1. Spirit Fanfics >
  2. Fera solta >
  3. A fera está solta

História Fera solta - A fera está solta


Escrita por: andredeluxembrugo

Capítulo 3 - A fera está solta


Fanfic / Fanfiction Fera solta - A fera está solta

Cena 01 - Rua de Urucubaca - Tarde.

Clarita havia encontrado Dona Eulália e estava frente a frente com a fofoqueira mais conhecida da cidade.

- Eles estão hospedados na sua pensão? - Perguntou Clarita agora curiosa se referindo a Charles e Elizabeth.

- Imagina! Eles estão é morando no CASARÃO! - Responde Dona Eulália.

- NO CASARÃO? - Pergunta Clarita com os olhos arregalados.

- Achei que gostaria de saber! - Respondeu Dona Eulália satisfeita.

- Aquele CASARÃO está nas minhas terras. Eu não vou deixar barato, não... Como pode isso? - Questionou a mulher.

- Mas a casa pertencia à velha Inaura! - Disse Eulália.

- Boas tarde, senhoras! - Disse Irineu ao se aproximar das duas mulheres.

- Boa tarde meu prefeito! - Respondeu Eulália.

- Seu prefeito! Mas quanto tempo!? - Disse Clarita.

- Exatamente uma semana, não que seja muito tempo! - Respondeu Irineu que sorria para Clarita.

- Tempo pra mim é ouro, nunca perco e faço bom uso dele! - Respondeu Clarita.

- Pois... - Irineu tentou dizer algo, mas calou-se.

- Eu sou do tipo que não perde um minuto! - Continuou Clarita a falar sobre o tempo.

- Está convidada para um jantar na minha casa. Sua presença é muito especial! - Disse Irineu.

- Eu irei! - Afirmou Clarita.

Dona Eulália já havia ido embora e na janela de sua pensão continuou a observar o povo de sua cidade.

- Adoro por fogo na lenha! Vai dar é assunto essa história do  casarão! - Disse a mulher.

 

Cena 02 - Cachoeira - Tarde.

Kate chega de bicicleta acenando para Augusto que estava ainda distante. Ele acabara de tirar a camisa e ela o beijo ao se aproximar.

- Eu te amo! - Disse Kate após o fim do beijo.

- E se eu disser que eu já sei? -Perguntou Augusto olhando para a amada.

- Não é segredo algum! - Respondeu Kate.

Eles se beijam novamente.

- Vamos aproveitar a água. Ela está deliciosa! - Disse Augusto colocando os pés na água.

- Já está anoitecendo né! - Disse Kate preocupada.

- Está com medo? - Perguntou Augusto já com o corpo sobre a água transparente.

- Nem um pouco! - Respondeu Kate que tirava a blusa.

- Estou aqui para te proteger! - Afirmou Augusto.

Ela se jogou e os dois se beijaram.

 

Cena 03 - Casarão - Noite.

Charles entra em sua casa e encontra Elizabeth com duas taças em suas mãos.

- É o que estou pensando? - Perguntou Charles surpreso.

- Você merece! - Disse Elizabeth que beijava o rosto do marido.

 - Jantar a luz de velas? Faz tanto tempo que... - Ele comentou.

- Melhor sentar e comer antes que esfrie! - Disse Elizabeth afastando sua cadeira.

- O que deu em você? - Perguntou Charles ao se sentar.

- Eu estou feliz! - Disse Elizabeth que sorria para o marido.

- Sério? - Questionou ele ainda surpreso.

- Eu sei que não pareço ser eu, mas é... E estou feliz de estar nesta casa, nesta cidade. Gosto de coisas novas, não que... Mas a boa notícia é...

Elizabeth desperta ao ouvir batidas na porta e ao se aproximar percebe que se trata de Clarita. - Você? - Perguntou a escritora diante da visita inesperada.

 

Cena 04 - Floresta - Noite.

