1. Spirit Fanfics >
  2. Felino >
  3. 02.Nova vida, Novas experiências.

História Felino - 02.Nova vida, Novas experiências.


Escrita por: GaymerNilo

Notas do Autor


Segundo capítulo, até o próximo, boa leitura.

Capítulo 3 - 02.Nova vida, Novas experiências.


Fanfic / Fanfiction Felino - 02.Nova vida, Novas experiências.

A luz queria adentrar nas frestas de minha persiana, por sorte estava tudo bem escuro e aquecido no meu quarto... Havia algo respirando do meu lado, era Luck... Que sorte não? Hoje o dia estava perfeito para permanecer na cama, pelo menos era o que eu pensava; Ross entrou no quarto todo animado e acendeu a luz, me levantei e o olhei. Segurava uma bandeja na mão com panquecas em calda e blueberries com um suco de melancia fresco... Parece que ele andou notando o que eu mais gostava de comer. Sem delongas meu tio fala alegre:
- Bom dia meu sobrinho.
- Bom dia tio. - Respondo ainda sonolento, ele me sorri aquele sorriso pontual e diz ao animal:
- Bom dia Luck, sua comida está na vasilha.
- Como se o animal entendesse tudo que lhe foi dito se levanta e sai pela porta com a cauda levantada, intrigado eu apenas soltei:
- Engraçado.
- Nós somos bem comunicativos. - Tio Ross brinca e eu respondo rindo:
- Percebi hahaha
- Termina de comer e vá se banhar depressa. - Ele dizia batendo em minha perna e indo para fora, eu olho o relógio e questiono confuso:
- Porque tão cedo?
- Hoje é seu primeiro dia de aula. - Tio Ross fala alegre e eu apenas disse sem graça:
- Ah é, verdade.

Após o delicioso café que tive a oportunidade de saborear, fui ao banheiro em passos curtos e pesados, não fazia parte dos meus planos ir para o terceiro colegial. Tenho um uniforme pra montar, pistas para juntar, informações pra coletar e ainda meu treino diário... Isso ia ser complicado. Tranco a porta com a chave e tiro meu famoso pijama azul e preto. Ligo o chuveiro e deixo a água cair lentamente em meu rosto. Quente, ela desce pelas minhas costas e passam pelo meu bumbum avantajado, firme e redondo até chegar às coxas grossas, panturrilhas malhadas e por fim meus pés de tamanho 37, afinal, tenho apenas 1,65 de altura e 54 kg. O banho foi revigorante, depois de estar completamente limpo e cheiroso eu saio e me seco por inteiro, coloco uma camiseta azul clara, uma calça jeans e um all star bota preto. Enquanto seco meu cabelo esfregando a toalha verifico a bolsa, tinha de tudo realmente, organizo tudo e por fim guardo a máscara que tentaria devolver em alguma ocasião.

- Harvey eu estou indo pro carro, você está pronto? - Tio Ross gritava do terceiro andar, coloco a mala em minhas costas e desço as escadas respondendo:
- Estou sim tio.
- Ótimo, o colégio é perto, mas eu preciso chegar cedo, sou o coordenador. - Ross continuava a se justificar como sempre faz, eu gosto disso nele. Nós entramos no carro e quando ele da partida e sai em direção o nosso destino diz sem olhar para mim:
- Só hoje para você aprender o caminho, nos demais dias da pra acordar mais tarde.
- Sim eu entendi tio, obrigado. - Eu falo a ele, sinto que tudo o que ele faz é realmente porque se importa comigo. Ainda sim, depois de tudo que já fez por mim tem a coragem de me olhar curioso e questionar:
- Pelo que Harvey?
- Por tudo. - Sem querer explicar eu respondo essa junção de palavras cheias de significado, mas a explicação dele me deixa sem direção por alguns minutos:
- Não precisa agradecer, você é meu único sobrinho e eu te amo.
- Para a minha sorte chegamos ao colégio, era bem grande e estava cheio de adolescentes da minha idade, provavelmente de cabeças vazias e superficiais. Tio Ross bate duas vezes na minha perna esquerda e fala:
- Chegamos, antes de sair vou avisar, eu sou o coordenador aqui e se aprontar não vou pegar leve.
- Tudo bem tio Ross, eu vou me comportar. - Brinco com ele e o mesmo segura minha mão enquanto continua;
- Eu sei que vai, bom primeiro dia de aula.
- Obrigado tio até mais tarde. - Eu respondo e saio do carro, ele termina tentando me enxergar pela janela:
- Até querido, cuidado.

