História Fennel - Broken.

— Mas por quê? O que a gente fez pra ele? - Baekhyun perguntou já se encolhendo na cama. 

— Eu não sei! - Gritou. — Não pergunte, Baekhyun. 

 Era claro que sabia, a tão famosa lenda do imperador e seu pé de erva-doce. Claro que era só uma lenda no entanto aconteceu somente uma vez, Chanyeol não entendia, por quê, que depois de Baekhyun as coisas mais inusitadas passaram a acontecer consigo. Primeiro, Byun era um ômega raro, segundo, as sementinhas, quem já viu? Seria ele um pequeno feiticeiro? 

Chanyeol afastou esses pensamentos de si e encarou o pequeno encolhido, não podia fazer muito já que estavam destinados para sempre. Kyungsoo sabia disso e não estava se importando, ele só queria que fosse com ele, era pra ele a receber as sementinhas, tinha que ser! 

— Baekhyun, eu irei sair agora. - Se aproximou do ômega que apenas assentiu voltando a se encolher. — Não tenho hora para voltar. 

E assim deixou o quarto.

Caminhou em passos pesados até o carro e adentrou para logo o ligar e dirigir com pressa até a casa dos amigos, não estava determinado mas algo dentro de si revirava de angústia e medo, por parte sabia que o medo não era de si e sim do pequeno lobo que deixou só em casa. 

Ao sair do carro, que estacionou em qualquer lugar, correu até a porta a esmurrando.

— Kyungsoo, abra aqui agora! - Usou a voz de alfa enquanto tentava não derrubar a porta que logo foi aberta por um baixinho de olhos arregalados. 

— Você sabe não é? - Perguntou Do. 

— Você não pode fazer isso, sabe disso, estamos ligados já. - Falou.

— Não é isso que vai me impedir Chanyeol, você vai ser meu, ele querendo ou não. - Rosnou se aproximou do rapaz e agarrando sua nuca. — Era para ser eu Chan, eu! - Apertou os dedos nos fios negros do rapaz enquanto tentava segurar as lágrimas. 

— Mas não foi você, não era pra ser, entenda. - O empurrou fazendo tropeçar nos próprios pés. — Eu não vou avisar de novo, se tentar algo contra ele eu arranco a sua cabeça, não vou medir esforços com isso, sabe muito bem o que acontece quando um ômega atado é morto, e não é de morte natural que estamos falando. 

Disse por fim saindo de lá e respirando fundo, aquele seria um longo ano. 

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— Era para ser eu, eu! Por quê, vovô?  Você não tinha me dito que o imperador era do nosso sangue, era um Do’, eu devia estar destinado, que droga. - Praguejou já sentindo os logos marejados. 

— Soo? - Jongin chamou entrando em casa e respirando fundo. — Chanyeol esteve aqui? - Perguntou enquanto olhava o ômega.

— Esteve, ele queria saber o que havia acontecido aquela hora eu só disse que não estava me sentindo muito bem. - Mentiu. 

— Ah, vem cá, bebê. - Pegou o menor no colo e selou a testa dele com carinho. — Está se sentindo muito mal? Quer que eu te leve no médico? 

— Não, nini, estou bem, vamos apenas se deitar. - Sussurrou abraçando o alfa enquanto escondia o rosto no pescoço alheio. 

Claro que Jongin não iria acreditar, afinal, conhecia tanto o ômega como o alfa e Chanyeol não viria para saber o que se passava com ele, tinha algo estranho acontecendo e ele estava sendo colocado de escanteio. 

∝

Ao chegar em casa já se passava das vinte e três horas, tomou um banho no banheiro de fora do quarto por achar que Baekhyun estava dormindo, mas assim que chegou não o viu deitado, foi até o quarto que dará ao ômega e o encontrou lá, encolhido com lágrimas secas por sua bochecha, o coração de Park pesou, ele era a causa das lágrimas. 

Pegou o pequeno corpo e o levou até o quarto o arrumando lá com uma coberta, Chanyeol se sentou na cama velando pelo sono alheio, não estava embriagado mas também nao estava lá com sua plena consciência. 

— Baekkie, eu prometo não deixar ninguém encostar em você, ninguém. - Sussurrou fechando os olhos para logo se deitar e dormir. 

Na manhã seguinte Chanyeol acordou e abriu os olhos, Baekhyun ainda dormia, sorriu minimamente se levantando e caminhando para o banheiro. Depois de ter feito sua higiene saiu e vestiu sua roupa de costume, iria encontrar seu pai hoje e lhe contaria tudo.

O celular que se encontrava no criado-mudo tocou indicando que aquele que acabará de pensar o ligava, sorriu e atendeu, trocou poucas palavras mas pediu para que seu papai Yixing viesse para cuidar de Baekhyun e lhe ajudar com as aulas. 

— Chan? - Ouviu o ômega o chamar e sorriu guardando o celular no bolso e se sentando na cama. 

— Oi pequeno, dormiu bem? - Se aproximou selando a testa do mais novo e logo o abraçou. 

