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História Felix culpa - Abraço


Escrita por: nayameh

Notas do Autor


Eu amo cada um de vocês <3 aaaaaaa, tanto carinho. OBRIGADA a cada comentário. AMO ler cada um!

Capítulo 5 - Abraço


Eu ainda não conseguia entender certas coisas.

Quer dizer, eu entendia porque meu chefe havia contratado aqueles dois; Na aparência ambos se igualavam fácil a um ator como Jinyoung. Provavelmente, por não serem artistas profissionais, o cachê sugerido também seria imensamente e vantajosamente inferior. A falta de experiência poderia ser o problema principal para outras revistas, mas comigo aqui - e eu estou sendo completamente modesto - as fotos sairiam perfeitas e sem nenhum sinal de amadorismo. Também temos nome o suficiente para chamar a atenção e engajar as vendas.

Isso eu entendia fácil.

Eu também entendia o motivo deles terem aceito; O contrato assinado provavelmente insistia em algum tipo de propaganda com os negócios deles. Mesmo sem citar a "Markson's stuff" a demanda subiria consideravelmente. Citando então, mesmo que brevemente, as coisas deveriam bombar em níveis astronômicos. Um acordo útil de ambas as partes.

No entanto, o que não entrava na minha cabeça - além do desaparecimento da minha irmã e o telefonema sem roupa - era porquê eu parecia o real motivo de tudo isso. O núcleo do caos.

Mesmo indo ao banheiro ou comprando um café, mesmo tirando fotos ou editando, o olhar dos dois permaneciam em mim. Eles não tinham sequer a decência de disfarçar!

Faltavam 20 minutos para o fim do meu expediente, Yugyeom passaria ali novamente em 10 para buscar o metido. De repente sair mais cedo parecia uma ótima ideia.

- Vamos encerrar por aqui, estou meio enjoado. - Menti, massageando a barriga de leve. Todos me olharam preocupados. - Não se preocupem, é só que eu peguei pesado no dia anterior.

Adendo: Estavam preocupados com o BamBam fotografo, não o BamBam-fui-no-noivado-da-minha-irmã-e-afoguei-as-magoas.

Lisa, que me conhecia há muito mais tempo, assentiu após olhar o relógio. Com dois tapinhas dela a equipe toda começava a guardar as coisas.

Fiz o mesmo o mais rápido que pude.

- Então é isso? As fotos ficaram boas? - Indagou Jinyoung tentando espiar o monitor com as edições.

Tenho que madrugar passando photoshop na sua cara para começarem a ficar aceitáveis.

- Sim. - Foi o que eu respondi.

7 minutos. Joguei tudo o que eu tinha na mochila e acenei para quem se importava em se despedir. Passei os olhos rapidamente pelo local e não vi os dois novatos. Estranho.

Apertei o elevador e esperei. Eu voltaria hoje para a casa da Baby, ela provavelmente já estava de volta. Estaria brava? Que pergunta idiota, eu acordei sem memória de tão chapado, vai saber as barbaridades que eu não disse? "Seu noivo nem dança tão bem assim, Yugyeom sempre foi melhor", tá aí algo que eu diria bêbado e provavelmente perderia o olho horas depois... mesmo sendo verdade!

O elevador estava vazio. Entrei e deixei tudo cair.

- Eu tô exausto e nem sei onde meu celular está... - Deixei a cabeça cair de lado. Dia infernal, semana infernal... tudo... tud...

- Sua irmã jogou ele na fonte.

Silêncio. Eu ouvi.

A voz...

Olhei para o lado... devagar...

- AH! AI MEUS DEUS! - Eu me joguei para traz. Literalmente me joguei e cai em cima do equipamento que vale mais do que minha bunda mole. - Ai meus Deus. Mark?!

Eu podia jurar. Eu podia jurar de pé junto por tudo o que é mais sagrado que eu entrei no elevador vazio. Como ele está aqui? Com esse olhar inocente e meio sorriso. Se divertindo as minhas custas!

- Como você entrou?!

- Eu estava atrás de você. Eu entrei com você.

Céus, Mark parecia uma sombra. Se ele entrasse comigo e descesse minhas calças eu provavelmente botaria a culpa no cinto. Como alguém podia ser tão silencioso? Olhei ao redor para ver se o Jackson não estava escondido em algum canto.

- O que você disse sobre o meu celular?

- Sua irmã jogou ele na fonte. Você chegou bêbado e chorando depois do seu ex te mandar pra casa. Você disse que não queria viver sem ele e ameaçou comer o celular para as radiações te matarem.

PING! O elevador apitou e se abriu. Eu não sai imediatamente. Que coisa... que jeito... idiota...? Eu era tão infantil assim?! Como alguém podia ser tão...?

- Você vai sair?

Do mundo? Estou pensando nisso, eu quis dizer, mas na verdade apenas assenti. Agradeci por ele ter segurado a porta do elevador em meu momento de choque. E pensar que ele sabe de tudo isso... Que Jackson contou sobre, provavelmente rindo e comentando sobre o quão patético eu era. E bem, por mais que isso me irrite profundamente, seria o que eu faria em seu lugar. Ah! Tudo isso era confuso demais. Quero ir para casa.

