1. Spirit Fanfics >
  2. Fera solta >
  3. Estreia

História Fera solta - Estreia


Escrita por: andredeluxembrugo

Notas do Autor


Fera Solta é uma de minhas tramas prediletas. Eu a escrevi em 2013 e foi incrível do começo ao fim. Espero que gostem, boa leitura.

Capítulo 1 - Estreia


Fanfic / Fanfiction Fera solta - Estreia

Cena 01 – Torre, Quarto, Noite.

Elizabeth senta-se numa cadeira diante de um espelho e começa a pentear os seus cabelos, ela escuta um barulho vindo do lado de fora e corre para abrir a janela, sorri ao ver Charles.

– Charles? Estás louco? O que veio fazer aqui? - Perguntou ela. - Alguém pode te ver!

– Eu não podia dormir sem ao menos te ver meu amor! - Respondeu ele com romance na voz.

– Pois é melhor dormir sem me ver do que me ver e morrer! - Disse ela com receio.

Eles se olham apaixonados.

– Eu te amo, minha Elizabeth! - Se declarou.

– Eu também te amo e sofro por não poder estar agora ao teu lado! - Disse agora com uma voz mais triste.

– Foge comigo! - Disse Charles.

Elizabeth dá um susto em Charles que estava pensativo.

– EU ME RECUSO! - Disse ela parecendo decidida.

– Elizabeth, eu estava a pensar! - Continuou Charles.

– Pois pense depois, só digo uma coisa, Charles. Eu vou lançar o meu livro e ninguém vai me impedir! - Afirmou ela.

Ele se aproxima dela.

– Você pode lançar o livro em outro momento, fazer uma novela baseada na sua história seria uma grande chance! - Disse Charles com entusiasmo.

– A novela seria um SPOILER fatal e meu livro não venderia nada! Eu me recuso, eu me recuso! - Recusou a proposta do marido.

Elizabeth acende um cigarro e observa à janela, ele senta-se na cama e ela vira pra ele olhando em seus olhos.

– E ai? - Perguntou Charles.

– Sua mala já está pronta? - Ela fez outra pergunta.

 – Eu sabia! - Charles sorri

– Espero não me arrepender, eu espero estar fazendo a escolha certa! - Disse Elizabeth agora decidida.

 

Cena 02 – Cidade de Urucubaca, Praça, Dia.

Delegada Mangabeira estaciona sua viatura na praça da igreja, um grupo de beatas vão em direção à paróquia e de repente aparece o Padre correndo atrás de Paulo.

– Prendam este meliante! - Gritou o Padre um pouco ofegante.

Paulo tropeça, caindo diante da delegada e olha pra Mangabeira de baixo pra cima.

– Mas o que está acontecendo? - Perguntou a Delegada.

– Eu sou inocente! - Afirmou Paulo.

– Este meliante roubou a minha igreja! - Acusou o Padre.

Paulo fita o Padre diante da acusação.

– Está preso! - Delegada decreta a ordem de prisão.

– Eu estava com fome! - Continuou Paulo a se explicar.

Delegada algema Paulo que entra na viatura. Irineu chega de carro e confronta Mangabeira cruzando os próprios braços.

– Mas o que é isso? - Perguntou o Prefeito.

– Isso o que? - Delegada fez outra pergunta.

– A senhora está impedindo a minha passagem e eu exijo que retire a viatura para me dar passagem! - Exigi-o Irineu.

– Quem o senhor pensa que é? - Delegada Mangabeira enfrenta o prefeito.

– Sou o prefeito desta cidade e eu exijo que me dê passagem! - Respondeu Irineu.

A delegada se aproxima e os dois se olham nos olhos.

– Prefeitinho de merda! - Disse ela ao cuspir no chão.

– O que disse? - Perguntou ele ao levantar a sobrancelha.

– Ficou surdo? Pois olhe aqui, não banque o macho pra cima de mim, pode ser prefeito e o ESCAMBAU, mas não me intimido não, me retiro quando eu quiser! - Respondeu a Delegada com seu ar autoritário.

 

Cena 03 – Mansão de Kate, Banheiro, Dia.

Kate sai do banho e se enrola numa toalha, ela ouve um barulho na janela e corre pra vê, é Augusto, sem perceber que só está de toalha, ela desce as escadas apressada e abre a porta ficando diante do amado.

– Augusto! Eu estou tão feliz em vê-lo! - Disse ela com um brilho especial nos olhos.

– Kate! - Sorriu.

– Faz tempo que chegou? Eu estava morrendo de saudades! - Disse Kate.

