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História Fera solta - Um plano de fuga


Escrita por: andredeluxembrugo

Notas do Autor


A atriz Heloísa Perissé seria ótima na pele da primeira-dama, Heleninha. Curiosidades.

Capítulo 7 - Um plano de fuga


Fanfic / Fanfiction Fera solta - Um plano de fuga

Cena 01 - Rua - Noite.

Clarita desce do carro após estacionar em frente a sua casa e abre o portão.

- Eu não estou acreditando, O Augusto e a Heleninha? Eu acho que a sorte está do meu lado, vou ter a chance de matar dois coelhos com um tiro só! - Disse Clarita com um sorriso malévolo.

Ela tenta dançar como se tivesse um companheiro e sem música, mas Joana aparece.

- Dona Clarita? - Perguntou a empregada ainda na porta.

- Que susto criatura! - Disse Clarita ao virar para a mulher.

- A senhora estava dançando sozinha? - Questionou Joana.

- QUEM ESTAVA DANÇANDO? VÁ LIMPAR A PRIVADA CRIATURA! - Disse Clarita em um tom severo.

- Mas eu limpei tudo! - Respondeu Joana.

- Limpe de novo e não fale mais uma palavra, sua voz me causa dores de cabeça! - Disse Clarita entrando no carro que guardou em seguida.

 

Cena 02 - Casa do Prefeito - Quarto de Hóspedes - Noite.

Irineu flagra o filho Lucas colocando a menina que encontra na cama.

- Fico louco? Quem é esta menina? - Perguntou Irineu ao filho completamente surpreso.

Enquanto a menina desconhecida gemia, Lucas respondia ao pai com gestos.

- AHHHH! AHHH! - Gemeu a menina.

- Você só pode estar ficando louco, trazendo pessoas desconhecidas pra casa. Eu sei que quis ajudar, mas não sabemos quem é a moça! - Disse Irineu.

Lucas responde novamente fazendo gestos e Heleninha entra no quarto.

- Essa cidade é um horror à noite, precisa é de animação! - Disse a primeira-dama sem perceber a garota.

- Onde estava? - Perguntou Irineu fitando a mulher.

- Eu fui rezar! - Respondeu Heleninha mostrando e beijando seu terço.

 

Cena 03 - Pensão da Dona Eulália - Dia.

Charles está sentado no sofá da pensando e acompanhado de Dona Eulália, os dois conversam.

- TV é coisa do capeta, quem assiste isso, está condenado, condenado! - Afirmou Dona Eulália convicta.

- Mas que pensamento é esse, dona Eulália? - Questionou Charles.

- Penso no bem do nosso povo, penso nos bons costumes! - Respondeu a dona da pensão.

- A TV é pra ser apreciada... Pra se divertir! - Disse Charles em tom poético.

- Isso não é divertimento, é coisa de satanás! - Respondeu Dona Eulália horrorizada.

- Cruz, credo, Dona Eulália! - Disse Charles surpreso com a atitude da mulher.

- Agora me deixe fazer o feijão ou ninguém come aqui nessa birosca, pare de falar neste assunto pecaminoso, já abolimos a maldita TV há sete anos! - Contou Dona Eulália. Suas lembranças vêm à tona. Moradores jogam seus televisores nas ruas. - ABAIXO, ABAIXO, ABAIXO A VULGARIDADE! TV, TV, TV É SACANAGEM! - Gritava Dona Eulália no meio da multidão.

- Sacanagem! - Gritou uma mulher.

- É UM SACRILÉGIO! - Continuou Dona Eulália com seu protesto.

- FOGO NOS TELEVISÕES! - Gritou um homem ateando fogo no aparelho.

- FOGOOOOOOOOOOOO! - Gritou Dona Eulália. Ela abriu os olhos e percebeu a aproximação de Charles, então se afastou.

- Como? - Perguntou Charles preocupado com a reação da mulher.

- Acho que isso foi um pesadelo! - Respondeu Dona Eulália arregalando os olhos.

 

Cena 04 - Casa do Prefeito - Sala - Dia.

Heleninha penteia seus cabelos, ela ouve uma batida na porta, então, decide abrir e fica diante de Clarita.

- Dona Clarita? - Perguntou a primeira-dama surpresa.

- Acho que precisamos conversar, com licença! - Disse Clarita já entrando.

- Não estou entendendo! - Respondeu Heleninha ao fechar a porta. - O que temos para conversar? Fiquei curiosa.

- Muita calma nessa hora! Ontem eu vi você lá na rua das casas amarelas, curioso que nunca passo por lá, mas eu não sei o que deu em mim... - Relatou Clarita passando o dedo sobre a poeira da mesa.

- O que? - Questionou Heleninha.

- Eu vi você e o Augusto aos beijos, que casal lindo! - Debochou Clarita com risos.

- Quanto quer para ficar calada? - Perguntou a mulher do prefeito.

- Não quero o seu dinheiro, eu quero lhe ajudar! - Respondeu Clarita estendendo as mãos.

- Me ajudar? - Perguntou a primeira-dama.

- Como deve saber... Kate minha sobrinha está noiva do Augusto. Bem, eu não sou a favor desta união. Augusto não é pra ela e eu estou aqui pra te ajudar! - Afirmou Clarita decidida.

