexa só se preocupada com o bebê. O que, na verdade, era realmente verdade. Bom, um tipo de verdade. Metade da verdade, ou não tão verdade assim. – Então, o que você espera?

Lexa parou o garfo a meio caminho de sua boca. – O que?

- O bebê. – Disse Clarke. – Você espera um menino ou uma menina?

- Menino, - Disse Lexa sem nem hesitar, ela não sabe de onde veio isso. Em algum lugar de sua mente, quando ela projetava seu futuro com uma criança, era sempre o menino que estava lá.

- Você não deveria dizer algo como ‘’ Qualquer coisa, contanto que tenha saúde?’’ – Clarke disse com um sorriso brincalhão.

- É claro que vai ter saúde. – Lexa deu de ombros. – Por que eu não deveria considerar se é menino ou menina?

- Pode não ser nem um e nem outro, você sabe. – Clarke provocou, levando o garfo até sua boca. Com qualquer outra pessoa, a falta de maneiras na mesa iria deixar Lexa irritada, mas em Clarke ela era adorável e cativante.

- Eu sei – Lexa concordou, se endireitando no sofá. Ela sorriu um pouco para si mesma, imaginando esta pequena pessoinha hipotética, correndo em torno do apartamento. Claro, ela imaginou um menino, mas não é como se ela se importante se não fosse um. O seu sorriso logo foi embora quando ela começou a perceber outra pessoa que tinha começado a surgir nesses pensamentos.

Lexa não queria pensar sobre o que aconteceria com Clarke, depois que o bebê tivesse nascido. O contrato tinha sido claro, a barriga de aluguel não teria contato com a criança depois de entrega-lo a mãe. Mas então, Lexa recordou do motivo que fez ela escrever esse termo, todas as histórias de barrigas de aluguel que se apaixonaram pelos bebês e entraram na justiça para ter a custódia deles. E levando em conta, o lado que a lei tomava nessas situações, ela sabia que agiu de forma certa, se protegendo de todas as possibilidades de perder o seu bebê. Mas, quanto mais tempo ela passava com Clarke, mas idiota ela se sentia por inclui isso na cláusula.

E o mais importante, porque Clarke se infiltrou em seus devaneios sobre o futuro? O que ela queria de Clarke, além de cumprir seu papel como barriga de aluguel? Clarke provavelmente não quer ter nada a ver com Lexa assim que o bebê nascer. Essa a forma que uma barriga de aluguel normal iria agir.

Lexa deve ter tido algum tipo de olhar pensativo em seu rosto, porque quando ela olhou para Clarke novamente, a loira estava olhando para ela de forma interrogativa e com um pequeno sorriso. O coração de Lexa vibrou. – Aonde você estava? – Clarke perguntou, rindo. – Você parecia em outro mundo.

Lexa piscou. - Lugar algum. Eu estou aqui. - Ela se inclinou para frente para colocar o prato vazio na mesa de café. - Clarke?

Clarke fez uma pausa. - Sim?

- O que você vai fazer depois que o bebê nascer? - Lexa sabia que havia uma chance enorme de que esta questão ultrapassasse a barreira de ‘’muito pessoal’’ para Clarke responder, ela já esperava Clarke recuar da pergunta.

Clarke olhou para ela por um momento, como se estivesse pensando muito, e Lexa sentiu um lampejo de algo como esperança ou expectativa. - Você sabe - disse Clarke, em voz baixa. - Eu não faço ideia.

Clarke sorriu calorosamente para ela, e Lexa sorriu de volta.

As duas terminaram o jantar e Clarke se levantou, pegando seu prato e o de Lexa e levou ambos até a cozinha. Colocando eles na máquina de lavar louça. Ela vagou pela cozinha e atirou um pequeno sorriso para Lexa. – Eu acho que já vou dormi. Estou meio cansada.

- Ok - disse Lexa.

Clarke não se moveu, ainda sorrindo para Lexa. Seus olhos se suavizaram. - Sabe, eu acho que ainda não te agradeci. Não corretamente. - Ela encolheu os ombros. - Eu realmente sou muito grata. Por tudo - Lexa piscou para ela. – Você não tem o que agradecer, Clarke. Eu queria que você soubesse disso também.

Clarke bufou e deu uma curta risada e começou a caminhar para o corredor. Ela deslizava a mão na parede e fez uma pausa, virando para Lexa e dando um sorriso brincalhão. – Hey.. Lexa?

- Sim?

- Porque você quer ter um bebê?

Lexa ofereceu um sorriso em resposta. – Por que você se tornou uma barriga de aluguel?

Clarke riu baixinho e desapareceu pelo corredor. - Boa noite, Lex.

Lexa abaixou a cabeça, sorrindo. - Durma bem, Clarke.


Notas Finais


Clarke saiu de uma poça de azaração e foi parar bem no coração da Lexa. Awn <3


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