Eu estava perto da recepção do prédio e então eu vi... e depois ouvi... e então dei meia volta rapidinho.

- Ei... a saída é pra lá! - Mark apontava tentando avisar. Mas eu passei por ele, passei pelo corredor, esmaguei o botão do elevador para que ele voltasse e subisse e me levasse pro céu se necessário.

Kim Yugyeom. Outra vez. Me assombrando outra vez!

Desta vez falando com o Jackson!

Não. O elevador é muito lento. Eles estão vindo pra minha direção. O que eu faço? O que eu faço?!

Me virei para a frente e ele já estava à dois metros de mim me encarando, a roupa a mesma de mais cedo. Seu cabelo estava atrapalhado e sua testa brilhava de suor. Ele provavelmente treinou como louco como sempre; Será que Jinyoung manda mensagens o lembrando de comer? Será que ele elogia sua dança e assiste os vídeos de Chris brown que ele tanto gosta de mandar?

Que direito eu tenho de saber? Eu não fazia nada disso.

- Oi, BamBam.

Não consigo encará-lo. Meus olhos apenas tem coragem de chegar até o seu pescoço.

- Oi...

- O serviço já acabou? O Jinyoung já pode ir? - Essa é sua primeira pergunta. Nada sobre mim ou nós ou à noite passada.

Forço a voz para que ela saia.

- Sim. Acabamos mais cedo hoje.

- Que bom.

E o silêncio. Nada mais a falar ou adicionar pela parte dele. Eu, no entanto, tenho várias coisas: Desculpa por ter te constrangido. Desculpa por ter batido no seu portão. Desculpa por ser uma péssima pessoa...

Desculpa por ter te traído.


Não digo nenhuma delas.

- Jackson me contou a novidade. Parabéns... - Hã? Meus olhos se fixam no loiro ao lado. Ele, do nada, inicia uma conversa bem barulhenta com Mark. - É bom ter alguém, Bami. Você também merece outra chance...

Então por que você não me dá? Por que não esquece o idiota que eu fui e me dá a droga de outra chance?!

- Você é uma boa pessoa, Bami.

E ele me abraça. Yugyeom me abraça, da mesma forma que costumava a abraçar. Me abraça igual aos abraços da manhã em um dia de trabalho, logo antes do almoço e de me trazer a refeição da lanchonete que nós nos conhecemos. Me abraça igual costumávamos a fazer após uma briga boba que sempre o levava as lágrimas, por ser uma das pessoas mais puras e pacíficas que conheço. Me abraça com ternura, quase me escondendo com todo o seu corpo grande e alto. Mas desta vez, não com amor. Não com o afago no cabelo ou a declaração sussurrada.

E eu sinto que este será o último abraço nosso. E percebo que não quero que seja. Faria de tudo para que não fosse.

- Tenho que ir, Bamie.

Eu o deixo ir, porque não quero que me veja chorar.

Somente quando o elevador sobe, somente quando ele desaparece eu me permito desabar. Eu desmorono, e sem ninguém para consertar desta vez. Juntar os cacos e colar o pobre e quebrado BamBam.

Mas estranhamente eu não sinto o chão quando minhas pernas desistem de me manter em pé. Eu sinto duas mãos em meus ombros, me sustentando.

- Aguenta firme, cara!

Jackson. Era a voz dele. A voz que por algum motivo me é reconfortante. Me faz querer obedecer.

- Eu tô bem. - Menti. - Eu vou pra casa...

Um passo de cada vez. Eu posso desmoronar lá. Eu posso chorar e me amaldiçoar e tentar alguma coisa lá. Eu agora seguia no automático. Seguia assim...

Um passo de cada vez.

E mais dois atrás de mim.

- Eu disse que estou bem! - Olhei para traz e vi os dois como sombras.

- Não parece. - Disse Mark.

- E nossa casa é por aqui... - Acrescentou o Chinês.

Continuei seguindo, e eles também. Um passo. Dois. Um. Dois. Mesmo ao entrar no meu bairro, mesmo ao virar minha esquina. Espiei os vizinhos de Baby; Eu conhecia todos. Algum tinha se mudado? Algum tinha esses dois de parentes?

Passei pelo meu carro quebrado e cheguei no portão da Baby. Fiz um gesto para que os dois sumissem e abri para entrar. Quando pisei para dentro, Mark e Jackson fizeram o mesmo.

Parei.

- Escuta aqui, esta é a casa da minha irmã e eu não to de bom humor para brincadeiras!

Eles se olharam, e então me olharam sério.

- Cara, acho melhor você saber sobre a sua irmã... - Começou Jackson.

Gelei. Mais noticias ruins? Sério?!

- O que aconteceu com a Baby?!

- Bem... a verdade é que ela também nos contratou...

Enquanto eu tentava digerir Mark pegou a dianteira e despejou tudo de uma vez:

- Nosso segundo trabalho é cuidar de você.

...

E o dia não tinha fim.


Notas Finais


Galera! Antes de irem. Se existe alguém aqui que ainda não leu a JackBam MARAVILHOSA da Jeonaja, eu recomendo com todo o meu coração! Sério, essa fic fez o meu dia: https://spiritfanfics.com/historia/outro-em-meu-lugar-jackbam-6215631


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