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História Fera (EM PAUSA) - Era você.


Escrita por: poetyeeun

Notas do Autor


Hallo!
Muito obrigada pelos favoritos e comentários. Isso é muito importante para mim.
Espero que gostem. Boa leitura. MWAH!

Capítulo 2 - Era você.


Fanfic / Fanfiction Fera (EM PAUSA) - Era você.

Escolhi seguir uma profissão onde nem todos os dias sou capaz de retornar para casa com um sorriso no rosto. Às vezes, seguro as lágrimas e transpareço uma feição impassível, como se não houvesse sentimento em meu coração, mas eles estavam lá, desde o momento em que o paciente aparecia na sala de cirurgias, durante cada segundo que eu trabalhava por ele, lhe pedindo para ser forte, e até o maldito momento que tinha que anunciar a sua família que eu não havia conseguido salvá-lo.

Se as paredes pudessem falar, as do meu banheiro listariam quantas vezes escorreguei pelos azulejos da parede e me sentei no chão, abraçando meu próprio corpo e tendo que enfrentar o peso da culpa que me consumia, mesmo após ouvir meus colegas de trabalho elogiando a minha desenvoltura em sala de cirurgia. Mas, sempre penso que podia fazer mais por aquelas pessoas que posso nunca ter visto antes, mas ainda assim, morrem em minhas mãos, após lutarem e gritarem por ajuda. Quando me pedem para fazer a dor parar, eu tento, mas nunca quis fazer parar para sempre.

— Isso está uma loucura hoje. – a voz de Anastasia chama minha atenção. Ela solta seu corpo alto e curvilíneo sobre a cadeira da lanchonete e passa as mãos por seus cabelos maravilhosamente encaracolados, suspensos em um rabo de cavalo no alto de sua cabeça. — Como foi o seu dia?

— O de sempre. Juliet não teve alta. – respondo-lhe e beberico um pouco do meu café. — Estou com medo de que a transfiram. Eu não sei se consigo continuar pagando por seu tratamento.

— Você já fez muito por ela, Rosie. – a minha amiga diz de forma doce.

Eu balanço a minha cabeça, pousando o meu copo, agora vazio, sobre a mesa entre nós.

— Os pais dela não possuem condições de pagar por seu tratamento. E você sabe, se ela for transferida para algum hospital público, as chances dela sobreviver a uma infecção ou a espera e maus cuidados, serão mínimas.

— Talvez se você insistir mais um pouco para Sven...

— Eu já tentei, Ana. Tentei com ele, com o seu pai e com o diretor geral, mas todos sempre me dizem a mesma coisa.

— Que não podem beneficiar uma paciente sem que fuja das normas do hospital. – ela engrossa sua voz, como a de Sven, e rola seus grandes olhos castanhos. — Ainda bem que você não se casou com ele. O cara é uma sombra do pai e do avô, se o mandarem pular de uma ponte, ele salta sem ao menos despentear aquele maldito cabelo.

Solto uma risada e nego com a cabeça.

— Quantas horas ele passa o arrumando? – Ana pergunta e ainda rindo, coloco-me de pé. — Quando transavam, aqueles fios se moviam?

— Meu Deus! Você é impossível. – digo e começo a andar, sabendo que ela também se levantava e andava atrás de mim.

— Olá, Travis. Me liga! – Ana flerta com um dos guardas que saia de seu plantão. Ele sorri minimamente e imagino o quão constrangido ele ficou por ter sido cantado por minha louca amiga.

— Você não estava saindo com o novo estagiário da Ala H?

Anastasia faz um som com a língua estalando no céu de sua boca e faz uma careta.

— Ele é muito jovem e inexperiente, irá se apaixonar.

— E o que tem de mais nisso?

— Eu não sou uma mulher de um único homem quando se tem tantos para apreciar, Rosie. – ela diz e flerta com alguns enfermeiros e médicos que encontra pelo caminho, virando-se para encarar seus traseiros. — A boa menina aqui é você.