A porta de entrada era um inferno, repleto de pessoas da faixa etária de quinze até dezessete anos. Grupos diversos, às vezes baseados no sexo, cultura, estilo musical ou sexualidade, eu ia me sair bem aqui. Caminho até a entrada e sinto todos me encarando como o bom novato que sou a maioria me analisava de cima até em baixo... É vai ser legal. Dois rapazes fecham o meu caminho e um deles estende a mão, eu tento o cumprimentar:
- Oi eu sou Harvey... - Mas antes de tocar em sua mão com o gesto, ele a puxou de volta e cerrou o punho dizendo:
- Não novato, o dinheiro do lanche.
- Agora. - O terceiro rapaz disse, e eu entendi, são os famosos bully, já li sobre eles, eu apenas sorri e comecei a estalar os dedos enquanto soltava um leve:
- Ah ta.
- Eu podia ter me virado muito bem com os dois, nada seria mais fácil, mas ai ele apareceu.
- Ei Bill, Mike, deixem o novato em paz. - Um garoto chamava a atenção deles. Ele era alto, musculoso, tinha um queixo forte e marcado, a barba por fazer, seus cabelos eram pretos e curtos com um leve topete arrepiado na frente, sua pele queimada do sol era morena, provavelmente já foi clara antes; e seus olhos da cor do favo de mel que as abelhas só fazem na primavera, de voz grossa ele de alguma forma intimida os rapazes, um deles responde:
- Tyler? É claro, desculpa ai.
- Os dois somem na multidão e o estranho fala comigo:
- Oi, eu nunca te vi aqui você deve ser novo.
- Sim eu sou. - Respondo tentando desviar o olhar, meu coração está acelerado e eu não sei o motivo. O moreno se apresenta com um sorriso lateral:
- Eu sou Tyler.
- Me chamo Harvey.

Depois de toda a confusão eu fui até a sala que fui designado, primeira aula era de física. Como já imaginava a matéria foi bem simples, eu como formalidade terei que me apresentar para os alunos, o professor, senhor Gil, me chamou do fundo da sala:

- Senhor Harvey, poderia vir aqui na frente e falar um pouco de você?

- Claro senhor Gil. – Respondi e andei com receio até a frente da lousa onde todos me encaravam, os olhei por um momento e senti uma palpitação estranha, como quando fui deixado aos doze anos na cracolandia só com um canivete... Era ansiedade aquilo, respiro fundo e começo:

- Bom dia! Chamo-me Harvey e tenho dezesseis anos.

- Olá Harvey, sou Stacy, de onde é? – Uma garota loira extremamente bem vestida de olhos azuis fala na frente da classe toda, eu me mantenho firme e continuo:

- Na verdade eu sou desta cidade mesmo, mas sempre estudei em casa.

- Nossa então nunca frequentou um colégio? – Ela pergunta e eu apenas respondo sinceramente:

- Nunca.

- E no ultimo ano decidiu entrar em um? – Stacy fala e o professor a corta com um tom autoritário:

- Senhorita Stacy, por favor.

- Não tudo bem, é que na verdade meu pai morreu e ele me ensinava em casa, agora moro com meu tio Ross e ele me matriculou. – Eu respondo a garota, ela sorri e me convida com suas amigas:

- Então seja bem vindo, senta aqui com a gente.

- Eu afirmo com a cabeça e sento com ela e mais duas garotas, Britany e Lindsay. Britany era loira também, mas possuía os olhos verdes limão, enquanto Lindsay era morena de cabelos encaracolados, assim como Stacy, eram bem vestidas, impecáveis, com certeza as famosas garotas populares do terceiro colegial.

Fiz um pouco de amizade com elas enquanto me perguntavam todo o tipo de bobagem, parecia que realmente queriam fazer amizade comigo. Elogiaram minhas roupas como se vestisse algo interessante e até disseram que gostaram do meu pequeno chaveiro dado pelo tio Ross. O intervalo chegou e as garotas se levantaram para ir ao refeitório, Stacy se vira para mim e pergunta:

- Você não vem?

