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História Felidae - Primeiros passos


Escrita por: lalascarlet950

Notas do Autor


Sejam bem vindos hehehe
A história é abo. .mas decidi colocar algo a mais como o a parte híbrida... talvez esteja difícil de entender no começo, mas tenho certeza que será mais fácil acompanhar a leitura com o passar dos capítulos.

Capítulo 1 - Primeiros passos


Fanfic / Fanfiction Felidae - Primeiros passos

A gravidez de risco tinha finalmente chegado ao seu fim. Após longas horas de espera a mãe se via descansada num belo quarto de hospital, ansiosa pela abertura da porta trazendo  seu tão precioso filhotinho, que no primeiro segundo de vida já deu alguns sustos nos médicos de renome que a essa hora terminavam os exames de sangue do bebê.

Só de pensar o quanto sua família esperava por esse dia sentiu mais um sorriso bobo sair de seus finos e delicados lábios. Lembrava de cada conselho das novas vovós nas visitas do  período da tarde pra acompanhar uma jogadela de conversas e experiências passadas, juntos de risos e pequenas lágrimas contidas ao sentir os primeiros sinais de um novo ser se formando dentro de si.

Como amava ficar o dia todo sentada na poltrona empurrada pelo marido na varanda de seu quarto apreciando o aconchego do sol enquanto passava a mão em seu ventre recebendo pequenos e tímidos chutes do filhote, como se o mesmo reclamasse toda vez que o calor da mão de sua mãe se afastava.

Foram várias e várias tentativas frustradas de ter um filho, mesmo quando conseguia engravidar sua felicidade era impedida por um aborto espontâneo ou problemas de saúde, mesmo quando todos ao seu redor diziam que era hora de parar, que nunca teria filhos, que não daria certo, a nova mãe mantinha sua fé, buscava de todas as formas seguras ter um descendente, ela sabia que era arriscado, mas nada a impedia de desfrutar de um dos melhores prazeres que poderia receber em toda sua vida.

Foi justamente por manter as esperanças que agora ela poderia desfrutar dessa nova sensação. E isso ela fazia questão de deixar bem claro ate para os pássaros que costumavam fazer uma visitinha no quintal de sua casa- vulgo  palacete.

Agora se encontrava entretida com a pelinha dos dedos, os mesmos de uma hora pra outra tinham virado mais apetitosos que o comum. Estava bem visível sua falta de paciência, mas oque poderia fazer? Assim que deu a luz ao bebê escutou os médicos cochichando em vez de choros infantis, teria entrado em desespero no mesmo segundo se seu marido não estivesse sorrindo acariciando seu rosto, após serem surpreendidos com um  resmungo manhoso e baixo do filhotinho.

Os médicos disseram que era muito raro aquilo acontecer.E para ela isso foi a gota d’água, chamaram o ser mais lindo do mundo, segundo a mesma, de “aquilo”, claro que ela não deu uma de escandalosa como queria fazer, mas ficou emburrada o tempo todo em que as enfermeiras cuidavam de seu corpo. Xingava mentalmente o médico que proferiu tal insolência enquanto o via se afastando levando seu pequeno pra longe.

Queria vê-lo, toca-lo, cheira-lo, fazer tudo que imaginou ao longos dos intermináveis meses de gestação. Período esse que descobriu que teria um garotinho correndo pelos móveis da casa, que veria dois olhinhos curiosos a cada objeto em seu alcance de visão, e seria acordada de sua pequena soneca da tarde pra brincar ou apenas dar atenção ao pequeno.

Sua família ansiava pela chegada do menino, que o mesmo fosse tão forte quanto cada um dos parentes vividos de sua geração sanguínea. A mãe e o pai vinham de cadeias sociais de grande prestígio e respeito, estavam entre os descendentes do gênero phantera, não poderiam ter maior orgulho de seus genes. Embora fossem dois alfas com grandes responsabilidades nas costas, nada os impediu de se amarem e se marcarem .