Cumprimento alguns colegas pelos corredores e ouço meus saltos batendo contra o piso liso dos corredores pouco movimentados com pacientes sendo levados aos seus quartos, enfermeiros andando de um lado para o outro e até mesmo parentes que acompanhavam seus familiares, em mais uma noite difícil.

— Te vejo amanhã. – digo para Ana quando me apresso para entrar no elevador que estava aberto, com apenas algumas médicas entrando.

Ana acena e segue o seu caminho, até a sua ala.

Desço no elevador e quando as portas se abrem, sigo até o meu consultório. Apanho minhas coisas e olho em meu relógio, conferindo que se passava das onze da noite. Estou cumprindo dois plantões seguidos, devido a quantidade de pacientes que entraram no hospital nos últimos dias, fazendo com que tivesse que ficar e ajudar, não apenas por ser a chefe da minha equipe, mas também por não conseguir partir tranquila sabendo que posso fazer algo para ajudar.

Faço a minha saída do hospital e vou até o estacionamento. Destravo o alarme do meu carro e entro, jogando minha bolsa para o outro lado. Acomodo-me no acento do motorista e passo a marcha ré, olhando pequeno retrovisor, conferindo se tudo estava correto. Ao deixar o local rodeado por carros, aceno para Brandon, um dos vigias noturnos do hospital e coloco o veiculo na estrada vazia.

Não faço o meu trajeto de costume, pois queria parar em um lugar antes. Depois de alguns minutos em um percurso tranqüilo, estaciono o meu carro duas esquinas abaixo. Pego minha bolsa e saio do carro, fechando a porta e travando o alarme. Olho para o lado, bem debaixo de um telhado largo e avisto Cap, sentado no chão, com as pernas cobertas pelo cobertor que eu lhe dera na semana passada, ele estava enrolando algumas linhas, formando pulseiras ou cordões, enquanto cantarolava baixinho.

— Ei, veja se não é o meu capitão favorito. – gracejo enquanto ando até ele, abrindo um largo sorriso.

Cap ergue sua cabeça e sorri para mim, logo deixando transparecer uma carranca.

— Sou o único capitão que você conhece. – ele diz e me chama, acenando com o dedo. — Como está, menina?

— Estou bem, Cap. – digo e me ajoelho em sua frente, ele pega meu pulso esquerdo e enrola nele uma pulseira feita com linhas rosas e um delicado pingente de rosa na ponta. — Hoje faz doze anos que meus pais morreram.

O velho homem de cabelos longos e barba por fazer olha para mim. Cap era um morador de rua e viciado em álcool, completamente descuidado, e ainda assim, conseguia ser um homem bonito. Eu o conheci enquanto fazia esse mesmo trajeto, a três anos atrás, seguindo até o cemitério onde meus pais haviam sido enterrados. Quando o conheci, tentei ajudá-lo, mas ele apenas me puxou para perto e me abraçou, dizendo que eu podia chorar e enquanto meu corpo convulsionava nos braços de um desconhecido, acalmando-me quando ele começou a me contar as histórias de quando era um grande navegador, mas perdeu tudo quando seu melhor amigo o traiu, roubando-o e ficando com sua mulher.

— Doze anos que você se tornou uma grande guerreira, minha rosa. – ele diz e ergue as costas da minha mão, levando-a até os lábios e depositando um beijo terno. — Eles são orgulhosos de você, não duvide disso.

— Você é o melhor, Cap. – digo e abro um largo sorriso, puxando minha mão para ver o pingente delicado de rosa. — Irei visitá-los. Pode olhar o meu carro?

— Não prefere ir com ele? Está muito tarde e essas ruas são vazias, Rosa.

Diferente dos outros apelidos que me davam, Cap havia criado um, chamando-me desde o primeiro dia de Rosa.

— É logo ali. Vai ficar tudo bem. – digo e me aproximo dele, beijando o seu rosto.

— Tenha cuidado. – ele diz sério, como se não gostasse da ideia de me ver indo até o cemitério.

