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História Feito Sob Medida - Dias que passam.


Escrita por: K-aori

Notas do Autor


Oiiiiii
Eu sei que eu atrasei na semana passada, espero que vocês entendam. Mas eu tô aqui agora :v
Divirtam-se!!

Capítulo 3 - Dias que passam.


Três semanas depois. 

Ouvi o barulho agudo do despertador ao meu lado. Levei as mãos ao maldito celular pondo no modo soneca para o famoso mais dez minutinhos. Não ia fazer mal... Ou ia?
                         ∆

Dessa vez acordei com murros e mais murros na porta.

— Baekhyun! Acorda, vamos nos atrasar! 

Arregalei os olhos, pegando o celular apressadamente, acabando por quase deixá-lo cair no chão.

— Seis e cinquenta?! 

Eu estava fodido. Eu tinha dez minutos para estar pronto, ou me atrasaria. Corri apressado para o banheiro da casa de Luhan, que agora também era minha casa.

Ok, eu vou voltar um pouco no tempo.

Aquele dia foi realmente importante para mim,  mas algo na história daquela noite ainda me parece irreal. Ainda parece que nada daquilo aconteceu, entende? Que não houve resgate, que Chanyeol, Kyungsoo e Luhan nunca se arriscaram realmente. Que o momento ruim, na verdade, nunca aconteceu.

Gostaria que tivesse parado no jantar, momentos antes da desgraça acontecer de fato.

Mas até então estávamos bem. Naquela noite, voltamos todos a casa de Luhan. O clima já não era de festa, alegria e pura felicidade como era antes de tudo — e talvez por isso eu quisesse voltar até antes de tudo —, mas fui recepcionado com o amor que estava começando a acreditar merecer. É assim que funciona, não é? Aceitamos o amor que acreditamos merecer. Acho que li isso em algum lugar.

Ainda havia comida para ser esquentada e uma cama quente onde eu pudesse dormir. Tudo isso me fazia acreditar que eu merecia cada milésimo de esperança que senti enquanto saímos daquela casa.

Na semana que se seguiu, preferi não ir a escola. Tinha a sensação de que ele apareceria, de que estava me perseguindo constantemente. Luhan só conseguiu me por para fora de casa numa terça da semana seguinte. Lembro de deitar na cama segunda a noite e sentir como se houvesse apenas piscado os olhos, logo já era de manhã. Hora de finalmente sair de casa.

Cada passo, mesmo da cama até o banheiro, eu sentia cada gota do medo. Sentia que a qualquer momento ele conseguiria invadir a casa de novo e machucar mais alguém.

"Seja forte, Baekhyun. Você não está mais sozinho." 

Essas palavras mágicas, eram nelas que eu estava me agarrando. 

Respirei fundo. Pensei tanto sobre isso que cheguei a uma conclusão simples: não havia porque ter pressa, bastava que eu fosse ao meu tempo.

Chanyeol, Luhan e Kyungsoo haviam de fato me resgatado de casa. Luhan trouxe-me para sua casa de novo, onde fui recebido por abraços apertados e preocupados de seus genitores e seu irmão mais novo. Foi realmente bom... Luhan cuidou de mim, de todos os ferimentos em meus pulsos devido a forma como estava amarrado, e de todos outros machucados que eu pudesse ter. Depois fomos até a delegacia e conseguimos acompanhamento policial para buscar minhas coisas. Desde então eu moro com Luhan, o quarto de hospedes se tornou meu quarto e acho que não podia estar mais feliz. 

Mas mesmo assim algo dentro de mim dizia que tudo poderia, tudo ia dar errado de novo em algum momento, então eu estava sempre alerta.

Minhas faltas na escola foram abafadas por um atestado médico, o que resolveu outro dos meus possíveis problemas. Eu havia voltado a escola faziam alguns dias. Tudo estava tomando seu devido lugar, mas é como dizem, quando seu dia começa com o pé direito, de pé direito ele vai terminar. 

Meu banho foi o mais rápido da história. Corri pela casa para todos os cantos em busca de tudo que eu precisava. Após exatos onze minutos eu estava pronto.

— Vamos? — Luhan perguntou já nervoso.

— Acho que... — Olhei em volta, como se fosse me lembrar de algo esquecido. — vamos. 

