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História Felino - Primeiro passo


Escrita por: GaymerNilo

Notas do Autor


Obrigado pelos favoritos e comentários.
Mais um capitulo caran, beijos e boa leitura 💙

Capítulo 5 - Primeiro passo


Acordei na manhã de terça-feira sonolento com Luck passando as patas em meu rosto. Ross como sempre estava alegre e animado com o dia, ele é uma pessoa incrível. 
Tomo um banho tranquilo e desço para tomar café da manhã. Como de costume meu tio estava tomando seu café preto e forte com seu sanduiche de geléia e pasta de amendoim. Encho uma tigela de cereal matinal e despejo leite quando escuto miados. Luck também queria leite, concedo seu desejo e encho sua tigela, o que faz Ross soltar um leve riso, eu, sem hesitar o pergunto:
- O que foi?
- Vocês se dão muito bem. - Ele responde enquanto termina o lanche, encaro o animal enquanto mastigo o alimento de milho e falo:
- Pode se dizer que sim.
- Fico feliz com isso. - Ross termina sorrindo enquanto segura sua xícara apoiado na pia da cozinha, eu olho o celular repleto de mensagens das garotas e dou um pequeno toque ao meu tio:
- Vamos tio?
- Opa! Vamos Harvey. - Ele olha seu relógio de pulso e engole o resto do café, coloca o recipiente na louça suja e corre para pegar as chaves. Sei que poderia ir mais tarde e sozinho, mas percebi ontem que ele ficou muito alegre de irmos juntos.
No caminho trocamos pequenos diálogos até chegar à porta da escola. Eu desço e nós nos despedimos, ando até a entrada onde sou surpreendido por Tyler que coloca a mão em meu ombro, quase espontâneo eu teria torcido seu pulso, resquícios do treinamento de meu pai. Por algum motivo o sorriso que ele me deu me fez repetir o gesto.
- Bom dia Harvey. - O mais alto me fala e eu respondo:
- Bom dia Tyler. 
- Sobre ontem, desculpa se te constrangemos. - Tyler diz meio sem graça esfregando a nuca em sinal de nervosismo e eu deixo clara a situação, queria acabar com o assunto ali;
- Tudo bem, eu não me importo.
- Eu sinto que podemos ser grandes amigos. - O jogador termina e me lança um olhar que pareceu penetrar minha alma, apesar de sentir um arrepio na espinha apenas digo antes de me virar e sair andando:
- Ah tá… Bom, vou indo.
- Até mais tarde. - Escuto ele dizer enquanto ando no corredor, só me viro e aceno em resposta. Ao chegar à sala sou recebido por Stacy:
- Porque não respondeu minhas mensagens?
- Bom dia Stacy… Na verdade nem as vi. - Respondo disfarçando, na verdade, sinto que não a devo satisfações, mas é sempre bom manter um bom relacionamento. A loira sorri e continua:
- Fica sempre atento com o seu celular, podia ser importante, você é um Spice agora.
- A tá, obrigado pela dica. - Agradeço acenando com a cabeça e Stacy começa a falar sobre seus panos, planos para a minha pessoa:
- Amanhã você vai fazer o teste, mas hoje você vai conosco comprar roupas.
- Vamos te fazer um gay estiloso! Uhul! - Britany bate palmas enquanto pula, Stacy e Linday fazem o mesmo animadas e eu respondo:
- Ah, legal… Eu acho.
- Vamos pra sala querido. - Stacy se entrelaça no meu braço e vamos juntos para a aula.
Durante a aula as garotas não conseguem ficar em silêncio. Um assunto mais bobo e irrelevante que outro.