Esta certo que era complicado a convivência do casal as vezes, já que eram orgulhosos e autoritários, mas sempre achavam um jeitinho de amenizar as coisas antes que um resolvesse “matar” o outro. Entre um desses jeitinhos estava a satisfação sexual quando entravam no cio, seus instintos sempre os faziam querer comandar a relação, e isso resultava em alguns machucados e dores musculares, resolveram que o certo – se é que poderia ser chamado assim- era arranjar um ômega.

A princípio não foi nada fácil, tinha de ser a pessoa certa tanto para o casal quanto para a família, pois queriam manter uma boa relação sanguínea, se os dois já não estivessem unidos para o resto de suas vidas, com toda certeza seria inválida a entrada de um ômega no âmbito familiar. Eles eram líderes alfas de grande poder e responsabilidade, e como tradição tinham que se casar pra juntar as alcatéias.  No final cada um achou o parceiro ideal, mesmo que soasse estranho – muuuuito- os quatro se casaram, e com isso mais tarde a ômega do marido veio a ter um bebê, um garoto muito belo de descendência leonina, que pra surpresa de todos era um beta.

A alfa ria ao se lembrar do garoto todo desajeitado aprendendo a andar, soltando risos nada discretos e de como ficava irritante quando não conseguia terminar alguma coisa, como por exemplo falar, odiava quando os adultos estavam na sala jogando assunto fora e de seus lábios só saiam frases desconexas. Ele era uma bebê muito extrovertido, as vezes era difícil acreditar que era da descendência dos leões.

O mesmo vivia pedindo um irmãozinho a sua segunda mãe, era ate fofo quando saía todo animado da frente da televisão e subia no colo da alfa com aquele sorriso enorme falando no como vai brincar disso e aquilo com seu maninho mais novo, e sim, ele sempre insistia em dizer que seria um garoto, tanto que quando a tão esperado notícia chegou ele tratou de se gabar pra todos os parentes, mesmo que não conseguisse entender oque aquela palavra significava.

Depois do que pareceram séculos, a porta finalmente foi aberta pela enfermeira sorridente que era seguida por uma médica com um certo volume de tecidos em seus braços. A alfa tratou de se ajeitar da forma mais rápida na cama para enfim ter seu bebê sobre sua guarda. Ah , a sensação, aquele corpo tão frágil e pequeno enroladinho em uma pequena manta azul clara sobre seus braços revelando o rostinho mais sereno do mundo.

O bebê estava com seus olhinhos fechados agarrado a pequena cauda de listras claras com pelo na ponta. A mãe ficou vidrada no rosto do filhote, era tão indescritível os sentimentos que rodeavam seu corpo naquele exato momento, a única coisa que pode fazer foi sorrir e deixar as lágrimas descerem seu rosto cansado. E pensar que tantas dores poderiam ser apagadas com um simples bocejar manhoso do garotinho.

-meu pequeno filhote – disse baixo enquanto lhe deixava um singelo beijo na testa, aproveitando para decorar cada partizinha de seu minúsculo corpo, desde os pelos claros ate seu cheiro. Sim o cheiro, nunca havia sentido algo tão viciante em sua vida, era incrível a essência que o filhote conseguia liberar mesmo tendo tão pouco tempo de vida. A mãe estava fascinada com tamanho poder que o pequeno estava exercendo em sua mente e coração, pela primeira vez na vida se deixou ser comandada tão facilmente, e a ordem foi... “eu serei sua nova razão de viver”.

A mesma  havia sido presa a corrente protetora, naquele momento ela já sabia que passaria a viver de um novo jeito. Sua vida enfim estava recomeçando, agora em uma forma mais quente e manhosa sobre seus braços.

A leoa estava aturdida com tamanha beleza que seu bebê tinha, que ao menos notou que outros pares de olhos curiosos estavam ao seu lado. Deu uma pequena gargalhada quando o garotinho de três anos começou a cutuca-la em busca de atenção. Se virou para o mesmo o chamando pra sentar na cama, que de imediato foi obedecido.

- qual o nome do meu irmãozinho? – disse animado brincando delicadamente com os fios de cabelo do filhote. A alfa aumentou seu sorriso com a cena de delicadeza do garoto e com todo orgulho acariciou a cabeça dele o respondendo.

- ela se chama Jeongguk, Jeon Jeongguk....

-Jungkook? – falou o garoto meio confuso fazendo sua segunda mãe rir.

