Ele parecia desesperado por mim e tentava de todas as formas se soltar, abri um sorriso ao o olhar, mesmo completamente suado ele continuava o mesmo de sempre. Um sorriso safado preenchia o seu rosto enquanto eu me engatinhava para o desprender da cama, e assim o fiz, passei as unhas em seu torax e o beijei.
_Eu amo você. - disse sorrindo e ele voltou a atacar minha boca me prendendo em seus braços e me deitando na cama, nesse momento o mundo parecia existir apenas para nós dois, sua boca percorria meu corpo e ele voltou a me encarar.
_Provocou agora vai ter que aguentar. - soltei um sorriso e continuei o encarando, enquanto ele voltava a me beijar ouvi alguem gritar o meu nome e me sentei rapidamente, Luan me encarou sem entender.
_O que foi?
_Alguém me gritou.
_Cê ta louca, amor.
Eu sabia que não estava ficando louca então me levantei apressadamente e sai vestindo a roupa que encontrava pelo caminho, eu corri pela casa esbarrando em algumas coisas e os gritos de Thaís começavam a ficar mais nítidos. Notei que o chuveiro estava ligado e entrei no banheiro imediatamente, ela me olhou desesperada e não parecia envergonhada por estar nua em minha frente, a olhei sem compreender muito bem e só quando ela desligou o chuveiro eu notei o que estava acontecendo, ela sangrava muito e estava completamente em choque.
_Se veste rápido... Meu Deus, irei pegar seus documentos. - joguei uma roupa que estava no armário para ela, e ela pareceu entender o recado
_Eu vou perder minha filha, Mar. - ela dizia desesperada e eu neguei com a cabeça enquanto pegava uma bolsa de emergência que eu havia preparado a um tempo. Eu estava bagunçando tudo enquanto procurava os documentos. Luan entrou no quarto já arrumado e olhou nós duas, ao perceber o que estava acontecendo ele a pegou no colo e a levou para o carro rapidamente, eu fui atrás o mais rápido que pude. Nesse momento, o tempo era o pior inimigo da minha sobrinha e de Thaís. Acelerei o carro olhando para o velocímentro constantemente para ter certeza que eu estava em uma velocidade adequada para a segurança dela, as olhava pelo retrovisor e a via com a cabeça apoiada no peito de Luan enquanto ele tentava a acalmar, as lágrimas começavam a aumentar a cada minuto e eu tentava manter a calma a todo custo. Parei na ala de emergência e logo os médicos vieram para cima do carro a tirando e colocando na maca, foi tudo tão rápido que eu não tive tempo algum de pensar no que estava acontecendo, ela segurou minha mão enquanto eles a empurravam pelo corredor, e eu a ouvi sussurrar fracamente.
_Obrigada por tudo. - senti meu coração se dilacerar, e Luan me abraçou fortemente, finalmente eu podia chorar. O medo de as perder começava a me dominar, eu não queria perder Thaís que durante esse tempo acabou virando uma irmã para mim, e eu não queria perder uma sobrinha que eu não havia tido a chance de conhecer ainda. Os braços de Luan me apertavam cada vez mais forte, e eu sentia sua respiração pesar.
_Vocês são parentes dela?
_Sou amiga. - disse para a moça, e ela sorriu fazendo um sinal para que eu a acompanhasse.
_Vou ligar para o seu irmão. - disse Luan e eu acompanhei a moça até a recepção.
_Eu só preciso dos documentos da mulher que deu entrada, você é a responsável por ela?
_Sou, esta aqui. - entreguei os documentos.
_Preciso que assine esses papeis também, ainda não sabemos o estado clinico. Mas você vai ser a responsável por ela e pelo bebê.
Dei uma lida rápida pelos papeis e assinei.
_Ela perdeu muito sangue, vai precisar de doação.
Assenti, eu não sabia se a doação ali era da mesma forma do Brasil então esperei que ela me explicasse. Como era do mesmo jeito marquei um dia para eu fazer minha doação, e ela me garantiu que felizmente tinha o tipo sanguinio dela no hospital, o que me acalmou um pouco. Depois de conversar com ela, ela me acompanhou até alguns sofás e eu me sentei ali observando Luan de longe, ele parecia conseguir acalmar meu irmão ao telefone. Meu celular começou a tocar e eu vi o nome de Logan piscar no visor.
_Oi. - tentei dizer com a voz um pouco falha.
_Em uma escala de zero a dez, o quanto eu sou um péssimo amigo?
_O que aconteceu?
_Combinei de sair com Thaís, mas ela não me atende.
_Logan, você não é um péssimo amigo. Podemos falar dela depois? O que você ta fazendo?
_Estou na porta da sua casa.
_Pode vir até o Hospital? Aquele próximo do estudio? - eu disse tentando parecer mais calma o possível.
_O que aconteceu? Você ta bem?
_Tá, eu to bem, Eu só vim pagar o quarto da maternidade de Thaís, mas o carro estragou e não tenho como voltar pra casa. - eu disse, eu fiquei com medo de dizer a verdade pois eu sabia a velocidade que o carro dele podia atingir.
_Estou indo.
Assim que desliguei o telefone Luan se sentou ao meu lado e me abraçou.
_Seu irmão está vindo, ele disse que até segunda ele chega.
Assenti e sorri.
_Que susto, né?
_Sim, amor - ele me puxou pra outro abraço.
_ Eu tenho certeza que vai ficar tudo bem...
_Vai sim, Mar.
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