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História Fera solta - Incidentes


Escrita por: andredeluxembrugo

Capítulo 4 - Incidentes


Fanfic / Fanfiction Fera solta - Incidentes

Cena 01 - Quarto de Joana - Noite.

Joana abriu a porta para Kate e ao deixa-la entrar percebeu que havia algo estranho na expressão da dona da casa.

- Eu não queria que você soubesse por outra pessoa... Sei que é muito delicado, mas se eu não te contar agora, você vai ficar sabendo de qualquer forma. - Disse Kate abatida.

- Fale logo Kate... Estou ficando nervosa! - Pediu Joana.

- É sobre o Pedro! - Disse Kate.

- O que tem o Pedro? - Perguntou Joana.

Kate continua olhando nos olhos da empregada da casa e uma lágrima escorre dos seus olhos.

- Ele... - Kate tentou contar a verdade, mas um soluço a interrompeu.

- Cadê o Pedro? - Perguntou mais preocupada. - Onde está o Pedro? Eu quero ver o meu Pedro! - Sua voz agora estava desesperadora.

Joana abre a porta do quarto e sai apressada. Kate logo vai atrás da moça.

- Ai, meu Deus! - Disse Kate sem saber o que fazer.

- PEDROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! - Gritou Joana que ecoava por toda cidade.

Joana se aproxima do tumulto de pessoas envolta do corpo. Kate chega também.

- Eu sinto muito! - Disse a delegada assim que viu a viúva no local.

- NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! - Joana gritou e desmaiou.

 

Cena 02 - Prefeitura - Sala do Prefeito - Dia.

Dona Eulália entra na prefeitura, cumprimenta Lucas com o olhar, o rapaz não diz nada e ela entra na sala de Irineu.

- Dona Eulália? - Perguntou Irineu com espanto ao virar sua cadeira olhando diretamente para a dona da pensão.

- Curioso, não é? O seu filho adotado não fala nada! - Questionou a mulher.

- Dona Eulália, não precisa se referir ao Lucas como adotado. - Pediu Irineu.  - Todos sabem dessa história e ele é meu filho.

- Tudo bem, mas ele não fala nada! - Continuou a mulher que acabara de sentar na cadeira.

- Coitado, depois daquele trauma que teve no passado, nunca mais disse uma palavra. - Disse Irineu conformado.

- Que trauma! - Afirmou Dona Eulália prestando atenção no prefeito.

- Mas a senhora não veio aqui falar do trauma do Lucas, o que está havendo? - Perguntou Irineu já cansado de conversa mole.

- Pedro, um dos meus hóspedes da pensão... Coitadinho, foi encontrado morto! - Contou a mulher.

- Como isso aconteceu? - Questionou Irineu.

- Acho que foi uma onça pintada! - Disse Dona Eulália arregalando os olhos.

- Onça? - Perguntou Irineu desconfiado.

- Achei que o senhor já sabia! - Respondeu a mulher.

 

Cena 03 - Delegacia - Dia.

Delegada Mangabeira recebe o filho Augusto e a esposa da vítima, Joana em sua sala.

- Como você está mocinha? - Perguntou Mangabeira preocupada.

- Eu não sei definir o que estou sentindo. Não acredito ainda que o Pedro morreu. - Disse Joana com a cabeça baixa.

- Eu não dormi esta noite para resolver o caso logo isso. Eu tenho certeza, o Pedro foi atacado por um animal, mas que animal será esse? - Questionou Mangabeira.

- Um lobo!? - Respondeu Joana sem ter certeza.

- Lobo? Não sei se tem lobo nesta nossa região! - Respondeu Mangabeira insatisfeita a procura de uma solução.

- Eu ouvi um uivado! - Disse Augusto.

Joana não aguenta e sai da delegacia aos prantos. Ela encontra Kate do lado de fora e a abraça.

- Eu e o Pedro íamos casar. Já estava tudo certo. Tudo planejado. Por que ele tinha que morrer? - Questionou Joana inconformada.

