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História Fera solta - Casa comigo ou não?


Escrita por: andredeluxembrugo

Capítulo 6 - Casa comigo ou não?


Fanfic / Fanfiction Fera solta - Casa comigo ou não?

Cena 01 - Mansão de Kate - Jardim.

Kate e Augusto se beijam no meio do jardim. Ele se afasta e fica olhando para os olhos dela.

– Não vejo a hora de casar, ter filhos com a mulher que eu amo e morar numa casa nem grande! - Disse o rapaz.

- A casa eu já tenho... - Disse Kate.

- Não sei se vou me sentir bem morando aí! - Respondeu Augusto.

- Que bobagem... Os filhos. Sinto muito, pra isso tem que casar primeiro e pra casar, tem que marcar o casamento. Vamos marcar o casamento amanhã? - Pergunta Kate.

- Marcar amanhã, mas já? - Perguntou Augusto surpreso com a pressa de sua noiva.

- Estou te estranhando. Até parece que não quer! - Disse Kate desconfiada.

- Não é isso, é que ta indo tudo tão rápido! - Respondeu Augusto.

- Eu sou rápida e esse negócio de esperar, não é comigo, não combina, quando eu quero uma coisa, eu vou e faço! - Disse Kate completamente decidida.

- É por isso que eu te amo! - Afirmou Augusto.

- Quer casar comigo ou não? - Perguntou a moça mais uma vez.

- É tudo que eu mais quero! - Respondeu ele.

- Marcamos amanhã, então? - Perguntou ela.

- Você sabe que sim!  - Disse Augusto ao beijá-la.

- Chato! - Disse ela.

- Você que é a mais chata do mundo! - Respondeu Augusto sorrindo.

 

Cena 02 - Mansão de Kate - Janela da Sala - Noite.

Enquanto isso, Clarita está observando o casal através da janela da sala.

- Que coisa melosa... Tenho pavor deste romantismo barato e entediante. - Resmungou a mulher.

- Falando comigo Dona Clarita? - Perguntou a empregada Joana segurando uma bandeja.

- Por acaso eu tenho algum assunto para conversar com você criatura? - Questionou Clarita.

- Não! - Respondeu Joana baixando a cabeça.

– Pensei que era burra, jamais direcione suas palavras para mim, quando eu quiser, eu vou até sua deprimente pessoa e ordeno algo. Vá limpar o chão da cozinha antes que eu a demita por justa causa! - Ordenou Clarita indicando com a mão a direção.

- Sim, Dona Clarita! - Obedeceu a empregada que saiu bufando discretamente.

- Se fosse uma escrava já estava no tronco, ah, eu ia amar dar as chibatadas! - Disse Clarita seriamente.

- Acordada tia? - Perguntou Kate ao entrar sorridente.

- Estou dormindo, sou sonâmbula! - Respondeu Clarita sem paciência.

- Quanto mau humor! - Disse Kate que deu as costas e saiu.

 

Cena 03 - Rua - Noite.

Elizabeth está caminhando de volta para sua casa e Paulo a aborda quando a ver.

- Sozinha? - Perguntou o rapaz.

- Que susto! Pensei que fosse um ladrão. É obvio que estou sozinha! - Respondeu Elizabeth um pouco arisca.

- Posso acompanhar a dama até em casa? - Perguntou Paulo usando sua simpatia.

– Quanto cavalheirismo, mas não precisa, ficaria tarde pra você voltar e essa cidade à noite me parece ser perigosa! - Respondeu a escritora demonstrando preocupação com o rapaz.

- Eu não tenho medo! - Afirmou Paulo.

– Pois bem, saiba que mora no final da rua que dá pra floresta! - Disse a mulher.

– Vai ser um prazer! - Ele respondeu seguido de um sorriso.

 

 

Cena 04 - Prefeitura - Dia.

Amanheceu. Irineu está conversando com Charles enquanto Lucas lhe serve um café.