A lua está cheia e parece banhada de sangue se destacando na escuridão. Pedro caminha de volta a cidade pela floresta. O rapaz tropeça em alguma coisa e ao cair, perde a lanterna que segurava em uma das mãos.

- Droga! - Reclamou ele. - Tinha que perder esta maldita lanterna logo agora, onde será que ela foi parar? - Perguntou ele e continuou a procurar.

Ele ouviu um rugido de lobo e parecia que estava cada vez mais perto. Levantou-se e tentou andar mais rápido, ofegante, parou e observou a lua que se destacava por cima das imensas árvores.

- Tenho que sair o mais rápido daqui! - Disse ele preocupado. Aconteceu uma intensa ventania, as folhas pareciam entrar em algo do tipo como histeria. Ouviu passos e Pedro arregalou os olhos com o que acabara de encontrar.

- Nãooooooooooo! - Seu gritou ecoou pela noturna floresta.

 

Cena 05 - Casarão - Sala - Noite.

Clarita entrou no casarão e Elizabeth fechou a porta após ouvir um rugido vindo da floresta.

- Gostando da casa nova? - Perguntou Clarita sem olhar para a mulher.

- Não tenho do que reclamar! - Respondeu Elizabeth. - Aceita um copo com água? - Perguntou.

- Estou satisfeita sem! - Respondeu Clarita observando o lugar.

- Qual motivo da visita? - Perguntou Elizabeth fitando a mulher.

- Fiquei sabendo que estavam morando no casarão! - Respondeu Clarita agora olhando para a escritora.

A porta se abriu e Charles apareceu.

- Dona Clarita... - Disse Charles surpreso.

- Você pode me chamar de Clarita! - Disse a mulher.

- Não imaginei que ia tê-la como visita! - Continuou Charles.

- Sei que a hora é inoportuna... Mas eu precisei vir! - Disse Clarita.

- Então, responda a minha pergunta! - Exigiu Elizabeth.

- Essas terras que vocês veem da janela são minhas... - Disse Clarita ao mesmo tempo em que um lobo uivava ao longe.

- Espera aí... O que temos a ver com suas terras? - Questionou Elizabeth.

- Eu não estou entendendo! - Disse Charles.

- A antiga moradora, a falecida Inaura... - Clarita tentou explicar.

- Minha vó, ela me deixou a casa, se é isso que você quer saber! - Adiantou Elizabeth.

- A Elizabeth herdou a casa, temos a escritura! - Complementou Charles.

- Não me entendam mal... Há anos que tento comprar esta casa e a falecida Inaura sempre recusando as minhas ofertas. - Contou Clarita.

- Não está à venda, passar bem! - Disse Elizabeth indicando a porta para a visita. Charles abriu a porta.

- Não vou deixar barato, esta casa será demolida em breve, demolida! - Ameaçou Clarita ao sair.

 

Cena 06 - Pensão - Noite.

Paulo entra na pensão e é Dona Eulália é surpreendida ao sair de seu quarto com a presença do rapaz.

- Ladrão, ladrão, ladrão! - Gritou à senhora que usava um pijama.

- Calma, minha senhora! Eu não sou ladrão! - Paulo tentou se explicar.

- Como não és ladrão? - Questionou a senhora. - Foi preso até, tu pensas que sou burra?

- Foi tudo um mal entendido! - Explicou Paulo.

Flash Back: Paulo está diante da delegada Mangabeira.

- Sinceramente, eu não acredito que tenha roubado a igreja! - Confessou a Delegada.

- Eu não roubei... Eu havia entrado, estava cansado e quando vi o pão da sacristia. - Disse Paulo.

- Olhe aqui! O que você fez também não é certo, mas não tenho motivos suficientes para mantê-lo aprisionado, está liberado! - Disse a delegada tirando as algemas do rapaz.

Paulo então sorriu para a dona da pensão que lhe entregou uma chave.

- Tenho um quarto vago, é seu... Pegue as chaves! - Disse Dona Eulália.

