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História Feras 3 - Fera


Escrita por: hanonimata

Notas do Autor


Gabriel: É preciso manter a razão e as emoções em equilíbrio.

Guilherme: As vezes é preciso sujar as mãos.

Kathe: Enquanto o sol estiver nascendo haverá pelo que lutar.

Carma: O importante é aproveitar cada instante.

Capítulo 3 - Fera


Yasmim

  Eu posso ouvir a voz do Guilherme tão próxima e tão distante ao mesmo tempo, também ouço uma voz feminina, eu procuro focar nas vozes e tentar intender o que é dito.

- Ele esta morto. - Guilherme afirma impaciente.

- Eu já o achei assim, alguém o executou. -A voz feminina fala tensa. - Talvez sua amiga tenha conseguido mata-lo antes de nos achar.

  É hora de fazer a minha parte.

  Eu abro os olhos e a primeira coisa que vejo é um teto todo branco.

- Ela acordou. - A voz feminina fala surpresa.

- Yasmim? - Ouço a voz de Guilherme ao meu lado.

  Eu olho para ele e então o mundo parece ter parar de existir, ter estado longe dele todo esse tempo foi a pior das torturas.

- Guilherme. - Digo seu nome o abraçando com toda a força que sou incapaz de incapaz de usa-la para conter minhas lagrimas que escorram pelo meu rosto.

- Esta tudo bem agora. - Ele fala correspondendo meu abraço.

- Eu vou deixar vocês sozinhos. - Uma mulher fala se retirando com o corpo da fera nas mãos.

- Calma, não precisa chorar, esta segura. - Ele tenta me confortar me envolvendo com mais força em seus braços.

  Mas minhas lagrimas não são por medo do que possa acontecer comigo e sim de alivio por ele estar bem, de estar diante de mim.

- Pensei que nunca mais fosse te ver. - Sussurro mantendo o abraço. - Fiquei com tanto medo de que eles tivessem feito algo com você.

- Como assim? - Guilherme fala se afastando de mim. - Eles quem?

  Eu olho para baixo, pensando no que falar, talvez em dizer a verdade, eu já estou aqui mesmo e Guilherme merece saber o que realmente esta havendo, mas assim que olho em seus olhos pronta pra falar aquelas ameaças voltam a minha mente.

- Yasmim, eles quem? - Guilherme repete a pergunta.

  Eu respiro fundo, preciso mante-lo protegido a qualquer custo.

- Existe feras, - Eu começo a falar. - Uma guerra esta chegando Gui, as feras não são mais confiáveis. Existe um grupo delas que quer matar você. - Digo com culpa em minhas palavras.

- Como assim? Do que esta falando? Não faz sentido. - Ele fala se levantando. - Por que iriam querer me matar?

  Eu olho para ele, não quero continuar, mas eu preciso.

- Você agora esta trabalhando com os caçadores, eles lhe julgam um traidor. - Digo o observando olhar pela janela.

- Novidade. - Ele fala com ironia. - Por que uma fera te atacou? Como veio parar aqui? - Ele pergunta voltando o olhar pra mim.

- Ele veio atrás de você, consegui detê-lo, mas não foi uma briga fácil. - Respondo voltando a olhar para baixo.

- Veio até aqui, pra me proteger? - Ele questiona e eu posso sentir seu olhar sobre mim.

- Eu vou até onde for preciso por você. - Falo olhando em seus olhos cor de mel.

- Yasmim, você não...

- Não se preocupa Guilherme. - O interrompendo. - Faço isso porque eu quero, porque eu amo você, não por querer algo em troca de você. Eu sei a quem seu coração pertence.

  Ele volta a olhar pela janela.

- Mesmo assim, em vez de ficar se metendo em brigas por minha causa, devia gastar suas energias me esquecendo. - Ele fala com frieza na voz, frieza essa que parece rasgar meu coração.

- Acha que eu já não tentei fazer isso? Não é tão fácil, devia saber disso. - Falo irritada e ele olha pra mim.

- Descanse, eu vou providenciar algo pra você comer. - Guilherme fala indo em direção a uma porta cinza e saindo.

    O ditado "no amor e na guerra vale tudo", nunca definiu também minha situação.