- Deixe-me ver se entendi! - Pegou uma xícara. - Pretende fazer uma novela em urucubaca? - Questionou Irineu ao diretor.

- Sim, estou pensando nisso há muito tempo e essa cidade é perfeita pra tal feito! - Respondeu Charles ao terminar seu café.

- MAS QUE IDEIA GENIAL! - Vibrou o prefeito levantando-se.

- Acha? - Questionou Charles deixando a xícara sob o pires.

- Vou te ajudar e me ajudar! - Respondeu apontando seu dedo para o diretor.

- Como? - Perguntou Charles coçando seu cavanhaque.

- Eu tenho que me favorecer, as eleições estão chegando e você vai ter o que deseja. Eu espero que não seja um fiasco, eu estou confiando em você! - Disse Irineu com segundas intenções.

- E como iremos exibi-la? - Continuou Charles a questionar.

- Deixe comigo, o prefeito resolve! - Afirmou Irineu.

- Como pretende? É verdade que o povo não tem TV? - Perguntou ao prefeito.

- TV? - Irineu caiu na gargalhada.

 

Cena 05 - Casa do Prefeito - Dia.

Heleninha abre a porta ao ouvir batidas e fica frente a frente com Kate.

- O que está fazendo aqui? - Questionou a primeira-dama.

- Quando eu fico com algo na cabeça e essa coisa fica martelando, não tem nada que me impeça, eu procuro resolver! - Disse Kate encarando a mulher.

- Não temos nada pra resolver!  - Respondeu Heleninha dando as costas.

- Engano seu, com licença! - Disse Kate ao entrar contra a vontade de Heleninha.

- Eu exijo que se retire da minha casa! - Disse Heleninha.

- Antes vai me responder o que eu quero. O que tem contra mim? - Questionou Kate. Heleninha começou a rir.

- Sério isso? - Perguntou a primeira-dama ainda soltando altas gargalhadas. - Quer mesmo que eu te responda? Pois eu acho você uma vagabunda... Vagabunda!

- Não ouse mais repetir o que acabou de dizer! - Disse Kate ao esbofetear o rosto de Heleninha.

- PIRANHA! - Heleninha tenta retribuir a tapa, mas Kate segura seu braço.

- Não gosto de me meter em assuntos que não são meus, mas eu tenho certeza que não sou a vagabunda aqui, passar bem! - Disse Kate se retirando.

- O que está tentando insinuar? - Perguntou Heleninha seguindo Kate até a porta.

 

Cena 06 - Delegacia - Sala - Dia.

Clarita entra na sala da delegada e encontra Mangabeira tentando se refrescar com uma pasta de papéis.

- Está sentindo calor, delegada? - Questionou Clarita sendo irônica.

- SEU TOM NÃO ME AGRADOU! - Respondeu Mangabeira seriamente.

- Está um calor insuportável! Minha pele, coitada... Sofre! - Disse Clarita abanando-se com suas próprias mãos.

- Veio na minha delegacia pra falar sobre a sua pele?  Vamos direito ao assunto! - Disse Mangabeira.

- Serei direta! - Respondeu Clarita sentando em uma das cadeiras.

- Qual é o problema? - Perguntou Mangabeira ao levantar de sua cadeira.

– Quero que me ajude a acabar com o casamento de seu filho Augusto e minha sobrinha Kate! - Respondeu Clarita fitando a delegada.

- Não acredito no que estou ouvindo, o que? - Perguntou Mangabeira.

- Você ouviu bem, não creio que seu filho vá fazer a minha querida sobrinha feliz. Kate merece um homem que tenha como defendê-la de todos os males! - Afirmou Clarita sorrindo.

- Não vou falar mais nenhuma palavra sobre esse assunto que não me diz respeito, queira se retirar da minha sala, tenho coisas mais importantes para fazer! - Pediu Mangabeira.

- Pois saiba, eu farei alguma coisa pra defender a Kate! - Afirmou Clarita ao se levantar.

