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História Fera (EM PAUSA) - Prólogo.


Escrita por: poetyeeun

Notas do Autor


Hallo!
Estou trazendo mais uma história, escrita com todo o meu coração. Vamos aos avisos:

● Obra de minha total autoria. Não aceito cópias ou inspirações.
● 'Bela e a Fera' é, de longe, minha história favorita da Disney, e, por mais que 'Fera' não tenha uma ligação direta a ela, a ''lição de moral'' ao fim de tudo poderá ser algo que irá relacioná-las. Aquele ponto que, por muitas vezes, nos esquecemos de priorizar, acima de qualquer coisa; amar além das aparências.
● Justin Bieber como Justin Bieber.
● Maite Perroni como Roselie Stark.
● Sim, o Justin possui uma deformação no rosto, do lado direito. Sinta-se a vontade para imaginá-lo como quiserem. Eu até cogitei a ideia de ser apenas algumas marcas ou cicatriz pequena, mas o ponto que quero chegar (e chegaremos lá) fez tudo fluir para o lado um pouco mais ''intenso''. Ele continua lindo.
● Alguns lugares, nomes e afins, são criados unicamente por mim.
● Embora eu sempre leia os capítulos antes de postá-los, não há uma revisão detalhada. Portanto, a história só será verdadeiramente corrigida quando for dada por concluída. No entanto, caso encontrem erros que incomodem ou atrapalhem na leitura, não deixem de me avisar, pois tratarei de corrigir.
● Comentários são um grande incentivo e saber se estão gostando também me anima muito.

Acho que é apenas isso. Espero que gostem. Boa leitura. MWAH!

Capítulo 1 - Prólogo.


Fanfic / Fanfiction Fera (EM PAUSA) - Prólogo.

Sacramento, Califórnia

Doze anos atrás

Gritos.

Eu acordei com gritos altos e desesperados da minha mãe. Eu pensei que ela estivesse tendo algum momento intimo com o meu pai, como muitas vezes eu tinha a infelicidade de ouvir e sentir nojo ao imaginar o que eles podiam estar fazendo. Mas, não pareciam ser gritos de felicidade ou murmúrios baixos, era algo, realmente sério.

Sentei-me na cama, olhando para o relógio sobre o meu criado mudo, se passava das três da madrugada. Algo estava errado, eu sabia disso. Sentindo um estranho peso sobre meus ombros, afasto minhas cobertas e coloco meus pés sobre o tapete macio que se estendia até a minha cômoda. Calço meus chinelos e ando até a porta, lentamente, como se eu temesse o que podia encontrar atrás dela.

Respirando fundo, giro a maçaneta fria da porta do meu quarto. Por uma pequena fresta, espio o corredor, estava vazio e iluminado, como sempre ficava, mas antes que eu pudesse me tranquilizar e voltar para o meu quarto, ouço outro grito, dessa vez, era um a voz forte, rouca e masculina. E não era a voz do meu pai.

Abro um pouco mais da porta, colocando minha cabeça para fora a fim de espiar o quarto dos meus pais e a porta estava aberta. Encorajada, saio do meu quarto, completamente e ando até o quarto deles, encontrando a cama desfeita e algumas coisas caídas no chão, como as gavetas do guarda roupas e caixas perto dos pés da cama.

Eu tentava pensar com clareza, fazer deduções e ia em busca de uma solução, mas nada me ocorreu quando ouvi um forte estrondo. Não eram mais gritos. Não era uma discussão. Era o som de um tiro.

Um tiro que acertou alguém.

Eu não consigo mais pensar, apenas giro meus calcanhares e corro por todo o corredor, mas não tenho a chance de descer as escadas, pois uma figura masculina e viril toma o meu caminho, me fazendo arfar e congelar. Olho para cima e encontro o meu pai, visivelmente cansado e ofegante. Sua camisa de dormir branca estava manchada de algo escuro e viscoso.

Sangue.

— Pai, o que... - tento pronunciar, mas ele me corta, segurando o meu braço e me arrastando até a porta do meu quarto.