 

Carma

  Eu arrumo as malas para voltarmos pra casa e então olho pro Gabriel na varanda olhando pra um pedaço de papel, o que ele faz já um tempo.

- O que tem de tão interessante nesse desenho? - Pergunto fechando a mala. - Eu estou ficando com ciumes. - Brinco me aproximando dele e o abraçando por trás.

- Sem exageros meu amor. - Ele fala acariciando meus braços. 

- E então o que a de tão interessante aqui? - Falo pegando o desenho dele.

- É só um desenho. - Ele fala pegando de volta. - Vamos ou perderemos o vôo. - Ele diz entrando pro quarto.

  Eu o observo guardar o desenho na mala, ele aparece estranho, distante, mas talvez seja só paranoia minha.

 

Guilherme

  Estou sentada no banco frente a minha atual moradinha sentindoo a presença de Luna se aproximar.

- Afinal, qual é o seu relacionamento com aquela mulher? - Luna pergunta sentando ao meu lado.

  Eu penso em não responder, mas Luna é a unica com quem sinto a vontade para falar de tudo.

- Já amou duas pessoas ao mesmo tempo? - Pergunto olhando para ela.

- Nunca, na verdade até hoje só amei uma vez. - Ela responde parecendo entender o que quis dizer. - Isso parece ser complicado.

- É complicado, errado e injusto. - Falo irritado. - Só que não pudi evitar, aconteceu, nem sabia que era possível até acontecer. - Falo olhando pro chão.

- Não acho que seja errado. - Luna fala ganhando minha atenção. - Desde quando amar é errado? 

  Antes que eu possa responde Gustavo se aproxima.

- Investiguei sobre o que me pediu. - Gustavo fala parando a minha frente. - De fato parece que a vários bandos de feras bem irritados com você, mas nenhum que tenha chegado a desejar sua morte. - Gustavo faz o relatório. - Eu dei uma olhada no corpo da fera... - Ele fica tenso. - Você disse que a garota é filha de caçador?

-Sim. - Respondo analisando sua postura.

- O cara tava bastante ferido, sua amiga sabe brigar, mas não matou ele. - Ele completa.

- Como assim? Não tinha mais ninguém lá. - Luna questiona. - O único rastro era o dele.

- Como sabe que não foi ela? - Questiono intrigado, Yasmim deu a entender que foi ela.

- Tinha veneno de caçador no organismo dele, provavelmente quando sua amiga foi lutar com ele, ele já estava bastante fraco, e... - Ele fala pegando algo do bolso. - Isso estava no coração dele. - Ele completa me entregando um dispositivo derretido e familiar pra mim.

- Uma mini bomba. - Luna reconhece. - Será que ele era prisioneiro dos caçadores? -Ela questiona.

- Eu perguntei ao Hugo e ele disse que nunca tinha visto o cara na vida. - Gustavo continua. - Então não tem nenhuma chance de ter sido nós quem capturamos aquela fera, já que todas passam pelo Hugo.

- Então por que vir atrás do Guilherme e não de quem realmente o pegou? - Luna questiona.

- Como sua amiga ficou sabendo que a aquela fera viria até você? - Gustavo questiona.

- Não perguntei. - Falo me levantando. - Vou falar com ela. E continuem investigando essa historia.

  Falo indo pra dentro da casa seguindo direto para o quarto onde deixei Yasmim.

  Assim que entro vejo Yasmim secando o cabelo com a toalha e vestindo roupas que Luna a emprestou.

- Como soube que a fera viria até mim? E por que escondeu que ela antes estava dopada e sobre controle de caçadores? - Pergunto já fechando a porta. 

- Esta duvidando de mim. - Yasmim afirma se virando ficando de frente pra mim.

- Só estou fazendo perguntas ao qual você não me deu resposta. - Falo me aproximando.

- Me acusando de ter escondido informação. - Yasmim fala cruzando os braços. - Quando eu nem sabia que a fera estava dopada. Ela não parecia dopada, a prova disso é que eu levei uma surra, pra você duvidar de mim. - Ela fala bem irritada e eu percebo razão em suas palavras.

- Tudo bem. - Falo respirando fundo. - Não sabia que ele estava dopado, mas como teve a informação?

  Yasmim revira os olhos.