- Calma... Vai tudo ficar bem! Eu estou com você! - Disse Kate tentando ajudar a viúva.

 

Cena 04 - Mansão de Kate - Sala - Dia.

Charles toca a campainha e Clarita vai abrir a porta enfurecida.

- Nessas horas não tem um criado para abrir a maldita porta. - Ela fica surpresa ao ficar diante do novo habitante da cidade. - Você?

- Como vai? - Perguntou Charles que já entrava.

- Como ousa entrar sem minha permissão? - Perguntou Clarita irritada.

- Olhe aqui minha senhora, sem rodeios porque gosto de ir direto ao assunto, tenho pavor de enrolação! - Disse Charles.

- Pois diga o porquê veio! - Pediu Clarita.

- O que queria ontem na minha casa? - Perguntou Charles sério.

- Primeiro que aquela casa está entre os meus terrenos e desde sempre eu queria comprar, até aquela velha morrer, pensei que não tinha parentes e achei que se eu demolisse, não teria problemas. Tenho planos, mas infelizmente eu soube que a casa pertence a você! - Respondeu Clarita.

- Não necessariamente minha. A casa é da Elizabeth, minha esposa. - Respondeu Charles.

– Desculpe-me todo aborrecimento que causei, mas saiba que posso oferecer um bom dinheiro pra ter aquela casa! - Disse Clarita com segundas intenções.

 

Cena 05 - Cemitério - Dia.

O corpo de Pedro é levado dentro do caixão por homens da cidade. Joana chora acompanhada de Kate.

- Siga em paz meu filho! - Disse o Padre que orava pela alma da vítima. Irineu chega ao velório.

- Antes de mais nada... Eu gostaria de dar algumas palavras! - Interrompeu Irineu.

- Aposto que vai querer se aproveitar da desgraça alheia para ganhar votos! - Acusou a Delegada Mangabeira.

Pedro... Foi um grande homem, o povo de Urucubaca sabe moço trabalhador e honesto... - Continuou Irineu ignorando a delegada.

Augusto e Kate dão se as mãos. O caixão é colocado dentro da cova e Joana joga uma rosa aos prantos.

- Eu te amo, Pedro! - Disse a viúva um pouco fraca e pálida.

 

Cena 06 - Cemitério - Dia.

Todos se preparam para ir embora, Delegada Mangabeira vê Irineu se retirando discretamente e vai atrás dele.

- Acha mesmo que há de ter votos com esse teatro? - Questionou a delegada que parecida indignada.

- Já vai começar? Eu não quero me aborrecer! - Disse Irineu.

- Nem conhecia o defunto e vem pagar de bom samaritano, que baixeza! - Continuou Mangabeira com as acusações.

- Estou com a minha consciência limpa! - Respondeu Irineu.

- Sua consciência nunca foi limpa! - Afirmou à delegada.

Ela se aproxima dele, o prefeito dá um passo atrás e acaba se desequilibrando. Ele segura o braço da delegada e os dois caem em uma cova aberta.

- NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOO! - Saiu o eco do grito dos dois por todo cemitério.

 

Cena 07 - Casarão - Noite.

Charles chega e casa e encontra a esposa Elizabeth totalmente aflita.

- Pensei que tu não chegaria mais! - Disse Elizabeth.

- O que houve? - Perguntou Charles preocupado.

- Estou com medo. Não quero ser devorada por um animal como aquele rapaz. - Disse Elizabeth.

- Você não vai ser devorada. O que aconteceu com aquele rapaz foi um incidente, acontece! - Charles tentou confortar a esposa.

- Eu me recuso a ficar aqui nessa casa sozinha! - Disse a esposa dele.

- Tudo bem, mas toda vez que eu sair... - Ele disse.

- Eu não conheço a cidade direito. - Ela disse interrompendo-o.

- Chegamos há poucos dias, vamos ter tempo o suficiente. Eu fui à casa da Clarita! - Contou ele.