Saímos de casa ligeiramente mais avoados que o normal, mas tudo a minha volta sempre parava nesse exato momento. Todo santo dia em que Luhan abria a porta e o sorriso dele aparecia por trás dela. 

Já fazia algum tempo que Chanyeol nos acompanhava até a escola. Acho que depois de tudo que viu, desenvolveu um medo maior que o meu. Se tornou super protetor, e bom, quem é que estava reclamando?

Eu não havia dito a ele que sabia quem ele era, ou perguntado como e porque ele foi parar lá aquela noite. Chanyeol aos poucos se deixava levar pela proximidade, e queria que ele soubesse que eu lembrava dele apenas quando estivesse pronto para me contar.

— O que houve lá dentro? — Perguntou à Luhan.

— O Baekhyun resolver repetir o ciclo dos dez minutos. 

— De novo Baek? — Chanyeol se virou para mim com aquele sorriso enorme. Aquele tão grande que você consegue contar os dentes da pessoa por alguns segundos. 

Esse era meu favorito. Bom, um deles.

— Eu achei que não faria mal. Era para ter dormido dez minutos, não trinta. 

E a risada. A porra da risada.

Vamos esclarecer alguns pontos aqui, caros leitores. Eu estava começando a aceitar o fato de que, a cada dois segundos olhando Chanyeol, meu coração falhava em um. 

Quer dizer, é impossível não se apaixonar por um carinha que invade sua casa, nocauteia seu pai abusivo e te tira de lá, certo? E de quebra tem um sorriso de esquentar o coração.

Talvez eu estivesse caidinho por ele. Mas só talvez. 

E assim fomos andando tranquilamente até a escola. Não tinha porque correr, já estávamos atrasados de qualquer forma. 
                         ∆

Eu não sabia realmente o que eu estava fazendo ali. Não é como se eu realmente fosse entender todas as equações no quadro. Aposto que aula de matemática é igualmente chata em qualquer lugar do mundo. 

Perdi a conta de quantas vezes suspirei até que o relógio chegasse a alguns segundos antes da hora do intervalo. E cinco, quatro, três, dois...

Já estava saindo da sala quando ouvi o professor gritar algo sobre trabalho semestral. Ops, acho que devia ter ficado um pouco mais.

Comecei a caminhar em direção a cantina — hora sagrada do meu dia, de fato  —, mas parei no lugar assim que o vi. Faziam três semanas, por que logo agora? Senti meu coração acelerar e meus poros colocarem para fora cada gota d'água que ainda me sobrava, enquanto eu suava feito um porco. Minha boca e garganta ficaram secas quando vi seus pés o guiarem diretoria a dentro. 

Por favor, não. Não de novo. 

Dei meia volta com os pensamentos a mil. Como vou sair daqui a tempo? Será que ele veio atrás de mim? Se veio, o que ele quer? Por que não posso ter sequer um mês de paz? 

Embora eu quisesse muito, meus pés não se moviam. Meus pensamentos não paravam por nem um segundo sequer, mas eu não conseguia de fato realizar nada.

"Byun Baekhyun, por favor comparecer à sala da diretora. Byun Baekhyun, por favor comparecer à sala da diretora."

Eu já tinha fugido antes, mas a escola sempre dizia a ele onde eu estava. Com o tempo, simplesmente desisti.

Podia sentir o ataque de pânico chegando. O coração acelerado, as mãos suando, os pensamentos a mil, a respiração acelerada, as lágrimas incontroláveis. Senti o momento em que meu braços se cruzaram diante do meu peito e eu abaixei. 

E então, de repente, tudo parou. Pisquei os olhos algumas vezes antes de conseguir focar nele. Podia ouvir sua voz longe, como se a metros de distância. 

— Baek? Baekhyun? Calma, tá tudo bem, eu tô aqui...

Respirei fundo algumas vezes, antes de sentir suas mãos passeando delicadamente em meus braços. De cima, para baixo, devagarzinho. 

Respira Baekhyun, se concentra nele. 

Então respirei o mais fundo que eu pude e foquei o pouco de atenção que me restava no toque dos dedos dele. 

— Por favor, não me deixa ir até lá sozinho... não me deixa sozinho, por favor, por favor....

— Eu não vou te deixar. Mas preciso que você respire fundo e venha comigo, todos estão olhando.