Tiro da minha bolsa alguns trocados e algumas guloseimas que eu sabia que ele gostava de comer, e entrego tudo a ele. Eu já tentei tirar Cap das ruas, levando-o para a minha casa, lhe dando algumas roupas e procurando um bom emprego para ele, mas não durou mais que uma semana, quando ele voltou carregado para casa após ter sido demitido por quase agredir o seu chefe e por ser acusado de roubo, mas eu sabia que não havia sido ele, ainda mais quando o real culpado foi preso. O bom homem se auto condenou ao sofrimento e isso partia o meu coração.

Aperto as alças da minha bolsa sobre o meu ombro direito e faço o percurso até a entrada do cemitério. Passo por ela e cumprimento Jackson, o coveiro a mais de dez anos do lugar. Ele nunca falava nada comigo, apenas acenava e voltava a ler o seu jornal velho. Um dia, quando espiei o que ele tanto lia, percebi que parecia ser sempre ser o mesmo amontoado de folhas, com as mesmas notícias, mas ele o escondeu quando percebeu que eu tentava olhá-lo.

Sigo até onde ficava o túmulo dos meus pais. Nada havia mudado, apenas as flores que eu fazia questão de mudá-las, todas as semanas que eu vinha visitá-los. Abaixo-me na beira das lápides e toco os nomes riscados.

— Eu sinto tanta falta de vocês. – sussurro e sinto as lágrimas arderem em meus olhos.

Lembro-me do exato momento em que Katrina, a mulher que meu pai mandou eu procurar, retornou com a notícia sobre o que havia acontecido. Ela era jovem, bonita e cuidou de mim por todo o tempo, sempre me escondendo e conforme eu crescia, precisei usar documentos falsos para alguns lugares e trabalhar em outros. Mas, quando completei vinte anos, ela morreu. Eu não sabia o que havia acontecido, mas encontrei um bilhete na porta da geladeira, dizendo que eu precisava pegar as minhas coisas e ir até o apartamento do endereço que havia no fim da folha. E ao fim de tudo, ela prometeu que seria a última vez que eu teria que fugir.

Nunca houve perguntas ou respostas sobre a noite em que aqueles homens invadiram minha casa e mataram meus pais. Também, nunca houve uma explicação para o que aconteceu naquela mata, no breu da noite fria, onde fui salva por alguém e quando abri meus olhos, vi apenas um total branco, indicando que estava em um hospital. Como meu pai havia me pedido, não contatei a polícia, liguei apenas para o número da mulher, pedindo a ela socorro. E ela foi a minha única ajuda.

Fico mais alguns minutos ao lado da lápide, deixando meus pensamentos me levarem para longe. Beijo a ponta dos meus dedos e toco a construção firme, imaginando o quão bom seria poder beijar e abraçar os meus pais, comemorando alguma data especial e não me martirizando por ter que lidar com mais um ano sem eles.

Ergo o meu rosto quando estou me levantando, olho para os lados e não encontro ninguém, mas podia jurar que havia escutado o som de passos sobre folhas secas, apenas um estalo. Balanço a minha cabeça e endireito as alças da bolsa que haviam caído de meus ombros.

Aceno para Jackson que me olhava por cima de seu jornal e saio do cemitério, sentindo as rajadas frias da brisa noturna. Abraço meu próprio corpo e atravesso a rua, esperando antes um carro escuro passar, o motorista para o carro e isso faz com que um arrepio se alastre por meu corpo.

Sou uma médica, já me deparei com casos que me chocaram, justamente por pessoas serem pegas de surpresa nas ruas. E por mais que não possamos ter medo de nossa própria sombra, também não podemos ignorar o fato de que podemos ser vítimas de uma pessoa ruim. E quando Katrina me ensinou a lutar para a minha própria defesa, eu compreendi o que ela tentava me dizer com nunca fechar os olhos quando se está ao lado de uma pessoa.