– Cheguei agora e fiz questão de vê-la primeiro! - Respondeu ele.

– Meu amor! - Disse com uma voz apaixonada.

Eles se beijam e quando ela se afasta ele percebe que sua amada está de toalha.

– Você está nua! - Disse Augusto surpreso.

Kate olha e percebe que está de toalha, enquanto Dona Eulália observa do outro lado da rua.

– Quanta pouca vergonha! - Reclamou à senhora.

 – Ai meu deus! Eu estava no banho, preciso por uma roupa. - Ela recua desesperada para a porta, mas Augusto a impede pegando em seu braço.

– Espera! - Pediu com uma voz suave. Ela vira olhando direto para os olhos dele.

– O que? - Perguntou ela olhando diretamente em seus olhos.

– Quer casar comigo? - Pediu ele.

– Espera... Eu ouvi direito? - Respondeu ela com outra pergunta.

– Eu passei dois meses longe de você e não quero passar mais um dia longe, tu casa comigo? - Augusto perguntou novamente.

 – Mas é claro que eu caso! - Respondeu Kate. Eles então se beijam apaixonados.

 

Cena 04 – Delegacia, Sala, Dia.

A Delegada entra junto com o preso que acabara de algemar em praça pública.

– Mas que prefeitinho petulante, mas comigo ele come farinha! - Resmungou ela sem dar atenção ao meliante.

Ela bebe um pouco de água e senta-se em sua cadeira.

– Eu vou ficar preso? -Perguntou Paulo.

– Pois trate de se sentar que eu quero um esclarecimento! - Disse Mangabeira.

– Eu estava com fome e quando entrei na igreja... - Tentou explicar o rapaz.

Um menino entra correndo na delegacia e entrega um bilhete a delegada.

– Não acredito, o meu filho voltou! Ai, meu deus! - Disse emocionada ao ler o bilhete.

Ela se levanta e pega a bolsa, então, lembra-se do preso e volta.

– E eu? - Perguntou o acusado.

– Vai passar a noite no xilindró! - Respondeu Mangabeira com um ar sério.

 

Cena 05 – Mansão de Kate, Sala, Dia.

Joana entra e serve chá para Kate e Odete

– Ele te pediu em casamento? - Perguntou Odete com entusiasmo na voz.

– Com todas as letras, eu não estou acreditando, sou a mulher mais feliz desse mundo! - Disse Kate com um longo sorriso.

Joana volta pra cozinha após ouvir a conversa e encontra Pedro.

– Que tu “TA” fazendo aqui Pedro? - Perguntou a empregada.

– Consegui, consegui nossa casinha! - Disse o rapaz emocionado.

– Que tu disse? - Continuou fazendo perguntas.

– É isso mesmo minha flor, nós já podemos nos juntar e viver junto! - Disse Pedro.

– Surtei de emoção agora! - Afirmou Joana completamente feliz.

– Pega suas coisas, arruma tua trouxa e vamos! - Disse Pedro.

 – Calma meu amor, eu tenho que falar com Dona Clarita, eu tenho que falar tudo o que eu penso pra jararaca da perna fina, esse prazer eu ei de ter, vou esfregar a bucha na cara dela! - Afirmou Joana.

– Eu espero! - Disse Pedro e eles se beijam.

 

Cena 06 – Casa de Mangabeira, Sala, Noite.

Mangabeira está sentada na cadeira da mesa e janta com seu filho Augusto.

 – Como foi à viagem meu filho? - Perguntou ela ao filho.

– Um pouco cansativa pra não dizer muito! - Respondeu Augusto que mordia uma maçã.

– Agora eu tenho um filho doutor, estou muito feliz! Urucubaca precisava de um médico, o prefeitinho de quinta não mexe uma palha quando o assunto é a saúde do povo! - Afirmou a Delegada.

– Se depender de mim, esse povo não vai mais sofrer como antes! - Disse Augusto.

Delegada sorri orgulhosa ao olhar para o filho.

– Estou muito orgulhosa de você, meu filho! Eu soube que visitaste a Kate? - Perguntou.

– Eu pedi a Kate em casamento! - Ele contou.

 

Cena 07 – Casa do Prefeito, Sala, Noite.

Heleninha entra usando uma bata preta e Irineu lhe surpreende.

– Posso saber onde a senhorita estava? - Perguntou o Prefeito desconfiado.

– Meu marido? - Ela disse surpresa.

– Não enrole e diga logo! - Continuou o Prefeito.

Ela tira o escapulário do bolso e segura com força.

– Eu fui rezar meu amor, fui rezar pela alma de nosso menino morto! - Explicou a Primeira-Dama.