O intervalo não podia ser diferente, exceto por um ocorrido que com certeza me deixou quase sem reação. Estávamos na mesa no meio do refeitório quando Tyler apareceu, ao invés de cumprimentar sua namorada, a primeira pessoa com quem ele falou fui eu mesmo:
- Harvey, como está?
- Bem e você Tyler? - Respondo a pergunta redundante, pois tivemos um diálogo semelhante hoje cedo, e então o moreno propõe:
- Tem um tempo livre depois da aula? Tenho algo pra te mostrar.
- Eu sou invisível agora? - A namorada questiona com uma face realmente incomodada, o namorado sem jeito inclina até ela enquanto fala:
- Oi amor, claro que não.
- Você chegou e já grudou no meu GBF. Parece até que estava com seu melhor amigo. - Stacy explica o motivo de sua carranca. Tyler fala enquanto acaricia a bochecha dela: 
- Conheci-o ontem assim como você minha linda, só estou interessado em conhecer ele um pouco mais. -Por falar em bochecha, a minha queimava ao ver aquilo, e a maior duvida era; por quê? A líder das Spice continuava:
- Ele não vai entrar no time de futebol Tyler, ele já é nosso.
- Tudo bem, eu não quero isso. - O maior a respondia e me olhava enquanto isso. Ele me devorava de dentro pra fora com aquela expressão. Queimava, começo a entender o que era desejo. Mas Stacy me trás de volta a realidade com suas explicações ao seu namorado:
- Depois da aula vamos ao shopping, por isso ele não vai te ver mais tarde. Até convidaria você, mas, vamos comprar roupas.
- Não não, hoje eu tenho treino mais tarde de qualquer maneira. - Tyler dava de ombros enquanto se levantava para ir embora, a loira dizia sorrindo:
- Tudo bem então Tyler.
- Amanhã depois da aula Harvey? - Ele solta antes de ir embora, eu só consigo soltar um rouco e baixo:
- Claro, porque não?
- Até então. - Tyler termina e sai andando após eu dizer:
- Tchau Tyler.
- O que será que Tyler ia querer com Harvey? - Britany pergunta curiosa e Stacy revira os olhos enquanto bebe seu suco light:
- Sem dúvidas que era sobre super-heróis bobos.
- Ele gosta muito né? - Lindsay continua o assunto e a namorada brinca sinceramente um pequeno tom de deboche:
- Ter até pôster do Super. Capitão no quarto é um pouco mais que só gostar.
- Mas ele é o líder do time de futebol, isso que importa Stacy. - Britany fala e as três riem quando Stacy fala:
- Eu sei amiga.
- As aulas seguiram como um foguete e eu fui obrigado a assistir conteúdos básicos, quem nesse mundo não entende Química II? Enfim, como prometido fomos às compras. Compramos todo tipo de roupa e acessório, nunca passei tanto tempo em lojas, nem tão pouco provei tantas peças, era quase enlouquecedor, pior, elas queriam montar meus "looks", sem contar que não tinha como ter sentido usar sapa tênis sem meia com óculos escuros acompanhados de gravata borboleta e suspensórios com uma camisa de botões, ainda sim, depois daquilo e ainda rasparem apenas uma lateral do meu cabelo eu fiquei perplexo em como me olhavam mais naquele dia, meninos e meninas. Tudo foi pago por Stacy, seus pais eram separados e seu pai é milionário pelo que ela havia falado, não entramos muito em detalhes, mas agradeci por tudo e fui para casa.