— Dormi sim e você? Que horas chegou? Não vi quando chegou. - Se sentou coçando os olhos para logo se levantar e ir ao banheiro. 

— Cheguei tarde, hoje meu pai irá vir ajudar hoje, tudo bem? Sei que gostou dele, ele irá te ajudar com as aulas. - Falou observando o ômega aparecerem e concordar. — Então eu já vou indo, até mais tarde bebê.

Saiu do quarto caminhando para fora e encontrando Jongin já á sua espera, entrou no carro sem dizer nada e suspirou. Sabia que o moreno não tinha nada a ver e não fazia ideia do que estava acontecendo mas o que podia fazer, era o ômega dele, não o seu. 

— Kyungsoo disse que você foi lá ontem. - Jogou no ar. 

— Fui. - Disse simples. 

— E o que queria? - Olhou pelo retrovisor as expressões do outro.

— Ele não te contou? Não lhe devo satisfações. - Respondeu ríspido fazendo o amigo se calar. Assim que chegou a empresa saiu do carro e fez Jongin abaixar o vidro. - Esteja aqui antes das oito, nada mais, nada menos. 

Se retirou deixando um Kim emburrado para trás que fez meia volta e voltou para casa. 

Logo entrou na empresa desejando um bom dia a todos e subiu para a sala que se encontrava seu pai. Abriu a porta e entrou para logo a trancar e se jogar no sofá e engolir o choro. 

— Chore. - Seu pai lhe disse enquanto o encarava fixamente, e Chanyeol apenas o fez, não chorou com gritos ou soluços, deixou apenas que grossas lágrimas escorressem.

O mais velho se levantou e se agachou ao lado do filho, sabia que quando ele trancava a porta era porque precisava de um momento apenas com ele. — O que aconteceu, meu filho? - Alisava com calma os fios do mais novo. 

— Eu e Baekhyun... - Falou com pausa. — Somos destinamos. - Encarou o pai que não esboçava nenhuma reação para deixar o filho prosseguir. — Recebemos a plantinha e Kyungsoo, droga, ele surtou! - Abraçou o mais velho forte enquanto o apertava. 

— Você não queria né? - Viu o filho negar e suspirou. — Baekhyun já sabe disso? - O viu negar e fechou os olhos, era seu filho ali, sofrendo por algo que ele não sabia se era realmente bom ou não. 

— Kyungsoo quer tomar o lugar dele, pai. - Falou baixinho. — Eu não p-pedi para ser destinado, não foi eu, não foi. 

— Chanyeol querido, não somos nós que escolhemos as coisas, se você e Kyungsoo não estão juntos é porque não era pra ser, uma hora ele terá de aceitar isso não há nada que ele possa fazer e você já sabe, se ele tentar matar Baekhyun as coisas ficaram feia, ele sabe muito bem como funciona, Byun morre e ambos ficam sem você, então ele não irá encostar no ômega mas tome cuidado, inclusive com Jongin. - Não gostava de se refirir assim aos amigos mas o que podia fazer? Era a vida do seu início filho em jogo. 

  1 Mês depois. 

 Chanyeol estava desconfiando de tudo, estava tomando mais cuidado com Jongin, esse que nunca mais apareceu em sua casa depois daquele visita na casa alheia, estava tudo muito calmo, isso era de ser ter medo, nunca se sabe quando Do decidi atacar. 

— Chan.. 

Já Baekhyun estava diferente, Chanyeol havia notado que o ômega estava mais manhoso que o normal e um cheiro diferente se apossava  aos poucos do ômega, achou que fosse por conta do cio dele estar próximo por isso achou melhor não falar nada. 

— Oi, pequeno. - Se sentou ao lado do menor enquanto o abraçava. — Baekhyun você está bem? Está muito pálido, acho melhor irmos ao hospital. 

Não esperou que o Byun lhe desse resposta, apenas o pegou no colo e o tirou do quarto caminhando em passos rápidos para o carro.

— Jongin! - Gritou. — Abra o carro, vamos com Baekhyun para o médico.

Foi tudo muito rápido quando o rapaz por quem chamava apareceu mas aquele não era Jongin, sentiu um pano ser pressionado sobre sua boca e logo já não via mais nada, o ômega que ainda estava acordado viu Kyungsoo surgir de dentro do carro junto de mais dois rapaz. 

— Oi Baekkie. - Falou se aproximando. — Hmmmm, Chanyeol ainda não sabe que será papai? Esse cheiro está me dando náuseas, urgh. - Tampou o nariz se afastando. — Tao, pegue-o. 

Assim que o pedido foi acatado o ômega mal podia gritar, sua fraqueza não deixava. Baekhyun desconfiava que estava grávido mas não era certeza talvez hoje poderia ter mas Kyungsoo falou o fazendo mecanimente colocar a mão sobre o ventre como se estivesse ali, protegendo seu filho. 

— Não querido, eu não vou deixar que sua espécie evolua, você não terá nenhum filho dele, ouviu? Nenhum! 

E logo tudo ficou e escuro e Byun já não ouvia mais nada.