Seus braços me rodearam e me levantaram com calma. Passei os olhos em volta apenas para avaliar. Havia uma boa quantidade de alunos em volta de nós. O que significava que agora, mesmo que pensasse em como, não conseguiria fugir. Haviam testemunhas demais de que eu tinha ido para a escola. 

Chanyeol caminhou comigo, abrindo espaço entre os alunos e o que mais estivesse na frente até o banheiro. O senti me encostar na pia e voltar a porta mais uma vez, trancando-a. 

— Certo Baek, preciso que se concentre no som da minha voz. Consegue me entender?

Apenas assenti. Sua voz chegava aos meus ouvidos de forma suave, ele falava perto do meu ouvido, como um sussurro. Suas mãos estavam em meus braços, quase em meus ombros. Eu só conseguia olhar para frente com os olhos completamente perdidos, minha mente de repente estava em branco. 

Chanyeol tirou um pequeno lenço branco do bolso e abriu a torneira, deixando que a água encharcasse o pequeno pedaço de pano, para depois apertá-lo até que todo o excesso escorresse.  

— Vamos limpar esse rosto cheio de lágrimas enquanto você me conta o que houve lá fora, tá bem? Acho que temos um tempo antes da diretoria mandar alguém atrás de você. 

Chanyeol me olhava com carinho enquanto segurava o pano ao lado do meu rosto, como se esperasse permissão. Assenti suavemente, e o pano deslizou pela minha bochecha, limpando as lágrimas secas. 

— Eu vi meu pai entrar na diretoria. Ele já esteve aqui antes, quando fugi outras vezes. A escola costuma me entregar, uma estúpida política de família unida, acompanhamento, uma baboseira que já quase custou minha vida... 

Senti meus olhos começarem a se encher de novo e o desespero voltar gota por gota. A respiração, os pensamentos.

— Calma, calma, eu sei, agora eu tô aqui... não vou mais deixar que ele te faça mal. 

Chanyeol me puxou pela nuca até que estivesse encostado em seu peito, deixando que o desespero fosse embora em forma de lágrimas. 

— Isso, pode por pra fora. Chorar lava alma, Baek.

Respirei fundo por uns cinco segundos antes de parar de chorar novamente. E antes que percebesse, o lenço lavado com água fresca estava em contato com meu rosto novamente.

Chanyeol passou o lenço pelo meu rosto mais algumas vezes antes que pudéssemos ouvir o sinal tocar lá fora. Nossos olhares se encontraram no momento em que ouvimos alguém bater a porta. 

— Senhor Byun?—  Ouvimos a voz da diretora. Fechei meus olhos num suspiro. —  Sei que está ai dentro com o Senhor Park. Os dois, por favor, me acompanhem até minha sala. 

Ouvimos seu sapato batendo contra o chão algumas vezes, o som se afastava quando tudo ficou silencioso por um tempo, e de repente ouvimos os paços vindo em direção ao banheiro novamente. 

— E só para que fique mais tranquilo, eu sei que teve um ataque de pânico Baekhyun. Sinto muito por não ter notado antes. Sinto por tê-lo entregado às mãos dele novamente. Espero que entenda que eu tive meus motivos. Seu pai já deixou os aposentos da escola, os espero em minha sala. 

Chanyeol e eu nos olhamos. Se ele já foi, o que ela ainda quer?
                         ∆

Assim que ouvimos a diretora se afastar, nos encaminhamos a sala dela. Na minha cabeça, apenas uma pergunta se passava. Se ele já tinha ido embora, o que ela queria?

Batemos na porta com cautela e esperamos até ouvir a autorização da Senhorita Park, a diretora. 

— Sentem-se, por favor. 

Chanyeol e eu nos sentamos nas cadeiras postas em frente a mesa, ao centro da sala, de frente a senhorita consideravelmente jovem para seu cargo. A sala me lembrava aquelas de filmes americanos, onde tudo era meio marrom por causa da madeira antiga posta por toda sala. Em todas as estantes, cadeiras, mesas, tudo era madeira. 

— Imagino que estejam se perguntando por que eu ainda necessito de sua atenção. — Ela pôs uma pasta sobre a mesa de centro. — Isso lhe pertence, senhor Byun. São seus documentos de matrícula. 

Admito que me senti curioso. Para que eu precisaria disso?

— Gostaria que soubesse que a escola está ciente de sua convivência com seu pai, e do processo que Xiao Fein está movendo para se tornar oficialmente sua responsável legal. 