- Obrigado! - Agradeceu Paulo ao pegar as chaves.

 

Cena 07 - Floresta - Noite.

Augusto e Kate caminhavam pela floresta a caminho da cidade. Ela acaba esbarrando em algo e percebe que se trata de um corpo.

- Nãooooooooooooooooooooo! - Gritou Kate.

- Meu deus! É o Pedro! - Afirmou Augusto chocado com a cena.

- Ele está morto? - Perguntou Kate assustada.

Augusto tocou o corpo para sentir a pulsação do rapaz.

- Morto! - Disse Augusto.

- Meu deus, como isso aconteceu? - Questionou Kate.

- Temos que sair daqui... O animal que fez esse estrago pode ainda estar por perto. - Disse Augusto preocupado.

- E vamos deixar o corpo dele? - Perguntou Kate. Ouviram um uivo ao longe.

- Eu sei quem pode resolver isso, vamos embora daqui! - Pediu Augusto que pegou o braço da amada e os dois saíram às pressas do local.

 

Cena 08 - Casa do Prefeito - Quarto - Noite.

Heleninha está penteando os cabelos e Irineu lhe surpreende ao entrar segurando uma caixa.

- Mas tu quer me matar de susto? - Questionou Heleninha.

- Olha o que eu comprei pra você! - Disse Irineu se referindo à caixa.

- O que é isso? - Perguntou a primeira-dama agora curiosa.

- Melhor abrir e descobrir! - Disse Irineu.

Heleninha toma a caixa e abre rapidamente. Ela se impressiona com o colar que acabara de ganhar do marido.

- É lindo! - Disse com uma voz mais doce.

- Espero que tenha gostado. Você merece tudo que é bom!

 

- Põe pra mim! - Pediu Heleninha dando as costas para o prefeito. Ela segura o cabelo e ele coloca a joia em seu pescoço.

- Gostou? - Perguntou Irineu.

Ela se olha no espelho e sorri contente por causa do presente.

- Amei... Acho que ele foi feito pra mim! - Disse a primeira-dama.

 

Cena 09 - Pensão - Noite.

Dona Eulália tenta se refrescar com uma das mãos fazendo o mesmo trabalho que um leque. Ela ouve um barulho vindo da rua. Ela para o que estava fazendo e vai espirar.

- Pombas me mordam! Mas o que está acontecendo? - Questionou a dona da pensão.

Delegada Mangabeira tenta conter o tumulto na rua e o corpo de Pedro é levado para o antigo posto da cidade.

- O que houve? - Perguntou Charles.

- Eu ainda não sei de nada, mas não vou ficar sem saber! - Respondeu Dona Eulália.

Eles caminham em direção ao posto.

- Eu já o encontrei morto na floresta! - Disse Augusto.

- Mas que espécie de animal foi esse? - Questionou Mangabeira.

Dona Eulália entrou e viu quem fora a vítima.

- É o Pedro! Estou chocada! - Disse a dona da pensão com cara de espanto.

Dona Eulália desmaia nos braços de Charles diante de Augusto e Mangabeira.

- Só me faltava essa! - Reclamou à delegada.

 

Cena 10 - Casa de Kate - Quarto de Joana - Noite.

Joana está deitada e quando ouve batidas na porta, ela sai da cama e ao abrir fica diante de Kate.

- Dona Kate? - Perguntou a empregada.

- Joana... Preciso conversar com você! - Disse Kate.

- Mas o que aconteceu? Entre, por favor! - Pediu Joana.

- Eu não queria que você soubesse por outra pessoa... Sei que é muito delicado, mas se eu não te contar agora, você vai ficar sabendo de qualquer forma. - Disse Kate abatida.

- Fale logo Kate... Estou ficando nervosa! - Pediu Joana.

- É sobre o Pedro! - Disse Kate.

- O que tem o Pedro? - Perguntou Joana agora preocupada.

 

Continua...

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...