As portas do carro se abrem e eu paro no meio do caminho, disfarçadamente, fazendo o caminho contrário ao que eu tinha que ir. Não haviam pessoas na rua, e Jackson havia entrado para o outro lado do cemitério, ele não me ouviria se eu gritasse, e ninguém mais também. Então, apenas recuo e apresso meus passos, murmurando todas as súplicas aos céus.

Eu tinha que estar precipitada.

— Ei, moça! – uma voz grave chama por mim.

Eu não olho para trás. Estava com medo demais para fazer isso.

— Precisamos de uma informação. – uma segunda voz, ainda mais potente profere.

— Moça, precisamos mesmo falar com você. – e antes que eu me dê conta, uma mão firme segura o meu braço. Em um solavanco, solto-me e olho para trás, vendo três homens vestidos em roupas escuras, altos e fortes.

Exatamente como os homens daquela noite.

— Você é Roselie Stark? – o terceiro pergunta.

Engulo em seco, dando passos mínimos para trás, mentalmente cronometrando o tempo que eu gastaria até chegar do outro lado. Talvez pudesse gritar por Cap ou para algum vizinho.

— Quem são vocês? – pergunto com a voz fraca.

— Somos pessoas enviadas com um propósito. – um deles diz, não sei qual, pois tudo o que faço é me virar e começar a correr. — Peguem ela!

Desesperada, eu corro e dobro a primeira esquina olhando depressa para trás, avistando os dois homens correndo atrás de mim, tendo vantagens imensas por serem mais altos, fortes e determinamos a me matarem.

— Socorro! – eu grito, sem saber se alguém me ouviria. O fôlego começava a abandonar o meu corpo, e isso faz com que eu desequilibre enquanto tentava saltar algumas caixas de lixo na beira de um estabelecimento, fechado. — Não, não, não...

Fico de pé, apenas segurando firme minha bolsa e tento correr, mas meu corpo bate com o homem, o mesmo que fez os meus sinais de alerta soarem com toda a intensidade em minha cabeça. Ele torna a segurar o meu braço, mas eu me debato, e tento acertá-lo com minha bolsa, conseguindo apenas um tapa em meu rosto, do lado esquerdo e um empurrão no chão.

— Vadia! – ele murmura e olha-me com ódio.

Os fios escuros do meu cabelo cobrem parte do meu rosto e o local onde minha pele foi acertada parece queimar. Não contente com o fato de ter me ferido, ele chuta o meu estômago, ergue-me pelo braço e torna a me bater, socando a minha boca e olho direito.

Meu corpo cai ao chão frio e sujo, lágrimas de vergonha e temor escorrem por minhas bochechas. Arrisco-me a encarar os outros dois homens que assistiam tudo com expressões impassíveis, como se jamais fossem sentir culpa.

— O que... O que vocês querem?

— Terminar o que devia ter terminado a doze anos atrás. – o homem que me bateu diz, retirando do cós de sua calça uma arma.

Lapsos de memória daquela noite vagueiam em minha mente, me levando ao dia em que perdi tudo, onde vi a minha vida ser transformada em cinzas, junto aos meus sonhos. Fecho meus olhos e espero pelo pior.

Que seja rápido e sem dor.

E como em um filme eu ouço gritos masculinos, urros e sons de corpos sendo atingidos. Abro meus olhos e vejo a mesma cena de anos atrás, mas dessa vez não existia um capuz cobrindo o rosto do meu salvador, existia apenas algo como uma máscara escura, cobrindo o mesmo lado que, por tantas vezes, me perguntei como havia o marcado.

Ele estava me salvando, novamente. Por tantas vezes eu sonhei com ele, e agradeci, mesmo sabendo que ele não podia me ver ou ouvir. Eu só nunca contei que fosse tornar a vê-lo, na mesma situação de antes, como se eu ainda fosse apenas uma menina assustada, fugindo de algo que nunca teve conhecimento sobre e que viu as únicas pessoas que sabiam morrer.