- Meu pai pode ter me tirado tudo que tinha, mas não os aliados que fiz quando trabalhava pra ele. Conheço feras pelo mundo inteiro, foi assim que descobri do grupo e que essa fera estava vindo atrás de você, por informantes. - Ela fala indignada. - Mais algum questionamento ou acusação?

  Sua pergunta me fez sentir culpa.

- Não é assim. - Tento inverter.

- É sim. Não confia em mim, por algo que fiz a anos e concertei. Mas quando precisa de um favor meu, ai sim, você esquece o que aconteceu e confia em mim. - Ela fala bastante irritada. - A proposito, a Kathe sabe que foi atrás de mim? 

- Não. - Eu respondo de cabeça baixo.

- E sou eu quem esconde as coisas por aqui. - Ela fala sentando na cama. - Tanto faz, eu não preciso provar nada pra você. Tenho minha própria consciência.


Felikis

  Estou em cima da arvore observando Kathe, ela esta distraída  encarando uma simples flor caída no chão.

  Confesso que me impressionei com a beleza dela, pele clara, olhos claros, cabelos negros e cacheados e uma atitude de mulher fatal, essa mulher é do tipo que causa incêndio só com o olhar. Aquele filho da puta do Guilherme tem tanta sorte, duas mulheres lindas que fariam tudo por ele e ele nem precisa se esforçar pra isso.

  Se eu não fosse tão profissional, usaria essa oportunidade pra tomar uma delas.

  Minha atenção desvia de Kathe com meu celular vibrando.


XXX

Ela já esta dentro.

Felikis

Eu disse que ela toparia.

XXX

Como esta a pantera?

Felikis

Sobre controle.

- Desse dai, esta invadindo meu território. - A voz de Kathe chama minha atenção e eu a olho bem abaixo de mim.

- Oi pantera. - A cumprimento guardando o celular. - Vim admirar você. - Falo descendo da arvore. - Eu já falei que você é muito linda.

  Ela revia os olhos o que a deixa mais linda.

- Vaza daqui antes que eu arranque sua língua. - Ela ameaça.

- Relaxa, já disse que não precisa me tratar como se fosse inimigo, porque não sou. - Falo descontraído com ela.

- Não preciso que seja inimigo pra matar você, só de vontade e você esta indo muito bem em gerar essa vontade. - Ela ameaça olhando em meus olhos.

- Tudo bem pantera, vou deixar você e seu território em paz, por amor a minha vida. Mas eu volto. - Falo piscando pra ela e me retirando.

 

Kathe

Observo Felikis sair. Esse homem parece que esta tentando se matar me provocando assim.

- Já parou pra pensar que ele pode ser um caçador? - Greta pergunta se aproximando.

- Logico, a burra aqui é você não eu. - Falo me virando e ficando de frente pra ela.

- Sempre tão gentil. - Greta fala com ironia. 

- O que você quer? - Pergunto segundo caminho de volta pra casa.

- Alguém pra conversar. Gabriel e Carma estão voltando. - Ela responde com tristeza na voz.

- Procure um psicologo então. Eu não tenho nada haver com seus problemas amorosos. - Falo seguindo caminho.

- Ta, vou lembrar disso quando tiver triste com a ausência do Guilherme. - Greta grita ao fundo.

  Como se eu quisesse falar disso, prefiro ignorar e viver um dia de cada vez. Só espero que um dia ele volte pra ficar.

 

Gabriel

  Assim que chegamos em casa Carma começa a arrumar as coisas empolgada, mas eu vou direto até meus livros, procuro algo sobre esse simbolo, ou sobre o tal grupo de feras, mas nada.

- A gente acaba de volta de lua de mel e você corre pros livros? - Carma pergunta se aproximando. - Não dá né amor. Eu sou uma pessoa carente de atenção. - Ela fala tirando o livro da minha mão e sentando no meu colo.

  - Eu sei. - Falo dando um beijo rápido em seus lábios. - O que você deseja? - Pergunto sorrindo pra ela.

- Um monte de coisas. - Ela fala se levantando. - Mas de tudo, o mais importante e estrear a nossa cama. - Ela fala pegando minha mão. - Vem, garanto que é muito mais divertido que ler livros.

  


Notas Finais


Foi isso, espero que tenham gostado e aguardem por mais.


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