Ele a empurra e a tranca atrás de nós. Eu estava com medo, eram raras as vezes que eu o via assim. Na verdade, o meu pai sempre fora paciente e sorridente, o que, por muitas vezes, deixava a minha mãe furiosa, ainda mais nos seus dias estressantes e ela queria ter uma boa briga com seu marido.

Meu pai se ajoelha em minha frente e segura o meu rosto entre suas mãos frias.

— Escute bem, Rosie, eu preciso que você faça o que eu lhe disser. - ele diz e olha por cima dos ombros, assustado. — Você pode fazer isso?

Eu não tenho força para assentir. As lágrimas já não picavam mais, elas caiam e molhavam todo o meu rosto.

— Você irá pular a sua janela, como fazia com Gemma, tudo bem? - ele umedece os lábios, rapidamente. — Corra, filha. Corra para o mais longe que conseguir ir; o mais rápido que puder. Não pare até estar segura. Pegue o primeiro ônibus que avistar e se esconda em algum hotel. Pela manhã, você irá ligar para o número que irei lhe passar, e por favor, não faça perguntas a ela.

— Não, mas o que... O que aconteceu, pai?

— Algo ruim que fiz. Eu levei a sua mãe comigo, permitindo que ela participasse disso, mas você não... - ele suspira. — Eu não posso permitir que isso também aconteça com você.

— O que você fez? - minha voz vacila.

— Eu destruí a nossa família. Perdoa-me, minha linda Rose. - ele solta o meu rosto, mas antes, o acaricia com os polegares, com um intuito falho de afastar minhas lágrimas.

Ele tateia o bolso de sua calça e se alarma quando ouve mais gritos e passos no andar de baixo. Mesmo sem saber do que se tratava, eu me sentia apavorada. Meu pai me estende um bolo de dinheiro e anda depressa até o meu guarda roupa, puxando de dentro dele uma mochila. Ele puxa, também, roupas dos meus cabides e as joga no maior bolso da mochila, as amassando. Junto, ele também coloca o bolo recheado de dinheiro.

— Pegue. - ele me estende a mochila e um papel dobrado. — Não se esqueça, sem perguntas.

As vozes e passos parecem mais próximos. Ele também se dá conta disso.

— Agora vá, Rosie. - ele olha para a janela. — Corra muito, para bem longe. Não seja pega.

— Eu vou... Eu vou chamar a polícia. - balanço a minha cabeça.

— Não! Você não pode contar isso a ninguém. Nunca!

— Mas, pai...

Algo firme choca-se contra a porta. Arregalo meus olhos, podendo imaginar que logo as dobradiças cederiam.

— Vai, Roselie. Vai!

Ele me empurra, sem muita gentileza, para a direção da janela fechada. Ele a abre com facilidade. Eu passo as alças da mochila por meus ombros e sento-me na beirada, como fazia com Gemma.

Pela última vez, olho para o meu pai que tentava dividir sua atenção entre mim e a porta que recebe mais um chute ou o que fosse que a fazia tremer.

  Nunca se esqueça que eu te amo. Espero que um dia possa me perdoar...

— Eu te perdoo, pai. - eu não sabia pelo que, mas sempre o perdoaria.

Eu não tenho sua resposta. A porta se abre e eu só consigo ver por cima dos ombros quatro homens altos e trajados em roupas escuras. Meu pai cobre a minha visão, ficando em minha frente, e eu entendo isso como um sinal para lançar o meu corpo para o lado e descer, me agarrando nos firmes ramos das variações de plantas que tinham em volta da casa.

Caio sentada no chão quando me desequilibro por ter prestado atenção nos gritos descrentes no andar de cima. Eu tento me levantar depressa, mas meu corpo parecia estar sobrecarregado pela adrenalina e medo. Quando endireito-me ando em passos largos apenas para avistar a janela, e ao ver um homem com a cabeça raspada, com tatuagens indecifráveis que cobrem o local onde devia ser o seu cabelo, eu grito. Ele mira uma arma para mim.

Isso me impulsiona a correr.

Eu corro tão depressa que não vou mais que alguns quilômetros e começo a sentir as minhas pernas doerem e meus pés latejarem. Ouço os sons dos tiros e conforme corro, tento ir me esquivando para que não me acertem. Entro na estrada que levava para a cidade. Eu teria que correr por longos minutos até encontrar a cidade. Esse era o problema de morar em um local afastado.