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O filhotinho demoraria um tempo pra abrir os olhos, segundo os médicos era por causa da parte em que corria a descendência de tigre do pai, então ele ficaria as primeiras semanas de vida cego, já que isso costuma ocorrer com os portadores desse gene felino.

Durante esse tempo o bebe apenas dormia e recebia todo carinho da mãe, que só aumentaria com o passar de seu crescimento.

Ele era o bebê mais charmosinho do mundo segundo as empregadas da casa e de todos os que ali entravam. Não era pra menos, tinha uma pela brilhosa e mordível com pelos macios, sua cauda era uma mistura de listras do pai com pelo na ponta igual ao da mãe, sem falar nas orelhas, ah as orelhinhas, sempre estavam erguidas em constante movimento, como se decorasse cada pequeno barulho que o mundo tinha a proporcionar.

Quando completou três anos ainda estava aprendendo a andar, os filhotes costumavam ganhar altura entre outras coisas apenas quando alcançavam a adolescência, esse que os pais queriam que demorasse, e muito.

Sempre estava acompanhado do irmão mais velho, que desde o primeiro dia já havia virado um grude com o menor. Hoseok já havia completado sete anos, e era o garoto mais responsável e brincalhão que a família conhecia, como ele conseguia ser os dois? Nem o próprio sabia explicar, apenas queria saber de proporcionar os melhores momentos para seu irmãozinho, e o ajudar em tudo que for capaz.

-vem kookie, só mais um pouquinho – dizia de joelhos na sala olhando o filhote em pé apoiado com os dois bracinhos no sofá. Jungkook fez um bico enorme rosnando, odiava quando não conseguia fazer uma coisa, isso sempre impressionava o beta que ria com a pouca paciência do menor. – vamos, depois eu te dou um pedaço de pizza

-pi-pit-piz....-tentava dizer a palavra que mais amava ouvir enquanto soltava um risinho. Hoseok sabia muito bem que os pais não deixavam o filhote comer essas coisas, mais quem disse que ele ouvia?  Seu irmão amava aquilo, e se o mais novo gostava ele faria questão de dar.

-isso mesmo..agora coloca mais força nas perninhas que você consegue...a mamãe falou que eu aprendi rapidinho, então você também vai.- abriu os braços incentivando Jungkook a sair de perto do sofá e ir ao seu encontro.

-guk...piz ..- tentava formular a frase enquanto dava um passo de cada vez, quase tropeçando quando toca a cauda no chão. Apertou as mãozinhas e terminou a trajetória exaustiva ate os braços quentes e acolhedores de seu hyung.

-viu como é fácil seguir em frente quando se tem um objetivo? – gargalhou o beta acariciando as orelhas do baixinho. Enquanto isso os pais sorriam da escada vendo o como ter hoseok ao lado de jungkook esta o fazendo bem, ficaram surpresos quando o garoto disse uma frase tão sábia. Pois é, eles tinham uma família muito sortuda.

- piz...guk qué piz...- balançava a cauda freneticamente enquanto era erguido no colo pelo irmão que aumentava as gargalhadas olhando para a cara feia que os pais faziam.

-um pedaço não faz mal a ninguém ...né? – virou o filhote para os adultos quando o mesmo começou a fazer um bico choroso encolhendo as orelhinhas.

- Jeon Hoseok você esta pedindo pra ficar de castigo- a alfa desceu com seu marido acompanhados da ômega.

-eu só estou realizando os desejos do meu irmãozinho, as senhoras são muito malvadas...duas mães  e nenhuma deixa a gente comer o que quer.- resmungou levando um peteleco na testa do pai alfa. – ai pai....o senhor nem pra ficar de meu lado, justo o senhor que sempre da aqueles biscoitinhos de madrugada pra gente.

-como assim?, senhor Jeon kou quero boas explicações- a alfa olhou para o marido que se encolheu jogando um olhar assassino para o filho dedo duro.


Notas Finais


querem que eu poste o segundo capítulo?
eu costumo fazer eles mais explicativos pra q vcs entendam melhor o mundo que criei e tudo que quero que meus personagens passem.
-espero que tenham gostado.


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