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História Feita de vidro - Capítulo 1


Escrita por: Just_littlegirl

Notas do Autor


Primeiramente, eu gostaria de agradecer muito pela ajuda das minhas amigas Bih, Nath e Nih (sim, todos com h no final, uma pequena mania minha com apelidos) pela ajuda e apoio, e também por aguentarem minha indecisão com os nomes. Segundo, eu espero que ela fique boa. E por fim, que todos tenham uma boa leitura e que gostem.

Obs: Sei que no capítulo não acontece basicamente nada, mas é pra iniciar a história e como diria uma amiga minha "serve de ponte para os que estão por vir"

Capítulo 1 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction Feita de vidro - Capítulo 1

POV Chloe

Acordei meia grogue de mais uma noite de bebedeira. Suspirei pesadamente, enquanto tentava me levantar da cama e lembrar de algo, mas a noite passada era como breu em minha memória. Eu definitivamente devia parar com isso. Afinal, não era o que todos me diziam? Chloe, não faça isso, você vai acabar com a sua vida. Ri comigo mesmo. Fodam-se todos. Eu não ligava, quem eu estava querendo enganar?

Fui em direção ao pequeno banheiro do meu apartamento e me livrei de minhas roupas sujas. Assim que a água quente me envolveu, relaxei me encostando no azulejo frio e deixei com que ela escorresse por cada parte do meu corpo.

Após alguns minutos apenas respirando e curtindo cada gota de água quente despejada em meu corpo, voltei á tona e comecei a me lavar.

Assim que terminei, saí do Box me enrolando em uma toalha e indo em direção a cozinha. Vou até a bancada, me sirvo de cereal e começo a comer. O gosto não é dos melhores, mas devo isso a ressaca que se faz presente. Acabo não terminando o conteúdo de minha tigela, o deixando sobre a bancada.

Vou até o armário em cima da pia e pego uma aspirina, esperando que ela resolva a minha enxaqueca. Após isso volto para o quarto onde me atiro sobre a cama e apago novamente.

Acordo um tempo mais tarde com insistentes pancadas na porta, praguejo ainda com sono e finjo que não estou escutando que alguém está tentando colocar a porta do meu apartamento abaixo. Quando a batida finalmente cessa, relaxo suspirando aliviada. O que não dura nem se quer um minuto.

-Qual é Chloe?!- grita Diana já sem paciência. -Sei que você está aí garota.- Suspiro novamente me dando por vencida e dessa vez me levanto indo em direção a porta.

Assim que a escancaro, deixando aparente minha irritação, a garota de cabelos loiros revira os olhos e passa por mim como se eu fosse um mero obstáculo em seu caminho. Faço careta e a sigo pelo meu apartamento.

-Porra Dy! Você não notou que não é bem vinda?- a observo se deitar na cama, enquanto um sorriso malicioso surge em seus lábios. Reviro os olhos. -Está perdendo o seu tempo.- me desfaço da toalha, que antes envolvia meu corpo e sinto seu olhar vou até meu armário, onde pego uma camiseta preta e uma calcinha, os vestindo. Me volto para encará-la e rio. O que antes era um olhar faminto, havia se transformado em desolação.

-Chloe, você é tão broxante.- ela bufa e me faz careta, dou de ombros.

-O que você quer Dy? Não estou com paciência hoje.- ela me olha curiosa, pronta para mais uma de suas piadinhas, mas logo muda de ideia ao notar que falo sério. Ela bufa e se levanta, ajeitando seu vestido preto que a deixava estupidamente deliciosa e que me deixaria com um puto tesão, se não fosse pelo meu mal humor aparente.

-Vim te dizer que Troyan vai abrir o Street hoje- ela dá de ombros e me segue até a cozinha.

-Não estou afim hoje, aproveite por mim.- digo assim que tomo um gole de água.

Ouço ela gemer de desgosto e me viro fazendo menção pra que ela saia.

-Você que sabe- ela fala com desgosto e então vai embora, batendo a porta ao sair.

Suspiro e me recosto na bancada. Um problema a menos Chloe. Um problema a menos.

Me sento na bancada e fico por um tempo encarando  o nada, até que meu olhar é atraído para a porta aberta do armário em baixo da pia, onde repousa uma garrafa de Jack. Minha boca saliva instintivamente, podia sentir... Balanço a cabeça negativamente. Não. Hoje não. Preciso ficar sóbria.

Volto para o quarto, cato uma calça no chão e a visto.

Eu não podia ficar aqui dentro, sozinha. Devia ter deixado Diana ficar e me distrair.

Pego meu celular e saio dali. Assim que o vento fresco do inicio da noite me envolve, sorrio satisfeita e vou até a lanchonete da esquina.

Assim que entro, sou recebida com um afetuoso sorriso de Debbie, minha mulher favorita. Me aproximo do balcão e deposito um beijo em sua testa enrugada.

-Olá docinho.- ela me cumprimenta, enquanto arruma o balcão.

-Olá gata- flerto com a doce senhora de 50 anos e ela bufa.

-Então. Qual a cor de hoje?- pergunta ela, agora contida. Lhe lanço um sorriso para tranquiliza-la.

-Acho que... Cinza claro, talvez.- minto, dando de ombros.

-Isso não é tão bom, mas melhor do que preto.- ela fala otimista. -Um dia chegamos lá-pega um prato e me serve sua torta de limão caseira, me fazendo salivar. Sorrio largamente.

-Você sabe como alegrar meus dias, tenho que admitir- falo levando uma garfada a boca.-Está deliciosa D.- ela desfere um tapa em meu ombro. -Ai!- reclamo e recebo outro.

-Não fale de boca cheia, menina.- e me alcança um copo de cherry coke, o bebo de imediato e em seguida lhe lanço um sorriso travesso.

-Você é a melhor, a única mulher da minha vida. Você sabe, né?- ela balança a cabeça descrente e aperta minhas bochechas.

Assim que se afasta para atender uma outra cliente ao meu lado, noto que fala de mim.

-Ela fala isso para todas- ela confessa para a ruiva que ri baixinho. -É sério.- balança a cabeça descrente e me olha fazendo careta.

Me apoio na mesa e analiso a garota. Ruiva, olhos verdes, mediana. Bonita. Eu diria que interessante. Eu poderia ir até ela e convencê-la a ir pra cama comigo, mas hoje não. E D me mataria, ela não permitia que eu cantasse garotas em sua lanchonete. Ela dizia que eu não prestava e não ia me assistir iludir as "pobres garotas", termo usado por ela.

A garota nota que a encaro e seus olhos verdes como esmeraldas me penetram. Dou de ombros, piscando pra ela e lhe lançando um sorriso.

 -Boa noite Debbie, meu amor.- lhe mando um beijo no ar e a vejo revirar os olhos. Sorrio e vou em direção a saída. Deixando a noite decidir o meu rumo.



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