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História Felix culpa - Trabalho


Escrita por: nayameh

Notas do Autor


Olá pessoal! Mais um capítulo!
Muito obrigada por todo o carinho que estão me dando. Farei o meu melhor em cada capítulo.
Divirtam-se e não se esqueçam de votar em Got7 no MAMA e EMA!

Capítulo 3 - Trabalho


24 horas se passaram desde aquele incidente bizarro.

Eu diria que estava mais calmo. Meu corpo já não apresentava os fortes sintomas da ressaca e minha memória havia clareado um pouco, mas a normalidade habitual da minha vida estava longe de voltar. Baby ainda se encontrava desaparecida e eu não fazia ideia se de propósito ou se de uma maneira preocupante. Meu celular com o número de Ten para que a duvida pudesse desaparecer também era outro mistério. Muitas coisas simplesmente sumiram de um dia para o outro.

A vergonha, infelizmente, permanecia comigo como uma amiga inconveniente.

Eu não retornei a minha casa. Usei o domingo para deixar a casa de Baby como era antes e aproveitei para ficar. Estranhamente, nenhum dos empregados apareceu neste período de tempo, cheguei a pensar que estava delirando e na verdade minha irmã nunca existiu, por sorte uma amiga ligou perguntando por ela minutos depois. Sinceramente, eu não sabia nada sobre a Baby. Desconhecia seus amigos, lugares favoritos, empregos. Sem meu celular eu desconhecia até mesmo o seu número de telefone.

Usei o domingo para me martirizar à vontade, mas querendo ou não a segunda-feira chegou.

Eu já contei antes que trabalho com moda, mas não exatamente em qual área: Basicamente, sou o fotografo de uma das revistas mais famosas da Coreia. Contar isso assim sempre impressiona quem ouve, mas o trabalho é na verdade bem menos glamouroso. Ninguém te para na rua para elogiar a foto da página 6 ou a iluminação da modelo x. Um bom trabalho aumenta as vendas, mas a fama com o público permanece intacta. Por sorte com os modelos a coisa é um pouquinho diferente; Todos os famosos querem ser retratados por mim e isso sempre foi motivo para eu me orgulhar bastante. Eu adorava fingir indiferença quando me imploravam para ser o fotografo. Adorava o desespero e os presentinhos que ocasionavam.

Mas isso, na situação atual, era um problema e tanto.

Tive vontade de entrar no prédio de óculos escuro e máscara. Cada centímetro do meu corpo tremia ao imaginar as fofocas que poderiam já estar rondando: "BamBam é verdade que você pagou o maior mico?", "Você vomitou antes ou depois de chorar no meio da rua pra voltar?", "Você bateu na mãe dele de propósito??". Imaginar as expressões debochadas e as risadas...

Pegar o elevador até o meu andar foi fácil, mas passar pelo estúdio para entrar na minha sala...

Olhei meu reflexo na janela: poucas olheiras, cabelos ajeitado. Usei a mão para sentir meu hálito: aceitável.

Eu ouvia os cliques das câmeras antes mesmo de entrar. Respirei fundo.

- Bom dia! - Abri a porta e desejei com bom humor.

Meus olhos se encontraram com o moreno no fundo branco; o famoso ator Park Jinyoung.

Também conhecido como atual namorado de Kim Yugyeom.

- Bom dia, Kunpimook! - Desejou Lisa, provavelmente a única ali capaz de pronunciar meu nome corretamente. - O chefe quer te ver. Café?

Aquele atorzinho me olhava com desdém. A cada pose ele precisava me provocar; Uma piscadela, um sorriso contido.

- Extra forte hoje, Lisa. - Pedi sem olhar para ela e segui caminho até a sala do chefe.

Ele guardou segredo. Ninguém me olhou estranho. Ele guardou segredo porque quer alguma coisa em troca!

Parei em frente à porta mais excêntrica do edifício. Na porta, uma placa que se lia JYP. Tentei parecer alegre e animado, mas tenho certeza que fiquei parecendo triste e forçado. Bati duas vezes.

- Entre!

Entrei.

Park Jinyoung - porque esse nome me assombrava? - era o chefe da famosa revista JYP. Com os seus já quase cinquenta anos, ele ainda era o modelo principal e cérebro de quase tudo ali. JYP era certamente um homem brilhante. Um dos poucos Coreanos bom o bastante para dar emprego a estrangeiros como eu e alguns outros. Sua opinião importava para mim.

- Está meio cafona hoje, Bam.

Bem, não quando sua opinião era sobre minhas roupas.

- Não fui para casa ontem. Acabei pegando algumas peças emprestada do meu cunhado.

- Hum... entendo... - Ainda assim ele negava com a cabeça. Segundos depois, JYP apontou para a cadeira à sua frente. - Sente-se.

Eu obedeci. Ele parecia pensativo e empolgado, suas ideias brilhantes sempre surgiam assim.

- Bam, você assiste televisão?

Pergunta perigosa: Se algo ruim sobre ele estivesse rolando eu deveria dizer não. Se algo inovador estivesse em alta...

- Às vezes...?

- Entendo... às vezes... - Ele estava muito estranho. Era como se a cura de algo importante estivesse na ponta da sua língua; Quase saindo, mas também quase se perdendo para sempre. - E se eu te disser que encontrei? O diamante bruto?

O diamante... bruto...? Tipo, o diamante bruto? Nestes cinco anos de carreira, JYP sempre citava este diamante bruto em todas as suas reuniões: Um modelo com beleza e diferencial, uma aparência rústica e inovadora. Seu sonho sempre foi que eu retratasse este diamante, mas nunca o encontramos. Por um longo tempo eu apenas pensei que ele estivesse delirando.

Esse diamante... existe...?

- Você realmente o encontrou?

- Na TV! - Ele parecia satisfeito. - Não apenas um.

Conter meu sorriso foi quase impossível. JYP podia ter todos os defeitos, mas ele nunca errava nas escolhas de modelos. Se ele diz que é bom, chovem elogios em nossa revista. Se ele diz que é ótimo, ganhamos até mesmo prêmios...

E se ele diz que são dois diamantes...

Um arrepio me percorre...

- E onde é que eles estão?!

- Me siga.

Ele se levanta e eu o sigo. Estávamos indo para o estúdio, mas todas as minhas preocupações desapareceram. Me sentia empolgado. Me sentia realizado. Talvez com um bom trabalho eu poderia me mudar, voltar para a Tailândia e recomeçar. Talvez eu conseguiria viajar e esquecer.

Ao chegarmos ignoro Jinyoung por completo. Olho para o JYP.

- Aquele. - Aponta.

E eu olho.

O garoto ao canto do estúdio é impressionante. Mesmo comum, até meio desarrumado eu diria, sua beleza impressiona. Seus cabelos estavam castanhos e em formato tigela. Seu rosto é jovem, com expressões finas. Seu olhar demonstra ingenuidade e gentileza. Em certo momento ele sorri, e seu sorriso é ainda mais lindo; seus dentes lembram vagamente um vampiro. Ele era irritantemente lindo.

- Incrível... - Deixo escapar. JYP assente, satisfeito.

- É porque você ainda não viu o outro. Ai vem ele.

Olho para o homem indo até o primeiro com ainda mais expectativa, mas minha reação se torna exatamente o contrário. Eu gelo. Todo o meu sangue de repente se torna gelo puro e eu desejo sumir, virar invisível, correr para longe!

Ele me vê. Era tarde.

- EI! GAROTO DO EX! OI, SOU EU!! - Gritou para toda a sala ouvir. Gritou para o país todo ficar sabendo.

Céus...

E eu quase não o reconheci com roupa...



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