- Ela já é bem grandinha e sabe o que faz, pense nisso! - Respondeu Mangabeira sorrindo e Clarita saiu da delegacia.

 

Cena 07 - Casa do Prefeito - Quarto - Noite.

Irineu parece estar relaxado enquanto sua esposa, Heleninha lhe faz uma massagem caprichada.

- Morzin, posso te pedir uma coisa? - Perguntou ela.

- O que você quiser querida, você sabe que te dou tudo! - Disse Irineu ainda com um semblante relaxado.

- PRECISO DE CINCO MIL REAIS! - Pediu Heleninha beijando sua nuca.

- CINCO MIL REAIS? - Perguntou ao olhar para a esposa.

- Eu estou precisando renovar o guarda-roupa, o Lucas ta precisando de roupas também, você... Sem falar que estou querendo doar uma boa quantia para uma casa de caridade, você me dá? - Disse a primeira-dama.

- Ownnnnn, Heleninha! Que lindo de sua parte. Vou te dar sim! - Respondeu Irineu correndo para o cofre.

- Eu te amo, morzin! - Disse Heleninha pegando as notas das mãos do marido.

- E você é tudo para mim! - Disse Irineu beijando a outra mão da esposa.

 

Cena 08 - Casarão - Noite.

Elizabeth joga pedaços de madeira sob a lareira e acende o fogo. Charles chega.

- Chegou bem na hora, vou servir chocolate quente! - Disse Elizabeth ao se levantar.

- O que deu em você? - Perguntou o diretor.

- Comecei a escrever! - Disse ela sorrindo. Ela entregou uma caneca de chocolate ao marido.

- Sério? - Questionou Charles.

- Quando eu estou triste eu escrevo muito bem, quando eu estou vibrante, eu sou ótima! - Disse Elizabeth bebendo um pouco de chocolate.

- Eu estou muito contente! - Disse Charles com um brilho nos olhos.

- Essa é noite é nossa! - Disse Elizabeth mordendo os lábios.

- Eu tenho novidades! Consegui ajuda do prefeito, não consigo acreditar que o povo dessa cidade não usa TV. Parece que só existe duas! Uma na casa da Clarita e outra na do Prefeito, meu deus!  Que século estamos vivendo? - Questionou Charles.

– Vou dormir! Você conseguiu quebrar o clima que não tínhamos há muito tempo. Boa noite! - Disse Elizabeth deixando a caneca sobre a mesa e saindo.

 

Cena 09 - Estrada - Noite.

Lucas vem dirigindo na estrada que dá pra Cidade de Urucubaca e vê uma menina estranha andando sozinha. Ela desmaia e ele para o carro, então, corre pra socorrê-la, pegando-a  nos braços e a coloca dentro do carro.

 

Cena 10 - Casas Amarelas - Noite.

Augusto anda pelas ruas de Urucubaca e encontra Heleninha frente às casas amarelas.

- O que você quer? - Questionou Augusto.

- Você sabe que eu te amo! - Disse a primeira-dama se aproximando. Ela tenta beijá-lo, mas ele se afasta.

- Você está louca? Alguém pode ver! - Alertou Augusto.

- Ninguém anda a noite pelas ruas e muito menos pra esses lados das casas amarelas. Atrás da prefeitura é um bom lugar, vamos? - Perguntou ela com segundas intenções.

- Eu não vou com você! - Respondeu Augusto.

Heleninha beijou Augusto ao receber um não. Neste exato momento, Clarita passou dirigindo o seu carro.

- Quem era? - Questionou Heleninha preocupada.

- Não deu pra ver! - Disse Augusto se afastando da mulher.

Clarita desce do carro após estacionar em frente a sua casa e abre o portão.

- Eu não estou acreditando, O Augusto e a Heleninha? Eu acho que a sorte está do meu lado, vou ter a chance de matar dois coelhos com um tiro só! - Disse Clarita com um sorriso malévolo.

 

Continua...

 



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