- Sim, eu vou sim. – Respondi e peguei minha carteira, fomos até o refeitório onde já tinha todos os alunos, eles literalmente abriram espaço para as três passarem, comecei a entender essa hierarquia. Stacy na verdade era uma garota bem simpática, ela continuava a conversar comigo:

- Você precisa entrar na equipe de líder de torcida.

- Como assim? – Eu pergunto enquanto vamos pegando o que queremos comer, e a loira continua a me explicar sobre esse novo mundo:

- Nós precisamos de garotos lá e você não tem porte de que jogaria futebol.

- Ou basquete. – Britany fala e Lindsay continua com um tom como se falasse algo extremamente engraçado:

- Tem cara de que participaria do teatro.

- Isso é suicídio social. – Stacy fala para as amigas que riem e Lindsay termina:

-Total.

- Mas antes de qualquer outro diálogo, Tyler aparece, pelo visto também tem o status social alto, fazem o mesmo com ele que fizeram com as meninas, pela blusa ele fazia parte do time de futebol, rodeado com mais cinco jogadores ele chega e me cumprimenta como se fossemos amigos:

- Nossa Harvey, achei que não ia te ver tão rápido, pelo visto é do terceiro A.

- Sim, por quê? – Eu questiono tentando desviar o olhar, e o moreno alto continua:

- Eu sou do terceiro B, e esses aqui são meus amigos: Liam, Jordan, Colton, Logan e Scott.

- Prazer rapazes. – Eu respondo meio sem graça, eu sou seguido por uma onda de "Oi" "Eai" "Beleza?" e outros cumprimentos. E então o mais inesperado aconteceu, Tyler tomou Stacy pela cintura e os dois se beijaram algo bem cinema, após se distanciarem o rapaz diz:

- Senti saudades.

- Eu também amor, como já conhece o Harvey? – A loira pergunta a ele sobre mim, mas pra falar a verdade o beijo ainda passava na minha cabeça, parecia que havia me incomodado, o que é estranho porque nada me incomodava, e Tyler explicava coçando a nuca:

- Bill e Mike já queriam intimidar ele e eu o salvei.

- Aqueles imbecis? Awn você é um herói. – Stacy envolvia seus braços no pescoço do rapaz demasiadamente mais alto que ela, e o rapaz fala mudando de assunto algo que realmente me deixou em alarme:

- Falando em herói vocês viram as noticias?

- Quais? – Britany questiona e ele continua com toda a empolgação:

- Um adolescente vestido de gato impediu um assalto em uma joalheria ontem.

- Ai amor você e sua paixão por super-heróis. – A líder das garotas brincava e apertava a bochecha de Tyler. Liam, um dos amigos do rapaz continua o assunto:

- É eu vi, os bandidos disseram que ele pulava como um gato.

- Sim, os policiais dizem que não existe espaço para vigilantes na cidade e ele é considerado um bandido. – Tyler diz e eu acabo me envolvendo no assunto:

- Eu não penso assim, acho que ele fez o trabalho que a policia não conseguiria fazer.

- Exatamente! Essa iniciativa é ótima, eu mesmo se pudesse seria um herói. – O moreno e responde com entusiasmo, percebo que ele realmente gosta desse tipo de coisa, e Scott fala:

- Sim, mas teríamos que ter poderes para isso.

- Mas esse rapaz não tinha e fez o serviço não? – Eu falo e Tyler concorda:

- Isso mesmo, todo mundo pode ajudar a combater o crime se quiser e tiver o preparo certo.

- Vocês são loucos. – Lindsay fala revirando os olhos e eu pergunto curioso:

- E como estão chamando ele?

- Alguns de Gatuno e outros de Felino. – O mais alto me diz, e na verdade não achei os nomes ruins, mas Gatuno remete tanto a ladrão, talvez Felino não seja uma má ideia. Mas Tyler troca de assunto perguntando à namorada:

- A propósito porque estão andando com o Harvey?

- Stacy decidiu que precisávamos de um melhor amigo gay. – Britany responde antes da líder e o moreno me questiona curioso:

- Espera, você é gay Harvey?
 


Notas Finais


Beijos, comentem ai o que acharam das novas experiencias do perdido e timido Harvey.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...