Quando o corpo do último homem vai ao chão, o homem se afasta, apertando os punhos com tamanha força que eu conseguia enxergar suas veias prestes a estourarem em seus braços.

 Era você... – as palavras saem da minha boca, sendo levadas até ele que se vira para mim. — Você me salvou naquela noite. Você me salvou agora...

Tento me sentar. Eu queria olhá-lo e ter a certeza de que não estava tendo mais um sonho, mas há mais forças em meu corpo e eu continuo estirada no chão, sentindo dor ainda mais intensa em meus lábios que tinham gosto de sangue.

— Você está ferida... – ele diz e eu desejo que fale mais, pois sua voz é bonita e grave. Ele anda em minha direção e se ajoelha ao meu lado.

— Quem é você?

Ele me olha. O lado em que ele estava me dava apenas a visão perfeita de um lado do seu rosto. A iluminação da rua não era muita, mas eu consegui prestar atenção nos detalhes que tinha a chance de ver. Sua pele clara, seus lábios cheios e seu nariz afinado se contrastavam com o seu cabelo que não se parecia com o tom escuro de suas sobrancelhas. Loiro, talvez.

— Irei pegá-la, tudo bem? – ele pergunta. Eu apenas assinto. Antes, ele pega a minha bolsa e a sustenta em um de seus antebraços. — Pode doer um pouco.

Quando seus braços rodeiam minha cintura e pernas, levo meus braços ao redor de seu pescoço e permito que um gemido de dor me escape. Encosto meu rosto no vão de seu pescoço e sinto uma nova lágrima molhar minhas bochechas e, consequentemente, a sua camisa.

Quando o homem começa a andar com o meu corpo em seus braços, estremeço. Não tenho medo dele, mas meus olhos rolam e encontram os homens caídos no chão, talvez desacordados e muito feridos. Eu só queria que eles me dissessem o que tanto querem com a minha família, e também se eles foram os responsáveis pela morte de Katrina.

— Para onde está me levando? – pergunto e tento olhá-lo.

— Para casa. – é tudo o que ele diz.

Tenho tantas perguntas para fazer a ele, mas não sei por onde começar e as dores em meu corpo não permitem que eu prolongue muito os assuntos que quero tratar, eu só queria um banho e a minha cama, desejando esquecer os problemas que tenho que enfrentar.

— O meu carro não está aqui. – digo ao notar o caminho que estávamos indo.

— Mas o meu está. – ele diz e para em frente a uma caminhonete escura. Franzo o cenho ao vê-lo abrir a porta do carona.

— Não vai me dizer o seu nome? – pergunto e sinto o estofado macio do banco que ele me colocara, com extremo cuidado, como se eu fosse me quebrar. Mordo meu lábio inferior, arrependendo-me pela ardência que sinto devido ao corte já que o homem conseguiu fazer.

— Não hoje. – ele diz e inclina-se um pouco para frente, ficando perto de mim.

Seu rosto fica a centímetros do meu, fazendo-me sentir o seu cheiro que não saberia dizer se era natural ou um perfume neutro. Sua máscara estava um pouco mais visível para mim, e cobria todo aquele lado, deixando claro o quão escondido ele queria deixar, o que quer fosse que tivesse por trás dela.

Eu queria tocar sua pele, descobrir o tom de seus olhos e saber seu nome, como tudo sobre ele, mas no momento, eu só conseguia fazer o que tanto desejei.

— Obrigada. – agradeço-o, não apenas por esse momento, mas por ter me ajudado a me salvar, como eu havia prometido ao meu pai.

Ele não me responde, apenas puxa algo que estava caído do outro lado do banco e me cobre com o tecido de um casaco de capuz. Acompanho cada movimento seu, até mesmo o que ele faz quando se afasta, olhando-me de canto e logo fechando a porta ao seu lado.

Nada havia mudado.

Eu continuava em perigo sem saber a razão.

E ele continuava me salvando, também sem ter um por que.


Notas Finais




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