 – TU FOI REZAR? - Perguntou Irineu.

– Eu rezo todos os dias pelo nosso menino! - Disse Heleninha agora com uma voz triste.

Ele abraça a esposa já emocionada.

– Não chore! - Disse o Prefeito tentando confortá-la.

- Ele voltou, ele voltou! - Pensava Heleninha sem dar atenção ao marido.

 

Cena 08 – Urucubaca, Cachoeira, Dia.

Kate espera sorridente pelo amado numa pedra diante da cachoeira. Augusto chega por trás e venda os olhos dela com suas mãos.

– Um beijo se adivinhar! - Disse o rapaz ao chegar.

Kate abre um imenso sorriso.

– Augusto, o homem que amo! - Responde ela.

Ele tira as mãos e ela vira o rosto pra que ele a beije, depois de muito tempo eles se desgrudam.

– Eu disse que voltaria pra você! - Disse Augusto olhando em seus olhos.

– Eu sofri, eu sofri muito com a tua ausência e chorei por diversas noites pensando que nunca mais iria vê-lo novamente! - Disse Kate parecendo triste com seus momentos sem o amado.

– Você acha mesmo que deixaria escapar o amor da minha vida? - Perguntou Augusto.

– Não! - Respondeu ela.

Eles se beijam.

 

 

Cena 09 – Igreja, Altar, Dia.

Augusto entra na igreja e vai em direção a uma mulher de preto, ela vira pra ele revelando seu rosto.

– Pensei que tu não vinhas mais! - Respondeu a mulher que revelou ser a primeira-dama Heleninha.

– Eu estou aqui, não estou? - Respondeu Augusto com outra pergunta.

Ela toca o rosto dele.

– Não sabe como eu sofri por todo esse tempo! - Disse Heleninha.

– Você está bem? - Perguntou Augusto.

– Agora que você está aqui, eu estou bem, não vai me beijar? - Perguntou a mulher.

 

Cena 10 – Estrada, dia.

 Um carro vem de longe, ao se aproximar, percebemos Charles dirigindo enquanto Elizabeth lê um livro, ela tira o chapéu que cai no banco de trás e se espreguiça.

– Vai demorar muito? - Perguntou a escritora ao olhar para o marido.

– Já começou a perguntar, ainda faltam uns 60 km! 120! Enganei-me! Já esta cansada? Não acredito! - Respondeu Charles que olha pra ela e ri.

– Eu quero tomar um banho, eu estou com fome, com sono, com tédio principalmente e você ainda diz que faltam 120 km! Eu me recuso! - Reclamou Elizabeth.

– Calma meu amor, estamos chegando, falta pouco, breve vamos gravar a nossa novela... - Disse Charles tentando animar a esposa.

 – Não me fale sobre essa novela, ainda vamos discutir muito sobre esse assunto, estamos indo para essa cidadezinha porque perdemos a nossa casa! - Continuou Elizabeth revelando sua chateação.

– Devia ficar contente que herdou uma casa, Urucubaca, vamos lá! - Disse Charles parecendo animado.

Ouve-se um barulho, o carro quebra no meio da estrada.

– Meu deus! E agora o que será que foi isso? - Perguntou Elizabeth preocupada.

– Droga! - Resmungou o diretor.

Charles sai do carro e vê a fumaça saindo da traseira do carro.

– É alguma coisa grave? - Perguntou Elizabeth ao colocar a cabeça pra fora.

– Nada demais! SÓ ACHO QUE FERROU TUDO! A LATA VELHA JÁ ERA! - Disse Charles descontente.

Elizabeth sai do carro.

– O que? Quer dizer que estamos perdidos aqui?... No meio do mato! Eu me recuso a ficar no meio do mato! - Disse Elizabeth desesperada.

Um carro se aproxima e Charles faz sinal.

– Ajuda! Ajuda! - Disse Charles desesperado.

Clarita vê os dois fazendo sinal, mas ela não para o carro e passa direto.

– Por mim vocês morrem nessa estrada vítima de algum animal! - Disse Clarita com um sorriso maldoso.

– Eu me recuso a acreditar que passaremos o resto do dia nessa estrada! - Elizabeth continuou a reclamar.

– Agora é esperar por alguém que nos ajude! - Disse Charles esperançoso.

Charles olha pra trás e vê o carro voltando, ele sorri. Elizabeth vibra. Clarita desce do carro e vai até eles.

– Precisam de ajuda? - Perguntou Clarita exibindo um grande sorriso.

 

Continua...

 

 

 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...