- Como pretende me ajudar? - Perguntou Heleninha demonstrando interesse.

 

Cena 05 - Igreja - Dia.

Kate e Augusto entram na igreja e os dois são recebidos pelo Padre Manoel.

- Minha filha! Veio se confessar? - Perguntou o Padre abrindo um simpático sorriso.

- Hoje não Padre! Eu vim marcar a data do meu casamento com Augusto! - Respondeu Kate.

- Mas tão rápido? Não acredito que está... - O padre tentou afirmar algo, mas...

- Não, eu não estou esperando nada! - Respondeu Kate antes que o padre terminasse.

- Nos amamos, Padre! Não queremos perder mais tempo! - Disse Augusto com uma aparência feliz.

- Os jovens de hoje, são tão apressados! - Comentou o Padre.

- Acho que não podemos perder tempo! - Disse Kate olhando para o noivo.

- Você está certa minha filha! - Afirmou o Padre sorrindo.

 

Cena 06 - Pensão - Corredor - Dia.

Odete abriu a porta de seu quarto e se deparou com a presença de Dona Eulália. Ela entregou um envelope com dinheiro a dona da pensão.

- Eu to pagando, mas isso é um roubo, este quarto não vale 10% da fortuna que a Senhora recebe! - Disse Odete insatisfeita.

- Não está gostando? Retire-se, não é obrigada a ficar! Eu apenas vivo disso, da minha pensão e cobro o preço justo. Não gostou é só cair fora! - Disse Dona Eulália ignorando a reclamação da cliente.

- Com licença! - Respondeu Odete fechando a porta do quarto.

- Petulante, vou aumentar o aluguel no próximo mês! - Disse Dona Eulália cheirando as notas.

- Falando sozinha? - Perguntou Fábio ao sair de seu quarto todo arrumado.

- Pra onde você todo galanteador e cheiroso? - Questionou a mãe do rapaz.

- Tenho que sair mamãe, ninguém vive sem se divertir! - Respondeu Fábio ajeitando o cabelo lambido.

- Pois vai tirar a roupa cara e ir pra cozinha, não nasci pra criar vagabundo! - Ordenou Dona Eulália.

- Mãe? - Disse Fábio decepcionado.

- GIZELINHA! Pense na GIZELINHA! Foi pra capital estudar e trabalhar e você deveria fazer o mesmo, vai trabalhar na pensão com sua mamãe! - Respondeu a mulher para o filho.

 

Cena 07 - Casa do Prefeito - Quarto - Tarde.

Lucas entra no quarto de hóspedes e observa a menina que socorreu. Ela desperta e abre os olhos.

- Quem sois vois? O que to fazendo aqui? Que cama é essa? - Perguntou a menina. -SOCOOOOOOOOOOOOORRRO! - Gritou ela.

O filho do prefeito faz sinal pra tentar se comunicar com ela e a menina lhe ataca no pescoço.

 

Cena 08 - Igreja - Tarde.

Kate e Augusto se despedem na saída da igreja. Heleninha espera a sobrinha de Clarita se afastar e puxa o rapaz de volta para dentro.

- Vem comigo! - Pediu a primeira-dama.

- HELENINHA! - Disse Augusto impaciente.

- Vai casar com ela? É isso? - Questionou a mulher.

- Você sabe que sim! - Respondeu Augusto.

– E se ela descobrir sobre nós? - Perguntou Heleninha.

– O que está dizendo? Não está pensando em contar nada, não é? - Perguntou Augusto pegando no braço de sua amante.

- Você sabe que não, mas não pode se casar com ela, lembre-se que ela nunca te perdoaria! Não pode continuar com esta farsa, fuja comigo! - Respondeu Heleninha revelando sua real intenção.

- Eu não vou fugir! - Afirmou Augusto.

- Tudo bem, eu estarei esperando! - Afirmou Heleninha ignorando a resposta do rapaz.

 

Cena 09 - Mansão de Kate - Sala - Tarde.

Kate abre a porta e entra em sua casa. Clarita desce as escadas e fica diante da sobrinha.

- Foi marcar o casamento com o filho da delegada? - Questionou Clarita.

- Pode guardar o veneno! - Pediu Kate.

- Querida, eu só fiz uma pergunta. Lavei minhas mãos, você já é bem grandinha pra fazer as próprias escolhas, mas eu quero o seu bem! - Disse Clarita sorrindo.

- Está certa! Eu sei fazer minhas próprias escolhas! - Respondeu Kate fitando sua tia.

- Posso ao menos lhe fazer uma pergunta? - Clarita sentou.

- Faça! - Respondeu Kate subindo as escadas.

- Tem certeza que Augusto é fiel? - Questionou Clarita fitando a sobrinha.

- O que disse? - Perguntou Kate.

 

Cena 10 - Casa do Prefeito - Quarto - Tarde.

A menina solta o pescoço de Lucas e abre uma das janelas do quarto.

- Homem branco não me prende, eu fujo, eu fujo! - Disse a menina tentando fugir.

- NÃOOOOOOOOOOO! - Gritou Lucas ao se recuperar. Ele viu a menina pendurada na janela.

- SOCOOOOOORRRO! - Gritou a menina que se jogou e caiu por cima de Charles.

- Meu Deus! - Disse Lucas se aproximando da janela.

 

Continua...

 

 

 



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