Park Sooyoung descruzou suas penas e se projetou alguns centímetros para frente. 

Tudo na mulher a minha frente me parecia estranhamente familiar. A forma como os longos dedos brancos, cheios de anéis, se puseram sobre a pasta. O cabelo preso, sem nem sequer um único fio fora do lugar, a voz suave e o olhar feroz, as pernas juntas uma a outra para proteger o vácuo causado pela saia. 

Tudo nela me parecia tão próximo, mas tão longe. Olhá-la se assemelhava a ter uma palavra na ponta da língua, mas nunca conseguir pronunciar. Era como se a qualquer momento eu fosse capaz de me lembrar, mas nunca de fato lembrava. 

— Aqui estão alguns documentos explicando como funcionará o processo de transferência legal perante a escola, e uma lista onde constam os documentos que ainda faltam para a conclusão do processo. 

Suas belas mãos empurraram a pasta em nossa direção. Inconscientemente levei minha mão perto à dela, apenas para sentir como seu toque soava gelado ao meu. Um arrepio correu pela minha espinha, e olhando no fundo dos olhos daquela mulher, senti passar pela dela também. 

Me desconectei de seus olhos para olhar em direção a pasta e da pasta para Chanyeol. Diferente da senhorita Park, o olhar de Chanyeol me passava toda segurança que faltava para que eu recolhesse a pasta por fim. Pela fração de segundos que mantive aquele olhar junto ao meu, puxei a pasta em minha direção e a juntei ao meu peito. 

— Obrigado. — Foi tudo que fui capaz de dizer à aqueles olhos. Olhos da dama de gelo. 

— Isso é tudo por enquanto. 

Nos levantamos e novamente ela pareceu exitar a respeito de algo, como no banheiro. Nos curvamos levemente em respeito e nos encaminhamos a porta, Chanyeol veio ao meu encalço, como uma sombra. 

— Senhor Park — Ouvimos assim que pus a mão na maçaneta da grande sala. —, será que pode me deixar a sós com o Senhor Byun?

Nesse momento, acredito que Chanyeol tenha congelado tanto quanto eu. Respirei fundo e me esforcei para manter em mente que nada poderia me acontecer ali. Senti Chanyeol tocar meus dedos apoiados a maçaneta, como uma pergunta. Com um suspiro, respondi em voz alta. 

— Tudo bem. Deve ser importante. 

Vi de canto de olho Chanyeol assentir e tomar a frente, saindo pela porta. 

— Baekhyun. — Foi tudo que ouvi. — Você não vai sentar?

Sentar? Claro. Por que mesmo eu ainda estava de pé?

— Claro, desculpe.

Arrastei meus pés lentamente até que estivesse sentado novamente frente a frente para a dama de gelo. 

Dama de gelo. Apelido carinhoso dado a alunos que convivem constantemente com a jovem diretora, seja por boa ou má conduta. 

— Imagino que ainda esteja assustado — A ouvi suspirar —, e entendo. Mas precisava falar com você. 

Nossos olhares se conectaram novamente, me dando mais uma vez uma profunda sensação de familiaridade. Me pergunto de onde eu a conhecia. 

— Eu queria que você soubesse que sinto muito e que farei o que estiver ao meu alcance. A escola ajudará Fein no agrupamento de documentos. Por favor, abra a pasta. 

Com cada milímetro de movimento estritamente calculado, cautelosamente abri a pasta. 

Não era realmente como se ela fosse explodir se eu a abrisse normalmente, ou a senhorita Park fosse me fazer algum mal, mas algo naquele momento me apavorava. Talvez fosse a tensão escondida nos olhos da dama de gelo.

Olhei o primeiro documento da pasta com um misto de medo e expectativa, para ver que se tratava de um documento de identificação.

— Por favor, leia atentamente. Gostaria que me dissesse o que acha. Essa é a ficha pessoal da sua futura responsável legal, por algum tempo.

Por um momento, pensei onde exatamente Park Sooyoung queria chegar. Responsável? E por um momento? Todas essas perguntas passaram pela minha cabeça tão rápido quanto um raio, e todas sumiram quando comecei a ler o que havia no documento.