- Que? - Perguntou Elizabeth chocada.

- Não se preocupe, está tudo resolvido.  Ela só disse que quando quiser vender o casarão, ela paga o que pedirmos! - Disse Charles.

- Pra que tanto interesse nessa casa velha? - Questionou Elizabeth.

- Eu sou esperto. Essa casa deve ter algo valioso! - Disse Charles com esperança.

- Será? - Perguntou Elizabeth sem acreditar.

 

Cena 08 - Mansão de Kate - Sala - Noite.

Kate entra em sua casa e Clarita desce as escadas no mesmo instante.

- Então, é isso? - Perguntou Clarita.

- Isso o que? - Questionou Kate sem entender.

- Vai casar com aquele doutorzinho medíocre? - Perguntou Clarita inconformada.

- Tia! A senhora não devia falar assim do Augusto. Eu não permito! - Respondeu Kate que sentara completamente exausta.

- Pois saiba que eu tenho opinião e uso quando achar necessário. - Disse Clarita fitando a sobrinha.

- Saiba que não me importo com essa sua opinião. Sabe que respeito à senhora e faço questão de ainda dar uma explicação. - Respondeu Kate decidida a defender o amado.

- Eu só quero o seu bem... Querida! - Disse Clarita com uma voz mais doce.

- Eu sei me cuidar e sei o que é melhor pra mim. - Disse Kate se levantando. - Eu estou cansada e agora pretendo dormir.

Kate sobe as escadas deixando a tia Clarita sozinha na sala.

- SE ELA PENSA QUE VAI CASAR COM O FILHO DA DELEGADAZINHA, NÃO CONHECE MINHAS ARTIMANHAS. - Afirmou Clarita com um breve sorriso maligno.

 

Cena 09 - Casa da Delegada - Quarto de Augusto - Noite.

Augusto entra em seu quarto e se depara com Heleninha completamente nua em sua cama.

- Mas o que é isso? - Ele se assustou. - Está louca Heleninha?

- To louca de amor... Amor para te dar! - Respondeu a primeira-dama com uma voz sensual.

- Como você entrou? - Questionou o médico ao olhar para a janela aberta.

- Vamos pular essa parte... Agora o que interessa é que você possua o meu corpo! - Disse Heleninha fitando Augusto com desejo.

- Heleninha! - Disse Augusto impaciente.

Ela levantou nua e começou a arrancar os botões da camisa do rapaz.

- Não diz não pra mim. Eu imploro! - Pediu a mulher.

Ela põe suas mãos sob o peito de Augusto.

- Você só pode estar ficando louca e eu também! - Disse Augusto hesitando as investidas da mulher.

- Eu te amo! - Disse Heleninha que cheirava a nuca do rapaz. Ele não resistiu, os dois se beijaram e fizeram amor ali mesmo.

 

Cena 10 - Cemitério - Noite.

Irineu está rezando para que alguém o tire de dentro da cova. Mangabeira parece impaciente com toda a situação.

- Desde quando tu sabes rezar? - Questionou a delegada.

- Eu faço qualquer coisa pra sair daqui! - Respondeu Irineu.

- Espero que funcione, pois eu vou sair agora, nem que haja um terremoto em Urucubaca. - Disse Mangabeira decidida.

- Mas como? - Perguntou Irineu com a atitude da mulher.

- Eu sou forte e não sou um molenga como você. Não ficarei aqui mais um minuto. - Respondeu Mangabeira completamente decidida.

Delegada Mangabeira estava de pé e tentava sair da cova, mas na primeira tentativa ela derrapa.

- Me segura! - Pediu Mangabeira.

Irineu ajudou a Delegada a tentar mais uma vez e com um pouco de esforço, ela consegue sair do buraco.

- Conseguiu! - Disse Irineu contente olhando para cima. - Agora me tire daqui! - Pediu ele.

- E quem disse que vou tirar você? - Perguntou Mangabeira fitando o prefeito.

 

Continua...



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