Eram aproximadamente 23h58min PM e meu tio Ross já dormia, depois de tanta enrolação no mundo de plástico estava na hora de ir para o real e extrair informações de quem matou meu pai, quem mais poderia saber disso que Mr. Jonas K? No meu banco de dados que um dia foram de meu pai diz que ele controla mais de oito boates na cidade. Ele é conhecido por gostos peculiares, incluindo garotas e rapazes mais novos, fetiches e drogas, Mas seu foco? Sadomasoquismo. Nada melhor que um garoto jovem aparecer vestido de couro não é mesmo? Está na hora do Felino.
Visto meu uniforme novo, é dia de estreia. Amaria andar de moto, mas podem identificar meu veiculo. A alternativa? O famoso Pakour.
Subo no próprio telhado de minha casa e lá avisto Luck, faço um pequeno afago do seu pescoço até o fim de sua calda, visto a máscara que me ajuda a enxergar no breu, e com um grande impulso me arremesso para o vizinho. Fácil. Faço novamente. E corro de telhado em telhado. Em meio a pulos, giros e acrobacias de todo tipo eu vou me aventurando pela cidade. Silencioso e quase imperceptível. Atravesso a cidade até chegar a DD Club. Salto no beco entre a boate e o outro comercio e estendo as garras para amenizar a queda, escorregando enquanto arranho a parede e faço um som quase insuportável. Chego à porta e me deparo com o segurança.
- A identidade gatinho.
- Me chame de Felino. - Respondo com maldade no tom ao homem, forte, alto e extremamente mal encarado, ele sorri forçado e ainda com os braços cruzados pede:
- A identidade Felino.
- Eu estou sem, não cabe nem um dedo nesse uniforme apertado. - Digo tentando enfiar um dedo dentro da abertura próxima de meu pescoço, ele olha e responde seco:
- Lamento, mas não vai poder entrar.
- Mas o senhor Jonas está me esperando pra um show especial. - Falo mostrando a foto do dono do lugar que guardava no uniforme, o segurança me encara mais um pouco, mas finalmente da passagem:
- Pode entrar, vamos.
- Obrigado grandão. - Termino e entro no local. Como já esperava música alta, luzes fortes no escuro total, estava cheio de pessoas vazias. Fedem a álcool e perfume barato. Meus olhos caçam o meu alvo. O vejo sentado observando uma garota vestida de faxineira dançar. Posso não saber dançar, mas tenho uma bela memória fotográfica e aprendo rápido. Observo todas as dançarinas e os dançarinos de plantão por alguns minutos. Estava pronto, vou até ele em linha reta, imaleável, postura impetuosa, confiança total. Noto que ele me olha, eu apenas empurro a garota e assumo seu lugar, ela resmunga algo, mas eu digo a ela:
- Vaza garota!
- Continuo a dançar apenas para ele, me mostro, me insinuando, rebolo em cima daquele corpo nojento, sentia seu membro velho enrijecer, salto nos descanso de braço de sua cadeira e ali me equilibro o deixando surpreso, vou até sua orelha com os lábios e pergunto:
- Vamos para um lugar mais reservado.
- Você que manda gatinho. - Ele responde e me guia até um local escuro onde não havia ninguém, apenas uma placa de saída de emergência. O chuto com força no estomago o fazendo sair pela porta de costas e me arremesso em cima dele. O homem me tira de cima dele me arremessando com as duas pernas como uma catapulta, eu caio de pé e ele já se levanta enfiando a mão atrás de sua calça, mas o que procurava estava em minhas mãos:
- Procurando isso aqui?
- Ei gatinho vamos com calma. - Jones levantas as mãos em sinal de paz. Eu me aproximo com passos leves e calmos enquanto digo:
- É vamos, eu tenho algumas perguntinhas.
- Sou todo ouvidos. - Ele responde levantando as sobrancelhas chego mais perto falando:
- Esses dias mataram Tom Sebert, era um cara legal, a questão é: Quem e por quê?
- Você é a arma humana. - Jones diz me olhando com os olhos arregalados, curioso, questiono:
- Como?
- Teve boatos que ele se isolou e criou uma arma humana, você pegou os caras na joalheria. - O homem deixa claro porque é um bom informante, ele sabe juntar as peças. Aquilo me deixou irritado, ele sabe quem sou então digo:
- Odeio quando não respondem o que eu pergunto, o gato comeu sua língua? - Lhe dou uma coronhada e ele cai no chão, me agacho e novamente pergunto:
- Agora de novo: Quem o matou e por quê?
- Até onde sei, foi o guarda costas de Anthony a mando do mesmo, seu nome é Montanha. - As informações dele fazem meu sangue ferver, sinto meu corpo esquentar. Por fim falo:
- Ou seja, ele matou o casal de policiais Sebert, e acha que vai sair impune.
- Ele percebe minha desconcentração e tenta recuperar seu revolver. Com velocidade lanço minha mão esquerda em seu rosto e o derrubo de novo. Subo em cima dele e falo segurando seus lábios com as garras:
- Odeio também quando tentam reagir, vou te dar algo pra se lembrar de mim.
- Não, por favor. - Jones suplica e eu deixo claro:
- Eu não vou matar você.
- Com a unha do indicador direito faço um risco em sua testa e ele começa a gritar de dor:
- Aah!
- Da próxima vez com que eu vier falar contigo, se comporte, e nada de falar pra Anthony sobre a gente viu? - Explico a ele e o homem concorda com a cabeça enquanto fala baixo;
- Você é louco moleque.
- Ninguém me chama de louco. - Me preparo pra lhe dar um tapa com as costas da mão, mas a saída de emergência se abre e dois seguranças aparecem. O homem exclama:
- Socorro!
- Chefe! - Eles respondem e vem ao nosso encontro, eu podia quebrar a cara deles, mas era a hora de testar minhas garras de ferro nos pés. Saio de cima dele e me lanço na parede. Sucesso. As garras fixaram no concreto, subi como uma lagartixa o mais rápido que pude enquanto escutava as ameaças de Jones, mas ele não importava, e sim Anthony e esse seu capanga, Montanha.


Notas Finais


Obrigado por ler até aqui, se curtiu favorita e acompanha ai mozão :3


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