O documento se assemelhava a uma ficha, e era preenchida da seguinte forma:

Documento pessoal de identificação.
(Documento específico para responsabilidade legal)
Nome: Xiao Fein
Filhos(as): Xiao Yan e Xiao Luhan
Marido/esposa: Xiao Xian
Ocupação: Mãe em tempo integral
Este documento serve para identificação de responsabilidade legal.
Você se tornará responsável legal de: Byun Baekhyun

Levantei meus olhos rapidamente, perguntando silenciosamente o que aquilo significava. Quer dizer, se era mesmo o que eu havia entendido. Então a mãe do Luhan ia mesmo...

— Você entende o que isso significa, Baekhyun?

— Acho que sim...

— Você possui objeções?

— Em relação a Xiao Fein? De forma alguma. Ela foi minha mãe quase a vida toda. 

No momento em que terminei essa frase, podia jurar ter visto uma faísca passar voando pelos olhos da senhorita a minha frente. 

— Ótimo. A escola estará ajudando no mover da ação legal contra seu pai, em apoio a solicitação da sua guarda requerida por Xiao Fein. Forneceremos documentação a seu favor e se necessário testemunho que comprove sua boa conduta escolar, apesar dos abusos. 

— Fico imensamente grato... 

Algo ali havia mexido com a dama de gelo, eu podia sentir isso. 

— Pode se retirar agora, senhor Byun. E leve essa pasta com você.

Essas foram as últimas palavras da dama de gelo direcionadas a mim antes que eu saísse da sala. 
                         ∆

Com a cabeça baixa e os pensamentos fluindo, caminhei calmamente pelo corredor, pensando na cena que havia se desenrolado a pouco. Por que será que ela estava fazendo tudo aquilo? Era difícil decifrar os sentimentos da dama de gelo.

Algo nela me transmitia aquela esquisita sensação de familiaridade. Me incomodava sentir como se grande parte do meu passado houvesse simplesmente sido apagada da minha cabeça. Haviam tantas coisas de quando eu era criança que eu simplesmente não lembrava. O que exatamente tudo aquilo significava?

Andei por mais algum tempo até avistar Luhan andando pelo corredor com as mãos nos bolsos, olhando em volta como quem não tem nada melhor para fazer. 

Estanquei meus pés no chão e observei meu melhor amigo andando como quem não quer nada. Por um instante jurei que pude sentir meu coração acelerando.

Nossa, como eu o amava. Luhan era definitivamente uma das pessoas mais importantes do mundo para mim.

Esperei que ele acordasse sozinho, não queria tirá-lo de onde quer que ele estivesse. Caminhou mais alguns passos a frente até que seus olhos se voltassem para frente e ele finalmente me visse. 

— Oi. — Ele me disse, se aproximando com um genuíno sorriso no rosto. Foi inevitável sorrir também. 

— Oi.

— Soube que você foi raptado pela senhorita Park. 

— Algo assim. 

Nesse momento, com o sorriso de Luhan e tudo que eu já sabia, não pude evitar que meus olhos transbordassem todos os sentimentos que segurei diante de Park Sooyoung.

— Por que está chorando?

— Porque acho que finalmente está tudo voltando para o devido lugar. 

— Ah... — O sorriso de Luhan rapidamente se transformou num catastrófico esforço para não rir. — Ela te contou, não contou?

Assenti com a cabeça.

— Como pode esconder de mim que sua mãe vai lutar pela minha guarda?

— Bom, para início de conversa eu não escondi absolutamente nada. A senhora sua futura responsável, Xiao Fein, fez isso por conta própria. 

Nesse momento não contive minha risada. Por um momento as coisas pareceram realmente se aliviar para mim. Quer dizer, a mãe do Luhan se tornaria detentora da minha guarda, e com a ajuda de Park Sooyoung tudo parecia se encaixar mais facilmente. Eu já não convivia com meu pai a semanas, e as coisas com Chanyeol se encaminhavam a passos lentos, como eu acreditava ser melhor. 

Tudo parecia cada vez mais encaminhado para um grande final feliz na trágica estória que eu chamava de vida.

 


Notas Finais


gente bateu um orgulho do que eu escrevi enquanto corrigia
Desculpem pelo atraso da semana passada, eu realmente estive super ocupada
Me sigam no twitter, você encontra umas parada perdida sobre isso aqui lá e meus surtos diários por idols! @MESLKaori
Beijos, e ah @Unhyecorn, muito obrigada pela capa princesa, de verdade


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