Não paro de correr, nem mesmo para puxar um pouco de ar.

Consigo ver uma claridade tomando a estrada. Olho para trás e vejo um grande carro, em alta velocidade, vindo com tudo para a direção que eu corria. Não era algum turista ou morador, quem o dirigia, tinha um alvo.

Eu era o alvo.

Sem muito pensar, atravesso por entre as árvores e toda a mata que havia de ambos os lados da estrada, o meu escolhido, sem propósito, foi o lado direito, que era o mais acessível para mim. Sentindo os galhos de plantas pegarem em minhas pernas e me cortar ou marcar, apenas resmungo, ainda aos prantos, mas não paro. Meu pai pediu para eu não parar. Então, eu não pararia.

Não sabia o quanto havia corrido. Não sabia para onde estava indo. Continuei correndo, tomando um pouco do fôlego que parecia deixar meus pulmões. E gritos e disparos entregavam que eu estava sendo seguida, ainda. Desespero-me, sem saber mais para onde ir ou o que fazer. Eu queria parar aquelas pessoas e saber o que fizeram com os meus pais, mas se eu fizesse isso, tenho certeza que não obteria respostas. Eles não pareciam querer conversar.

Eu pulo o pequeno lago que corria na divisa da mata, mas ao pular algumas pedras, acabo escorregando e torcendo o meu tornozelo e junto com a queda, eu bato minha cabeça em algo que me faz ficar um pouco zonza. Fecho e abro os meus olhos, tentando me sentar e continuar a corrida, mas meu tornozelo rangia e minhas forças pareciam ter se transformado pura dor.

Assusto-me com as vozes masculinas e a corrida que eles pareciam fazer até chegarem em mim. Eu tento de tudo para me levantar e fugir, arrasto minha perna e tento me levantar, mas meus joelhos tocam o chão e eu volto a  cair. Meu cabelo escuro cobria parte do meu rosto e a brisa fria do dia quase amanhecendo me impedem de ver muita coisa.

Mas eu os vejo.

Eles param na borda do lago e parecem olhar para mim.

Engulo em seco.

— O que fazemos agora? - um deles pergunta.

Uma pausa é feita, misturando-se com o silêncio absoluto da mata, com apenas as folhas balançarem nas árvores.

— A matamos. 

Eu grito.

Mas quem poderia me ouvir?

Os vejo apontar armas para mim e eu só consigo fechar os meus olhos e clamar, baixinho, para que seja rápido. Indolor, talvez. Eu só queria que esse pesadelo acabasse.

Eu queria acordar.

Não sei quando, nem mesmo como, acontece, mas um quinto homem aparece. Eu sopro o meu cabelo e tento afastá-lo do meu rosto, com uma de minhas mãos. O homem com casaco preto e capuz sobre sua cabeça se movia depressa, desarmando os homens e batendo neles como se fosse algum lutador, como os de televisão.

Ele recebe alguns socos também, mas não vai ao chão como seus oponentes. E quando o último cai, ele fica algum tempo de costas, respirando fundo, com as mãos apoiadas em seus joelhos.

Quando ele vira-se para mim, eu não consigo ver o seu rosto. Ele segurava uma das armas dos homens e vê-lo andar em minha direção me fez rastejar um pouco, temendo que ele fosse como eles. Mas, ele leva uma de suas mãos até o seu capuz e o desliza para trás, olhando para o lado oposto ao que estava. Ele abaixa sua cabeça e se aproxima, parando a alguns passos de distância de mim, e mesmo na escuridão, eu consigo ver o seu rosto, logo quando ele ergue sua cabeça, para me olhar.

Eu queria poder ter olhado em seus olhos, para saber a cor ou o que escondiam. Mas eu só consigo focar em seu rosto, bem do lado direito.

Eu não sinto medo dele. Eu não sinto asco.

Sinto-me apenas sendo levada pela escuridão, enquanto o seu rosto toma conta da minha mente, me fazendo questionar, quem era o meu salvador?


Notas Finais




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